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Medianeira, PR
2007
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Medianeira, PR
2007
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RESUMO
SUMÁRIO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
limitados, doentes ou inválidos). Esses modelos, ainda influenciam e fazem com que
atitudes são determinadas e que colocam as pessoas que apresentam diferenças
em desvantagem.
No entanto:
Durante o século XVII, surgiu na Europa uma escola que realizou um trabalho
importantíssimo direcionado basicamente para a área da surdez. Escola esta,
fundada por Del I‟pee que utilizavam a linguagem de sinais como principal forma de
comunicação, sendo a primeira instituição a receber auxílio de verbas públicas para
a manutenção e realização do trabalho com a educação especial. O próprio
fundador, Del l‟pee, foi autor de um livro sobre a língua de sinais, publicado no ano
de 1796. Esta escola se tornou uma forte tendência mundial onde os alunos surdos
começaram a destacar-se em contextos sociais e profissionais.
Em 1856, chegou ao Brasil o professor Ernest Huet, surdo francês que trouxe
o alfabeto manual francês e alguns sinais para o Brasil.Os surdos, diz Monteiro
(2006) que deviam usar algum sistema de sinais próprio, em contato com a Língua
de Sinais Francesa (LSF), produziram a Língua de Sinais Brasileira(LSB), e no dia
26 de setembro de 1857, ano seguinte, foi então fundado o Instituto dos Surdos-
Mudos do Rio de Janeiro e que foi denominado atualmente como Instituto Nacional
de Educação de Surdos (INES).
Outro fato importante foi a Instituição de Gallaudet Colege, que ainda hoje é
conhecida como Gallaudet University, que foi aprovada em 1864 no Congresso dos
Estados Unidos onde autoriza cursos de graduação nacional para os surdos, sendo
esta a primeira instituição de ensino superior especificamente para surdos.
Neste mesmo período, surgiram divergências entre a Escola Oralista e a
Escola de Sinais, sendo a primeira encabeçada por Grahan Bell, que com o seu
prestígio, fez os sinais serem banidos do ensino em escolas para surdos, alegando
que o necessário aos alunos é que falassem, aprendendo a viver no mundo dos
ouvintes de acordo com suas maneiras e meios. (SACKS, 1998).
Esta época foi uma das mais difíceis para os surdos, pois quando se iniciou o
verdadeiro trabalho, passando a respeitar os sujeitos surdos como pessoas que
possuem uma cultura e uma língua própria, simplesmente alguém termina com o
sonho de tantas pessoas que por anos e anos ficaram restritos aos assuntos do
mundo inteiro por serem privados da audição. Tal restrição chegou ao Brasil,
ocorrendo assim um grande declínio de professores surdos, abrindo as portas aos
professores ouvintes.
Em 1880, foi realizado o Congresso Internacional de Milão, Itália, para discutir
o futuro da educação para os surdos e para avaliar o mérito de três métodos rivais:
Língua de Sinais, Oralista e Mista (língua de sinais e a fala). (STROBEL, 2006).
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Neste congresso, houve uma votação de 160 votos a favor de métodos orais na
educação de surdos, sendo quatro votos contra.
Com a imposição do oralismo, durante cem anos os surdos ficaram
subjugados as praticas ouvintistas1 e para se parecerem com ouvintes eram
obrigados a imitá-los. Sua cultura e sua identidade foram simplesmente ignoradas e
abandonadas.
Outra escola, que foi importante na história dos surdos, conta Monteiro
(2006), é o Instituto Santa Terezinha em São Paulo; fundado em 1925, que sofreu
influência da LSF, pois os educadores eram religiosos franceses católicos, além da
influência do “oralismo”. O Instituto era dedicado á educação de moças surdas,
sendo que algumas se tornavam freiras, estas só podiam se comunicar fora das
salas de aulas.
Muitos métodos foram utilizados para se trabalhar com os surdos, nem todos
obtiveram um bom resultado, alguns propiciaram de certa forma e por pouco tempo
melhoras na área da surdez, mas foram banidos com o passar do tempo.
Entre as décadas de 50 e 60, a surdez foi tratada como doença, e o
atendimento era voltado a filantropia e ao assistencialismo, sendo que as famílias
entregavam os surdos para instituições especializadas que funcionavam como
internatos, quando estes estivessem aptos, poderiam assim retornar ao convívio
familiar.
