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Estes recursos finitos de água doce estão a ser explorados e degradados a uma
velocidade alarmante pelas actividades humanas. Exigências sobre as reservas de
água da superfície e do solo resultam quer do crescimento populacional quer da
utilização e consumo crescentes para o crescimento tecnológico.
O crescimento incontrolado da população humana e o desenvolvimento tecnológico
têm levado a uma utilização crescente, exponencial das águas doces, ao seu uso e
abuso. Apesar da superfície da Terra receber aproximadamente 105000 Km3 de chuva
por ano, que é a fonte básica de água doce, só 1/3 chega aos oceanos pela descarga
fluvial. O restante é devolvido à atmosfera pela evaporação e transpiração vegetal.
Este 1/3 (cerca de 37500 Km3 / ano), dividido por uma população mundial que atinja
os 7000 milhões dará cerca de 13500 L /dia para cada pessoa. Apesar de parecer
uma quantidade grande, já que a fisiologia humana requer apenas 2L / pessoa / dia,
torna-se insuficiente para os requisitos tecnológicos modernos: consumo doméstico de
250 L / pessoa / dia, consumo industrial médio de 1500 L / pessoa /dia, nos países
desenvolvidos; a agricultura precisa de vários milhares de L /pessoa /dia nos países
de clima quente e seco (e estes são dados de 1972, há mais de 30 anos!)
Há que considerar ainda vários factores que levam a uma redução efectiva do valor de
água doce potencialmente fornecido pelas chuvas e previamente referido. Em primeiro
lugar, nem a pluviosidade se acha equitativamente repartida sobre a Terra nem o
homem se distribui em proporção com as concentrações de água. Esta disparidade
provoca, portanto, um gasto enorme de energia em sistemas de distribuição. Em
segundo lugar, o consumo total aumentou exponencialmente com a explosão
demográfica e tecnológica. Na expansão de sistemas de distribuição a áreas de pouca
pluviosidade como, por exemplo, a irrigação de regiões semi-áridas, a quantidade de
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dinâmica dos lagos pode transferir-se para as albufeiras (cujas características são
muito mais variáveis e individuais).
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suporte mais notória nas plantas aquáticas, uma menor lenhificação, menor
quantidade de xilema, etc.) e (2) onde a resistência à locomoção é maior; a sua
distribuição é com frequência influenciada pela estratificação termicamente induzida
de massas de água com diferentes densidades e viscosidades.
Uma elevada tensão superficial ocorre na interface ar-água, geralmente maior que a
de qualquer outro líquido excepto o mercúrio. A tensão superficial decresce com o
aumento da temperatura, da salinidade e da concentração de compostos orgânicos.
1. ECOSSISTEMAS LÊNTICOS
1.1. Lagos: distribuição, origens e formas
Cerca de 40% do total de água doce está contida nas grandes bacias lacustres.
Contudo, a maior parte dos lagos e albufeiras são muito mais pequenos e estão
concentrados nas regiões subárcticas e temperadas do hemisfério norte. A maioria
dos milhões de lagos existentes são pequenos e relativamente pouco profundos, em
geral com menos de 20 metros de profundidade.
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Numa dada área, todos os lagos e lagoachos naturais têm a mesma origem geológica
e as mesmas características gerais; mas, devido à diferente profundidade original,
podem representar vários estágios de desenvolvimento.
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Da energia total que entra na água, uma porção é dispersa e a restante é absorvida
pela água, compostos dissolvidos e partículas em suspensão. A diminuição total de
energia por ambos os processos é chamada atenuação luminosa.
Quando a temperatura da água baixa para valores inferiores a 4ºC, torna-se mais leve
e permanece à superfície. Se o clima for suficientemente frio, a superfície da água
congela; ou então fica próxima de 0ºC. Uma ligeira estratificação inversa pode ocorrer,
durante a qual a água se torna mais quente com a profundidade, até aos 4ºC. A água
imediatamente abaixo do gelo pode ser aquecida pela radiação solar através do gelo.
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Durante o verão, como acontece com a temperatura, pode dar-se uma estratificação
do oxigénio nos lagos e afins. A quantidade de oxigénio é geralmente maior junto à
superfície, onde ocorrem as trocas com a atmosfera, muitas vezes estimuladas pela
agitação provocada pelo vento. A quantidade de oxigénio diminui com a profundidade
devido à decomposição que se dá nos sedimentos do fundo. Nalguns lagos, o oxigénio
varia pouco do cimo ao fundo; cada camada está saturada para a sua temperatura e
pressão. A água nalguns lagos é tão transparente que a luz penetra abaixo da camada
de declínio térmico e permite o crescimento do fitoplâncton. Devido à fotossíntese, o
conteúdo em oxigénio pode ser maior em água profunda do que à superfície.
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Água do mar e águas doces duras (com muito cálcio e elevado pH) têm elevada
capacidade tampão. O pH das águas doces varia de 3 a 10. A água das chuvas tem
um pH de 5 a 6. A gama habitual de valores em ribeiros e lagos é 6,5 a 8,5, mas
sazonalmente muitos podem ter um pH tão baixo como 3,5, dependendo da bacia de
drenagem. Águas escorrendo de bacias dominadas geologicamente por calcários têm
um valor de pH muito mais elevado e um poder tampão muito maior quando
comparadas com águas provenientes de bacias dominadas por granito e rochas
ácidas. O pH das águas moles (sem muito cálcio) pode flutuar, variar muito,
especialmente se recebe chuvas ácidas.
Em águas moles, o dióxido de carbono pode ser reduzido pela fotossíntese das
plantas aquáticas e das algas. Se a fotossíntese for muito elevada, o valor da
respiração dos organismos aquáticos, a absorção a partir da atmosfera e a partir de
água subterrânea podem não ser suficientes para contrabalançar as perdas. Isto pode
afectar a fisiologia dos invertebrados aquáticos, especialmente na afinidade do sangue
para o oxigénio e na sua alcalinidade e também o desenvolvimento do exoesqueleto.
O suplemento limitativo de Ca2+ e de CO32- nas águas moles restringe a distribuição de
alguns invertebrados aquáticos.
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Em águas duras (pH elevado), a actividade das plantas e algas remove dióxido de
carbono e causa a precipitação de carbonato de cálcio. Em águas moles, Ca2+ e CO32-
tendem a permanecer em solução. Na formação e precipitação de CaCO3, iões
inorgânicos como o ião fosfato (PO4 3- ) e compostos orgânicos podem coprecipitar
com ele ou ficar adsorvidos e serem levados para fora da zona trófica dos lagos,
podendo resultar uma redução da actividade metabólica.