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I Pag.

E
NDICE
03
DITORIAL
04
Sejam todos bem vindos, amantes da músi-
04 ca pesada! É com enorme orgulho e prazer que apre-
sentamos a primeira edição da Hell Divine Magazine.
Uma idealização de profissionais do ramo e músicos
do nosso underground, todos unidos pelo mesmo
05 motivo: a paixão pelo Heavy Metal! Infelizmente, nós
aqui do Brasil temos pouquíssimas publicações ofici-
ais nas bancas e quase nada no meio digital. Foi com
esse intuito que criamos essa revista totalmente gra-
28 tuita e disponível para download bimestralmente. A
idéia é tentar inovar um pouco e estremecer as bases
da nossa cena, que mesmo tendo crescido bastante
42 nos últimos anos, ainda é tímida e carece de mais
atenção e apoio. Tentamos trazer grandes bandas in-
ternacionais, bandas de expressão do metal nacional
e buscamos sempre trazer novidades também. Algu-
44 mas seções criadas por nós visam entreter o leitor
e promover uma interação maior entre os bangers.
Estamos sempre à procura de novas parcerias e co-
laboradores, fazendo com que esta revista se torne,
46 em um curto espaço de tempo, uma referência no
ramo. Fizemos essa revista na raça para que você,
leitor, possa curtir assim como curtimos fazê-la. Até a
próxima! Go to Hell!
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Pedro Humangous.

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E
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50 QUIPE
Editor Chefe: Pedro Humangous
Redatores: Pedro Humangous e Augusto Hunter
Designer Gráfico: Ricardo Thomaz
Revisão: Fernanda Cunha Salim
Colaboradores: Ricardo Thomaz, Maurício Bastos, Yuri Azaghal, Ítalo Guardieiro,
Matheus Myu, Ramon Butcher, Marcelo Val.

Envio de Material:
Rua Alecrim, Lote 4, Ap. 1301 - Ed. Mirante das Águas
Águas Claras - Brasília/DF - CEP: 71909-360
03
Cradle Of Filth - Darkly, Da
rkly,
Venus Aversa
The Ocean - Ant
hropocentric

D own
- Six Feet
Metallica
rt II
Under Pa

Sodom
- In W
Dead Again ar And
Suicidal Angels - Pieces

A equipe da Hell Divine seleciona os


5 melhores álbuns que estão ouvindo
ultimamente.

Pedro Humangous Italo Guardieiro Augusto Hunter

• Decrepit Birth - Polarity • Hour of Penance - Paradogma • System Divide - The Conscious Sedation
• Angra - Aqua • Behemoth - Evangelion • Aeternam - Disciple Of The Unseen
• Impending Doom - There Will Be • Despised Icon - Day of Mourning • The Ocean - Heliocentric
Violence • Heaven and Hell - The Devil You Know • Malevolent Creation - Invidious Dominion
• Soilwork - The Panic Broadcast • Textures - Silhouettes • Terror - Keepers Of The Faith
• The Ocean - Heliocentric
Ricardo Thomaz Marcelo Val
Yuri Azaghal
• Demonica - Demonstrous • Kiss - Sonic Boom
• Burzum - Belus • Exodus - Exhibit B: The Human Condition • Scorpions - Sting In The Tail
• Alestorm - Black Sails At Midnight • Hatesphere - To The Nines • Heathen - The Evolution Of Chaos A banda americana Cephalic Carnage acaba de lançar,
• Carnophage - Deformed Future/Genetic • Korzus - Discipline of Hate • Sahg - III
através da Relapse Records, o álbum Misled By Certainty.
Nightmare • Frontside - Zniszczy Wszystko • Overkill - Ironbound
Uma variedade de estilos intriga o ouvinte e aumenta cada
• Dreamaker - Enclosed
vez mais a base de fãs dessa incrível banda. Conversamos
• Hades Almighty - Millenium Nocturne
com Nick Schendzielos, baixista da banda, que bateu um
papo descontraído com a Hell Divine! Confiram!

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ainda assim conseguimos soar Nick: Creio que as pessoas estão HELL DIVINE: O Cephalic HELL DIVINE: O que podemos
como Cephalic Carnage. buscando por autenticidade em um Carnage consegue unir diversas esperar do Cephalic Carnage
HELL DIVINE: Misled By universo com tão poucas coisas experimentações e estilos, mas para os próximos anos? Qual o
Certainty tem uma das genuínas hoje em dia. Death Metal por mais diferente que fique, você próximo passo, agora que acaba-
mais belas capas que já não é um estilo de fácil assimilação sempre sabe que está escutando ram de lançar um novo álbum?
vi. Quem foi o artista re- para a massa. É um gosto que se uma música da banda. Nick: Esperamos fazer uma grande
sponsável pela arte final? adquire aos poucos e por poucos. Nick: Obrigado cara! Acho que turnê em lugares exóticos como a
Nick: Que fez a capa foi Orion É uma resposta à porcaria que ve- chegamos a um ponto onde so- América do Sul, México e, quem
Landau. Esse cara é incrível! mos na televisão ou que ouvimos lidificamos nosso processo cria- sabe, Indonésia, Austrália e Nova
Ele entende o conceito por nas rádios. tivo. Você ouviu a faixa bônus do Zelândia. Tocar na China seria insa-
trás das letras e realmente de- álbum? Está disponível no Itunes e no, assim como em Israel. Teremos
senvolve um trabalho incrível! HELL DIVINE: Gravar um álbum na versão Japonesa. A música se que esperar e ver o que acontece!
pode ser muitas vezes divertido chama “The Grindcore Blastbeat
HELL DIVINE: A banda faz parte quanto bem entediante. Pode Blues”. Confira! HELL DIVINE: A banda fez uma
do cast da Relapse Records nos contar como foi o clima du- turnê pela Europa juntamente
que, além de vocês, trabalha rante as gravações de Misled By HELL DIVINE: Já se passaram 18 com as bandas Psycroptic, Ion
com diversas outras bandas Certainty? anos desde que a banda começou. Dissonance além de outras. Como
HELL interessantes. Como tem sido o Nick: Misled by Certainty foi gra- Vocês se cansam da estrada, das foram esses shows?
DIVINE: O nome da trabalho com eles? Vocês estão vado em um clima ideal. Tínhamos turnês? Nick: Foi uma turnê incrível! Os
banda é bastante interessante. Nick: satisfeitos com essa parceria? nosso próprio estúdio, então as Nick: Acho que a estrada que se caras das outras bandas são bem
Como vocês chegaram até ele? Os álbuns anteriores Nick: Na Relapse tem bastante coisas funcionavam com mais cansa se nós (risos)! Na verdade legais, nos divertimos muito! Di-
Vocês acham que o som praticado tiveram que ser escritos primeiro. gente legal. Nos damos muito bem tranquilidade e do jeito que quería- estou na banda há apenas cinco vidir um ônibus com cinco bandas
completa esse nome? Inicialmente gostaríamos de lançar e é muito bom ter alguém cuidando mos. Todos contribuíram de al- anos, então ainda estou curtindo foi insano!
os novos álbuns primeiro e depois da banda nas mais diversas situa- guma forma com o álbum. Estáva- bastante. Creio que esse sentimen-
Nick: Isso veio do Len (Lenzig lançarmos os mais velhos, mas o ções. mos sempre sacaneando uns aos to seja diferente pra cada um. Brian HELL DIVINE: Vocês têm uma
Leal, vocalista) em uma noite em tempo não nos deixou. Tem alguma outros e nos divertindo enquanto (Brian Hopp, guitarras) é o mais grande base de fãs aqui no Brasil.
que ele literalmente fritou o cére- coisa a ver com o tempo cronológi- HELL DIVINE: A faixa “Abraxas gravávamos. novo na banda e adora as turnês. Quando vocês vão tocar por aqui
bro de tanto fumar (risos). Nessa co ou algo assim. No começo de Of Filth” torna-se um clássico na Steve (Steve Goldberg, guitarras) em nosso país?
noite ele teve um sonho: quando uma banda, você ainda está desco- primeira vez em que você a ouve. HELL DIVINE: Sobre o que falam não curte viajar durante o inverno, Nick: Promotores brasileiros: Esta-
olhava para baixo, sua uretra disse brindo e definindo o som pelo qual Quais são suas faixas favoritas no as letras nesse álbum e quando Len (Lenzig Leal, vocalista) gosta mos prontos! Entrem em contato
“Cephalic Carnage” (algo como as pessoas reconhecerão você novo álbum? vocês as escrevem? Durante as do ambiente das viagens e John conosco que iremos na hora!
Carnificina Cefálica) se referindo à ou sua banda. Através do tempo, Nick: Muito obrigado! Essa tam- turnês ou no conforto de casa? (John Merryman, baterista) é mais
parte de seu córtex pré-frontal que experimentamos outros estilos, bém é uma das minhas favoritas Nick: O cérebro de Len está sempre caseiro. HELL DIVINE: Muito obrigado pelo
provavelmente perdeu após fumar outras estruturas, riffs, equipa- de tocar. Gosto bastante também funcionando para o Cephalic. Acho, seu tempo e pela ótima entrevista!
tanto (risos)! Creio que a sonori- mentos, efeitos, conceitos líricos, da “Ohrwurm”, “Repangaea”, inclusive, que ele nunca desliga, HELL DIVINE: Infelizmente não te- Deixe um recado para os leitores
dade da banda completa, sim, o cuecas, shampoos, etc. Existe uma e a “Dimensional Modulation está sempre fazendo algo, criando. mos um lançamento em vídeo da da Hell Divine. Esperamos vê-los
nome, com exceção do fato de que linha tênue entre manter o som que Transmography”. O álbum inteiro é Estamos sempre juntando nossas banda ainda. Como estão os pla- em nossa terra em breve!
não somos tão arrogantes em dizer você praticava anteriormente e o bem legal, mas essas quatro faixas idéias e criando coisas novas o nos pra gravação de um DVD? Nick: Agradeço a vocês pela entre-
que iremos destruir seu cérebro que faz atualmente. Se mudar com- representam bem minhas favoritas tempo todo, tanto nas turnês quan- Nick: Quando sair vai ser sensa- vista. Obrigado a todos que leram
(mais risos)! pletamente seu estilo, não estará do novo material. to em casa. Aos poucos as músi- cional, mas no momento não está essa entrevista, vocês que nos mo-
sendo verdadeiro consigo mesmo. cas vão tomando forma e natural- nos nossos planos. Fiquem liga- tivam a seguir em frente! Espera-
HELL DIVINE: O Cephalic Carnage Por outro lado, se não evoluir ou HELL DIVINE: A cena Death Metal mente o álbum vai se criando. De dos no Youtube, pois colocaremos mos poder tocar aí no Brasil logo,
vem desenvolvendo seu som não tentar ser relevante, será ape- e Deathcore nos Estados Unidos alguma forma nossas idéias vão se bastante material novo em breve pois sempre ouvimos dizer que
através dos anos. Quais são as nas mais do mesmo, ou uma nova tem crescido bastante nos últimos encaixando como um quebra- como shows, clipes e cenas do o público é um dos melhores do
principais diferenças entre o novo versão de si mesmo. Tentamos anos. Como você explica esse cabeça. backstage. mundo! Nos vemos em breve!
álbum e os anteriores? ficar no meio desses dois, sendo crescimento de popularidade em
criativos sempre, porém, man- tão pouco tempo? Entrevista por Pedro Humangous
tendo as raízes. De alguma forma,