Na década de 60, houve um fato que foi fundamental para iniciar a mudança
da Representação Social, que até esta data a sociedade ouvinte construiu a respeito
destes indivíduos.Antropólogos, lingüistas, sociólogos e psicólogos começaram a ter
interesse pelo surdo, por sua cultura, sua língua e sua educação.Uma nova
concepção filosófica, não mais baseada na patologia começa a surgir.
Em 16 de maio de 1987, é fundada a Federação Nacional de Educação de
Surdos (FENEIS), organização filantrópica sem fins lucrativos que desenvolve
atividades políticas e educacionais, lutando assim pelos direitos culturais,
lingüísticos, educacionais e sociais dos surdos do Brasil, além dela há também a
Confederação Brasileira de Surdos (CBS), esta fundada em 2004, tendo os mesmos
objetivos da primeira.(MONTEIRO, 2006, p.284).
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Ouvintismo, segundo Skliar (1998), “é um conjunto de representações dos ouvintes, a partir do qual o surdo
está obrigado a olhar-se e narrar-se como se fosse ouvinte”.
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No século XX, houve muitos avanços na visão clinica, fazendo das escolas
dos surdos espaços de reabilitação de fala e treinamento auditivo, preocupando-se
com a cura e não com a educação (STROBEL, 2006). Ao serem avaliados, muitos
surdos foram encaminhados para classes especiais em escolas publicas e também
em instituições particulares de reabilitação, alem disso, houve projetos de formação
de professores leigos que muitas vezes faziam o papel de fonoaudiólogos, ficando
assim a proposta educacional direcionada para a reabilitação de fala ao sujeito
surdo.
Durante muitos anos a surdez foi tratada somente como clínica, onde
fonoaudiólogos e médicos tentaram curá-la. Os familiares e professores procuraram
“corrigir a normalidade”, ignorando seu lado cultural e sempre vendo a surdez como
deficiência.
Segundo Lodi & Moura (2006 p.22):
A língua de sinais vem assumindo um lugar cada vez mais relevante não só
nas pesquisas, como também na educação dos surdos. Embora se encontrem
registros de que já no século XVIII se reconhecia a importância da língua de sinais,
foi somente no século XX, é que tiveram inicio os primeiros estudos lingüísticos
sobre ela.
As línguas expressam a capacidade especifica dos seres humanos para a
linguagem. A linguagem é tão essencial para o ser humano que apesar de todos os
empecilhos que possam surgir para o estabelecimento de relações através dela, os
seres humanos buscam formas de satisfazê-las. Na face da terra, as diferentes
línguas existentes, expressam as culturas, os valores e os padrões sociais, portanto,
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Conforme apresentado em http://www.deafmall.net/deaflinx/edcoe.html (2002): tutorar os alunos,
apresentar informações a respeito do desenvolvimento dos alunos, acompanhar os alunos, disciplinar
os alunos e realizar atividades extra-classe.
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4. A INCLUSÃO
seus alunos, sua família e seus problemas e respeitar cada um com suas diferenças
individuais.
O que existe em geral são projetos de inclusão parcial, que não estão
associados a mudanças de base nas escolas e que continuam a atender aos
alunos com deficiência em espaços escolares semi ou totalmente
segregados (classes especiais, salas de recurso, turmas de aceleração,
escolas especiais, os serviços de itinerância), ou projetos que negam a
oportunidade de essas pessoas estudarem nas turmas regulares, porque os
professores não estão “preparados” ou porque são casos muito graves para
tirarem proveito do processo escolar.(MANTOAN, s/ano, p. 3)
Essa inclusão vem repercutir aqui no Brasil, ou seja, em alguns estados onde
ainda ocorre o medo, a insegurança por parte dos professores que possuem em
suas salas de aulas, alunos com deficiência, propiciando assim a possibilidade de
fatos como os citados pela autora acima virem a ocorrer.
No estado do Paraná este tema esta fazendo parte de muitas famílias que
possuem PNEE em casa, sendo oferecida tanto na rede regular de ensino quanto
nas instituições especializadas conveniadas ou não, com inicio na faixa etária de
zero a seis anos, prolongando-se durante toda a educação básica até o Ensino
Superior.
De acordo com a SEED/DEE (Secretaria de Educação/ Departamento de
Educação Especial), atualmente, há oferta de algum tipo de atendimento
especializado em 368 dos 399 municípios, o que representa o índice de 92% de
cobertura no Estado. O total de alunos atendidos na área de Educação Especial é
de 60.000, sendo que 38.825 recebem atendimento na rede conveniada (instituições
especializadas), representada pelas escolas especiais, e 21.175 na rede regular de
ensino.
