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1. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS
A especialização profissional em Processos de Trabalho em Hemoterapia - área profissional de
Saúde, subárea de Hemoterapia, é um curso de educação profissional de nível técnico que
atende ao disposto:
- Na Lei Federal nº 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
- No Decreto Federal nº 2.208/97;
- No Parecer CNE/CEB nº16/99 e Resolução CNE/CEB nº04/99, que dispõem sobre as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico;
- Na Indicação CEE nº 08/2000;
- No Regimento das Unidades Senac São Paulo – Educação Profissional e Ensino Médio;
- Nas demais normas regulamentadoras do sistema de ensino.
Nos últimos 20 anos, com o advento de novas e de reemergentes moléstias transmissíveis pelo
sangue, como a SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), Hepatites Virais e o
recrudescimento da Malária, fez-se necessário um rigoroso controle sorológico do sangue
doado, assim como uma sofisticação nos processos de captação e triagem de doadores.
Posteriormente, com o desenvolvimento de técnicas moleculares, ampliou-se o conhecimento
sobre o Genoma Humano, em especial das proteínas das membranas biológicas, como de
células sanguíneas e de parasitas, do entendimento do seu papel fisiológico, do conhecimento
da estrutura dos genes que as produzem, bem como as mutações nesses genes que
desencadeiam pontos de polimorfismos dessas proteínas membranares e que são
responsáveis pelo surgimento de diferentes antígenos de grupos sanguíneos eritrocitários e
plaquetários. Com isso, tornou-se urgente um adequado controle imuno-hematológico pré-
transfusional, fazendo surgir uma nova consciência sobre a compatibilidade sanguínea. Tudo
isso, atrelado ao incremento dos investimentos em novas tecnologias e, especialmente, na
emergente necessidade de revisão e adequação dos procedimentos técnicos aos parâmetros
nacionais e internacionais, tornou imprescindível a dedicação ao aperfeiçoamento técnico-
científico.
Fontes: Boletim Mais Saúde, Ministério da Saúde, ano II, no. 5, 2002.
Site: www.anvisa.gov.br
Esse curso, portanto, tem por finalidade permitir que esses profissionais tenham acesso às
últimas descobertas técnico-científicas nessa especialidade.
2. REQUISITOS DE ACESSO
- Diploma de um dos cursos indicados acima (fotocópia simples e uma autenticada) ou de áreas
afins.
- Documento Militar para candidatos do sexo masculino entre 18 e 45 anos (apresentação para
anotações).
- Título de Eleitor, para candidatos a partir de 18 anos com comprovante de voto na última
eleição (apresentação para anotações).
4. ESTRUTURA CURRICULAR
A organização curricular deste plano de curso, composta por dois módulos seqüenciais, prevê a
formação do Especialista em Processos de Trabalho em Hemoterapia.
A carga horária total dessa especialização é de 320 horas, compondo-se em dois módulos:
- Módulo I - Elementos de Sustentação à Especialidade.
- Módulo II - Processos de Trabalho em Hemoterapia
ESTRUTURA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
Componentes Curriculares:
Identificar as atribuições dos técnicos e dos demais profissionais de saúde que atuam em
Hemoterapia, reconhecendo a hierarquia e os limites de atuação destes profissionais.
Conhecer os processos metabólicos que ocorrem nas células e fragmentos celulares do tecido
sanguíneo e caracterizar as alterações funcionais e físico-químicas após a coleta e estocagem
de sangue em bolsas plásticas.
Compreender a função dos tampões biológicos e sua importância nos processos fisiológicos.
(32 horas).
5. INDICAÇÕES METODOLÓGICAS
Os Módulos que compõem o itinerário profissional deste plano de curso serão desenvolvidos por
meio de situações diversificadas, similares às encontradas no contexto real do trabalho. Na medida
que se integram conhecimentos, habilidades e valores para a resolução de problemas suscitados,
O número mínimo de horas determinadas para os Módulos será respeitado, porém a carga horária
e a seqüência recomendadas para os componentes curriculares que os integram poderão ser
alteradas, face às necessidades de aprendizagem dos alunos, considerando o perfil profissional de
conclusão. Esses componentes curriculares serão especificados no plano de trabalho elaborado
pelos docentes e registrados em documento específico, de forma sintética, na medida e na
seqüência em que forem desenvolvidos.
O aproveitamento de estudos, em qualquer condição, deverá ser requerido antes do início dos
Módulos, em tempo hábil para o deferimento pela direção da Unidade e a análise e parecer dos
docentes, com indicação de eventuais complementações.
7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos será contínua e cumulativa, sendo priorizados os instrumentos integradores
de conteúdos curriculares e estimuladores da autonomia na aprendizagem, que envolvam
atividades realizadas individualmente e em grupo, e forneçam indicadores da aplicação, no
contexto profissional, dos conhecimentos e habilidades desenvolvidas em pesquisas, estudo de
casos, estudo do meio, diagnósticos ou prognósticos de situações reais ou hipotéticas de trabalho.
Na definição das estratégias e dos instrumentos de avaliação, deve-se considerar que parte das
competências a serem desenvolvidas diz respeito ao aprendizado de atitudes ou posturas e de
conhecimentos e habilidades que freqüentemente se apresentem associados e que requerem uma
perspectiva integradora. Será incluída a auto-avaliação, dentre as demais estratégias, para que os
alunos possam incorporá-la, quando estiverem no mercado de trabalho, como um instrumento de
aferição da qualidade de seu próprio desempenho profissional.