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nal depois do lançamento do EP respeito mútuo e compartilhamen- diversos motivos. Primeiro, porque
“Violent Mosh” pela Kill Again to de visões de cena e de paixão é uma mostra que toda essa nossa
Records. Vocês esperavam que pelo underground. Não estamos paixão pelo Thrash, esse sentimen-
tanta gente gostasse desse tipo nesse barco pra fazer grana (era to inexplicável que faz você querer
de som até hoje, como bom e melhor tentar alguma coisa menos se jogar por cima dos outros e bater
velho Thrash Old School? barulhenta se fosse pra fazer a cabeça contra a parede, não pos-
Poney: Caramba, claro que não! dinheiro) então queremos trabalhar sui fronteiras, não possui naciona-
(risos) Na verdade, a gente tinha com selos que compartilhem essa lidades. Seja no Japão ou no Ceará,
A HELL DIVINE fez uma entrevista nos possibilita fazer músicas cada o passar do tempo essa linha do
certeza que nunca faríamos um paixão que temos pela produção vai haver pessoas que se identifi-
com Poney, da banda Violator, que vez mais rápidas! (mais risos) As Violator possa acabar tomando
show na vida. Lembro-me que en- underground. São trabalhos de cam e compartilham toda aquela
nos contou os detalhes dos shows influências são essas mesmo que outra linha musical devido a um
tre a gravação da primeira demo parceria e ajuda mútua, por isso dá raiva e agressividade. Em segundo
pelo mundo, questões sobre a você citou, Thrash Metal de tudo processo natural do tempo e ama-
e o primeiro show foram mais de certo. lugar, é muito legal ter todas essas
banda e os seus projetos futuros. quanto é lugar do mundo. durecimento dos músicos?
6 meses de ensaios todo final de Também gostaria de dizer que reações por onde passamos porque
Os caras fizeram recentemente Poney: Sinceramente,
semana, sem qualquer previsão acho a cultura de downloads e vemos o show como um espaço
uma turnê pela Eu- acho que não. Temos
de tocar ao vivo. Mas isso não era distribuição livre de músicas uma que não tem que ter barreiras entre
ropa, além de muito bem definido
um problema, pois só o fato de parada muito legal. Sou um cole- público e banda. Um momento em
terem tocado o que pretendemos
nos encontrarmos e fazermos ba- cionador fanático de discos de vinil que aquela descarga de adrenalina
no Japão e pe- com o Violator, ainda
rulho já era diversão suficiente pra e sei que a experiência de escutar deve ser partilhada por todos que
las Américas. mais depois de tan-
gente. Isso foi muito legal, porque um LP sempre vai ser mais legal estão ali. Thrash é música pra se
Essa fantástica tos anos. Queremos
recentemente passamos por mo- que baixar uma mp3, mas ainda fazer ao vivo.
banda está tra- nos manter na velha
mentos bacanas (algumas turnês assim sei que a internet pode ser
zendo realmente escola do Thrash,
internacionais, vários discos), usada como ferramenta para que HELL DIVINE: Sobre as turnês na
as boas e mais mesmo. Isso não
mas todo mundo manteve o pé no produção underground chegue Europa, Japão e Sulamericana,
profundas raízes significa, entretan-
chão. O que importa de verdade é mais facilmente aos mais diversos como foram estabelecidos os
do Thrash e hon- to, que Thrash
a mesma coisa que importava lá no lugares do mundo. Foi assim com contatos para os shows? Fizeram
rando o metal na- Metal Old School
comecinho: tocar e estar junto. a gente. amizade com as bandas que to-
cional em terras seja a única coisa
Voltando à pergunta, a gente não Seria bacana se as pessoas tives- caram com vocês? E o público
além do Atlântico. que escutamos e
esperava mesmo que tivesse tan- sem consciência que comprar um compareceu em peso?
Confiram! valorizamos. Muita
ta gente que gostasse de Thrash disco de um selo como a Kill Again Poney: Cada uma teve sua história.
gente acha isso
Metal Velho. A gente sabia que o estilo não se trata apenas da aquisição A primeira visita à Europa e ao
HELL DIVINE: O Vio- e adora rotular
tinha sido muito grande, mainstream de um produto, mas de fazer parte Japão surgiu de convites de uns
lator foi formado no o Violator como
até, mas quando começamos a e permitir a continuidade de toda doidos que toparam pagar as pas-
começo de 2002, idiotas cabeças-
curtir som e tocar não conhecíamos uma comunidade de contracultura. sagens e bancar nossa ida a essas
ou antes disso? Até duras. Isso não
ninguém que estivesse falando em Ainda assim, se for pra ver todas terras longínquas. A turnê pela
onde sei, todos os poderia passar
Thrash. Parecia que até essa palavra as megacorporações que vivem da América do Sul e essa última pela
membros são fanáti- mais longe da
tinha sido esquecida. Lembro-me de exploração da música ruírem, eu Europa foram feitas com a ajuda
cos pelo Thrash Old realidade. Todos
andar com uma camisa do Kreator sou totalmente a favor dos down- de agências, a Open the Road (do
School. A idéia de escutam muitas
no comecinho da década passada e loads. No fim das contas a gente nosso brother Silvio, do Dominus
se fazer uma banda coisas diferentes
ficar sempre insistindo que eles não dá um jeito (barateia o processo de Praelli) e Insano Booking, respec-
no mesmo esqueleto e a gente tem
eram uma banda de Death Metal. gravação, pensa em novas manei- tivamente. Sempre procuramos
metal “old” veio da projetos parale-
(risos) ras de distribuição), o underground conhecer e fazer amizade com as
própria banda ou por los pra dar
sempre dá um jeito. bandas com que tocamos. Como
influências de outras vazão a essas
HELL DIVINE: Hoje em dia com a vocês já devem ter percebido só
bandas como Exodus, coisas. Eu toco
pirataria, os famosos downloads HELL DIVINE: Com a violenta gama de ler algumas respostas, esta-
Hirax, Tankard, Vio- em bandas de
ilegais e a grande dificuldade de shows que a banda tem feito belecer conexões duradouras no
lence e por aí vai? Hardcore, já
das bandas iniciantes em realizar pelo Brasil e pelo exterior, como underground é uma das coisas
Poney: Tocamos jun- tivemos um projeto Grind e
sua primeira gravação, como o tem sido a aceitação do público que mais valorizamos na cena. Foi
tos desde 1999, mas a HELL DIVINE: Hoje o Capaça também é guitarrista de
Violator conseguiu essa união de de modo geral? Os headbangers assim com os caras do Fueled By
gente só começou como Violator em dia temos muitas bandas uma banda de Death Metal. O lance
sucesso com a Kill Again Records tem ido a caráter aos shows com Fire, da Califórnia, que nos acom-
mesmo em 2002, você está certo. modernas como Hatesphere, é que quando se trata de Violator,
sem que esses fatores prejudicas- seus moshes voadores, patches panharam por um mês na Europa e
Desde o começo a proposta mu- Lamb Of God, As I Lay Dying, a proposta é essa mesma: Thrash
sem seus objetivos? de diversas bandas em suas ja- se tornaram grandes amigos nos-
sical sempre foi a mesma, está lá Killswitch Engage, Machine Head, Metal como a gente acha que tem
Poney: Uma palavra: amizade. A quetas jeans desbotadas? sos.
no nosso primeiro release de mais Nevermore e muitas outras. Você que ser: direto e sem concessões.
parceria que a gente possui com o Poney: Por todo lugar que passa-
de 8 anos: tocar Thrash Metal cru acha que o Violator pode manter-
Rolldão e a Kill Again Records não é mos geralmente a reação é essa: HELL DIVINE: Sobre o futuro da
baseado na velha escola. Desde en- se na velha escola sem ser influ- HELL DIVINE: A banda conseguiu
baseada em dinheiro ou profissão, thrashers voando pra todos os la- banda, o Violator chegou a rece-
tão a gente vem aprendendo a tocar enciado pelas pesadíssimas ban- chamar a atenção de bastante
mas sim em uma grande amizade, dos! (risos) Acho isso demais, por ber propostas de outras gravado-
nossos instrumentos (risos) o que das atuais? Você acha que com gente na cena do metal nacio-
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ras de maior peso ou vocês corre- Poney: Acho legal existirem esses Poney: Nossa, nem me sinto em
ram atrás disso? Já pensaram em grandes eventos, eles possuem posição de dar conselho pra nin-
lançar um trabalho em LP (vinil) uma importância significativa guém (risos)! A única coisa que
e K7 como nos velhos tempos? para a cena da cidade, mas esta- posso dizer é que no underground
Quando teremos um DVD oficial mos mais focados para os shows não é grana que movimenta as coi-
da banda? pequenos e sem patrocínios. Gos- sas, são as paixões de várias pes-
Poney: Já recebemos algumas to muito da cena de Brasília, mas soas diferentes ao redor do mundo,
propostas de selos grandes, mas tenho noção que existem várias então faça as coisas sendo sincero no Myspace da banda, logo após
não é exatamente o que estamos cenas por aqui. Estou mais ligado consigo, produza por paixão e disponibilizar uma prévia do novo
procurando. Acabamos optando ao pessoal do Hardcore-Punk, faço porque acredita naquilo que faz. álbum. A que se deve essa procura
por apenas licenciar um CD pela parte do coletivo Caga-Sangue Expurgue aquele sentimento ‘rock pela banda e a tremenda exposição
Earache, foi uma boa maneira de Thrash e me identifico mais com star’ que tanto tentam nos empurrar em tão pouco tempo?
divulgar a banda mundialmente, esse tipo de produção por aqui. e mantenha as coisas simples. Se Tato Deluca: Estamos realmente muito
mas preferimos trabalhar mesmo Acho que não falta apoio, porque a você ficar pensando que tudo é felizes com a receptividade que temos
com quem está afundado nesse gente não precisa de apoio. Se tem apenas um degrau pra “dar certo” tido! As pessoas nos procuram, nos
underground que nem a gente uma coisa que ainda temos muito você está ferrado e não aproveitará adicionam nas redes sociais, enviam
(risos). Já lançamos LPs, EPs 7” a aprender é a idéia do faça-você- nada. Minhas expectativas são as e-mails, mensagens, estamos real-
e K7, adoro todos esses formatos. mesmo. Não está satisfeito com os mais simples possíveis: continuar mente muito impressionados com
Em breve vamos lançar um DVD shows da sua cidade? Vá lá e faça o tocando, gravando e viajando por tudo isso. Pessoas de rádios, revistas,
com o show do Chile, em 2007, e seu. É assim que deveria funcionar. aí quando der. Se não der, e a gente blogs nos procuraram e sem dúvida
temos que ver se juntamos uma Acho que nosso grande problema se encontrar apenas pra ensaiar e muitas portas foram abertas depois
grana pra fazer uma gravação mais é a falta de um espaço para shows dar risadas, está legal também. desse lançamento.
profissional. de pequeno porte e bandas locais. Eu acredito que o lançamento do
Se tivéssemos um esquema legal, Entrevista por Ricardo Thomaz A banda paulista Aclla surgiu re- solveu então me ajudar a formar uma
Myspace só deu certo por que as pes-
HELL DIVINE: Como tem sido a com boa estrutura e fácil acesso, centemente, no ano de 2007. Forma- nova banda!
soas estão gostando, o que é sensa-
divulgação do novo trabalho, poderíamos fazer vários shows da pelo vocalista Tato Deluca e por Ele chamou o guitarrista Denison
cional! Na realidade, naquele momento
“Annihilation Process”? A aceita- pequenos e pouco a pouco estru- grandes nomes da música pesada Fernandes e o baixista Bruno Ladis-
não estávamos lançando apenas um
ção do público tem se mantido turando melhor a cena. brasileira, a banda vem colhendo óti- lau, que haviam gravado o CD solo
Myspace, estávamos lançando a banda!
desde o lançamento do EP? HELL DIVINE: Pra fechar nossa mos frutos com a divulgação de seu do Denison, em 2005. Também
Poney: Tem sido muito boa. Além entrevista, agora que o Violator álbum de estréia intitulado Landscape nos indicou um baterista, mas este
HELL DIVINE: O nome da banda soa
da temporada de um mês pelo con- já tem alguma experiência com Revolution. Conversamos com esse infelizmente já estava comprometido
diversos shows nacionais e in- muito bem tanto em português quan-
tinente Europeu, fomos ao Peru, pessoal para conhecermos melhor a com outras bandas.
ternacionais, qual a grande dica do em inglês. De onde surgiu esse
à Colômbia e a diversos estados proposta e os próximos passos des- Juntos, começamos a trabalhar os ar-
brasileiros. E tem muitos shows para aqueles bangers que estão nome e qual o significado dele?
sa banda que promete estremecer o ranjos das músicas e a coisa toda foi
marcados pelos próximos meses, começando agora e que sentem Tato Deluca: Quem deu o nome para
cenário brasileiro e mundial. tomando outro rumo.
inclusive dois shows no Chile e muita dificuldade em montar sua a banda foi o Bruno. Acho que ele
O próprio nome da banda mudou, por
uma provável turnê na América banda? Quais são as expectativas funciona bem em várias línguas justa-
HELL DIVINE: A banda conta com sugestão de Bruno, para se adequar
Central, o que eu acharia excelente da banda para os próximos anos? mente por ser uma palavra estrangeira
excelentes músicos do nosso ao tipo de som que estávamos fazen-
se rolasse. A aceitação está bacana para quase todas elas. É uma palavra
underground e tem como baterista o do, já que Dragon King era um nome
também, muita gente tem gostado em Quechua, de origem inca. Aclla
bastante conhecido Eloy Casagrande que sugeria totalmente o Power Metal,
e feito comentários positivos. Acho era o nome dado às sacerdotisas que
(André Matos). Conte-nos um pouco e as músicas estavam tomando outra
que nem todo mundo gostou do eram sacrificadas para o Sol. A idéia
de como surgiu a banda. direção.
approach mais direto e sério que de auto-sacrifício pelo bem da co-
Tato Deluca: O Aclla é um sonho Com as músicas prontas, Bruno de-
fizemos nesse EP, mas é o caminho munidade é bem bacana e veio total-
realizado! Durante 10 anos toquei cidiu convidar seu amigo Eloy Casa-
que queremos seguir, mais rápido em uma banda de garagem chamada grande para assumir as baquetas.
mente ao encontro do que estávamos
e mais anti-social. “Dragon King”. Em 2007 eu estava Eles já tinham vontade de montar uma
querendo passar.
passando por um período de mudanças banda juntos antes e o ACLLA foi uma
HELL DIVINE: Brasília tem pou- HELL DIVINE: A arte da capa ficou a
na minha vida, e decidi que era hora de grande oportunidade.
cos grandes eventos de metal cargo do renomado Gustavo Sazes.
pegar tudo que eu tinha e investir no O time ficou completo no fim de 2008,
na cidade, podemos até contar Qual o motivo da escolha desse ar-
meu sonho. Infelizmente os caras da quando Chrystian Dozza assumiu a
nos dedos de uma mão, como tista e qual a conexão entre a arte e
antiga banda estavam em outra sinto- outra guitarra. Chrys é um respeitado
por exemplo: Porão do Rock, a temática do álbum?
nia e acabaram debandando. violonista erudito e faz parte do quar-
Marreco’s Fest e Rock Cerrado. O Tato Deluca: Quando começamos a
que a banda acha do cenário do Procurei então o produtor Ricardo Na- teto de violões Quaternaglia.
trabalhar as músicas e tomar decisões
metal de Brasília? Você acha que gata (Eterna, Eyes of Shiva, Thram).
sobre a banda, a principal era: Va-
a falta de apoio, produtores e or- Ele ouviu a “demo” com minhas músi- HELL DIVINE: Vocês conseguiram
mos ser extremamente profissionais
ganização influenciam? cas e acreditou no meu sonho, re- atingir um número impressionante
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em tudo que for referente ao ACLLA. riga. Aquilo pode ser interpretado de for assim, então que apareçam várias tanto em estrutura quanto na propos- show, etc. Com o ACLLA estamos
Desde a escolha do estúdio, do equi- várias formas, mas com certeza passa outras bandas de “Green Metal” pelo ta musical. Temos algumas músicas passando pela mesma dificuldade que
pamento, tudo passou por um “con- a idéia de “Natureza dando o troco”. mundo! (Risos) bem tradicionais, algumas mais pesa- todas as bandas passam. Gostaría-
trole de qualidade” muito rigoroso. das, uma ou duas mais Power, 3 mais mos de estar fazendo shows, etc. Mas
Gustavo Sazes é hoje internacio- HELL DIVINE: Falando em temas, HELL DIVINE: Ainda sobre o tema Hard Rock com flertes comerciais, como não temos o álbum físico, os
nalmente conhecido como um dos sabe-se que a banda se preocupa da preservação do ambiente, vocês uma vinheta psicodélica gravada com produtores não se arriscam.
melhores designers da atualidade. Eu bastante com a natureza e a conser- inicialmente preferiram lançar o instrumentos exóticos e uma moda de Tem diversos fatores que estão preju-
particularmente acho o melhor, mas vação da espécie. Muita gente tem álbum apenas na internet, através de viola! dicando as bandas nacionais. A grande
havia uma coisa que nos preocupava: chamado a banda de “Green Metal”. download. Existe a possibilidade de quantidade de shows internacionais, a
A complexidade e nível de detalhes de O que vocês acham disso? lançarem um álbum físico? HELL DIVINE: Pelo pouco que vimos falta de apoio do público, o metal não
sua arte. Tato Deluca: Bom, acho que na ver- Tato Deluca: Sim, infelizmente no Myspace da banda, notamos uma estar atraindo novos fãs, tudo isso. O
Quando fui conversar com ele e apre- dade nos preocupamos com a preser- teremos que fazer o lançamento físico. extrema qualidade nas composições que não podemos é desanimar e de-
sentar nossa música, tinha em mente vação de todas as espécies, todos Buscamos causar o menor impacto e na produção das músicas. Onde sistir. Uma semente leva anos para se
a simplicidade - queria uma capa somos parte de uma coisa só: essa ambiental possível, mas ainda hoje, a foi gravado e quem produziu “Land- transformar em uma árvore. Temos
“clean”. é a mensagem! Se você acaba com mídia, os produtores de show, etc. só scape Revolution”? que fazer nosso trabalho, divulgar
Baseado na temática de “Landscape uma espécie, isso reflete em todas as te reconhecem como banda se você Tato Deluca: O álbum “Landscape como podemos e seguir em frente.
Revolution” seria muito fácil colocar- outras que dependem daquele ecos- lançou um CD. É o que “separa o joio Revolution” foi gravado entre os
embalagem 100% ecológica (biode-
mos uma paisagem pós-apocalíptica sistema! Você já pensou em quantas do trigo”, segundo eles. meses de abril de 2009 e janeiro de HELL DIVINE: O momento da banda
gradável e reciclada). Além disso, o
na capa, mas não era isso que quería- espécies foram extintas nos últimos Desse modo, busquei por mais de um 2010 no “Creative Sound Studio” em é de divulgação do novo trabalho.
produto é lindo, com uma qualidade
mos! Lancei o desafio para o Sazes: anos? Com certeza isso vai ter troco! ano uma solução menos impactante São Paulo. A produção ficou a cargo Como anda a agenda de shows para
incrível de impressão, de tudo. Isso
“- Você terá que resumir a idéia de Quanto ao rótulo, na realidade somos para o meio ambiente. Aqui no Brasil de Ricardo Nagata, que sem dúvida esse fim de ano e quais as metas
vai custar pra banda o triplo de uma
que o ser humano está destruindo a uma banda de Heavy Metal com le- o lançamento será feito de forma inde- nenhuma foi decisivo para atingirmos para 2011?
prensagem normal, mas faremos
Natureza e ela vai dar o troco em uma tras e atitudes “Green”. Se quiserem pendente e procuraremos apenas um o resultado final. Tato Deluca: Provavelmente a turnê
de tudo para que isso não reflita no
única imagem, nada de paisagens, chamar de “Green Metal” tudo bem, selo de Distribuição. do “Landscape Revolution” terá iní-
preço final do produto. Faremos uma
queremos algo icônico.” afinal de contas, isso poderia dar iní- Por trabalharmos de forma indepen- HELL DIVINE: Inicialmente o álbum cio em 2011, ainda não começamos a
edição limitada de 1.000 CDs digipack
Foi então que ele apareceu com o peixe cio a todo um movimento ecológico na dente, vamos prensar fora do Brasil é independente e não foi lançado agendar os shows, mas nesse mo-
ecológico de luxo.
mutante com um ser humano da bar- cena metal, o que seria fabuloso! Se em uma empresa que produz uma oficialmente. Existem negociações mento estamos procurando fechar
para o lançamento através de uma com alguma casa aqui de São Paulo a
HELL DIVINE: O Metal Tradicional, ou
gravadora? Quando poderemos ter festa de lançamento para novembro!
Power/Melodic, vem caindo bastante
em mãos esse álbum finalizado?
de popularidade nos últimos anos,
Tato Deluca: Aqui no Brasil vamos ne- HELL DIVINE: Desejamos sorte e
talvez pela falta de inovação das
gociar apenas a distribuição do álbum, sucesso para a banda! Deixem uma
bandas. O que motivou o Aclla a en-
para garantir que as pessoas possam última mensagem aos seus fãs e aos
veredar por esse caminho tão des-
encontrá-lo em lojas de todo o país. A leitores da Hell Divine Magazine.
gastado?
quantidade, no entanto, será limitada Tato Deluca: Primeiramente queria
Tato Deluca: Na realidade esse negó-
devido a nossa atitude ecológica. Se agradecer a você, Pedro, e à Hell Divine
cio de rotulagem faz muito mal para
tudo der certo, dia 15 de novembro pela oportunidade e pelo apoio que têm
o cenário. O público começa a se
todos poderão adquirir o álbum! dado a banda. Às pessoas que leram
dividir! Na Europa e nos Estados
essa entrevista e chegaram até aqui,
Unidos, bandas de diferentes estilos
HELL DIVINE: Músicos no Brasil en- esperamos realmente ver todos vocês
dentro do metal dividem palcos em
contram diversas dificuldades, tanto nos shows! Se quiserem estar em con-
vários festivais e a platéia curte todas
na hora de gravarem quanto na di- tato próximo com a gente, basta procu-
da mesma forma! O que importa no
vulgação de seus trabalhos. O que rar ACLLA no Orkut, Facebook, Twitter,
final é a música ser legal independente
vocês acham do cenário da música Youtube e claro, Myspace. Até breve
de como as pessoas a rotulem. Ape-
pesada no Brasil atualmente? A galera! A gente se vê na estrada!
sar de músicas como The Totem e
banda tem planos para o mercado
Hidden Dawn darem a impressão do
estrangeiro? Entrevista por Pedro Humangous
ACLLA ser uma banda de Tradicional
Tato Deluca: A grande dificuldade que
ou de Power, as pessoas não devem
os músicos enfrentam é a falta de es-
se enganar quanto a isso. O álbum
paço na mídia e de lugares para tocar.
Landscape Revolution possui 12 músi-
Ficamos na mão de produtores de
cas completamente diferentes entre si,

12 13
baixo) é responsável pelas influências tam com um Street Team, ou seja, presente. Qual a mensagem que a
mais extremas da banda como Death e pessoas dedicadas a ajudar na divul- banda tenta passar às pessoas que
Deicide. O Rodrigo (Hidalgo, guitarra) gação da banda. Explique um pouco acompanham seu trabalho?
é um grande fã de Bon Jovi e Metallica, melhor aos interessados como fun- Rafael: Sempre buscamos passar
Após a bela estréia no cenário na- Isso nos manteve muito próximos ao tada, contando inclusive com ótimas enquanto o Rafael (Pensado, bateria) ciona isso e quais os resultados uma mensagem positiva no geral,
cional com o Just The Two Of Us... nosso público. Para nós, o MindFlow apresentações no Progpower USA, curte muito bandas como Megadeth, atingidos até agora? sempre nos mantivemos no nível de
Me And Them, a banda paulista não é apenas uma banda de rock, Monsters Of Rock, entre outros. Como Judas e Helloween. Rafael: O MindFlow Street Team é alcance dos fãs e queremos manter
Mindflow vem crescendo cada vez queremos criar uma experiência que está a agenda pra esse fim de ano e HELL DIVINE: A banda disponibilizou uma família de fãs que querem aju- dessa forma até onde for possível. É
mais por meio de ótimos lançamen- vá além do som. para o primeiro semestre de 2011? para download gratuito em seu site dar o MindFlow a crescer. Eles põem algo que nos dá muito prazer e certa-
tos e músicas de qualidade, sempre Danilo: Um dos aspectos mais difí- oficial a coletânea “Just A Destructive a mão na massa distribuindo flyers, mente é importante para eles; somos
atentos ao mercado da música pesa- HELL DIVINE: Após três álbuns lan- ceis de lidar durante a produção do Mind” que engloba as melhores faixas cartões, participando de ações e mis- fiéis ao nosso trabalho e os fãs se
da e seu público fiel. Conversamos çados oficialmente, a banda inova nosso novo álbum, MindFlow 365, dos três primeiros álbuns. Existe a pos- sões e principalmente usando suas identificam com isso.
com a banda para sabermos como mais uma vez, lançando o álbum foi a dificuldade de conciliar as ses- sibilidade de esse material ser lançado próprias idéias!
foi o projeto 365 e os próximos pas- digital chamado 365, com 1 música sões de gravação com a agenda nor- oficialmente por uma gravadora? Todos os membros do MindFlow Street HELL DIVINE: O álbum 365 começou
sos da banda. Confiram. a cada mês do ano. De quem foi essa mal da banda. Isso exigiu uma grande Danilo: Criamos a coletânea “Just a Team são altamente reconhecidos e em setembro de 2009 e terminou em
idéia? Vocês pretendem lançar isso flexibilidade dos músicos e da equipe, Destructive Mind” para oferecer aos recompensados pelo seu progresso! agosto de 2010. Quais os planos da
HELL DIVINE: A banda Mindflow sem- fisicamente ao final do projeto? passamos por situações apertadís- novos fãs do MindFlow um panorama Quem trabalha duro consegue direito banda para um futuro próximo? O
pre se preocupou com a qualidade Rodrigo Hidalgo: A idéia surgiu em simas para não perder os prazos já geral de nossos discos até então. A a listas VIPs, passes para backstage, que podemos esperar do Mindflow?
do material que chega ao consu- uma das nossas muitas reuniões. determinados. Felizmente tudo deu ideia foi muito bem sucedida devido merchandise grátis e outros prêmios. Rafael: O MindFlow 365 foi, sem dúvi-
midor final, seja com a bela música Sempre conversamos muito para certo. E agora que a última faixa do ao massivo número de downloads Os resultados são diversos, em todos da, nosso projeto mais ousado e de-
(ótimos estúdios, excelentes produ- criar algo diferente e que agregue ao 365 já foi disponibilizada, as atenções feitos até agora. Nunca sentimos a os shows conhecemos novos mem- safiador. Nesse momento estamos em
tores, etc), seja com as embalagens MindFlow. Achamos que seria muito estão voltadas somente para as datas necessidade de lançar esse disco fisi- bros e sempre recebemos informa- contato diário com nosso empresário
dos álbuns (digipack de luxo). Isso interessante criar uma música e lançá- da turnê de divulgação do novo disco. camente no mercado, no entanto não ções e novidades sobre suas ações. nos EUA negociando uma turnê por lá.
ainda é viável nos dias de hoje, com la em seguida. Normalmente, quando Elas passarão pelas principais capitais descartamos a possibilidade disso ser HELL DIVINE: Podemos notar que a Temos mais alguns shows no Brasil
toda essa propagação da música via fazemos um novo disco, assim que ele do Brasil e seus arredores e, enquanto feito num futuro próximo. temática da banda sempre foi vol- este ano, mas os fãs podem esperar
internet? chega ao público já se passou algum isso acontece, o terreno é preparado HELL DIVINE: O Mindflow é uma das tada para a mente humana. O slogan sempre por novidades do MindFlow,
Rodrigo Hidalgo: Acho que a divul- tempo, e as músicas já não represen- para as primeiras datas internacionais, poucas bandas nacionais que con- “Let Your Mind Flow” está sempre nunca paramos desde o início em
gação pela internet e o material físico tam o que há de mais novo na banda. que ocorrerão no começo do ano que 2003 e ainda não precisamos de um
devem caminhar juntos. Não podemos O 365 é isso, entregar aos fãs o que vem. Com certeza será uma virada de intervalo! Para quem quiser ficar sem-
abandonar o CD ainda. Nosso público temos de mais recente. ano bem agitada para o MindFlow. pre atualizado com o que está acon-
espera que o material do MindFlow tecendo conosco acesse: mindflow.
seja diferenciado, tanto a embalagem HELL DIVINE: O último ábum de HELL DIVINE: Obviamente a banda com.br
quanto a música. Não abrimos mão de estúdio “Destructive Device” foi pratica o Prog Metal como raiz de seu
Entrevista por Pedro Humangous
uma sonoridade diferenciada, pois já produzido, gravado e mixado pelo som, mas conta com diversas outras
faz parte das características da banda. renomado Ben Grosse que já tra- vertentes. Quais as influências dos
balhou com bandas como Slipknot músicos e qual a parcela das mesmas
HELL DIVINE: O marketing da ban- e Disturbed. Conte-nos um pouco no som do Mindflow?
da sempre foi bem arrojado, com como foi essa experiência e o que Danilo: Todos nós no MindFlow vie-
bastante interação com os fãs, dis- acharam do resultado final. mos de caminhos musicais diferentes,
tribuição gratuita de adesivos, etc. Rodrigo Hidalgo: Foi uma experiência e dessa mesma forma são nossas in-
Inicialmente vocês criaram jogos no única. Foram 2 meses de muito apren- fluências, o que é positivo, pois da à
site da banda onde as pessoas pre- dizado. O Ben é um profissional in- nossa música um teor mais diferen-
cisam decifrar códigos espalhados crível em todos os sentidos. Criamos ciado. Fora as bandas clássicas do
por toda a parte. Atualmente vocês uma amizade muito forte, nos falamos rock e da música progressiva que são
estão com o jogo Follow Your Instinct freqüentemente e sempre nos encon- unanimidade em nossa banda e em to-
2.0. Qual a repercussão desses jogos tramos quando estamos nos EUA. das as outras, nossa bagagem sonora
perante os fãs? Têm tido um bom re- possui algumas peculiaridades: gosto
sultado? HELL DIVINE: A agenda de shows do muito de bandas alternativas como Live
Rodrigo Hidalgo: Tem sido ótimo! Mindflow sempre foi bastante agi- e Faith no More; já o Ricardo (Winandy,