Esse número é de suma importância para toda a sociedade, vem mostrar que
as barreiras já estão sendo aniquiladas pouco a pouco, o que vem beneficiar
aqueles que necessitam de uma educação aberta e ampla.
Heidrich (2000) aponta que aprendemos muito com a “desigualdade”, e a
possibilidade de participação do meio social numa visão integradora e inclusiva
demonstra que se a sociedade se libertar dos seus preconceitos convivendo com a
diversidade só terá ganhos.Precisamos e é de profunda necessidade ultrapassar a
deficiência, a limitação e a desvantagem, para encontrar apenas uma pessoa,
permitindo-lhe uma vida digna e respeitando a sua irrestrita capacidade educativa.
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feito é apenas um jogo político em que um governo quer “deixar uma vírgula a mais”
nas leis de governos passados.
Sabe-se que as dificuldades encontradas pelos surdos em sala de ouvintes
são notáveis, a língua trabalhada no ensino regular é a L2 para os surdos e isso já é
um dos motivos por que muito surdos repetem o ano, ocorre também à falta de
comunicação por parte dos colegas, devido estes não conhecerem a LIBRAS, e o
principal, os pais que não conseguem dominar a língua dos filhos ocorrendo a falta
de comunicação dentro de casa, todos esses fatores só acarretam problemas onde
que a única vitima disso, é o surdo.
Para Fernandes (1999, p.2):
Não é fácil para o surdo entrar no mundo dos ouvintes, como não é fácil
entrar no mundo dos surdos, é como se fosse, dois países diferentes e cada qual
com sua linguagem própria. Ambos para conviverem bem, sem serem estrangeiros
no mundo do outro é necessário que se aceitem mutuamente, se respeitando como
pessoas dignas, e os pais devem estar conscientes para aceitar seu filho surdo do
jeito que ele é, e também a sua língua de sinais, parte integrante da sua cultura.
A inclusão está denunciando o abismo existente entre o velho e o novo na
instituição escolar brasileira (MANTOAN, s/ano). Ao nosso ver, o futuro da escola
inclusiva está dependendo de uma expansão rápida dos projetos verdadeiramente
imbuídos do compromisso de transformar a escola, para se adequar aos novos
tempos.
De acordo com Strobel (2006), o ideal sobre a inclusão nas escolas de
ouvintes, é que as mesmas se preparem para dar aos alunos surdos os conteúdos
pela língua de sinais, podendo ser através de recursos visuais, como figuras, língua
portuguesa escrita e leitura, a fim de desenvolver nos alunos a memória visual e o
hábito de leitura, e, além disso, possam receber apoio de professor especialista
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5. PESQUISA DE CAMPO
5.1 METODOLOGIA
Como em nossa cidade temos duas escolas que atendem alunos surdos,
escolhemos as nossas amostras, e assim entramos em contato com as mesmas.
Primeiramente, mais exatamente no dia 09 de julho de 2007, conversamos com
duas professoras e duas intérpretes da Escola Municipal Ângelo Darolt, que atuam
em salas de alunos surdos e com muita educação e respeito explicamos nosso
objetivo e indagamos se as mesmas gostariam de participar da nossa pesquisa e
após aceitarem, entregamos o questionário que continha acima das perguntas um
esclarecimento sobre o assunto tratado.
No dia seguinte, todas nos devolveram os questionários respondidos.
Gostaríamos de colocar que por ser uma escola de 1ª á 4ª série, os alunos surdos
são crianças, (QUADROS, 2002) estas têm mais dificuldades em entender que
aquele que está passando as informações é apenas um intérprete, é aquele que
apenas está intermediando a relação entre professor e ela. Por esse motivo
achamos melhor não expô-las em nossa pesquisa.
Em um segundo momento, no dia 12 de julho de 2007, nos dirigimos até a
casa de mais duas intérpretes que atuam no Colégio Estadual João Manoel
Mondrone, que após a explanação da nossa visita, aceitaram fazer parte desta
pesquisa. Então ficou combinado que retornaríamos para recolher os questionários.
Também tivemos a felicidade de encontrar na AMESFI (Associação Medianeirense
de Surdos e Fissurados), dois surdos que freqüentam o ensino regular no Colégio
Mondrone, conversamos com eles, explicamos sobre o objetivo do nosso trabalho e
com educação pedimos se assim fosse de suas vontades, a participação em nosso
trabalho. Ambos concordaram sem problema e no mesmo momento deram inicio na
resolução das respostas, tendo como apoio à professora Neide em relação à
interpretação das perguntas e nas dúvidas existentes. É interessante expor aqui que
os dois participantes acima citados têm um pequeno resíduo auditivo, a surda estuda
no 3º ano do Ensino Médio e tem 19 anos, o aluno surdo estuda no 1º ano do Ensino
Médio e tem 18 anos.