- ÓTIMO – capaz de desempenhar, com destaque, todas as competências exigidas pelo perfil
profissional de conclusão;
- BOM – capaz de desempenhar, a contento, todas as competências exigidas pelo perfil
profissional de conclusão;
- INSUFICIENTE - não capaz de desempenhar, no mínimo, as competências essenciais exigidas
pelo perfil profissional de conclusão.
Será considerado aprovado aquele que obtiver, em cada módulo, no mínimo a menção Bom nas
avaliações realizadas durante o processo de aprendizagem e a freqüência mínima de 75% do total
de horas de efetivo trabalho educacional.
Será considerado reprovado aquele que, mesmo após o processo de recuperação, apresentar em
cada módulo, menção Insuficiente ou freqüência inferior a 75% de sua carga horária.
A clientela deverá ter pleno conhecimento dos procedimentos a serem adotados para o
desenvolvimento do curso, bem como sobre as normas regimentais e os critérios de avaliação,
recuperação, freqüência e promoção.
05 pipetas semi-automáticas de volumes variáveis: 10, 25, 50, 100 microlitros com respectivas
ponteiras;
01 pHmetro;
01 estufa seca;
10 termômetros clínicos;
01 manequim de enfermagem;
05 alicates de ordenha;
05 estetoscópios;
05 tesouras;
vidrarias básicas para laboratório: Becker, provetas, pipetas graduadas; bastões de vidro,
erlenmeyer, volumes variados.
Óculos de proteção;
Ponteiras descartáveis;
Álcool 70%;
Kits diagnósticos para doenças transmissíveis pelo sangue, das principais metodologias
empregadas: imunoenzimático (ELISA), Western Blott, hemaglutinação, floculação.
Esparadrapo Transpore
Microlancetas descartáveis.
Bibliografia Básica:
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; POBER, J. S. Imunologia celular e molecular. 4. ed. Rio de
Janeiro : Revinter, 2003. 544 p.
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da biologia moderna. 2. ed. São Paulo : Moderna,
1997. 662 p.
BROWN, T. A. Genetica : um enfoque molecular. 3. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1999.
336 p.
CALICH, V. L. G.; VAZ, C. A. Coppi. Imunologia basica. Sao Paulo : Artes Medicas, 1989. 376 p.
CHAMONE, D. ET AL. Manual de transfusão sangüínea. 1a. ed.Editora Roca, São Paulo, 2001.
COTRAN, R. S.; COLLINS, T.; KUMAR, V. Robbins patologia estrutural e funcional. 6. ed. Rio de
Janeiro : Guanabara Koogan, 2000. 1251 p. Il. Por.
DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana básica. 2. ed. Rio de Janeiro : Atheneu, 1988.
184 p. (Biblioteca Biomedica).
FAILACE, R. Manual de Interpretação do Hemograma. 3a. ed. Porto Alegre; Artmed Ed., 1995.
GOLDBERG, S. Descomplicando ... bioquímica. 2. ed. São Paulo : Artes Medicas, 1998. 112 p.
GUYTON, A. C.; HALL, John E. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. 6. ed. Rio de
Janeiro : Guanabara Koogan, 1998. 639 p.
HAMERSCHLAK, N.; PASTERNAK, J. Doenças transmissíveis por transfusão. São Paulo : Andrei,
1991. 148 p.
HENEINE, I. F. Biofísica básica. São Paulo : Atheneu, 2002. 400 p. (Biblioteca Medica).
MURRAY, R. K.; GRANNER, D. K.; MAYES, P. et al. Harper : bioquímica. 7. ed. São Paulo :
Atheneu, 1994. 763 p.
MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K. S.; KOBAYASHI, G. S., et al. Microbiologia medica. 3. ed. Rio
de Janeiro : Guanabara Koogan, 2000. 604 p.
OKUNO, E.; CALDAS, I. L.; CHOW, C. Física para ciências biológicas e biomedicas. São Paulo :
Harbra, 1982. 490 p.
Terapêutica Transfusional: Manual para Médicos. American Association of Blood Banks, 7a.
edição, Bethesda, EUA, 2002.
VIEIRA, E. C.; GAZZINELLI, G.; MARES-GUIA, M. Bioquímica celular e biologia molecular. 2. ed.
São Paulo : Atheneu, 1998. 360 p.
Bibliografia Complementar:
CONN, E. E.; STUMPF, P. K. Introdução a bioquímica. 4. ed. São Paulo : Edgard Blucher, 2001.
525 p.
MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica básica. 2. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan,
1999. 360 p.
PUTZ, R. (Ed.); PABST, R. (Ed.). Sobotta atlas de anatomia humana. 21. ed. Rio de Janeiro :
Guanabara Koogan, 2000. 2 v.
ROHEN, J. W.; YOKOCHI, C.; DRECOLL, E. L. Anatomia humana : atlas fotográfico de anatomia
sistêmica e regional . 5. ed. São Paulo : Manole, 2002. 500 p.
TEXTOS de apoio em hemoterapia. Rio de Janeiro : Fiocruz, 2000. 163 p. (Trabalho e Formação
em Saúde).
VIEIRA, E. C.; GAZZINELLI, G.; MARES-GUIA, M. Bioquímica celular e biologia molecular. 2. ed.
São Paulo : Atheneu, 1998. 360 p.
WILLS, C. Exons, introns, and talking genes : the science behind the human genome project. New
York : Basic Books, 1991. 368 p.
O profissional da equipe técnica que irá acompanhar o desenvolvimento dos diversos módulos
do curso deverá possuir graduação e experiência profissional compatíveis com as
necessidades do cargo.
11. CERTIFICAÇÃO