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ca Latina, encontrar bangers de outros Entradas e saídas de membros da uma repercussão muito grande. Em
países e a recepção foi das melhores banda são coisas que sempre compli- algum momento vocês pensaram em
em cada cidade. Cada lugar que fomos cam qualquer processo, mas eu per- desistir?
nos apresentar foi uma nova experiên- cebi que vocês sempre se viraram e M.Mictian: Nunca, nunca pensei em
cia, sempre shows cheios, a galera achavam o prumo pra continuar com parar! Tive diversos problemas: troca
sempre presente foi a melhor coisa, e qualidade. Qual foi o trabalho feito frequente de músicos, falta de apoio da
fomos registrando tudo isso. Quando por vocês para assim continuar? mídia e do público, mas nunca desisti.
voltamos ao Brasil, selecionamos o M.Mictian: Perseverança! Acreditar Sabemos as dificuldades de se fazer
que estava melhor, levamos ao estú- fielmente no que faz e gostar disso. metal extremo aqui no Brasil, mas faço
dio onde foi remasterizado e lançamos Eu não sou um banger virtual eu não o que quero e o que gosto, o metal está
este álbum; é um registro importante brinco de ter uma banda, não sou um em minhas veias, em minha alma. Sou
para os moldes underground. Não é menino rebelde que fez uma banda para um banger, não me vejo fazendo outro
uma super produção, mas é algo real, sair com as garotas, minha adoração ao estilo de música. Nunca me passou
sem overdubs nem nada, apenas Metal metal vai muito além do que se possa pela cabeça de cessar com a banda, eu
Extremo, direto, agressivo. Puro metal imaginar. Quando formei o Unearthly ainda vou muito longe com o Unearthly,
mesmo... Energia fluindo. sempre quis contribuir com uma obra pois é o que gosto de fazer.
grandiosa ao estilo de música e de vida
HELL DIVINE: Sempre tivemos curi- que escolhi. Metal não é para fracos, HELL DIVINE:Agora vamos falar do fu-
osidade de saber como é o processo quem está envolvido com este estilo turo da banda: o Unearthly tem algum
de composição e gravação de uma de música tem que saber exatamente plano, já que o disco de vocês começou
banda. Devem acontecer coisas real- o que significa ser um Headbanger, por a ser lançado em outros países, como
mente interessantes. Você poderia isso nunca desistiria de meus ideais. México, Chile e Venezuela? Falem
nos falar como foi a produção do seus projetos para o futuro.
“Age Of Chaos”, o clima dentro de HELL DIVINE: Vocês no início da car- M.Mictian: No momento já estamos
estúdio e alguma curiosidade? reira tinham um apelo visual mais trabalhando em um álbum novo e esta-
M.Mictian: Compusemos o disco todo extremo, com o uso de Corpse Paint mos mais focados em divulgação fora
A banda de Black Metal carioca cussões de fórum falando de bandas na Europa e nos Estados Unidos e de aqui no Rio de Janeiro, em muitos en- e aparatos para o palco, vestindo um do país. A idéia mesmo é sair do Brasil,
UNEARTHLY vem galgando, durante e tentando denegrir a imagem dos lá estamos recebendo muitas críticas saios fomos escrevendo o álbum. Desta personagem mesmo. Por que deci- infelizmente aqui não possível se viver
os anos de estrada, um local de outros pra mim; um bando de hipócri- boas e o nome da banda só cresce. maneira, com muito trabalho duro e diram parar de usar e o que você pode de música. Tudo ainda é muito amador,
destaque no cenário underground na- tas, idiotas que se utilizam da internet dedicação, nós demos o melhor que nos falar sobre o que melhorou ou as pessoas têm pensamentos pequenos
cional e internacional. Desde “Living para várias coisas que no final das con- HELL DIVINE: Desde “Infernum...”, tínhamos no momento para este álbum. piorou no nome da banda? e pouco profissionais. É inviável manter
Under The Sign Of Blasphemy” até o tas apenas prejudicam a suposta “cena” o Unearthly se mantém bem fiel às Quando percebemos que tínhamos um M.Mictian: Nada mudou com relação a a banda em nosso território; o país tem
último lançamento, “Age Of Chaos”, que ele mesmo diz fazer parte e gostar. raízes e cultura Black Metal, mas a disco pronto partimos para São Paulo usar ou não corpse paint, apenas deci- dimensões continentais, mas a mente
percebemos uma evolução natural E isso não atrapalha só o Unearthly, e sonoridade da banda evoluiu e muito, para o Da Tribo Estúdio onde já gra- dimos não usá-los mais. Não nos sen- ainda é de colonos. Vamos alçar voos
dentro da música feita por eles. Con- sim a todas as bandas. como foi esse processo? varam bandas como Krisiun, Torture timos mais obrigados a usar somente mais altos e distantes, nosso trabalho
versamos com o simpático M. Mictian M.Mictian: É uma evolução que eu Squad, Endrah, Claustrofobia...passa- isso, maquiagem não pode definir se vai atravessar fronteiras!
sobre a história banda e os planos do HELL DIVINE: O disco Age Of Chaos acho bem normal, sempre ouvi vários mos 15 dias dentro do estúdio somente uma banda é “true” ou não, mesmo
Unearthly para o futuro. teve um destaque impressionante na estilos dentro do metal e chegou uma focados na gravação. Comemos, bebe- porque até bandas de White metal HELL DIVINE: M. Mictian, muito
mídia especializada, sempre tendo hora que comecei a utilizar de tudo mos e dormimos no estúdio! Nada mais usam corpse paint desta forma. Não obrigado pela entrevista! Nós da HELL
HELL DIVINE: M.Mictian, depois boas notas e resenhas muito fa- o que eu ouvia e fui misturando com importava pra gente a não ser gravar o acho que tenhamos alguma obrigação DIVINE agradecemos a oportunidade
de tantos anos na estrada com o voráveis. Depois disso tudo, qual a Black Metal. Além disso, eu nunca quis álbum da melhor maneira possível, es- em usar este aparato; a nossa filosofia desse papo maravilhoso e deseja-
Unearthly, você pode falar pra gente principal diferença que a banda sen- ficar me repetindo, me copiando, me távamos muito concentrados. O mais e ideologia continuaram intactas, minha mos que o Unearthly continue em seu
quais as principais mudanças dentro tiu em relação ao público? auto-plagiando. Desta forma houve engraçado era nós mesmos cozinhando visão sobre religião, igreja e Deus não caminho de sucesso!! Deixe para os
do cenário nacional, tanto os pontos essa evolução, novos elementos foram e fazendo todo esse tipo de coisa (risos), mudou em nada! fãs uma mensagem!
positivos quanto os negativos e no M.Mictian: Com certeza a banda cres- aparecendo e se misturando à nossa ou seja, foram 15 dias comendo muito M.Mictian:Unearthly agradece a opor-
que isso beneficia ou prejudica o tra- ceu e muito, a divulgação foi muito música que acabou ficando mais pesa- mal! O Eregion é o pior cozinheiro que HELL DIVINE: Sempre tive uma tunidade, estamos firmes, fortes e
balho do Unearthly? grande e a resposta foi muito satis- da, agressiva, ríspida. Confesso que me conheço, ninguém consegue comer o curiosidade com relação ao Unearthly: caminhando sempre pra frente. Não te-
M.Mictian: Bom, teve muitas mudan- fatória. Hoje em dia banda está bem agradou muito toda essa miscelânea, que ele faz a não ser ele mesmo (risos). no início da banda, imagino que as di- mos tempo de olhar para trás! Nossas
ças de fato, algumas boas outras ruins, mais conhecida em todo o Brasil e essa alquimia de estilos de metal. ficuldades eram muitas. À época houve bases não foram feitas em areia.
a cena diminuiu muito, hoje em dia também fora do nosso país. Além HELL DIVINE: O Unearthly é uma aquele caso envolvendo o cenário
quase ninguém vai a shows ou com- deste reconhecimento, o respeito HELL DIVINE:M. Mictian, vocês lan- banda que teve várias formações. Black Metal no Rio de Janeiro que teve Entrevista por Augusto Hunter
pra material das bandas. Antigamente maior por parte do publico e da mídia. çaram um disco ao vivo em 2008,
não tínhamos tantos meios de divulga- Todos perceberam que o Unearthly o “Revelations Of The Holy Lies...
ção e mesmo assim a cena era muito está trabalhando sério e com muito Live!”, que registra a turnê de vocês
maior, mais forte e te diria que até profissionalismo, este é um fator forte pela América Latina. Como você pode
mais verdadeira. Já hoje, temos muitos que sempre trouxemos conosco. Gra- nos descrever essa turnê?
“Headbangers virtuais”, aqueles caras vamos um vídeo clipe muito bom, o que M.Mictian: Foi muito gratificante
que ficam baixando músicas e em dis- também ajudou e muito na divulgação poder tocar em alguns países da Améri-

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as únicas músicas que decidimos gravar de se chegar à evolução. O contexto que sombrias. Fizemos algo bem diferente
no debut Pragmatic Evolution. citei é relativo às letras e também ao de todo o CD tratando-se de vocais; re-
nosso gênero mais evidente, Melodic solvemos experimentar sussurros e voz
HELL DIVINE: Continuando em 2005, HELL DIVINE: Vamos falar sobre a Death Metal. Essa música relata um mo- limpa no refrão. A temática da letra é so-
vocês fizeram um show em Tocantins atualidade agora. O disco “Pragmatic mento reflexivo em que o indivíduo está bre um homem que depois de velho vê
divulgando a demo e a banda foi bem Evolution” está pra sair a qualquer sem amigos e precisa de um tempo só na vida bem sucedida dos outros aquilo
recepcionada no local. Como foi essa momento, mas vocês já deram entre- seu para tomar decisões acertadas em que ele foi um dia, então ele promete
experiência? vistas sobre ele pra DJ Valkyrie, nos sua vida. para si mesmo que dará a famosa volta
Mark: Tocamos precisamente em Estados Unidos. Isso facilitou a vida Comfortable Pain: Criei o título e o Lu- por cima e sair da miséria.
Miracema, no Estado de Tocantins, como de vocês ou ainda esperam colher os cas, nosso vocalista, escreveu a letra. É Queria ressaltar que nenhuma das le-
Headliners do Festival Agosto de Rock frutos dessa exposição? literalmente um conjunto de perguntas tras tem relação com cristandade ou
com várias bandas locais. Foi o nosso Mark: Ainda há muito a fazer na divulga- e respostas cujo intuito é ver até onde qualquer tipo de coisa ligada a isso.
primeiro show longe do Distrito Federal ção de Pragmatic Evolution. Como so- alguma dor pode ser confortável. Trata-se apenas do que o ser humano
e tínhamos uma responsabilidade que, mos uma banda independente, resolve- Pragmatic Evolution: Uma das minhas passa em sua vida.
até então, não havíamos sentido. Nossas mos fazer uma tiragem de mil cópias do favoritas. Tento descrever aqui várias HELL DIVINE: Depois do lançamento
O cenário brasileiro sempre nos pre- Mark: As mudanças vieram de forma novas músicas foram muito bem acei- CD para distribuição e tão logo seja pos- formas de se trilhar um caminho evo- do disco, o que a banda planeja para
senteia com grandes bandas dos mais bem natural, pois gosto da maioria tas e tivemos ótimos elogios do público sível, queremos assinar com um selo lutivo sendo menos hipócrita, insensível o futuro? Extensas turnês, mais com-
diversos estados. Dificilmente vemos das vertentes do metal, assim como presente. para lançamento mundial. A primeira e até fazendo aquela velha pergunta: De posição e gravação? Falem um pouco
bandas surgindo no Distrito Federal, todos os outros integrantes. A princí- tiragem nos ajudou muito e tem aberto onde viemos, para onde vamos? dos seus planos.
mesmo tendo nomes de peso como pio começamos tocando Hardcore por HELL DIVINE: A banda parece ter uma várias portas, principalmente no quesito Day to Crawl in Darkness: Todo mundo Mark: Queremos muito fazer uma
Violator, Mortaes, Khallice, entre tan- escolha de nosso ex-vocalista Paulo formação sólida desde 2006, o que fa- shows. Tocamos no Marreco’s Fest, fo- tem seu dia de trevas, então quis ten- grande turnê pelo Brasil e vamos
tas outras. Porém, o ZILLA veio para César e também pelo fato do estilo ter cilita na hora de compor e a convivên- mos a banda mais votada pelo público tar fazer com que esses dias fossem batalhar por isso. No momento tenho
acabar com isso! Com muita qualidade boa aceitação na cena de Brasília. Com o cia é sempre melhor, já que todos têm na seletiva do Porão do Rock com os um pouco mais aceitáveis, mas com feito composições para o próximo CD,
e força em seu álbum debut intitulado passar do tempo, as influências dos de- tempo e conhecimento dos gostos dos Raimundos e, consequentemente, to- condições. Muita gente me pergunta so- a parte instrumental está quase toda
“Pragmatic Evolution”, eles mostram mais integrantes foram tomando força companheiros. O ZILLA se preocupa camos na edição principal do Porão ao bre o final dessa música, e explico que pronta e em seguida escreverei as letras
como o Distrito Federal ainda respira, e, assim, mudamos gradativamente o com a relação entre a banda ou vocês lado de Musica Diablo, André Matos, realmente quis fazer algo diferente para com o Lucas. Queremos isso ainda para
e muito, o metal!! Conversamos com estilo musical da banda, passando pelo acham que isso é algo mais natural? Korzus, Mindflow e várias outras ban- quebrar o “ritmo” do CD usando violões este ano para que no ano vindouro tra-
o pessoal da banda para saber como Thrash, Death e, por fim, Melodic Death Mark: A formação sólida sem dúvida al- das de renome. Concedi entrevista a DJ e teclado trazendo um clima mais bran- balhemos com elas apenas nas peque-
eles chegaram até o resultado do dis- Metal com algumas pitadas de Progres- guma ajuda bastante, mas o ZILLA não Valkyrie que, além de ser uma profis- do e tranqüilo. Dias negros são difíceis nas correções durante os ensaios. Pos-
co. Confiram!! sive e Techincal. é uma banda que se reúne para compor sional fantástica da Hard Rock Radio de encarar, então criei a parte final dessa so adiantar que o próximo álbum será
A resposta do cenário brasiliense foi em estúdio. Faço todas as composições Live dos EUA, é também uma grande forma para contrastar. instrumentalmente mais complexo que
HELL DIVINE: Pessoal, queria começar muito positiva em todas as fases em em casa e as envio por e-mail. Quando amiga. Sem dúvida alguma, essa entre- Inner Vision: O próprio título já diz Pragmatic Evolution com letras temáti-
essa entrevista perguntando o porquê que a banda se colocou. Tratando-se de vamos para o estúdio cada um já está vista atraiu novos fãs para a banda em tudo. Ela fala sobre reflexão interior cas e, novamente, a arte gráfica do CD
do nome “ZILLA? fase a atual, a aceitação tem sido a mais devidamente ciente do que deve fazer. outras partes do mundo já que o pro- usando meios comparativos. É como se será de minha autoria.
Mark: Na época que escolhemos o nome positiva e gratificante de todas, pois tem Tanto que algumas músicas soam quase grama dela tem uma ótima audiência. fosse também um aprendizado olhando
da banda queríamos algo prático e nos aberto várias portas para grandes festi- perfeitas na primeira execução. Essa através dos defeitos alheios. HELL DIVINE: Muito obrigado pela en-
baseamos em nomes fáceis em nossa vais de renome nacional e também na metodologia praticada pela banda tem HELL DIVINE: O disco conta com 11 March to the Abyss: Bom… essa letra trevista, espero que o ZILLA continue
consideração como Pennywise e Bio- mídia internacional. funcionado muito bem desde o início. faixas. Vocês poderiam fazer um faixa- é meio “toma lá, da cá”, ou seja, você no caminho certo e colham os frutos
hazard, bandas das quais gostamos e a-faixa, contando o signifcado de cada sempre ou quase sempre aprende com do árduo trabalho de vocês. Deixem
nos inspiraram muito no início. Existem HELL DIVINE: Em 2005, a banda teve HELL DIVINE:Em 2009, vocês lan- uma? aquilo faz de errado. uma mensagem pra Hell Divine Metal
vários significados para o nome ZILLA sua primeira experiência em estúdio, çaram a “DEMOnstration Version” Mark: Ótimo! Vamos lá então... Massacre: Bagaceira total. É a música Crew.
dentre eles “Sombra” em aramaico. gravando a demo “Dry Throat”. Como com 7 faixas. Nessa demo a banda já Disconnection: É uma música instru- mais longa do CD. Devido à sua com- Mark: Valeu por todo apoio e pela entre-
ZILLA é o nome dado a alguém muito vocês se sentiam enquanto banda? tinha o atual direcionamento, ou con- mental na qual eu queria uma sereni- plexidade essa faixa exige um pouco vista! O ZILLA deseja muito metal para to-
querido, e também é o nome de um tipo Conte-nos como foi a experiência de tinuavam com a pegada Hardcore do dade para a abertura do CD. mais da banda ao vivo. A letra fala de dos e deixo mais uma notícia para os fãs:
de formação de teias de aranha. estúdio? início da carreira? Neverending Violence: Típica música de uma guerra que houve entre o Japão e a já começamos a compor músicas para o
Mark: Foi uma experiência impressio- Mark: Essa é uma demo de transição contexto Death Metal que fala de batalha China no início do século passado, onde próximo álbum que será
HELL DIVINE: A banda começou fa- nante. Não tínhamos feito nada parecido dos estilos na qual ocorre literalmente a interminável e morte. Acho muito legal milhares de pessoas foram dizimadas. mais melódico
zendo Hardcore e hoje em dia vocês antes e havia uma curiosidade muito mistura todas as fases incluindo músi- uma intro calminha e uma música brutal Nothing but Chaos: Apesar do título ela e mais brutal.
fazem um Melodic Death Metal de grande para ouvirmos a nossa música. cas da fase atual. O que nos motivou em seguida e essa idéia foi bem aceita não fala de guerra. É uma letra interes- Aguardem!
qualidade. Essa mudança veio de que Dry Throat foi muito importante também a fazer a “DEMOnstration Version” era entre os demais integrantes e, conse- sante, pois relata a trajetória de um indi- Grande abraço.
forma? E depois dessa mudança bem para analisarmos as primeiras com- basicamente divulgar a nossa estréia quentemente, pelos nossos fãs. víduo esforçado que tenta vencer suas
extrema, vocês tiveram alguma res- posições. Apesar da qualidade não ter no MySpace e o novo site da internet Down the Edge: A partir dessa música dificuldades e sofrimentos. Entrevista por
posta do cenário brasiliense, ou tudo sido boa, tivemos um resultado satis- na época. “March to the Abyss” e “Inner adentramos no real contexto no qual o Outnumbered: Literalmente é a minha Augusto Hunter
continuou do mesmo jeito? fatório para o que queríamos na época. Vision”, que estão no disco demo, foram álbum se insere que são os vários meios favorita. Muitas melodias e passagens