Na semana seguinte exatamente no dia 16 de julho de 2007, fomos até a
casa de duas professoras que atuam em sala de alunos surdos, entregamos o
questionário e combinamos que retornaríamos no dia seguinte na parte da manhã
para então recolher os mesmos. Também neste mesmo dia, nos deslocamos até
uma lanchonete aqui da cidade, onde que os proprietários da mesma, possuem dois
filhos surdos que estudam no Colégio Mondrone, pedimos a permissão para os pais
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para que seus filhos fizessem parte da nossa pesquisa e devido estes aceitarem, foi
entregue então a mãe o termo de consentimento esclarecido, para que a mesma
assinasse, permitindo assim que seus filhos pudessem responder ao questionário. O
casal tem um rapaz de 16 anos que estuda no 1º ano do Ensino Médio e uma
menina de 14 anos que estuda na 6ª série. Devido à mãe dominar um pouco a
língua de sinais, esta colaborou interpretando para os mesmos o questionário.
Retornamos no dia seguinte para buscar então os quatro questionários que estavam
devidamente preenchidos.
Com os questionários em mãos, a análise dos dados foi realizada durante a
organização do nosso trabalho, colocamos tudo o que foi descrito por eles, não
excluindo nenhum fato. Devido à experiência do nosso trabalho como intérprete de
língua de sinais, pudemos acrescentar após cada questão respondida nossas
opiniões, um pouco das nossas experiências individuais.
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Não como deveria. Como profissional que trabalha com surdos poderia estudar e
debater com os colegas de trabalho temas relacionados á surdez e como encontrar
soluções para ás dificuldades encontradas em sala de aula (mas isso não acontece).
(P. C)
Sim. Isso ocorre informalmente na sala dos professores ou durante a hora atividade
e ainda, formalmente nas reuniões pedagógicas. (P. D)
De acordo com algumas respostas, pela experiência vivida por nós que
atuamos nessa área da Educação Especial, essa busca por informações sobre o
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Termo utilizado por Baudrillard (2000, p.57) no sentido de trajetória.
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aluno e sobre a surdez acontece mais nas Escolas Municipais, porque ali o professor
consegue conhecer melhor seus alunos, tem um tempo maior para saber sobre suas
dificuldades e suas potencialidades devido ao fato de ser regente da turma durante o
turno de aula.
Diferente pode-se dizer, dos professores dos Colégios Estaduais, pelo fato
destes muitas vezes ficarem somente 50 minutos na sala de aula e por terem na
média 40 alunos em sala, é claro que isso não se torna uma desculpa para não
buscar um maior conhecimento na área, mas em se tratando do aluno em si, sempre
um ou outro professor busca conversar com a intérprete para saber sobre o aluno.
Quanto à resposta da professora D, aqui pode ser feita uma colocação, dificilmente o
intérprete está na hora atividade do professor, porque neste momento ele está
interpretando a aula de outro professor.
Não sendo esse meu papel, mas confesso que ás vezes converso sobre os mesmos
para que tenham uma melhora no seu aprendizado. (I. A)
Sim, quando surge algum problema ou até mesmo para melhorar o nosso trabalho.
(I. B)
Sim, principalmente sobre o aluno surdo, pois é de interesse e responsabilidade do
intérprete a preocupação pelo entendimento da LIBRAS e aplicabilidade nas
atividades. (I. C)
Sim, acredito que o intérprete é o profissional referência dentro da escola que pode
esclarecer algumas dúvidas aos professores em relação ao ensino, pois já tem uma
caminhada nessa área conhecendo mais a língua, a identidade e cultura surda. (I. D)
Quanto aos intérpretes, muitos sabem até que ponto, podem falar sobre o
aluno surdo e também sabem da necessidade de estarem sempre se aperfeiçoando
nesta área.
De acordo com Quadros (2002), no capítulo 4, parágrafo 13º do Código de
ética que é parte integrante do Regimento Interno do Departamento Nacional de
Intérpretes (FENEIS), esclarece que o intérprete sabendo da necessidade para seu
desenvolvimento profissional, este deve se agrupar com colegas profissionais com o
objetivo de dividir novos conhecimentos de vida e assim desenvolver suas
capacidades expressivas e receptivas em interpretação e tradução.