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As principais influências vêm desde o fazemos. Não só lançar uma música ou Mas atualmente tenho ouvido muito
Cannibal Corpse ao Job For A Cowboy. outra. Acreditamos que a maioria das desse tal “Deathcore”. Dá pra pin-
Do Pantera ao The Acacia Strain. Quali- pessoas que goste de música não fique çar algumas bandas boas. A minha
dade do novo com a pegada do metal apenas ouvindo algo e pronto. Não! preferida atualmente é a “The Acacia
antigo. Elas buscam o máximo de informação Strain” de Massachucets. Não são bem
possível, conhecer e correr atrás. Isso Deathcore, têm uma levada bem Hard
HELL DIVINE: De onde vem a inspi- pra nós é muito importante. Sem falar Core, mas com muito, muito peso. Não
ração para compor as músicas da que há muito tempo pretendemos fazer é tão convencional. O Luis sempre com
HELL DIVINE: Saudações, família Colt uma ótima pessoa pra chapar todas. Sem falar também no show com os banda? um vídeo de uma das nossas músicas. o tradicional Cannibal Corpse. Esse ví-
45! Conte-nos um pouco sobre a tra- brothers da Uganga, bem no início da Colt 45: Creio que, primeiramente, das Nós curtimos muito isso também. cio dele ninguém tira. O Muzzy sempre
jetória da banda desde sua formação HELL DIVINE: Vocês já fizeram di- nossa caminhada. Eles estão na cor- bandas que nós admiramos. De apren- na pilha brutal do Grind e o Thiago mais
até hoje. versos shows e já dividiram palco reria há muitos anos, merecem muito der com eles como tocar um som forte HELL DIVINE: Vocês têm algum pro- no Thrash.
Colt 45: Salve galera da Hell Divine, com muitas bandas importantes do respeito e admiração. Recentemente e crescermos musicalmente com isso. jeto paralelo à banda?
valeu demais pela oportunidade. Bom, cenário nacional e mundial. Teve al- estivemos tocando junto com os Depois contamos mais com o feeling Colt 45: Atualmente não. Mas há alguns HELL DIVINE: O que é fazer música
a banda começou em meados de 2006, gum desses shows que mais marcou caras do Whitchhamer. A galera mi- mesmo. Renovar repertório, tentar meses, tanto o Luis quanto o Thiago e para vocês e o que isso representa?
com um contato meu (Marcelo) com a banda? Por quê? neira, principalmente aqueles que vêm coisas que não tivemos oportunidade o Muzzy tinham seus projetos. Eu não, Colt 45: Para nós, é sempre superação
o baterista Thiago; estávamos com a Colt 45: Foram vários shows real- da antiga escola do Metal sabem o que ainda de tocar. E inovar. Sem falar que mas quem sabe possa surgir algo. e aprimoramento naquilo que a gente
intenção de montar um projeto agres- mente muito legais e fodas que par- eles também representam. Creio que não estamos presos a um único estilo mais gosta: música pesada. É crescer-
sivo e pesado. Eu tinha o contato do ticipamos. Mas enfatizamos o nosso tenha sido nosso primeiro show junto de som. Aparecendo algo legal, que en- HELL DIVINE: Conte-nos como é o mo- mos como músicos e pessoas. Há
baixista, que era o Bruno na época, e o show em 2008 com a banda americana com banda “true” antiga de MG. Foi caixe bem e vimento em seu Estado? Você acha sempre muita coisa pra lidar e muitas
Thiago tinha o contato do Luis. Na época Outbreak. Foi a primeira banda gringa ótimo! Estar ao lado e tocar que as bandas têm recebido apoio e pessoas para se relacionar. Isso requer
queríamos mesclar o Hard Core NY com que já tocamos junto e o show foi reconhecimento por parte dos orga- aprendizado em todas as formas. Se
o Metal tradicional, trazendo influên- nizadores de shows e do público? conseguirmos lidar com isso e ainda
cias diretas de Hatebreed, Pantera e Colt 45: O movimento é bom, é forte. fazermos algo bom, que agrade a nós e
Lamb of God. Com o tempo, fomos Há muitas bandas boas e público legal, também às pessoas, nosso papel está
aprimorando o som, e a tendência foi mas creio que poderia ser ainda mais sendo muito bem feito. Estamos cor-
puxarmos mais para o Metal, pegando intenso. Com maior participação das rendo atrás disso e de sermos recon-
o Death Metal como maior inspiração. pessoas que gostam, como era num hecidos por isso.
É o estilo que nós mais gostamos e passado não muito longe. A questão
nos identificamos atualmente. do apoio e reconhecimento é um pouco HELL DIVINE: Agradeço pelas pala-
relativo. Pesa para alguns lados, princi- vras e deixo o espaço para que vocês
palmente falando de movimento Under- mandem um recado para todos que
HELL DIVINE: Como segue o atual ground. Apoio e reconhecimento moral acompanham o som de vocês e para
line-up da banda? de produtores e organizadores rola aqueles que tenham interesse em
Colt 45: Marcelo no vocal; Luis Augus- sim, e muito, ainda mais no interior. Lá conhecer.
to na guitarra, Muzzy no baixo e Thiago as pessoas valorizam ainda mais o seu Colt 45: Muito obrigado pela força e
Carvalho na bateria. trabalho. Em termos de apoio finan- oportunidade de participarmos dessa
ceiro, a história é mais complicada. Na entrevista. Esperamos participar de
maioria das vezes as bandas não são outras mais. Estamos à disposição.
HELL DIVINE: O que mudou com a en- remuneradas para fazer o corre todo. Um abraço aos amigos e bandas que já
trada do Muzzy? De transporte, rango ou estada. O que nos conhecem. Vocês sabem que po-
Colt 45: As mudanças já estavam ocor- dificulta um pouco, pois temos o in- dem contar com a gente pra qualquer
rendo, principalmente na parte sonora. teresse de levar o nosso trabalho para trampo ou correria. Vocês sabem quem
A entrada do Muzzy nos ajudou a en- todo o canto, e nem sempre temos são vocês. As pessoas que não nos
trarmos de cabeça mesmo na reestru- como bancar tudo isso e as pessoas conhecem, procurem, questionem, en-
turação do som e manter o espírito soe legal, com que fazem esses shows, na maioria trem em contato e principalmente: vão
da banda forte e empolgado. Era uma certeza vamos tocar. das vezes também não, devido ao corre aos shows. Procuramos ao máximo
época um pouco conturbada para nós e com bandas com essa pegada deles para a estruturação do show ou fazer o melhor e com muita intensi-
o que mais precisávamos era fortalecer excelente! Casa cheia e séria, só nos inspira mais a continuar HELL DIVINE: E quanto a projetos fu- evento. Isso acarreta no cancelamento dade. Se você valoriza isso, ótimo.
a nossa estrutura. Muitas mudanças re- galera pirando, no melhor estilo Hard tocando. turos, podemos esperar algum lança- ou a não aceitação de participarmos Você é um dos nossos. E vida longa ao
pentinas. O Muzzy veio pra nos ajudar Core. E outro que gostamos de frisar mento para breve? de algum show que estávamos loucos som pesado.
a focar no que realmente queríamos e foi o convite que o Holocausto nos fez HELL DIVINE: Como vocês definem o Colt 45: Sim, temos vários projetos. para tocar.
pretendemos como banda: crescer. para abrirmos um dos shows deles. É som do Colt 45? Quais as principais Um deles é criar um material legal de Entrevista por Ramon Butcher
Ele estava empolgado, nós também. uma banda que gostamos muito e que influências da banda? divulgação da banda com algumas HELL DIVINE: Quais as bandas que
As intenções eram as mesmas, boas e ainda tem muita repercussão no Metal Colt 45: Pesado, tenso e agressivo. músicas, camisas, adesivos e etc. Um vocês têm escutado atualmente?
claras. Tudo casou muito bem e esta- nacional, pelo estilo de som deles e Não saberia definir em outras palavras. material pronto e bem feito para quem Colt 45: Eu tenho escutado coisas no-
mos muito fortes e firmes. Sem falar na pelo que eles representam. Foi muito Tentamos extrair o melhor do Metal estiver interessado em conhecer a ban- vas. Tudo que é novo me atrai. Gosto
maior criatividade para as composições importante termos o reconhecimen- atual e do antigo e tentamos deixar com da, com bastante informação sobre nós de som inovador. Apesar que o antigo
musicais e letras. E ainda por cima é to de quem a gente admira demais. a nossa cara. e que todos possam sacar bem o que ninguém me tira. Pantera no coração.

20 21
é viável devido às más condições para aos shows, e isso é realmente maravil- HELL DIVINE: Por fim, quais são os
realizar um show. hoso. O death metal está ganhando es- planos da banda para o futuro?
A cada ano o underground nacional Como foi o processo de gravação do The Jokke: A temática do álbum fala paço sim e esperamos que fique cada vez The Jokke:Estamos apostando na divul-
vem crescendo e se aprimorando, seu primeiro trabalho? Tiveram obs- sobre a inquisição. Entrei em contato HELL DIVINE: A respeito dos shows, a maior! gação. Queremos um clipe e tours, estou
ganhando novas bandas que lutam táculos ou simplesmente ocorreu de com Marcos Miller (responsável pela banda pretende iniciar uma turnê ainda negociando alguns shows, em breve
pelo seu espaço. Como uma boa pro- forma natural? capa) e falei pra ele sobre o assunto esse ano? HELL DIVINE: É muito comum entre sairá algo em nosso site.
va, nós da Hell Divine, conversamos The Jokke: Então, a idéia do álbum mas não enviei nenhum som da banda The Jokke: Estamos negociando algu- bandas ocorrerem muitas alterações Não deixem de conferir o som da banda
com a banda The Jokke, que estreou surgiu com o descontentamento que para ele. A idéia era nos desprender de mas datas, mais detalhes em breve. em sua formação. Vocês acham que em www.myspace.com/officialthejokke.
ano passado, com o seu trabalho eu tinha com minha antiga banda. Me qualquer clichê visual do death metal isso pode ocorrer com vocês? Lá, você encontrará o cd “While Flame
While Flame Burns. Segue abaixo a tranquei por dois dias em casa, com- em geral, então saiu assim. HELL DIVINE: Vocês acham que o The Jokke: Já ocorreu (risos) muitas Burns” disponível gratuitamente para
entrevista na íntegra. pus o álbum, entrei em contato com metal extremo está ganhando cada vez vezes!!! (risos). Logo depois de gravar download. Gostaria de agradecer tam-
Mauricio Weimar (responsável pela HELL DIVINE: Como vocês agem a mais espaço no cenário nacional ou o disco, Mauricio Weimar saiu da banda bém o pessoal que nos apóia e vocês, da
HELL DIVINE: Vocês são uma banda bateria do disco) e gravamos o disco, respeito da divulgação do trabalho? vocês acham que ele ainda está atrás por interesses pessoais, então fomos Hell Divine, por nos conceder o espaço.
nova e que começou a ganhar notorie- sem qualquer ensaio. Foi louco, mas Vocês estão apostando mais na rea- de outros gêneros? Sendo uma banda atrás de baterista, achamos alguns total- Stay brutal, Igor Dornelles!
dade há pouco mais de um ano após era isso a proposta inicial, algo total- lização de shows ou na divulgação do de Death Metal Brutal, qual a opinião mente inviáveis e agora estamos como
sua formação. Que opinião vocês as- mente pirado mesmo (risos). álbum? de vocês a respeito disso? dupla mesmo, fazendo shows assim. Entrevista por Yuri Azaghal
sumem a respeito do underground The Jokke: Estamos divulgando o ál- The Jokke: Muita gente nova está indo
nacional? Vocês acham que ele real- HELL DIVINE: Novamente falando da bum junto com nossa assessoria de im-
mente anda expandindo? arte da capa, o que ela representa prensa e o resultado está sendo mara-
The Jokke: Há muitas bandas boas por para vocês da banda? Por que a es- vilhoso, 4000 downloads em 2 meses!!!
aí e a internet veio pra divulgar essas colheram? Queremos tocar mais, mas nem sempre
bandas de maneira fácil e rápida para o
público em geral, mas ainda acho que o
underground nacional é pequeno. Pou-
cas pessoas comparecem nos shows e
os organizadores não tratam as bandas
novas com devido respeito.

HELL DIVINE: Quais foram suas in-


fluências na formação da banda?
Quando ouvi o álbum, pude notar uma
semelhança com Krisiun, tanto na
temática das letras quanto no som de
algumas faixas. O Krisiun realmente
serviu como influência, já que vocês
também são gaúchos, ou suas influên-
cias são completamente diferentes?
The Jokke: Escutei Krisiun logo quando
descobri o death metal. Mas a proposta
da The Jokke não é soar como os caras.
Acho uma grande banda, mas não é essa
proposta. Na época, eu estava escutan-
do música brasileira, erudita e jazz.

HELL DIVINE: While Flame Burns


possui um som brutal e de extrema
qualidade. Suas letras são bem escri-
tas e a arte da capa bem produzida.

22 23
Pascal teve a liberdade de se divertir Behemoth e outras grandes bandas. al” na nossa página de Myspace. Somos
com o desenho e fazer o que quisesse, Como o seu gosto pessoal na música uma banda de Death Metal só porque
contanto que ainda contivesse a essên- influenciou o nascimento desse mate- temos gutural? Acho que somos uma
cia do álbum. O resultado foi surpreen- rial? mistura de muitas coisas que existem,
dente. Alex Loignon: Na verdade, meu gosto mas fazemos isso em um nível diferente
musical não afeta a música, pois não es- de intensidade. A principal coisa no nos-
HELL DIVINE: Para reunir uma banda crevo o material. Ash e Guert, por outro so som é o sentimento oriental. Ok. Nós
A cena no Canadá sempre foi algo que car. Nós sempre tínhamos a idéia de ter- a humanidade, seja ela boa, ruim ou na cidade de Quebec foi um trabalho lado, escrevem muito e algumas influên- não somos os primeiros. Bandas como
me deixou intrigado, temos grandes mos aluns teclados e samples em nosso qualquer coisa entre eles. difícil de fazer, ou foi simplesmente cias do que eles ouvem ficam evidentes. Melechesh, Nile, Orphaned Land, Scar-
nomes oriundos do país, como o Ex- som, então assim que encontramos perfeito e fácil? Se eles estão ouvindo muito “Thrash” ab e Arkan já fizeram isso. A diferença
citer, Voivod e Annihilator. De tempos Sam o convocamos para preencher a HELL DIVINE: Esse é o primeiro lan- Alex Loignon: Como disse antes, éra- uma semana, seu material será, muito é que não estamos aqui para sermos
pra cá, poucas bandas teriam surgido, vaga. Depois de tocar alguns shows em çamento da banda, nele poderemos mos um grupo de amigos e encon- provavelmente, um pouco mais nesse extremos e rápidos o tempo todo, nem
mas vemos um “aquecimento” no nossa região, tornou-se óbvio que falta- ver muitas influências legais. Quem tramos as partes faltantes do enigma sentido. Se eles estiverem ouvindo mais suaves sempre, e sim para equilibrar as
país, nomes como Protest The Hero, va motivação para Rem continuar, então você poderia dizer que é a influência através da escola e da Internet. Assim música experimental, provavelmente coisas.
Divinity vem mostrando que o país ain- ele saiu e foi substituído por Jonathan. principal da banda e como isso afeta a sendo, foi razoavelmente fácil. A parte tenderá a ir para uma composição mais
da tem o que nos presentear. Esse é o Já o conhecíamos de um show que fize- música do Aeternam? dura está manter todos juntos e fo- ambient. Isso nunca para de mudar e de HELL DIVINE: E agora, depois de fazer
caso do Aeternam, maravilhosa banda mos com sua antiga banda. É com este Alex Loignon: Acho que a principal in- cados… Não podemos ter 4 caras se se aperfeiçoar. alguns shows no Canadá, com os pla-
de Death Metal vinda de Quebec. Con- line-up que gravamos “Disciples”. Se fluência é do Nergal do Behemoth. Ele matando, batendo cabeça feito loucos, nos de Aeternam de conquistar o mun-
versamos com Alex Loignon para sa- você acessou nosso Myspace e Face- é tão inspirador. Ele não tem medo de enquanto o 5º elemento está pensando HELL DIVINE: Analisando sua agenda do você tem o Brasil em seus planos?
ber o que está por trás do maravilhoso book ultimamente, deve ter notado que forçar os limites e provocar as pessoas. em metereologia, você me entende? A de shows, o mês de setembro foi bem O que você sabe sobre o nosso país?
debut deles, intitulado DISCIPLE OF o nosso line-up mudou mais uma vez. Isso ajuda a mover a música para frente. banda precisa ser a maior parte da sua cheio. Após a assinatura com uma boa Alex Loignon: Assim que começarmos
THE UNSEEN (Metal Blade Records – Jo e Sam saíram da banda por motivos Além disso, ele é um grande artista! vida, ou então você não está ajudando gravadora, você sentiu um crescimen- a viajar, tenha certeza que iremos, inde-
2009). pessoais. Chamamos o Jeff para dar ela a crescer. Eu não culpo os indivíduos to nas marcações de shows ou são as pendentemente de nosso destino. Real-
conta do baixo. Ninguém tomou o lugar HELL DIVINE: O conceito visual do seu que deixaram a banda. Na verdade, até mesmas de sempre? mente acho que iremos para a América
HELL DIVINE: Como Aeternam se tor- do Sam e nós ainda estamos incertos se álbum é algo para chamar a atenção, os agradeço. Nós passamos um ótimo Alex Loignon: É claro que ter “Disciples” do Sul. Ouvi de um amigo que já tocou
nou realidade? Você poderia nos con- vamos procurar um substituto. Quanto é muito bonito. Quem foi o gênio que período juntos. Eles nos respeitaram o sendo lançado pela Metal Blade nos aju- por aí que o público é excelente.
tar a história em torno do nome? ao nome, queríamos algo para refletir trabalhou com vocês atrás esse con- bastante para nos deixar saber que não dou sermos muito vistos, mas o acordo Voltando à segunda parte da pergunta,
Alex Loignon: Formamos a banda um o conceito lírico de deuses e mitologia. ceito? sentiram mais como parte da banda e é pelo álbum e não pela turnê, por isso devo dizer que eu não sei muito. Sei que
pouco mais de três anos atrás. Eu já era Optamos por Aeternam porque significa Alex Loignon: Pascal Laquerre cuidou que nós deveríamos encontrar alguém não estávamos “ligados” a grandes minhas aulas de espanhol não vão me
amigo de Antoine e Rémi. Os dois encon- basicamente “eterno” e a idéia de deus- da arte de capa. Tínhamos visto o seu que realmente queria estar lá. turnês. O aumento do número de shows ajudar por aí mesmo! Ah, e que vocês
traran Ash na escola e o apresentaram es, apesar de estar perdendo o impacto trabalho em Prevail do Kataklysm e gos- vem do trabalho de nossa agência de tem uma grande festa no Rio (risos)!
para mim. Ash e Antoine começaram a que costumava ter, está aqui para ficar... tamos muito. Antoine o contatou e en- HELL DIVINE: Antes de assinar com a agendamento, Galy Records. Galy faz Fora isso, não são vocês lutam “ca-
escrever um material e iniciamos a to- isso forjou países e continua a afetar viou uma idéia básica para o desenho. Metal Blade Records, como era sua um trabalho incrível e trabalha com poeira” ou algo assim? Sou do tipo per-
vida de banda? muitas grandes bandas e cuida sempre dido quando se trata de seu país, mas
Alex Loignon: Foi basicamente como de seu pessoal. Ele nos leva para shows realmente gostaria de descobri-lo ao
todas as outras bandas locais. Ensaiáva- legais como os que tocamos duas se- máximo. Talvez pudesse ter uma ajuda
mos algumas vezes por semana e fazía- manas atrás com Beneath the Massacre de vocês (risos)!
mos alguns shows aqui e ali apenas por ou tocar com Martyr e Quo Vadis. To-
diversão. Na verdade não mudou muito das essas são bandas que eu gostava HELL DIVINE: Poderia listar 5 álbuns
após o lançamento de “Disciples”. Tive- quando era mais jovem e é ótimo poder que, por algum motivo, marcaram sua
mos alguma exposição e começamos abrir para eles. vida e explicar por quê?
a tocar em lugares que antes não tería- Alex Loignon: Difícil, mas aí vai:
mos condição ou com bandas com as HELL DIVINE: Em “Disciples Of The 5: Pantera - Vulgar Display of Power. O
quais só poderíamos sonhar. No en- Unseen”, podemos ouvir muitas pas- jeito do Dime nesse disco é demais. Seus
tanto, nossa situação ainda nos impede sagens melódicas, sem esquecer a solos arrancam lágrimas das músicas.
de realmente embarcar em uma turnê. forma extrema. Pode nos dizer qual Amo o fato de a banda não ter precisado
Resolveremos nossa situação em breve é a principal diferença de Aeternam de muita coisa rolando o tempo inteiro.
e nos engajaremos no segundo disco da para outras coisas que tem sido feitas Quando é a hora do solo, na maior parte
banda. na cena Death Metal, ou vocês não do tempo você ouvirá um pouco de ba-
veem a si mesmos como uma banda teria, baixo e toda a doçura do som do
HELL DIVINE: “Disciples Of the Un- de Death Metal? Dimebag Darrel.
seen” é um álbum de Death Metal que Alex Loignon: A classificação é uma por- 4: Vehemence – God Was Created. É
mostra muitas influências como Nile, caria. É por isso que escrevemos “met- Death Metal levado à perfeição. Em min-

24 25
ha opinião, essa banda tem uma grande HELL DIVINE: Voltando a falar sobre Alex Loignon: Na verdade, estamos
mistura de tudo. Os vocais parecem o álbum “Disciples Of The Unseen”, trabalhando em algumas coisas novas.
sair diretamente do diabo, e as guitar- como era o clima nos estúdios de Tocamos algumas músicas algumas
ras pesadas, porém melódicas, baixo e gravações, foi fácil trabalhar com Jeff vezes e tudo o que posso dizer é que as
bateria soam muito bem, e você ainda Fortin? Tudo correu bem e fácil, ou pessoas enlouquecerão nos próximos
tem um bom e velho violão acústico em teve algum momento estressante? shows...
algumas faixas. É obrigatório, se você Alex Loignon: Não havia muito com
me perguntar. o que se estressar. Na verdade, só foi HELL DIVINE: O resultado de
3: Unexpect – In a Flesh Aquarium. estressante até contratarmos o JeF, até “Disciples Of The Unseen” é um
Simplificando: é ótimo, é incrível, e é mesmo porque foi a nossa primeira álbum de lançamento muito bom,
canadense! vez em um estúdio. Ele foi muito legal parabéns para vocês! Foi bom conver-
2: Behemoth – The Apostasy. Deliciosa- com a gente e nos ensinou a trabalhar sar com você e, por favor, deixe uma
mente maligno do começo ao fim. Tudo de uma forma real. Ele manteve uma mensagem para seus fãs brasileiros
sobre este álbum deve ser o resultado agenda apertada, mas ainda nos permi- e pro pessoal da HELL DIVINE METAL
de muito planejamento e ele funciona tiu ter diversão por lá. Ficamos alojados CREW.
muito bem. É inteiramente intenso. Ain- em seu próprio lar durante o período da Alex Loignon: Valeu cara! Foi bom falar
da é cativante enquanto violento, o que gravação, para que não tivéssemos que com você também. Brasil: mantenham
é uma coisa boa. Também adoro a cola- viajar durante o inverno, o que foi muito seus chifres bem altos, para podermos
boração do Warrel Dane do Nevermore, legal. Ele também não é contra cerveja e vê-los daqui do Canadá!
os vocais parecem se complementar. nachos, então nos demos muito bem!
1: Metallica – Ride the Lightning. Está no Entrevista por Augusto Hunter
topo simplesmente porque é o primeiro HELL DIVINE: Após os shows que es-
álbum de metal que eu comprei. Me tão fazendo, o Aeternam tem algumas
apaixonei pelas as guitarras pesadas e músicas novas para um novo materi-
pelo som cru desse disco. al, ou o tempo de compor ainda está
para vir?
dos anos 80. As guitarras estão pe- work” lembrando muito Megadeth,
sadíssimas numa produção perfeita Tankard e Death Angel. Com riffs bem
de Andy Sneap, fugindo à sua assi- trabalhados, técnica, backing vocals
natura padrão e respeitando o pas- bem encaixados e solos bem elabo-
sado dessa banda. Andy trouxe a rados, a banda conseguiu me fazer
APOKALYPTIC RAIDS BLEED FROM WITHIN
sonoridade clássica do Accept para a voltar aos bons tempos do thrash.
ANNOTATIONS OF AN AUTOPSY “Vol. 4” “Empire “
década de 2010. A primeira música uma pequena in-
“Reign of Darkness” Phonocopia Artery/Rising Records
E Tornillo... Bom, o cara provou que trodução criando um certo clima
merece o lugar. Está perfeito na fun- e um relógio em contagem para a Nuclear Blast/ Seige of Amida Records
Falar do Apokalyptic Raids é falar de Formado em 2005 o Bleed From
ção, nem dá pra sentir falta de Udo, pancadaria, e logo começa a música
A primeira vez que escutei o álbum uma das pioneiras da tendência dos Within possui uma “pequena grande”
por mais que isso possa parecer uma “Blast Off” com riffs mega rápidos
ACCEPT “Before The Throne Of Infection” foi um anos 80, que de um tempo pra cá tem carreira até agora. Logo que foi lan-
heresia. Tornillo tem a mesma quali- lembrando o auge do Megadeth. “Of
“Blood Of The Nations” passo para começar a ouvir Grindcore, ficado cada vez mais famosa. Nada çado o primeiro EP a banda já con-
dade rascante de Udo na voz, mas Men and Tyrants” é a segunda, com
Nuclear Blast e já esperava ansiosamente por um contra, acho até bem legal ter esse quistou seus primeiros fãs, o sufi-
com uma característica mais melódi- pegada rápida e bem trabalhada e
novo álbum do AOAA. Por um lado veio avivamento de como era feito o som ciente para turnês no Reino Unido
ca e encorpada, lembrando um pou- refrão à la Dave Mustaine. Os solos,
Caceta! Sim, foi exatamente essa pa- um bom álbum, muito agressivo e a e como pra sempre deverá ser feito. e toda Europa. Em 2009, seu ál-
co o também lendário Mark Storace nem se fala! Bem ao estilo que todos
lavra que me veio à mente quando evolução das letras trazendo principal- Vamos falar desse maravilhoso dis- bum de estréia levou a banda a um
(Krokus) ou o falecido David Wayne conhecemos do diabo loiro. A música
finalmente escutei esse disco da de- mente um conceito lírico afiado sobre a co, que marca a estréia do baterista sucesso merecedor. O disco, conten-
(Metal Church). “Clockwise” me faz lembrar “Rust
sacreditada formação atual da banda. queda da humanidade; mas para maior Márcio “Slaughterer” Cativeiro que, do apenas músicas inéditas, mostrou
Então, o que resta a dizer? No fi- in Peace”, outro grande clássico do
Quando o Accept anunciou que ia re- decepção veio uma banda totalmente em minha opinião, fez um trabalho todo talento que a banda podia dar
nal ganharam todos, Udo com sua Megadeth com riffs pesados e bem
tomar as atividades sem o já lendário nova, com som muito limpo, diferente excelente na bateria dessa lendária no momento: muitos breakdowns
excelente carreira solo, o Accept, trabalhados. Mais à frente, pulando
Udo, era quase um consenso na inter- daquele anterior em que as variações banda: simples e direto como se deve com guitarras melódicas em um rit-
que pode retornar com a classe que algumas faixas adorei a música “My
net de que viria porcaria por aí. Quan- de guturais e vocais rasgados levavam ser, sem grandes “firulas”, mas com mo brilhante. Já nesse ano, talvez a
merece, e os fãs, pois ganharam duas Insanity” que foge um pouco do es-
do a banda liberou versões de clás- a pig squeals, mostrando o bom lado muita qualidade. angústia dos fãs por novas músicas
fontes de clássicos do Metal germâni- tilo Megadeth e vai cair no colo de
sicos na voz do novo vocalista, Mark Grind da banda. A primeira faixa após a Pra quem espera alguma coisa muito tenha levado o Bleed From Within a
co! Que esse retorno seja prolífico! E Death Angel com bases mais clima-
Tornillo, o povo então se encarregou introdução ”In Snakes I Bathe” é muito diferente nesse disco da banda está lançar seu segundo álbum “Empire”
repito: caceta! Que disco bom! tizadas e bem elaboradas. O solo não
de acender as fogueiras aos brados boa em relação a Death Metal, o vocal muito enganado, vai encontrar aquele no qual as letras continuam muito
fica pra trás e traz velocidade com a
de “heresia!”. Eu, já conhecendo o segura a barra e é instrumentalmente mix perfeito já ditado há muito por criativas e a parte técnica está in-
Nota: 10 bateria muito bem tocada dando mais
passado do “novato” no ótimo TT agradável com solos não muito eleva- clássicos como Hellhammer e Celtic strumentalmente muito bem elevada.
Marcelo Val agito. Com certeza “One Side One
Quick, sabia que de novato Tornillo dos. “Catastrophic Hybridization” não Frost, mas e daí? O material em Vol. 4 Diferentemente do primeiro álbum,
War” me faz realmente bater cabeça
nada tinha, sendo um veterano dos possui muitas variações de vocais como está perfeito como sempre, em cada as faixas não são tão chamativas, o
como um headbanger faminto por
anos 80. E conhecendo a experiência em todo álbum, mas apresenta nas música uma empolgação, uma von- peso das músicas parece ter caído
thrash, pois ela quebra um pouco o
anterior do Accept sem Udo, no in- guitarras ótimos arranjos melódicos. tade louca de banguear e berrar, do lembrando Metalcore. A faixa “The
que o CD vinha apresentando, e faz
justamente esquecido e renegado Eat Quase no fim do álbum, em “Portrait of jeito que o Metal deve ser feito! Healing” escolhida para o primeiro
as palhetadas parecerem marteladas,
The Rich (cujo vocalista, o também Souls”, observamos mais variação de Ouçam com calma, pessoal, e vocês vídeo não mostra algo que seja muito
em conjunto com o peso dos bumbos
ótimo David Reece, lançou disco solo vocal, por isso foi uma música que me verão: o estilo nunca morrerá enquan- atrativo e inovador. Em “Emperor” o
massacrando os tímpanos. Enfim, o
recentemente), sabia que a banda chamou mais atenção. Se o selo Death- to tivermos bandas de tanta qualidade que pode destacar a música são a
Angelus é uma banda de muita quali-
conseguiria se virar muito bem sem core um dia foi dado a eles, parece que como o Apokalyptic Raids no cenário. velocidade e o solo, mas isso ocorre
dade musical e com grandes influên-
o baixinho. foi quebrado. E se era a pretensão da Um destaque para a gravação, que me também em outras faixas, o que tor-
cias, certamente esperarei pelo próxi-
Só que não dava para esperar algo banda, esses caras conseguiram atin- remete com brutalidade ao início dos na as músicas muito parecidas e sem
mo trabalho desses thrashbangers.
tão bom quanto Blood Of Nations, gir ao Death Metal, mas nada muito anos 80. É simplesmente lindo ouvir variações de afinação. A última faixa
que parece pegar a banda do ponto revolucionário. Musicalmente a banda a gravação desse disco. Se tivesse “Legion“ é uma boa música que pode
ANGELUS APATRIDA Nota: 7.5
em que pararam com o clássico ainda está boa, mas pela grande mu- que escolher uma música para ser até ficar na cabeça, o problema é ser
“Clockwork” Ricardo Thomaz
Objection Overruled com uma dose dança em pouco tempo leva alguns o “carro-chefe”, com certeza seria muito diferente do que já se conhecia
Century Media
extra de peso. A banda está afiadís- a partirem para bandas com som “Victim O´Velocity”, que é maravi- da banda.
sima, com aquela pegada clássica, semelhante ao antigo AOAA. lhosa em todos os sentidos!
Parece que realmente o bom e velho
“aqueles” coros, os licks e solos de Nota: 5
thrash metal está voltando e bandas
Mr Wolf Hoffman, um dos melhores Nota: 5 Nota: 9 Matheus “myu” Oliveira
como o Angelus Apatrida trazem
guitarristas da leva do Heavy Metal Matheus “myu” Oliveira Augusto Hunter
isso à tona com seu disco “Clock-
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forma, Belus consegue cumprir seu e mostra mais que a evolução da
papel da jornada do Deus-Sol e sua banda. Mostra, ainda, qualidade de
destruição, representando a morte da música pesada, letras agressivas,
luz e da inocência. Com um tema in- riffs pesados e marcantes e um vo-
teligente e uma composição de letras cal brilhante de Scott Lewis. O disco
e melodias bem trabalhadas, qualquer inicia com a faixa-título com temática
fã do grande projeto de Vikernes obscura e até considerada blasfêmia,
com certeza verá em Belus um novo que não foge da fúria da música. Em
Burzum, tão bem produzido e supe- “Sorrowspell” o lado Death Metal da
rior a qualquer um de seus anteces- banda se destaca de maneira ater-
BLIND GUARDIAN BRING ME THE HORIZON BURZUM sores. Destaque para as faixas Belus’ rorizante com um instrumental per-
“At The Edge Of Time” Død e Morgenrøde, sendo duas das turbante do início ao fim. O álbum DECREPIT BIRTH
“There Is A Hell Believe Me I’ve “Belus”
Nuclear Blast Records mais bem produzidas. ainda contém uma versão bônus com “Polarity”
Seen It. There Is A Heaven Lets Byelobog Productions
um cover monstruoso de “Angel Of Nuclear Blast
Keep It A Secret”
Admito que quando At The Edge Of Visible Noise/ Epitaph Record/ Earache Após ser liberto recentemente da Nota: 9.5 Death” do Slayer e a arte da capa
Time foi lançado, não me chamou muita Yuri Azaghal pode expressar o conteúdo do CD. Até O Decrepit Birth é aquela banda que
prisão, o peculiar Varg Vikernes volta
atenção. Talvez fosse porque o trabalho agora foram lançados oficialmente você às vezes vai ter uma noção do
Bom, Bring Me The Horizon é uma à ativa com o seu projeto solo Bur-
anterior da banda, A Twist in the Myth dois clipes que, diferentemente da que esperar, mas eles vêm e te sur-
daquelas bandas que você ama ou zum. Após onze longos anos sem
(lançado em 2006), não tenha me agra- capa, todo o horror brutal é capturado preendem. Aconteceu no disco ante-
dado como eu esperava. Claro que não odeia. O primeiro álbum “Count qualquer material inédito, o novo ál-
em seu desempenho, sem frescuras, rior a esse, o “Diminishing Between
era ruim, mas o Blind era capaz de coisa Your Blessings” foi uma bamba to- bum Belus deixa evidente o que Varg
sem sangue cenográfico e efeitos. É Words” e mais uma vez os caras me
muito melhor. Então eu simplesmente tal e confesso que comecei escutar Vikernes quis dizer com “O Novo
só caos, e é exatamente nisso que a pegaram pelos pés.
achei que seu novo trabalho seria algo muitas bandas depois de ouvir esse Burzum”. Em comparação com os
banda consiste: “Toda noite, nós nos O Polarity abre com uma música que
espelhado em seu antecessor. Feliz- álbum. Logo foi revelado que o pro- trabalhos anteriores de mais de uma
esforçamos para tocar extremamente parece uma simples introdução, mas
mente, não poderia estar mais engana- cesso envolvia várias mixagens no década atrás, nota-se que Vikernes
do. At The Edge Of Time foi tão bem apertado, às vezes pode ser difícil não, (A Departure Of The Sun) Ignite
vocal, mostrando que não havia nada usou equipamentos mais sofistica-
produzido que chega a rivalizar com fazer uma demonstração tão intensa The Tesla Coil só vem mostrando
de mais na capacidade do vocalista dos para a produção das faixas. As
Nightfall in Middle-Earth, de 1998 (con- de forma interativa, mas temos certe- como o disco vai caminhar. É aí que
Oliver Sykes. O segundo álbum da músicas estão com um timbre mais
siderado o melhor trabalho da banda até za de que todos estão envolvidos.” rola um lance, ele é maravilhoso, com
banda é mais puro na voz, o que faz limpo e bem mais trabalhado que
hoje). A capa por si só já é bem convida- CARNIFEX explica Lewis. passagens de violão clássico e tudo
com que a banda seja mais real em seus antecessores. E não é apenas
tiva, pois se trata de um trabalho de arte “Hell Chose Me” Hell Chose Me com certeza é uma mais, coisa que no Death Metal, den-
apresentações ao vivo, mas dessa na qualidade do som que notamos
incontestavelmente incrível, e as faixas Victory Records aula de Deathcore para quem pensa tro do estilo desses caras é algo bem
vez os efeitos foram na parte instru- a nova era pós-xilindró do Burzum.
não poderiam ser diferentes. As músi- em começar nesse cenário. Em turnê legal. No entanto, o uso constante
cas estão orquestradas com um forte mental! Não muito aguardado, talvez A fonte oficial do logotipo da banda
O gênero denominado Deathcore com As I Lay Dying, All That Remains disso pode “encher” um pouco, coisa
peso dramático combinado com melo- só para os fãs, o terceiro álbum de foi alterada. Seja como uma forma de
tem crescido de alguns anos para cá e Unearthly, Carnifex segue ao lado de que acontece com a faixa “Polarity”.
dias muito bem trabalhadas, notando- inéditas da banda, que traz esse nome representar uma era de mudanças,
de uma mistura com muito peso do grandes nomes dessa geração mos- Uma música extremamente rica, com
se a qualidade desde a primeira faixa, imenso, mostra que o lado Metalcore seja porque Varg simplesmente está
Death Metal e velocidade do Metal- trando sua capacidade no palco e au- andamentos arrastados em alguns
Sacred Worlds. Isso não significa que da banda realmente tocou mais forte, de saco cheio da mesmice, o fato é
core. No ano de 2010 o espaço para mentando o número de admiradores momentos e em outros a velocidade
o pessoal que não é fã de sinfonias em mais efeitos, coros, violino e piano. que não veremos (pelo menos por en-
excesso não vai gostar do novo albúm, bandas parece ter aumentado com a por onde passa causando caos. clássica que marca o Death Metal,
As canções soam muito melódicas e, quanto) a tradicional fonte “Diploma”
pois a banda soube equilibrar a orques- popularidade e um dos fortes precur- mas se você exagerar nessa mistura
apesar de ganhar esse novo rótulo, no logo do Burzum. Além disso, a
tra de um belo modo, sem interferir no a banda não chega perto daquelas já capa de Belus foi uma das mais belas sores é, sem duvida, o Carnifex (que Nota: 9 fica cansativo e pode levar à estafa
peso das guitarras e na grande habili- significa “carrasco” em latim). Com Matheus “myu” Oliveira auditiva.
presentes no ramo há mais tempo. até hoje. Como Belus é um álbum fo-
dade vocal que Hansi Kürsch demonstra extrema qualidade técnica a banda Bem, acho que vale a pena pegá-lo e
Liricamente traz letras associadas cando a mitologia nórdica, a imagem
em faixas como Tanelorn e Control The vem mostrando a evolução de seu dar aquela orelhada! Tenho certeza
ao amor, luxúria, verdade e desejo, representa o espírito do antigo Deus-
Divine. O sentimento épico marcante, som brutal nos últimos anos. Em que, como eu, vai ouvi-lo sem parar
que são equilibradas pela escuridão Sol (Belus), manifestando-se atrás de
característico da banda está mais forte Julho de 2007, a banda lançou seu por um tempo. No entanto, o inevi-
do que nunca, e isso pode ser perce- e pelo mal que provavelmente existe uma árvore. Em uma resposta curta e
primeiro álbum Dead in My Arms. O tável poderá acontecer: ele cair em
bido desde a primeira até a última faixa. enterrado dentro de todos nós. Vale a direta, posso dizer que Belus está en-
sucesso deste álbum foi tão grande esquecimento... Mas tem algo bom
Todo fã de um bom e verdadeiro power pena conferir pra quem acompanhou tre os melhores trabalhos do Burzum.
que atraiu a atenção da Victory nisso, pois sempre que você ouvir
metal (principalmente os adoradores o trabalho da banda até agora. Varg Vikernes equilibrou atmosfera e
Records com quem assinaram, em uma música, vai querer ouvir o disco
da Terra-Média), não se arrependerão. peso de uma forma agradável. Embo-
2008, e no mesmo ano lançaram o ál- inteiro e essa é a mágica de uma boa
Novamente os grandes mestres mostra- Nota: 4 ra esse novo projeto não tenha o peso
ram toda a força e glória do power metal bum The Diseased and The Poisoned banda!
Matheus “myu” Oliveira contido em algumas faixas de Aske,
alemão. por exemplo, as faixas se tornam at- e, em 2010, Hell Chose Me.
O novo álbum vendeu cerca de 3.100 Nora: 9
mosféricas ao mesmo tempo em que
Nota: 10 cópias nos Estados Unidos em sua Augusto Hunter
não se tornam lentas demais e, con-
Yuri Azaghal seqüentemente, cansativas. Dessa primeira semana de lançamento