Como se pode perceber, se analisarmos o código de ética do intérprete,
muitas vezes até o próprio intérprete acaba esquecendo das suas verdadeiras
obrigações e como segue abaixo do parágrafo 13º, algumas colocações ainda são
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citadas, de que todo intérprete deve sempre que possível esclarecer ao público no
que diz respeito ao surdo, pois reconhecemos que existem muitos equívocos, ou
seja, má informação pela falta de conhecimento do público sobre assuntos ligados a
área da surdez dentre outros fatores.
Após, na questão de nº 6, o professor deveria responder se o mesmo procura
durante a explicação da matéria e na aplicação de atividades usar métodos visuais e
se tem o costume de aplicar provas diferenciadas para os surdos. Sim ou não.
Porque? Esta questão é de muita importância, pois da uma seqüência na anterior e
vem de propósito com nossos objetivos que é de apresentar para os professores que
este fato é de sua responsabilidade e este tem a obrigação de pô-lo em pratica.
Não aplico provas nem trabalhos separados, pois o aluno deve ser tratado com
igualdade e ele vai ser avaliado dentro de suas possibilidades. (P. A)
Sim. Procuro fazer o melhor para que meu aluno aprenda. (P. B)
Não, o único “instrumento” visual que utilizo é o quadro. Não tenho o costume de
aplicar provas diferenciadas, a única coisa que faço é ás vezes anular questões que
considero difíceis para os alunos surdos. (P. C)
Sim, utilizo eventualmente métodos visuais e especialmente o quadro já que a
disciplina que ministro é matemática. Não costumo utilizar provas diferenciadas para
os surdos, mas tenho um cuidado especial com os enunciados na hora da
elaboração. (P. D)
Como podíamos imaginar, dificilmente estas práticas são realizadas pelos
professores, mesmo quando o intérprete coloca para o professor da necessidade de
o aluno surdo fazer uma prova diferenciada, não para o aluno se sair bem, mas para
possibilita-lo a oportunidade de faze-la em tempo hábil, que teste seus
conhecimentos como é feito com os demais alunos e que possibilite que o próprio
aluno surdo consiga entender o que diz a prova. Além disso, ocorre o fato de que
nenhum professor procura levar para a sua sala de aula atividades visuais que
facilitem a aprendizagem não só dos alunos surdos, mas com certeza de todos os
alunos num todo, o professor sai ganhando e principalmente os alunos.
Também foi perguntado aos professores na questão de nº 7, se a presença
do intérprete em sala lhe incomoda, e se o professor confia no trabalho realizado por
ele? O nosso interesse quanto a esta questão, é devido ao fato de que muitos
professores nos dão a certeza de uma certa desconfiança quanto ao nosso trabalho,
principalmente nos momentos de prova, muitas vezes achando que o intérprete
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Acredito que, a redução no número de alunos nas turmas com alunos surdos seria
interessante para podermos atender melhor á todos. (P. D)
Na minha opinião os professores deveriam preparar suas aulas com recursos visuais
“adequados”, sem tanta aula só expositiva (falada), explicativa, mas que faça com
que eles visualizem e tirem suas conclusões com tempo adequado, sem tanta
pressa. (I. A)
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas.
2002.
LODI, Ana Claudia Balieiro & MOURA, Maria Cecília de. Primeira língua e
constituição do sujeito: uma transformação social. Publicado em 2006. Extraído
do site: www.//143.106.58.55/revista/viewarticle.php?id=98&layout=abstract, ás
20:15 do dia 21/10/06.
www.//143.106.58.55/revista/include/getdoc.php?id=261&article=119&mode=pdf ás
21:45 do dia 12/07/07.
SACKS, Oliver W. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. Tradução de
Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
ANEXOS
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ANEXO 01
Senhores pais;
________________________ ________________________
Dinéia Ghizzo Neto Fellini Pai/Mãe ou Responsável
________________________
Leila Gasparini
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ANEXO 02
Atenciosamente,
_______________________________
Dinéia Ghizzo Neto Fellini
_______________________________
Leila Gasparini
Questionário:
8) Que outros apoios poderiam ser oferecidos aos alunos surdos para um melhor
desempenho escolar (professor/intérprete)?
R:__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10) Quais as maiores dificuldades encontradas por você na sala durante as aulas,
relacionado à aula, ao professor e ao intérprete (surdo)?
R:__________________________________________________________________
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