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“Palace of Class” e “Fast and Furious”, Life”, me levou de volta ao passado, “Hypocrite” abre bem o disco, com Wall” é uma pequena introdução para com backing vocals bem frisados e
Craig Locicero não perdoou e não no auge de “Fabulous Disaster” com um refrão marcante, guitarras pesa- “The Writing’s On The Wall” que é arranjos bem feitos. “Empty Hands”
deixou por menos, elas lembram Rick Hunolt voando no palco com o das e tudo mais. Se repararmos bem, bem trabalhada com arranjos toman- é a próxima e me agrada muito seu
muito a banda. “Summoned” faz clip de “Toxic Waltz”; realmente uma o disco vai seguir inteiro bem na linha do conta de boa parte da música; seu começo com peso e uma base bem
uma viagem em sua mente, parece música fantástica. Em “Nanking” a da música de abertura, aquele lance final me fez lembrar o bom thrash do empolgante. Arranjos viajantes dão
entrar na cabeça depositando peso música se arrasta, é bem pesada e mais arrastadinho – só que com qua- ANTHRAX. “In the Trenches” é rápida todo um clima. Agora chegou real-
em seu subconsciente. É uma músi- marcante. Destaque também para a lidade – algo a se marcar nesse disco. e disponibiliza muita energia em toda mente o momento, em “Moments” a
ca pesada que me fez refletir, bem música “Democide”, uma excelência Destaque para a maravilhosa música sua extensão. “Aurora” é a próxima e pedreira volta bem ao estilo Machine
diferente das outras do CD, assim metalística Thrash maníaca. Se Gary “Better Off Dead” que começa com não deixa a peteca cair, tem um clima Head com bases rápidas e refrões
como a instrumental “Astronomica”. Holt queria “retratar a violência do belos violões e com o vocal poderoso bem mais trabalhado com palhetadas aos berros bem pausados. No meio
Se “Summoned” já me fez viajar, homem na sua beleza”, ele realmente de Eric “A. K” Knutson que, pra mim, bem feitas. Fica claro que em “Oceans da música, uma espécie de mosh faz
DEMONICA “Astronomica” certamente é o des- conseguiu com esse álbum. Seu an- é o que mais chama atenção em todo of Blood” a velocidade e peso cami- sua cabeça bangear e a porrada vol-
“Demonstrous” tino final dessa viagem com grande tecessor, “The Atrocity Exhibition... o disco, pois ele está cantando muito nham juntas dando um certo ar a esta ta pra acabar com tudo. Em “Blood
Massacre Records técnica, peso em um instrumental Exhibit A”, foi o começo e esse com bem. música sensacional, principalmente Ritual” a pancada volta forte com
fantástico de categoria. Demonica é certeza é uma continuação daquilo nos vocais que me fizeram lembrar de seu refrão ainda mais marcante
Essa fantástica banda formada por uma banda nova que nasce grande, que o Exodus vem plantando, que é Nota: 8.5 ARCH ENEMY. Bom, HATESPHERE é lembrando muito Sepultura com
integrantes conhecidos no metal espero que ela dure muitos anos e sempre manter as raízes do Thrash Augusto Hunter uma banda fantástica, uma das pou- Machine Head. Em “To the End” o
internacional como FORBIDDEN e nos traga esse peso com técnica, muito bem profundas na terra do cas do metal mais moderno que não trabalho fica excelente, pois as bases
MERCYFUL FATE, fizeram uma boa sempre. Esses caras são sensacio- metal. Será que teremos o Exhibit C? ficam cantarolando e usam o que têm ficam bem pesadas. Destaque para os
mistura de suas influências e criaram nais. Keep Thrashing Demonica! de mais gutural nos vocais reunindo solos nessa música, que são rápidos.
realmente uma banda de alto nível Nota: 9.5 peso e muita técnica. Parabéns pela “In Memorium”, uma pequena instru-
com riffs arrematadores, velozes e Nota: 9 Ricardo Thomaz obra. mental que abre as portas para “The
técnicos. Seu CD debut já começa Ricardo Thomaz Worthless King”, que vem bem rápi-
com muita pancada. A primeira músi- Nota: 8.5 da e pesada. A bateria nessa música
ca, “Demon Class”, tem seu começo Ricardo Thomaz realmente destrói e Morten bota pra
fantástico, criando todo um clima quebrar colocando os bumbos duplos
que prepara a porradaria que estaria pra explodir. Em “Turn the Dead On”
por vir no decorrer dos segundos e a bateria lembra muito death metal,
logo senti o soco nos ouvidos e os mas logo voltam ao seu estilo com
bumbos voadores de Mark Hernan- muito peso e arranjos característi-
dez a todo vapor durante a música e HATESPHERE cos do som moderno. Quando o solo
os vocais bem raivosos de Klaus Hyr. “To the Nines” aparece é maravilhoso, muito bem to-
“Ghost Hunt” é uma verdadeira ava- Napalm Records cado, clássico e melódico, realmente
lanche nos ouvidos com riffs fantás- uma obra prima. “Avoiding the Pain”
ticos, com um grande peso e arranjos FLOTSAM AND JETSAM Esses dinamarqueses fizeram uma vem com mais peso, solos mega téc-
frenéticos. O refrão me faz lembrar o EXODUS “The Cold” obra prima com o CD “To the Nines” nicos e bases bem picadas sem deixar
Forbidden e a bateria está sensacio- “Exhibit B: The Human Condition” Driven Music Group que foi gravado em apenas nove dias. por menos a melodia imposta. “Fierce
nal e avassaladora; realmente um Nuclear Blast Records Abrir o CD com a música título foi uma By God” veio na hora certa deste CD
som pesado para bater cabeça. Quem A banda de Thrash Metal Flotsam And ótima escolha; ela tem pegada e ve- ICON IN ME me fazendo bater a cabeça com seu
achou que o Demonica só tinha músi- Em seu décimo álbum de estúdio, Jetsam é conhecida por um estigma locidade com vocais bem encorpados. “Human Museum” começo marcante. Um destaque
cas rápidas, viu que não é bem assim, o Exodus continua impressionando nada interessante, pois foi dela que “Backstabber” segue na mesma linha Massacre Records novamente para o solo, e principal-
pois “My Tongue” provou ter peso ao manter sempre a alma do bom e saiu o baixista que ocupou a posição de peso, mas desta vez com bases mente na base do solo que não deixa
ao extremo, é uma música muito velho Thrash no topo. “Exhibit B: The de Cliff Burton no Metallica por anos. mais soltas com direito a um intervalo Vamos iniciar pela “Dislocated” a 1ª a peteca cair mantendo o agito nessa
envolvente, te seduz a cantar o ras- Human Condition” caiu como uma Sim, Jason Newsted é oriundo dessa dedilhado. “Cloaked In Shit” vem na do CD que começa com um efeito hora. Certamente um ícone nasce,
gado refrão, realmente sensacional. luva em meus tímpanos sedentos por banda americana, que anunciou o sequência numa linha mais reta, per- espacial e logo depois entra uma por- Icon in Me tem peso, técnica e muita
“Luscious Damned” é bem rápida guitarras pesadas e bases de extrema seu final em 2005, depois do lança- mitindo uma empolgação adicional rada ao estilo Fear Factory com pa- agressividade em seu som. Me agra-
com pegada thrash firme e refrão qualidade de Gary Holt, um verda- mento do disco “Dreams Of Death”, com bases mais marcantes, vocais lhetadas muito boas e uma distorção daram muito esses caras da Rússia,
marcante. As bases em “Below deiro mago e uma das minhas fontes mas 5 anos depois retornou com impecáveis e os solos bem melódicos rasgada. Os vocais de Tony JJ estão que provaram saber fazer um metal
Zero” são muito bem arquitetadas e de inspiração. Rob Dukes arrebenta e “The Cold”. Um disco muito bom na medida certa. “Clarity” certamente excelentes. “That Day, That Sorrow” de qualidade. Que venham com mais
a música tem um clima diferenciado acaba com qualquer dúvida sobre sua dentro do estilo deles, mas se você agita muito com seu começo; a von- me fez lembrar os vocais de Max obras-primas como essa.
com certo efeito nos vocais. “Alien qualidade e permanência na banda. quiser aquele “thrashão” anos 80, tade é de ficar pulando ou batendo Cavalera no refrão e a pancadaria sobra
Six” possui um refrão forte com “six, O petardo começa com “The Ballad corra daqui. Como propõe o nome cabeça o tempo todo, sensacional. com os bumbos voadores de Morten. Nota: 9
six, six” além de bases, arranjos e Of Leonard And Charles”, uma linda do disco, “The Cold” é um disco mais Em “Even if It Kills Me” a pancada Os vocais têm muito equilíbrio, na Ricardo Thomaz
bateria muito bem compostos. To- introdução com peso e melodia, e frio realmente, com boas músicas, volta ao topo, ela é bem curta, mas medida certa dentro da música. “End
dos sabem que o Forbidden é uma logo vem uma avalanche metálica de porém mais introspectivas e pegada empolgante. “Commencing On The of File” dá um ar mais trabalhado
banda sensacional, pois nas músicas: palhetadas. A 3ª faixa, “Hammer And de Thrash metal.
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The Edge e Be Quick or Be Dead); as variação de guitarras e de vocal. detalhada (mais um bom trabalho
dinâmicas Mother Of Mercy e Isle Of Como consta só um na banda parece do genial artista Pär Olofsson), e a
Avalon trazendo aquelas tradicionais um bom trabalho de mixagem bem pegada “Splatter Gore” das faixas
introduções e ganhando corpo no elaborada, além de muita velocidade. com uma inegável qualidade. São
decorrer de sua duração; e o lado er- As faixas “Pandemic” e “Deceiver’s quase quarenta minutos de pura bru-
roneamente considerado “prog” em Creed” possuem muitos momen- talidade bem trabalhada, coisa que só
The Man Who Would Be King e When tos de satisfação e os guitarristas uma banda pioneira do estilo como
The Wild Wind Blows, daquelas músi- mostram um comando forte sobre a Malevolent Creation poderia fazer,
cas longuíssimas do Iron, batendo criação de arranjos melódicos. Outra garantindo mais um álbum bem-
os onze minutos, começando com faixa forte que pode chamar a aten- sucedido. Quando ouvi esse albúm
INCITE uma típica melodia “sing-along” bem ção é “Slave Nation” com seu solo pela primeira vez, foi exatamente
IMPENDING DOOM “Nothing To Fear” IRON MAIDEN característica da banda, daquelas que muito bem executado. O álbum fecha quando ouvi inicialmente o trabalho
“There Will Be Violence” I-Scream Records “The Final Frontier” grudam na cabeça. Em resumo, em com “The Culling” que mostra muita de estréia do Cavalera Conspiracy
Facedown Records Emi termos de Iron Maiden sempre se es- criatividade rítmica na banda. Diga- (Inflikted). Simplesmente dá vontade
Esse é o álbum debut dessa banda pera mais, em função da era de ouro mos então que, Knights of the Abyss, de ouvir e ouvir de novo, e de novo.
“Gorship” é o termo usado pela ban- vinda do Arizona nos Estados Unidos. The Final Frontier é um disco que da banda, que estabeleceu boa parte apesar de mostrar grande capaci- Conservando os elementos brilhantes
da para designar seu estilo musical Incite com certeza entrou com pé dire- trouxe polêmicas desde a capa, com dos paradigmas do metal. Mas é um dade de criação, possui influências de seu antecessor e ainda os aprimo-
que mostra o peso da música Gore ito na cena metalística e com grandes um Eddie diferente, num visual meio ótimo disco e segue o padrão do an- visíveis, mas de boa escolha. Talvez rando, Invidious Dominion é um tra-
junto com a adoração pelo seu deus influências de Sepultura e Lamb Of Predador, num ambiente de ficção terior, A Matter of Life And Death, ainda não tenha sido encontrada uma balho quase obrigatório para todo fã
cristão. Foi com álbum “The Serpent God. Os vocais de Richie lembram científica, o que desagradou a alguns, sem os excessos e as repetições en- identidade própria pelo pouco tempo de Death Metal. Afinal, não é qualquer
Servant”, de 2009, que a banda che- muito Max Cavalera em “Roots”; é mas o resultado me pareceu bom. No joativas, o que é muito bem vindo. de união da formação atual, mas a Zé Mané que assina com uma puta
gou ao seu auge e, em curto período como som de uma batedeira com âmbito musical, temos nesse disco capacidade da banda só tem a elevar gravadora como a Nuclear Blast
entre turnês, rendeu mais um álbum uma colher dentro. A qualidade de Nicko arrebentando como sempre, Nota: 8.5 se continuar com esses caras. Records e está na ativa com mais de
nesse ano. There Will Be Violence, gravação é muito boa, claro que fica com sua bateria soando muito bem Marcelo Val vinte anos de pura brutalidade e su-
em português “Haverá Violência”, longe da qualidade das bandas cita- na gravação. As guitarras trazem Nota: 7.5 cesso. Está aí a dica para quem dese-
é também o nome da faixa título e das acima, mas está excelente para bons solos, bases e riffs contagian- Matheus “myu” Oliveira ja conhecer um novo e ótimo álbum
com certeza mostra violência, mas um CD debut. A pancada começa com tes, mas um pouco mais de peso se- (ou até mesmo uma nova é ótima
em sentido musical, sendo a mais uma pequena introdução e lá vem as ria bem vindo (El Dorado é uma que banda, se for o caso). Destaque para
pesada do álbum. A temática, pra músicas “ The Slaughter”, “Nothing se benificiaria muito do peso adicio- as faixas “United Hate”, “Slaughter-
quem já conhece, mostra o lado cris- To Fear” e “Army of Darkness” que nal). Três guitarras acabam pare- house”, “Antagonized” e “Invidious
tão da banda, porém sem fanatismo. são músicas extremamente pesadas cendo até desnecessárias por vezes Dominion”.
Eles mostram a visão que têm sobre com bases muito bem trabalhadas e - fazem muita falta aquelas dobras de
sua religião como pode ser visto na vocais brutalmente guturais. “Time Dave e Adrian, por exemplo. Bruce Nota: 9
letra que diz “Para os incrédulos que For a Change” me lembrou a banda Dickinson está cantando muito, mas Yuri Azaghal
repetidamente tentarem manter a sua Primal Fear misturado ao bom e exagera nos tons altos e às vezes
fé na humanidade eu prometo que velho Thrash. Em “Tyranny’s End” é acaba soando estridente e enjoativo,
haverá violência.” metal puro na veia, me fez sentir um mas em outros momentos soa fan- KNIGHTS OF THE ABYSS
Logo em “The Great Fear” o som jovem adolescente enlouquecido, ar- tástico. Seria o trabalho do produtor “Culling Of The Wolves”
continua brutal com um trecho que regaçando a cabeça como nos velhos conter os excessos, ajustar as guitar- Ferret Music
soa sombrio e volta a fechar com tempos. “Die With What You’re Done” ras e fazer o som da banda crescer MALEVOLENT CREATION
breakdowns de peso. Já em “Love e “Down And Out” parece um pouco um pouco mais. Não foi feito, mas Desde sua criação, em 2005, até 2009 “Invidious Dominion”
Has Risen” a brutalidade começa a com Kreator, suas bases e arranjos não é um disco ruim, pelo contrário: o Knights of the Abyss já passou pela Nuclear Blast Records
diminuir seguindo até o fim do albúm são senacionais somados ao peso está no nível dos últimos discos da gravação de dois álbuns com algo em
com faixas que deixam o lado Death- das guitarras. Incite com certeza me banda; aliás, até acima dos dois úl- torno de 15 membros diferentes. Pois Uma ótima notícia vinda direto do
core da banda. O peso intrumental de- faz lembrar da banda mais famosa do timos. Traz uma variedade grande de é, e depois de todo esse tempo de tro- Underground para os fanáticos por
cai para batidas mais em down-time Brasil, o Sepultura, em seu auge com estilos, desde Satellite 15, uma longa cas a banda lançou esse ano seu ter- metal extremo: os fãs de Malevolent
que fazem com que toda a violência e a atualidade do fantástico metal mo- introdução quase “industrial” como ceiro disco ”Culling Of The Wolves”. Creation podem começar a come-
ira do começo do album diminuam e derno e arranjos sinistros. “Nothing Steve chegou a dizer; a música emen- Para uma banda quase inteiramente morar! Se o seu trabalho passado, METHEDRAS
acabem enjoando o ouvinte. To Fear” é um grande passo na es- da no hard clássico da faixa título, reformulada, com exceção do guitar- Doomsday X (de 2007) já foi um “Katarsis”
tréia desta banda e esperamos que o ótima. O problema é que estão jun- rista Nick Florença, esse disco é ca- puta álbum incontestável, Invidious Punishment 18 Records
Nota: 6 próximo seja um belo chute na bunda tas, emendadas na mesma faixa. Se paz de agradar aos fãs mais antigos e Dominion (lançado oficialmente no
Matheus “myu” Oliveira de muita gente. você quiser pular a introdução, terá até conquistar novos. A primeira faixa dia 24 de agosto) mostra que a banda Formada em 1996, essa banda italiana
que adiantar a faixa manualmente. “The House Of Crimson Coin”, assim sabe aperfeiçoar o que antes já era colocou realmente o Testament à la
Nota: 7.5 Essa variedade segue por todo o ál- como o resto do CD, pode lembrar tido como uma obra-prima. A capa “Demonic” para fora, em seu 3º disco
Ricardo Thomaz bum, com as mais rápidas El Dorado The Black Dahlia Murder pela grande do novo trabalho está muito bem “Katarsis”, com bastante técnica,
e The Alchemist (na linha de Man On
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vocais fortemente guturais de Clau- opinião, é o grande diferencial dessa um novo álbum que fosse totalmente “In Vain” inicia apoteótica, dando a Time. Gus admite publicamente a in-
dio Facheris e bases extremamente banda lotada de peso, andamentos e novo com as raízes que os mem- impressão que vai cair numa porra- fluência de Zakk e brilha em alguns
pesadas. Uma excelente mistura de criatividade. bros tinham no início de suas car- daria sem tamanho, mas entra numa momentos, como logo no início do
Thrash e Death na medida certa. A O disco começa com a maravilhosa reiras. O pontapé inicial do álbum é daquelas bases punk-estilo-Overkill, álbum, na melancólica e “moderna”
composição de todas as faixas estão “Embracing Extinction”, que é rápida “Leaderless And Self Enlisted” com com ótimos riffs, e é no refrão que a Let It Die, com um solo mais ao seu
fantásticas trazendo um Thrash “Old como esperamos do Misery Index. um contratempo extravagante, gri- banda desce o braço. Há, ainda, aque- estilo. Scream traz Ozzy trabalhando
las típicas partes “mosh” lá pelo meio, um pouco mais na região grave de
School” com modernidade. A música Seguimos o disco com “Fed To the tos, vocais e guitarras doentias, rit-
puxadas pelo baixo. “Killing For A seu registro vocal, às vezes com um
“TDKM” logo de cara me fez perceber Wolves”, outro som que mostra o mo agitado já conhecido nas músicas
Living” começa parecendo que vai cair “drive” rouco que traz uma caracterís-
a brutalidade desta banda, com certe- poderio dessa banda, uma música do Norma Jean. “The Anthem Of The no clima sombrio, mas novamente a tica bem legal à sonoridade geral. O
za a melhor música do CD. Em “Flag fantástica. “The Carrion Call” chega Angry Brides” começa intensiva- banda engana e manda um riff na disco, em muitos momentos, mostra
of Life”, uma mistura de Testament com um andamento mais cadencia- mente com um solo técnico que a melhor tradição do estilo de Deny The um metal contemporâneo, com
com Sepultura, temos um milkshake do, com passagens de bumbos muito torna a faixa mais pesada do álbum. A OVERKILL Cross. Para fechar o trabalho, o grand palhetadas e bumbos duplos, coisa
de peso e velocidade. A música título bem encaixados e a levada mais Death faixa Deathbed Atheist foi a primeira a “Ironbound” final de The SRC, outro Thrashão incomum no trabalho do Madman,
“Katarsis” é bem marcante, principal- Metal na música, mantendo o nível ganhar um vídeo que, junto com a Nuclear Blast / Laser Company velha guarda, com diversas mudanças como na pesadíssima Diggin’ Me
mente na parte mediana com solos do disco em que eles mostram toda a música, a criatividade é destaque e de andamento. Down. Fuderosa. Outra faixa inco-
melódicos bem arranjados. “Mass força bélica desse incrível time. traz partes mais melódicas nos vo- Há tempos se fala de uma volta às Finalizando a resenha, é bom esclare- mum é Life Won´t Wait, uma “quase
raízes pelo Overkill. No entanto, o que cer que se o estilo das músicas é “das balada”, com levada meio folk e um
Control” anuncia algo mais calmo, Em todo o tempo de reprodução você cais saindo um pouco dos rosnados.
parecia uma volta parcial e gradual deu antigas”, a gravação é moderna, muito refrão poderoso, viciante. Esse disco
como plumas caindo ao vento, mas vai encontrar o que de melhor temos “A Media Friendly Turn For The Worse”
lugar a essa verdadeira aula Thrash; boa, pesadíssima e com cada instru- novo talvez venha a ser injustamente
logo a brutalidade entra em ação e em termos de Death Metal / Grind- corta o céu e se eleva acima dele com um disco que parece ter saído depois mento no seu lugar; um CD muito bem renegado, a julgar por algumas rea-
acaba com a frescura e o bom e velho core, com o melhor do extremo. coro Metalcore no qual novamente do clássico Horroscope. A velha so- produzido, que não confunde peso ções. O que é uma tremenda besteira,
Thrash assume a demolição total. Esse é, pra mim, um dos melhores aparece melodia entre fúria. “Falling noridade da banda, o velho carisma de com escracho e dá o devido destaque pois é um puta disco, vigoroso, e que
Methedras é uma banda excepcional lançamentos desse ano, dividindo From The Sky: Day Seven” é a faixa volta. a tudo que foi tocado. Não consigo pode render alguns clássicos para a
com forte influência de Thrash sem com bandas como System Divide, Ter- mais diferenciada do album, é mais Overkill é uma banda que possui al- achar um defeito, esse é nota dez com carreira de Ozzy e para o metal desta
desprezar as influências do metal ror entre outros. Curtam bastante! calma e em algumas partes soa como gumas particularidades que talvez louvor. nova década. Se vai alcançar o status
atual. Aguardaremos ansiosamente mal-humorada e deprimente, mas em tenham impedido sua ascensão ao hall de clássico, só o tempo pode dizer,
pela próxima pizza italiana do Methe- Nota: 10 pouco tempo recupera agressividade. dos maiorais. As principais residem no Nota: 10 mas na minha avaliação provavelmente
dras com muito orégano, ketchup e Augusto Hunter “Everlasting Tapeworm”, como na baixo agudo e “roncado” de DD Verni Marcelo Val estará entre os grandes discos dele.
mussarela. faixa anterior, traz algo mais melancó- e no vocal estridente de Bobby Blitz.
lico, porém sem peder o peso que man- E são justamente elas que me fazem Nota: 9.5
gostar tanto dessa banda.
Nota: 8 tém o álbum em pé. “The People That Marcelo Val
“The Green and Black” inicia com uma
Ricardo Thomaz Surround You On A Regular Basis” não
intro ao baixo, bem no estilo de Verni,
tem muita velocidade, mas compensa um dos melhores baixistas de Thrash.
com bastante peso, além de ser muito Em seguida a quebradeira tem início,
criativa, combinando perfeitamente mostrando o que é Old School de ver-
com os vocais. Com refrão mais pop dade. “Ironbound” começa abrupta,
“Innocent Bystanders United” encer- dando aquela vontade de moer os
ra o álbum como uma das faixas mais meus já desgastados discos da coluna
fáceis de memorizar, fechando com vertebral. “Bring Me The Night” tem
gosto de quero mais. A banda pro- um riff que poderia constar no clássi- OZZY OSBOURNE
NORMA JEAN meteu que seu quinto álbum traria a co “Kill ´Em All” do Metallica, já sendo “Scream”
“Meridional” banda de volta às suas raízes, e man- só por isso um destaque, até mesmo Sony
Razor & Tie tiveram sua palavra. porque é tocada com a personalidade
do Overkill. O novo disco do Ozzy é aquela falação SAHG
Uma intro dedilhada faz o clima som- de bobagem, todo mundo condenando “Sahg III”
MISERY INDEX O Norma Jean já está na estrada Nota: 9
brio da mais dinâmica e atual “The de antemão e apostando no fracasso
“Heirs To Thievery” desde 1997 e, apesar de trocas fre- Matheus “myu” Oliveira Indie Recordings
Goal Is Your Soul” que soa implacável. do Madman em fazer algo relevante
Metal Blade quentes de membros, a maioria dos A seguir “Give A Little” traz mais do dentro de sua própria carreira. Mas Conheci essa banda no ano passado,
álbuns lançados pela banda foram velho som da banda, parecendo ter isso por si só não é motivo para se comprando seu primeiro CD às cegas
Mais uma vez o Misery Index veio bem sucedidos. Todo esse tempo saído do Under The Influence, arre- falar bobagem por aí. Scream é um
com tudo nesse disco! Eles con- de experiência rendeu nesse ano o matando com um refrão meio punk. através do site de um grande maga-
ótimo disco do Ozzy, talvez o melhor
seguiram manter nesse lançamento a que pode ser considerado um dos Ótimas linhas de baixo. A rápida zine, numa daquelas promoções ir-
desde No More Tears, com uma so-
qualidade que achamos em “Traitors” melhores, se não o melhor, álbuns “Endless War” segue a aula de como noridade atual e relevante. Gus G. não recusáveis. Vinha em um combo
e outros discos! da banda. “Meridional” é daqueles visitar o passado sem soar datado, conseguiu mostrar sua personalidade com um CD do Monster Magnet, e
O que me chama a atenção no Misery que fazem você ficar cada vez mais sendo sucedida por mais uma intro no disco, o que é uma pena; em cer- eu comprei somente por causa dessa
Index é o abuso de riffs e passagens tenso até que possa aumentar mais macabra na pesada “The Head and tos momentos parece que Zakk ainda segunda. No entanto, quando recebi
hardcore, o que, em minha sincera o volume. A banda optou por fazer Heart”, dando dinâmica ao disco. está lá, como no solo maravilhoso de a encomenda, minha opinião mudou

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absurdamente. O CD do Sahg era um conjunto essencial, que no entanto corpiões destilam em suas baladas. mas com bastante influência do metal ravilhosa “Vagaries Of Perception”, O disco começa com a rápida “Your
tesão, ouvi repetidas vezes, enquanto não cansa, pois é feito com absoluta Lorelei é meio breguinha, sendo o moderno, sem as frescuras do mes- música lotada de bumbos velozes e Enemies Are Mine”, empolgante e
o Monster Magnet me soou enfa- competência. As músicas simples- ponto mais fraco do disco. Sly con- mo. A produção está ótima e valori- levadas pesadas, blast beats com a direta como a gente espera, mas
donho depois de um certo tempo. mente fazem sentido juntas, na se- firma a excelência dos alemães nesse zou bastante as composições. O baixo Miri detonando no vocal, entre ou- depois dela o disco segue mais ca-
Procurei conhecer mais dessa banda quência colocada no CD. Uma grande território, com seus tons menores e ficou bem audível e podemos conferir tras passagens rápidas, então o disco denciado de um bom Hardcore, com
excelente, e só havia mais um lan- banda, num estilo não muito popular, solos que certamente foram feitos com clareza as linhas criadas por abre mostrando pra que eles vieram algumas exceções como na faixa “The
çamento deles. Até agora, os discos mas que merece ser muito mais (re) por Rudolf Schenker. Wellington. Os vocais de Daniel casa- e assim se segue. A segunda música Struggle”. Ela começa bem rápida e
vêm na melhor tradição dos anos 70, conhecida. Baixem, comprem, copi- O disco tem mais grandes momentos ram perfeitamente com a proposta da “An Intoxicating Affair” segue mos- depois volta pra cadência proposta
sem título, apenas o número respec- em, ouçam pela internet, mas ouçam. em No Limit, com riffs sensacionais, banda: agressivo, seco e infernal. As trando a qualidade da banda, que, em para o disco. Não que isso seja um
tivo ao lançamento. O Sahg II não Não se arrependerão. seguida pelo hardão porrada Rock guitarras velozes criaram bases con- minha humilde opinião, segue mara- aspecto ruim, mas ouvir o disco em
me seduziu tanto, pareceu menos Zone, na tradição de clássicos como sistentes, riffs interessantes e solos vilhosa, com passagens de vocal uma “porrada” só cansa um pouco,
inspirado. Então veio esse Sahg III. Nota: 10 Comin´ Home e Now. Terminando o simples, porém muito bem sacados. limpo da Miri com o perfeito gutural já que tudo parece muito igual. Vale
Maravilhoso. Marcelo Val disco, mais uma balada, dessa vez Destaco a faixa “Tormento Ou Paz” do Sr. Sven de Caluwé, mostrando a pena conferir o disco, pessoal!
Ainda não escrevi aqui qual a propos- com um clima “pra cima” típico do cantada em português, mostrando como deve ser feito um lance mais Ouçam e valorizem. Se você pegou
ta dessa banda, e todos devem estar Hard oitentista, mas com o já supra- cada vez mais que não devemos em moderno, sem tirar a qualidade de a edição limitada do disco, vai ouvir
curiosos. Pois bem, é um Stoner que citado veneno dos escorpiões, que os nada às bandas gringas. Atualmente outras bandas! Perfeito! Pra fechar um bônus e o maravilhoso cover de
remete diretamente ao velho Black torna únicos nessa área. The Best Is a banda se encontra em estúdio gra- a resenha só posso falar o seguinte “Boxed In”, do SubZero. Classe A de-
Sabbath, de discos como Masters Of Yet To Come fecha o disco nos dizen- vando as novas músicas que farão pra vocês, queridos leitores: esse é o mais, mandem ver!
Reality e Volume 4. Nada novo, dirão do que o melhor ainda está por vir, parte de seu debut. Baseado no que disco que vale a pena ter em casa, ele
alguns. Realmente, e é melhor que será? Sem os Scorpions na ativa, eu vimos aqui, pode-se esperar algo de é maravilhoso em todos os sentidos. Nota: 9.5
a maioria das novidades que ouço duvido. extrema qualidade pela frente. Se vocês quiserem uma música de Augusto Hunter
por aí. Compententíssimo, autên- destaque, me perdoem, mas pra essa
tico (eles remetem ao Sabbath, mas Nota: 9.5 Nota: 8.5 obra- prima da música pesada, tudo
não copiam), a sonoridade do CD é Marcelo Val Pedro Humangous nele é um destaque.
sensacional, orgânica, soa como in-
strumentos sendo tocados ao vivo SCORPIONS Nota: 10
mesmo, sem quilos de efeitos e com- “Sting In The Tail” Augusto Hunter
pressão. Guitarra gorda como con- Sony
vém ao estilo eternizado pelo grande
Iommi, baixo gorduroso e bateria O ano de 2010 trouxe uma péssima
com som de bateria mesmo, parece notícia: o fim do Scorpions. A triste
que a banda grava ao vivo, tamanha decisão é justificada pela banda ale-
a espontaneidade. Não confundam gando ser um ótimo momento para
com gravação tosca, pelo contrário, encerrar a carreira no topo. E resol- TRAUMA
é muito bem feita. veram fazer isso com um puta disco, “Archetype Of Chaos”
O vocal de Olav Iversen é um capítulo agora com a sonoridade que os fez Witching Hour Productions
à parte, lembra muito o Ozzy fase famosos - a dos anos 80, que nos SYSTEM DIVIDE
Sabbath, mas muito bem cantado. vem à mente quando pensamos em SLASHER “The Conscious Sedation” Afinal, o que tem na água desses Po-
Não quero dizer que Ozzy é ruim, mas Scorpions, sem desmerecer outras “Broken Faith” Metal Blade loneses? Já não bastavam os mon-
a voz de Olav é afinadíssima, chega fases. E é isso que os alemães ofe- Independente stros do Vader e Behemoth, e agora
naqueles tons altos sem esganiçar, recem nesse Sting In The Tail. O peso Se o Metal Moderno Extremo pre- TERROR me aparece essa banda chamada
acerta em cheio no alvo e realça o do último álbum deu lugar ao timbre Formada no ano de 2008 em Itapira/ cisava de um representante à altura, “Keepers Of The Faith” TRAUMA! Conhecidos na década de
som da banda. de guitarra oitentista que marcou as SP a banda Slasher vem fazendo ele acabou de ganhar, pois o System Century Media 80 pelo nome de Thanatos, a banda
O disco começa com uma intro belís- músicas descritas acima. Começan- barulho no underground nacional Divide chegou com tudo no cenário! foi evoluindo seu som até que, em
sima ao violão que parece ter sido do com Raised On Rock, que pode- e aperfeiçoando cada vez mais seu A banda é formada por ninguém me- É um prazer resenhar esse disco, pois 1992, resolveram mudar o nome para
tocada num velho instrumento, pois ria facilmente entrar no Lovedrive ou Thrash Metal nervoso. O EP Broken nos que Sven de Caluwé, do Aborted acredito que muitos fãs de Thrash o atual. De lá pra cá o Trauma vem
alguns trastejados aparecem, e ao Animal Magnetism. A pegada hard Faith é formado por somente quatro entre outros projetos. O cara não joga Metal e Crossover também ouvem angariando cada vez mais adeptos a
invés de soar imperfeito, realçam continua na faixa título, com efeitos faixas, mas mostra que tem muito em time derrotado, não mesmo! Ele o bom e velho Hardcore, e não po- esse som brutal, misturando o Death
a beleza do trecho. A seguir entra na voz, mas sem sair da veia oiten- potencial para um futuro lançamento montou o projeto em 2008, quando demos deixar de falar dessa grande Metal clássico com várias inlfuências
Baptism Of Fire, e nos envolve com- tista. As baladas estão presentes completo. A primeira faixa, que leva Sven se encontrou com a vocalista banda, que mantém a coisa do jeito melódicas e toques de música orien-
pletamente. Destacar alguma faixa em abundância, é claro. The Good o nome do EP, já começa sem ce- do Distorted Miri Milman, em 2008, que deve ser feita. O disco Keepers Of tal. Após uma descartável e chatinha
desse disco é impossível para mim, Die Young é uma balada que foge à rimônias e desce a lenha. O riff inicial e começaram a conversar. Mas dei- The Faith é um grande lançamento. O introdução, vem a primeira faixa do
pois é um daqueles discos que jus- breguice das últimas incursões da lembra bastante o Kreator em sua xemos a história da banda um pouco disco conta com 13 músicas, mas álbum, “Cortex Deformation”. Um
tificam o conceito de obra fechada. banda nesse campo, apresentando melhor fase. O que temos aqui é um de lado e vamos começar a analisar o já está rolando uma edição especial, verdadeiro soco na boca do estôma-
Todas as músicas fazem parte de um aquele típico “veneno” que só os es- Thrash Metal calcado nos anos 80, disco deles, que começa com a ma- com 2 bônus pra galera ficar feliz. go! Entrada de bateria bem caden-

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ciada seguida do baixo e da guitarra, tão cruel e imprevisível como aquele nada para o entusiasmado Freddie. A nela. Originalmente o livro deveria ter
criando um clima apocalíptico para o assassino. A New Era of Corruption dificuldade de se estabelecer financei- sido editado em 1980, trazendo re-
que está por vir! O instrumental me foi um dos álbuns mais aguardados, ramente, de se revelar, de encontrar latos da própria banda a respeito de
lembrou muito algo de Arch Enemy em 2010, pelos fãs de Deathcore e os parceiros adequados para o seu sua história, suas raízes. David Leaf
e os vocais lembram o Krisiun mais é o terceiro e mais trabalhado disco projeto, sua sexualidade ambígua, passou um dia com a banda em Des
atual. A banda inteira tem talento de da banda em quatro anos. Em alguns seu relacionamento conjugal com Moines, em Iowa, durante a tour de
sobra, mas quem se destaca nesse pontos o álbum traz, como em This sua musa Mary Austin, ou o romance 1979, entrevistando cada integrante
CD é o baterista Arkadiusz “Maly” is Exile, a característica de que cada com a atriz alemã Barbara Valentin, separadamente. Depois escreveu o
Sinica; o cara é bruto e não alivia música pode ser diferenciada por os grandes êxitos da sua banda, o texto que, ao invés de ser lançado,
um segundo sequer! O álbum segue técnicas distintas de fortes batidas encontro e a parceria com a cantora foi engavetado e ficou lá por vinte
mantendo o mesmo padrão de quali- e breakdowns. O disco abre com o lírica Montserrat Cabalé, as drogas, a anos. A história mudou quando Da-
dade, técnica e bom gosto! Riffs mar- guitarrista Ben Savage se destacando promiscuidade, talvez até um pouco vid conheceu Ken Sharp que, como
cantes em cada música, ótimos solos na faixa “Devolver” na qual ocorre do modo de pensar desse artista es- fã, se interessou em ler o texto, se
(poderia ter mais) e o ritmo mais ca- uma rápida fusão de Grind com tão retratados nesse livro, cuja leitura prontificando a ajudar na busca pelo
denciado, característico deles. Como Melodic Death Metal. A segunda faixa AC/DC FREDDIE MERCURY flui facilmente assim que iniciada. manuscrito em caixas empoeiradas.
grande apreciador das artes das ca- “Breeding Violence” lembra o álbum “Let There Be Rock” “Freddie Mercury” Ken também tinha seu projeto, uma
pas, vale mencionar que a capa de anterior com técnicas já caracteriza- Editora Nacional Editora Planeta Nota: 9 biografia oral da banda, com dados
“Archetype Of Chaos” é maravilhosa! das pelo vocalista Phil Bozeman, de Marcelo Val coletados em entrevistas e depoi-
Destaque? Difícil, todas as músicas variações rápidas de guturais e vo- Ao ler o livro Let There Be Rock, de Essa é uma biografia de fã, feita pelo mentos de músicos e artistas próxi-
estão num nível muito próximo e cal rasgado. O primeiro single é “The Susan Masino, tive um mergulho escritor parisiense Selim Rauner, e mos eles. O resultado é uma leitura
agradam bastante, mas se tivesse que Darkest Day of Man” o qual conta com na carreira da banda. Susan, que se afasta de um relato meramente empolgante, escrita em parte por um
escolher, recomendo as faixas “The um vídeo que mostra o desempenho é jornalista, acompanha a carreira histórico e de fundo jornalístico, é jornalista que não era um fã – o que
Slime” e “A Dying World”. Ao pes- da banda e, em desenhos, mostra da banda desde 1977 e tem muita quase uma defesa apaixonada do dá isenção ao projeto – retratando a
quisar mais sobre a banda na internet cenas fortes que podem expressar história para contar. Uma das car- ídolo. realidade da banda em 1979, funcio-
notei reações diversas, muitas pes- a agressividade da música. A quarta acterísticas principais desse livro é a Apesar disso, e talvez por causa dis- nando como uma cápsula do tem-
soas adorando e outras falando mal. faixa “Reprogammed To Hate“ pode visão não de jornalista, mas de fã e so, o autor fez uma pesquisa detalha- po; e em outra parte o restante da
Eu gostei bastante, e você? ser aquela que mais chama aten- amiga da banda, o que ora nos co- da mostrando como o jovem indiano história coletado em entrevistas pelo
ção no álbum, pois o instrumental loca dentro da história, ora peca pelo pársi Farrok Bulsara foi construindo outro autor, este um fã declarado, o
Nota: 8 é extremamente brutal e conta com exagero (como chamar Cliff Williams aos poucos o mito Freddie Mercu- que garante a acurácia dos dados.
Pedro Humangous. a participação nos vocais de Chino de “mestre da colméia” e retratá-los ry. Quase como uma narrativa, ele Uma última e importantíssima parte
Moreno da banda Deftones. A banda como os melhores músicos do rock). separa criador e criatura, mostrando traz comentários da discografia da
possui três guitarristas que são bem Mas é uma leitura muito divertida, e a história controversa e dolorosa de banda, praticamente faixa a faixa,
representadas por todo o disco junto pelo preço está valendo muito a pena. um dos maiores artistas do século feitos pelos integrantes, produtores,
com bateria com pedais duplos como Muitas informações interessantes, passado. Artista, ilustrador (fez ca- KISS compositores e músicos de estúdio
uma máquina destruidora. Denomi- histórias divertidas e obviamente os pas de discos como A Night At The “Por Trás da Máscara” contratados. Em suma, uma leitura
nada por muitos como sendo uma momentos tristes também estão lá. Opera), cantor magistral, compositor Editora Companhia Editora Nacional fácil e uma aula de como fazer uma
banda de Deathcore, o Whitechapel Existem alguns pequenos erros na genial, Freddie é retratado como a banda dar certo. Excelente para os
mostra que apesar do rótulo pode tradução, mas nada que atrapalhe, força motriz que embalava o Queen, Esse livro é uma visão do Kiss pelo fãs, e se você não é propriamente um
atrair muitos admiradores de Death talvez passem até despercebidos. mostrando como ele idealizava cada Kiss, contruída a partir de entrevis- fã, mesmo assim é altamente reco-
Metal. Isso pode demonstrar uma Ótima aquisição, leitura fácil, apesar aspecto de sua futura banda, en- tas com os integrantes que tocaram mendável.
inovação no gênero em que rótulos das “corujices” às vezes irritantes da quanto seus parceiros ainda forma- e tocam, e como tal, é multifacetada.
podem ser quebrados simplesmente autora. Mesmo assim, recomendo. vam o Smile, sem saber o talento Constrói um macrouniverso formado Nota: 10
WHITECHAPEL pela brutalidade e qualidade satis- que encerrava aquele jovem tímido pelos distintos pontos de vista e dá Marcelo Val
“A New Era Of Corruption” fatória que vêm sendo mostradas por Nota: 8 que frequentava seus ensaios. O livro uma visão definitiva de como quatro
Metal Blade Records bandas como esta. Marcelo Val passa pelo abandono num colégio novaiorquinos pobretões se tornaram
interno na infância, sua expulsão por um dos maiores fenômenos musicais
Whitechapel é o nome do bairro em Nota: 8 ser flagrado em um encontro com o – melhor dizendo, audiovisuais – do
Londres onde Jack “o Estripador” Matheus “myu” Oliveira filho de um dos jardineiros. Relata a século XX e do atual século XXI. A
alegadamente deixou muitas de suas mudança dolorosa para a família, de história da realização dessa biogra-
vítimas e tem se tornado musical- uma vida confortável na Índia para as fia autorizada co-escrita por David
mente conhecido pela banda de mes- dificuldades encontradas na Inglater- Leaf e Ken Sharp é quase tão inter-
mo nome que vem agindo de forma ra, que, no entanto, não significavam essante quanto a história contida

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show.
Uma estrutura pequena,
porém com ótimo som, climatização
adequada, bar acessível, mas surpreen-
CRASHDIET - Teatro Odisséia dentemente vendendo exclusivamente
05/10/2010 cerveja sem álcool, sei lá porque. Esse
PORÃO
Texto: Marcelo Val é um tipo de show em que a cerveja ge-
DO ROCK
com Fotos: Heloísa Melo lada na mão é uma parte integrante da
11/09/2010
suas parceiras de banda diversão...
Texto: Italo Guardieiro
fizeram um show brutal e direto. Es- avisou no show É engraçado como o Glam Rock acabou O evento começou com cerca de uma
Fotos: Marcelo Ceara e Rita Thomaz
pero ansioso por um álbum da banda que as últimas tiragens do seu CD sendo empurrado ao underground, hora de atraso, com uma intro pré-
que até então não tem nenhum registro “Antigen” de 2009 estavam sendo ven- mantendo um público fiel, adepto aos gravada que mostrava que teríamos um
Como de praxe, o Porão do Rock 2010
gravado. didos na barraca do evento. excessos visuais do estilo. Aqui no Rio som de ótima qualidade na noite. Dito
começa com atraso de aproximada-
Logo em seguida foi vez da banda é um público até reduzido, mas que e feito: a banda entrou detonando suas
mente 2 horas. Mas a espera foi válida!
Death Slam (DF), que foi homenageada marca presença nas festas de hard/ músicas com uma qualidade de som e
Como fã de metal, não saí do palco 1
pelo próprio evento. Na verdade, de ho- heavy que aqui acontecem. O que hoje é precisão impressionantes, parecendo sença e pela empolgação de algumas
(vulgo Palco GTR) para ver as bandas
menagem eu não vi nada, apenas uma chamado de sleaze é o que bandas como até em alguns momentos que banda es- fãs, acredito que a banda tenha tido di-
mais pesadas da noite.
citação no flyer do evento por estar Mötley Crüe, Ratt e Hanoi Rocks faziam tava dublando, tamanha a perfeição da versão garantida ao final do evento.
Abrindo a bateria de shows tivemos a
comemorando 25 anos de banda. Felipe 25 anos atrás, exatamente da mesma execução, especialmente nos coros car- Um show curto – com cerca de setenta
banda Mork (DF), que executa um Black
CDC, com sua presença de palco sem- forma e que ficou conhecido pejorati- acterísticos da banda. O público poderia e cinco minutos –, um público empol-
metal sinfônico. Posso afirmar que a
pre animadora, agitou o público que os vamente como Hair Metal, termo que ser um pouco maior, mas não decep- gadíssimo cantando as divertidas músi-
banda ganhou vantagem com o atraso
esperava, e ainda puxou um maravilho se aplicaria principalmente ao vocalista, cionou e participou com empolgação. cas do quarteto, som e iluminação per-
do evento, pois tocou para um público
coro contra um candidato ao governo com um penteado meio moicano, meio A banda emendava uma música atrás feitos e um excelente desempenho em
razoavelmente cheio e animado que re-
do DF, que com certeza nos fez sermos glam, algo como um periquito de- da outra, com uma presença de palco um lugar perfeito e de fácil acesso para
cebeu bem a banda estreante a qual to-
pessoas melhores naquele momento. penado. A melhor definição do som do muito boa e iluminação profissional, o evento, com ingressos a preço mo-
cou músicas do novo álbum intitulado
Já a banda Mindflow (SP) fez um show Crashdiet é uma mistura do som do que parecia multiplicar as dimensões derado. Ótima forma de encerrar o final
Exemption na maioria de seu set-list.
para um público maior, porém não tão Mötley e Ratt em seus primeiros dis- diminutas do palco. Apesar da pouca de semana! Parabéns aos produtores
Vale constar que a banda foi convidada
participativo. A meu ver, foi um show em cos, com backings à la Def Leppard. Co- comunicação do vocal com o público, a pela iniciativa de arriscar o pescoço e
pelo próprio evento após ser anunciada
que nem a banda estava confortável. nhecendo um pouco do som da banda, banda interagia muito bem, esbanjando trazer a banda ao Rio.
banda revelação no Marreco’s Fest. Ape-
rumei ao Teatro Odisséia na Lapa, em simpatia e arrancando gritinhos das
sar de pouco dialogo entre a banda e o
um domingo chuvoso, para assistir ao fãs - o público feminino marcou pre-
público, foi um show excepcional mos-
trando que o Porão do Rock está com
um grande cast de bandas em 2010. Korzuz (SP) é uma banda impecável ao
Em seguida e sem muito atraso sobe vivo. A banda vem divulgando seu mais
a banda Zilla (DF) que orgulhosamente novo CD “Discipline of Hate” e veio
veste a camisa de sua cidade Planal- para a capital federal mostrar que tem
tina, mostrando que lá também se faz muitos discípulos por aqui. Resumindo
som de qualidade. Executando músi- o show: Som e set list impecáveis, in-
cas do seu álbum de estréia Pragmatic sanidade nas rodas punks e com direito
Ao contrário da Mindflow, André Matos ao famoso Wall of Death, o qual colo-
Evolution, não foi por menos que foi
(SP) fez um excelente show tocando cou o Porão 2010 para história.
bem recebida pelo público e conquistou
músicas da sua carreira solo e tam- Depois do grandioso show da banda
uma vaga no evento por meio da sele-
bém da época em que estava no Angra Korzus, foi a vez da banda xLost In
tiva. O vocalista Lucas estava bastante
e Shaman. Assim que começou tocar Hatex (DF) que foi escolhida pela sele-
carismático, sempre gritando o nome
a música “Fairy Tale”, que foi tema de tiva. Já tocando para um público peque-
do evento, fazendo todos irem ao delírio
uma novela, levou o publico feminino no, a banda, que tem como ideologia o
ao som do Death Metal.
ao delírio. veganismo e o straight edge (sem dro-
A banda Estamira (DF) sempre me
Depois foi vez da banda Dynahead (DF) gas e em prol da vida), veio para mostrar
chamou atenção em todas as apre-
fazer um show vigoroso mostrando toda que mesmo tocando para pouca gente,
sentações que vi. Formada apenas por
sua técnica. A banda faz uma grande dá para fazer um show espetacular.
mulheres, veio para mostrar que não é
mistura entre progressivo e o Thrash,
do sexo frágil. No Porão do Rock não
com alguns vocais guturais divididos
poderia ser diferente, a vocalista Ludmila
entre Caio Duarte e Pablo Vilela. A banda
muito carismática, comunicativa e com

um belo vocal gutural, junto

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GUSTAVO know-how sempre ajuda. Mas é engra- que fiz de lá pra cá só rolaram por HELL DIVINE: Sabe-se que você tinha

SAZES
çado pensar que a maioria das bandas conta dessas fotos. uma banda de Heavy Metal, certo?
de metal estranhamente perguntam HELL DIVINE: Tudo ao nosso redor Você ainda atua como músico ou
‘’Mas você gosta de metal?? Conhece nos influencia de alguma forma. pretende ainda tocar futuramente?
os estilos??’’ E já os meus clientes Quais artistas te influenciaram na Gustavo: Faz anos que sequer toco na
mais pop dizem ‘’Ah você é metalzão, criação de suas obras? guitarra. Quem sabe um dia.
malvado, por favor não coloque uma Gustavo: Derek Riggs, Mckean, Travis
A arte das capas é sempre uma obra pressa até hoje. Anos depois eu já fa- balhar e sobreviver com minha arte.
à parte. Nesta seção, escolhemos caveira no meu CD’’ (risos). Na ver- Smith, Niklas Sundin, Salvador Dali, HELL DIVINE: O que você anda ou-
zia umas “travessuras” usando Corel
grandes artistas para comentarem dade trabalho com música em geral, Joey Madureira e tantos outros. vindo ultimamente?
e Photoshop e surgiu a oportunidade/ HELL DIVINE: A arte das capas sem-
sobre seus trabalhos. do pop ao metal, de Adriana Calca- Gustavo: Sempre um pouco de
necessidade de fazer um material pro- pre teve muito destaque na música.
Com certeza absoluta você já viu nhotto ao Legion of the Damned, sem HELL DIVINE: Seja na música, na coisas velhas e um pouco de coi-
mocional pra banda em que eu tocava Você acha que elas influenciam
a arte dele ilustrando a capa de preconceitos. arte ou em qualquer coisa que se sas novas. Algo de TEXTURES
na época. Com o tempo passei a fazer diretamente na venda dos CDs?
uma banda que curte. Seu traço é faça, sempre temos nossos favori- “Silhouettes”, PARADISE LOST
trabalhos pra bandas de amigos, pra Gustavo: Pessoalmente já cansei de
bastante característico, expressan- HELL DIVINE: Um mágico nunca tos. Quais os melhores trabalhos que “One Second”, DIECAST “Internal
outras bandas minhas e assim foi ro- comprar CD’s de bandas que eu nem
do ao mesmo tempo o caos aliado à revela seus truques. Você poderia você desenvolveu nesses últimos Revolution”, Hypocrisy ”Hypocrisy” ,
lando até os dias de hoje. gostava só pelas capas. Com o tempo
beleza da arte. Gustavo Sazes con- ao menos nos contar um pouco como anos? Aqueles dos quais você mais UNHEILIG “Grosse Freiheit”.
até aprendi a gostar delas. Mesmo
versou conosco e nos conta um pou- funciona seu processo de trabalho? se orgulhou?
HELL DIVINE: A vida de artista, to- antes de sequer começar a trabalhar
co como tudo isso começou, tornan- O quanto você usa de digital e quan- Gustavo: Escolha difícil essa. Pode ser HELL DIVINE: Gosto de brincar dizen-
dos sabem, não é nada fácil. Você com isso já tinha esse ‘’habito’’. Ban-
do-se uma das referências mundiais to fica na parte manual? que amanhã eu faça 10 capas e mude do que, hoje em dia, 11 em cada 10
algum dia imaginou que chegaria das como Axel Rudi Pell, Iced Earth
quando o assunto é arte para bandas Gustavo: Infelizmente não tem truques essa lista (risos). É extremamente capas são suas (risos). Como arruma
tão longe fazendo arte digital? e Gardenian são exemplos de artistas
de Metal. Confiram! ou receitas de bolo. Cada trabalho eu cruel escolher qual é o seu filho pre- tempo para fazer tantas artes?
Gustavo: Sinceramente, nunca criei que comprei a capa e depois comprei
encaro de forma diferenciada. Posso dileto, não é justo. Além disso, tenho Gustavo: Vou te confessar: não sei! Só
muitas expectativas ou sequer plane- a música.
HELL DIVINE: Sei que já deve estar levar semanas ou horas pra bolar um a tendência de escolher e pensar mais Deus sabe como isso acontece (risos).
jei a vida que tenho hoje. Tudo sem- HELL DIVINE:Hoje em dia seu
cansado dessa pergunta, mas muita layout e nunca sigo o mesmo percur- nos meus trabalhos mais recentes. Só esse ano já fiz umas 60 capas. Meu
pre aconteceu por acaso na minha catálogo é basicamente formado
gente tem curiosidade em saber so na criação. No final o resultado é Gosto dos meus trabalhos com o ritmo é infernal, mas no fim é o que
vida, um resultado de desventuras por bandas de Heavy Metal em seus
como seu trabalho começou. Conte- semelhante, até porque é o meu estilo, Angra, Arch Enemy, Musica Diablo, faço, tenho contas pra pagar, família,
bem aventuradas, eu diria (risos). mais diversos estilos. Como isso
nos um pouco do início da sua car- é obvio que as minhas artes tenham Oficina G3, Chainfist, Firewind, God impostos, etc.
Já trabalhei com tantas coisas dife- aconteceu?
reira como ilustrador. essa ‘’assinatura’’ com o passar dos Forbid, Nightrage, etc.
rentes e já sonhei tantos sonhos Gustavo: Bom, sou fã do estilo em
Gustavo: Tudo começou verdadei- anos, mas sempre tento me superar, HELL DIVINE: Muita gente se espe-
impossíveis. Não sei como vai ser quase todas as suas vertentes. Acho
ramente há exatos 10 anos quando o que não é fácil, afinal nem sempre HELL DIVINE: Seus traços são lha no seu trabalho ao começar uma
amanhã ou mesmo daqui a 10 anos. natural isso ter acontecido, até porque
comprei meu primeiro PC e fiz mi- tenho oportunidade de fazer um tra- bastante característicos, quando ba- carreira. Quais dicas você dá para
No geral, considero-me com sorte esse tipo de
nha primeira capinha de demo-tape, balho. Em alguns momentos você temos o olho sabemos que se trata de essas pessoas que querem seguir
e abençoado por poder tra-
algo bem caseiro e básico. Acho que tem que respirar fundo, lembrar das uma arte sua. Notamos que gosta de esse caminho?
tenho essa capinha im- contas que tem que pagar e simples- usar bastantes modelos humanos em Gustavo: Tenha paciência. O que
mente largar o dedo no mouse. situações de sofrimento e desespero, levei 10 anos pra desenvolver, não se
Sobre o digital e o manual isso tam- tudo com uma beleza ímpar. Como foi aprende em 10 semanas. Experimen-
bém varia muito. Já tive trabalhos criada essa unidade visual? talismo é tudo e a fluência da criação
onde 90% foram manuais e 10% digi- Gustavo: Não sei se a maioria dos só vem com a experiência. Não existe
tais e também o oposto. Hoje, acima meus trabalhos flerta com esse tema, receita de bolo e não existe tutorial
de tudo, tento criar artes com fotos mas também não sei te dizer como isso que vai fazer aquela arte com aquele
exclusivamente minhas sempre que se propagou dessa forma. Talvez seja visual milagroso que você tanto almeja.
posso ou, ainda, usar fotos de amigos apenas um reflexo do que as bandas Busque sua voz e suas cores.
fotógrafos. Sempre aproveito minhas queiram, ou do que eu sinto quando
viagens pra carregar alguns gigabytes leio alguma letra ou busco algum tipo Entrevista por Pedro Humangous
de fotos e usar em meus trabalhos. de inspiração.
Comecei nisso com mais seriedade
em 2008 e te digo que muitas capas

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Material físico ou digital? questão: Por que não comprar? Tudo de vida, quase uma religião.” Talvez What The Fuck!? É o que todos nos camente, em usar animais no vocal. ponibiliza faixas gratuitas que podem
bem, o preço não é convidativo. Mas esteja aí a resposta para a primeira perguntamos – seja qual for seu Isso mesmo, você não leu errado. ser conferidas no Myspace oficial
Muito já se falou sobre a pirataria e e a emoção de abrir o plastiquinho afirmação desse parágrafo. O Brasil
idioma – quando nos deparamos Pelo jeito o pessoal não sabe mais da banda. Faixas como “Beak Of
seus males pra quem pertence à in- da embalagem com toda aquela di- infelizmente sofre de uma discrepân-
ficuldade, cheio de ansiedade? E com fatos bizarros relacionados ao o que inventar para tentar fazer su- Putrefaction” e “Feral Parot” po-
dústria da música e dos benefícios cia social cruel, se tornando muito
para quem consome o produto final. o cheiro do encarte? Isso não tem difícil o consumo constante desse Heavy Metal. cesso. Inovação é algo realmente dem ser ouvidas gratuitamente em
Mas minha questão não entra nesse preço! Como é bom poder ler as le- material original, fazendo com que admirável quando feito com sa- formato mp3. Eu aprovo? Não. Sou
mérito, já bastante debatido e de cer- tras enquanto ouço as músicas com as vendas caiam vertiginosamente, Pet Metal – Um Gênero Nada Tradi- bedoria e bom gosto, mas para tudo muito tradicionalista e gosto das coi-
ta forma desgastado. Se tratando de calma. Saber quem produziu, quem formando assim uma cena fraca e de
cional tem limites. E o pior é que tem gente sas como antigamente, sem contar
Heavy Metal, não creio que o maior fez a capa, o cuidado com a parte certa forma pobre. Muita coisa boa
estética, os agradecimentos, etc. não é lançada nesse país, e, portanto que anda gostando dessa nova que isso é simplesmente bizarro!
inimigo das gravadoras e lojistas seja
a pirataria, afinal, não encontramos Tem aquele velho ritual de chegar temos que recorrer aos importados, O metal possui muitos gêne- ideia. Duas bandas Mas fazer o quê, há quem goste.
nas ruas álbuns de Black Metal por na sua prateleira de CDs e escolher pagando uma verdadeira fortuna. E ros, e cada vez mais ganha Espero que essa moda não pegue,
exemplo. A questão aqui é o arquivo a dedo qual deles ouvir, separar com se o preço dos CDs fosse em torno mais “variantes”. Apesar de porque além de ser de muito
digital, compartilhado entre nós pela cuidado e colocar pra tocar no som de 15 reais? Será que assim as ven-
a maioria desses gêneros mau gosto – na minha opi-
rede mundial de computadores, a do quarto no volume máximo! Todo das poderiam subir? Se tivéssemos
esse charme e encanto meio que se acesso a mais quantidade de títu- ser bem aceita pelo público nião, claro – pode vir a causar
internet. Antigamente, na época do
vinil, um indivíduo comprava sua foram com a chegada do MP3. É los com a mesma qualidade com o metalhead e ganhar muitos a “demissão” de muitos vo-
versão original e depois espalhava legal ter acesso a tudo, a qualquer que vemos lá fora? Talvez a coisa fãs, outros já não são tão bem calistas humanos.
para os amigos que faziam suas hora? Com certeza sim! Mas creio mudasse bastante. Um fato vergo- Para quem acha que estou exa-
aceitos. Seja por ideologia,
cópias em fitas K7. O que acontece que isso seja interessante pra nhoso é termos apenas uma publica-
características musicais gerando e quiser arriscar, aí vão
hoje em dia é basicamente a mesma conhecer o som das bandas e pos- ção dedicada exclusivamente para o
teriormente comprar o material Heavy Metal, que é a revista Roadie ou por pura e simples os links do Myspace das bandas
coisa, logicamente em proporções
muito maiores. A pessoa compra o original. A música, a meu ver, está Crew. Muito se falou da morte do bizarrice, o fato é que al- citadas nessa matéria. Se você
lançamento de uma banda e resolve ficando banalizada e perdendo seu Metal, da morte do CD. Não creio guns gêneros são criados com o gostar, meus pêsames. Se você
colocar em seu blog o link para que verdadeiro valor. Ouve-se de tudo nessa tendência, mas muita coisa
intuito de ganhar fama através da desse cenário que detestar, bom, não diga que eu não
mais pessoas possam ter acesso um pouco, mas no fundo não se deve mudar para que cheguemos
conhece nada. Enchemos nosso num formato comum, que seja bom inovação e acabam passando por estão se destacando é o Caninus, avisei. As duas bandas são dos Es-
àquela música. Isso não caracteriza
pirataria, pois nenhum produto está HD com milhares de bandas que para todos os envolvidos. piada e absurdo pela maioria do cujo vocal é feito por dois cães da tados Unidos e o som de ambas é
sendo vendido de forma ilegal, e sim nunca ouvimos mais de uma vez. A verdade é que o Metal é um es- público. Falando em bizarrices no raça pitbull; e Hatebeak, cujo vo- um grindcore um tanto animalesco.
compartilhado como era feito há al- Saímos por aí ouvindo músicas no tilo marginalizado, mas que vem ga- meio do metal, abordarei aqui um calista é Waldo, um papagaio!
guns anos atrás. modo shuffle do Ipod. Talvez eu es- nhando cada vez mais espaço mundo
gênero recente, que por incrível A primeira possui um site oficial Myspace da banda Hatebeak:
Se temos à nossa disposição todo teja completamente errado, talvez eu afora. Ainda estamos longe do ideal,
seja um jovem antiquado, mas essa mas é nos unindo que a coisa vai que pareça anda fazendo al- em que há camisetas e CDs à ven- www.myspace.com/beak666
e qualquer tipo música na rede e de
graça, por que alguém em sã con- é minha visão. pra frente e com força total! Contem gum sucesso na cena: da, além de links diversos como
sciência iria querer comprar um CD Pesquisas indicam que fãs da músi- comigo! O Pet Metal. o Myspace da banda. Nele, pode- Myspace da banda Caninus:
original? Essa é a pergunta que ainda ca pesada são os mais fiéis, e ainda www.myspace.com/caninus
Esse gênero mos ouvir faixas gratuitas como
me faço quando chego ao caixa com compram material físico de suas Pedro Humangous
bandas prediletas. Segundo Ricardo consiste, “United States of Emergency” e
alguns CDs na mão pelo menos uma
Campos, “O Heavy Metal é um dos basi- “Sensationalize Demonize”. Hate- Yuri Azaghal
vez por mês. Sim, eu ainda compro
(e muitos) álbuns originais. Muitos estilos onde marcam presença os beak, assim como Caninus, dis-
me chamam de louco ou mesmo fãs mais ardorosos, que encaram a
de trouxa por gastar dinheiro em música que ouvem como algo além
algo que se pode ter a custo zero. de uma simples diversão, caracteri-
Mas é aí que entra minha verdadeira zando-a como um verdadeiro modo

46 47
q u e WARXATH
a nova banda norueguesa de
Bergen já estréia com força total. The Cernorog (foto acima), também vo-
Underworld Regime, lançado em fe- calista e guitarrista da banda Ances-
Uma seleção de bandas que es-
vereiro desse ano pela Indie Records, tral Volkhves, lançou em julho desse
tão com sangue nos olhos, prontos
é um álbum bem trabalhado, obscuro ano a primeira demo de seu projeto
para alcançarem o mainstream do
e direto, exatamente como os fãs de solo chamado Warxath, na qual ele é
underground. Se é que isso existe.
Black Metal apreciam. A capa está responsável por todos os instrumen- Sempre que existe um bom lan- aproximadamente R$ 40,00. Como é
ótima, as letras bem trabalhadas e as tos. A demo chamada When the Stars çamento, ficamos aguardando o um lançamento, obviamente o preço
oito faixas e quase quarenta minutos de Begin to Fall, conta com três faixas e
momento certo para comprá-lo. ainda está um pouco salgado. Mas
puro metal extremo não deixam nada a quase quinze minutos de duração. Em
seu novo trabalho, Cernorog mostra Pode demorar, seja por ordem de isso realmente importa? Julgando
desejar.
mais do seu talento para o Black Me- preferência ou simplesmente por pelo fanatismo por Judas Priest de
Mais informações e amostras de faixas: tal, que pode ser visto nos álbuns de falta de grana. Mas no fim das con- algumas pessoas que conheço, diria
http://www.myspace.com/ovhell Ancestral Volkhves. Cru e bem produ- tas, sempre compramos. que não.
zido, o som mostrado na demo do es-
lovaco tem tudo para fazer de Warxath
Iniciando a nossa primeira de mui-
mais um projeto bem-sucedido. Vale a
pena verificar. tas listas de desejos dos metal-
heads, hoje mostraremos alguns Lamb Of God – Hourglass –
LITHURIA The Ultimate Anthology
Mais informações e amostras de faixas: itens bem recentes, e um tanto in-
http://www.myspace.com/warxath teressantes para os fãs das bandas
Para os fãs do Death Metal Brutal, Seguindo o mesmo processo da
uma boa dica é a banda Lithuria, da Judas Priest, Enslaved e Lamb Of
God. banda Enslaved, porém sem mui-
Finlândia. A banda foi formada em
2005, porém só começou a ganhar Enslaved – Box Set tas variantes e limitações, a banda
fama após a realização da demo World Lamb Of God resolveu lançar esse
Ending Pestilence em 2008, na qual box contendo a maioria de seus ál-
CONE OF SILENCE Os fãs de Enslaved têm ainda mais
conseguiram um contrato com a gra- buns de maior sucesso. Burn The
vadora Redhouse FMP . Nesse ano, a um motivo para comemorar, pois
Mais um bom e desgracento Death esse lindo box de madeira reúne os Priest, New American Gospel, As The
banda estréia com o seu primeiro ál-
Metal alemão. A banda foi formada álbuns Frost, Eld(duplo), Blodhemn, Palaces Burn, Ashes Of The Wake,
bum oficial, chamado simplesmente
de Lithuria. Depois de Nightwish e em 2008 e no mesmo ano lançaram Mardraum, Monumension e Below Sacrament e Wrath fazem parte
a demo auto-produzida chamada sim- BACKLASH desse box em vinil puro. Lançado
Children Of Bodom, vale a pena ouvir The Lights. Lançado em Setembro
um bom metal extremo diretamente de plesmente de Cone Of Silence, com pela RoadRunner Records, essa
as faixas “Cold”, “Forever Dead” e Para aqueles que adoram um Metal mais de 2009, essa pérola ainda pode ser
Helsinki. Aprovo e recomendo. beleza que faz brilhar os olhos de
“Obsession”. No momento a banda tradicional, apresento o Backlash, uma encontrada em lojas virtuais e lojas
anda sem uma gravadora e espero que banda da Romênia. Formada em 2008, especializadas. Sinceramente, achei cada fã da banda custa cerca de
Mais informações e amostras de faixas:
encontrem logo, porque o trabalho a banda mostrou seu trabalho ao mun- R$ 250,00. Mas novamente, fã que
http://www.myspace.com/lithuria Judas Priest - British Steel - 30th uma das coletâneas mais comple-
desse pessoal ficou sensacional! do pela primeira vez no ano passado, tem dinheiro sobrando não vai sentir
com o EP Madman’s Lullaby. Contando Anniversary Deluxe Edition tas e mais bem pensadas dos últi-
mos tempos. Todos os álbuns são remorso em torrá-lo nessa jóia.
Mais informações e amostras de com uma capa um tanto interessante
faixas: http://www.myspace.com/ e seis faixas totalizando quase quinze Lançado pela Sony Music Entertain- feitos em vinil. Foram produzidas
minutos, Madman’s Lullaby possui Yuri Azaghal
coneofsilencemetal ment para comemorar o aniversário 100 cópias em vinil branco, 200
riffs bem trabalhados e pesados apre- de 30 anos do clássico British Steel cópias em vinil verde e 400 cópias
sentando uma boa harmonia com o vo-
da banda, lançado em 1980, esse em vinil negro. Houve também uma
cal e com os outros instrumentos. Para
quem quiser conhecer uma banda nova belo box de papelão conta com uma edição especial de Natal limitada em
que faz uma boa mistura de Groove e excelente arte, muitas notas e contém 25 cópias. Quase 3 quilos de puro
Thrash, Backlash é a escolha ideal. o álbum British Steel remasterizado, metal extremo. Lançado pela Viva
além de um álbum ao vivo e um DVD Hate, o preço passa facilmente dos
Mais informações e amostras de da turnê. Com certeza isso se torna R$ 200,00. No entanto, vale cada
OV HELL
faixas: http://www.myspace.com/
um item indispensável para qualquer centavo e, para os fãs da banda, é um
backlashtgmures
Trata-se da nova banda de Shagrath (ex- fã verdadeiro de uma das maiores item que realmente vale a pena ter.
Dimmu Borgir) e King (ex-Gorgoroth). Yuri Azaghal bandas de Heavy Metal de todos os
Com uma dupla dessas, é evidente dizer
tempos. Essa beleza está saindo por
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50 51
M
A
R
C
E
L
MAURICIO BASTOS
P A
E T Í V
D H T A F
R E A LEONARDO PACHECO
RICARDO THOMAZ U L R
S O N
H A
U O G N
M L U D
A YURI AZAGHAL A
N V R
G E D C
O I I U
AUGUSTO HUNTER E N
S A I H
R A
O

O H E L L !
GO T
O METAL ESTÁ AQUI.
www.myspace.com/helldivine

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