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FORMAS DE CONSTITUCIONALIDADE

1. ( ) Procurador do Estado/PR/2007 – Pela CF conhecem-se duas formas


de inconstitucionalidade: por ação ou por omissão.
- Há duas formas de constitucionalidade: por ação e por omissão.
- No Brasil o controle de constitucionalidade é exercido por todos os poderes
constituídos, que têm o dever de zelar pelo respeito à constituição.
► O ato das disposições Constitucionais Transitórias NÃO é
hierarquicamente inferior à parte permanente da CF.
2. ( ) Procurador do Estado/PR/2007 – ocorre inconstitucionalidade por
ação quando faltar normas regulamentadoras que, inviabilizem o
exercício de direitos e liberdades constitucionais.
INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO.
- Ocorre quando o ato legislativo ou normativo é produzido: por autoridade
incompetente, em desacordo com as formalidades legais ou o conteúdo do
ato legislativo ou normativo vai de encontro com a constituição.
- Ocorre por motivos formais ou materiais.
→ Por motivos formais:
- Quando o ato é produzido por autoridade incompetente;
- Quando o ato é produzido em desacordo com as formalidades legais.
Ex.: prazos, ritos que vão contra a constituição.
→ Por motivos materiais:
- É a produção de atos legislativos ou normativos que desrespeitam o próprio
conteúdo das normas constitucionais.

INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO


- É a nãoelaboração de atos legislativos ou normativos que impossibilitem o
cumprimento de preceitos constitucionais.
- Ocorre sempre que um preceito constitucional não pode ser cumprido em
razão de inércia legislativa ou administrativa dos poderes constituídos.
Ex.: Art. 7º, XI – Participação dos trabalhadores na gestão da empresa,
conforme definido em lei.
- Enquanto o art. 7º, XI não for possível de cumprimento por falta de
legislação reguladora, existirá uma inconstitucionalidade por omissão.
- há duas maneiras de atacar uma inconstitucionalidade por omissão: Ação de
inconstitucionalidade por omissão (art. 103, § 2º) e o mandado de injunção
(art. 5º LXXI).


FORMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
- Há duas formas de controle de constitucionalidade: preventivo e repressivo.
3. ( ) Magistratura do Trabalho/16ª/2006 – O controle preventivo de
constitucionalidade é realizado dentro do processo legislativo e somente
pelo Poder Legislativo.
→ Controle Preventivo.
- É feito, a priori, antes da elaboração da lei, impede que um projeto de lei
inconstitucional venha a ser promulgado.
- Incide sobre o projeto de lei, portanto é realizado antes da aprovação da lei.
- É exercido pelos Poderes Legislativo (pela Comissão de Constituição e
Justiça – toda Casa Legislativa tem uma comissão para este fim) e
Executivo (pelo veto do Presidente da República ao projeto de lei aprovado
pelo Legislativo – art. 66, § 1º).
► O veto Jurídico, exercido pelo Presidente de República no controle
preventivo não possui força definitiva e pode ser superado pela maioria
absoluta do Congresso Nacional em escrutínio secreto.
- Excepcionalmente o STF tem admitido, somente por Parlamentares, o
exercício de um controle jurisdicional preventivo da constitucionalidade.
4. ( ) MP do Trabalho/14ª – Como regra geral, o controle de
constitucionalidade não se mostra adequado para obstar a tramitação de
projeto de lei ou de proposta de emenda constitucional.
► como regra geral não se admite o controle de constitucionalidade para
obstar tramitação de projeto de lei ou de proposta de emenda constitucional,
mas excepcionalmente, o STF admite o controle preventivo realizado pelo
Poder Judiciário, nos casos de concessão de mandado de segurança,
impetrado por congressista, contra ato do Presidente de uma Casa Legislativa
que admita a tramitação de uma proposta de emenda constitucional que
pretenda a supressão de uma cláusula pétrea ou ofensiva a Constituição
federal. Portanto, o STF admite o controle de constitucionalidade
preventivo em sede de controle incidental.
5. ( ) Procurador/PB/CESPE/2008 – em que pese o controle de
constitucionalidade, no Brasil, ser preponderantemente exercido pelo
Poder Judiciário, a doutrina registra exemplos de controle repressivo a
cargo do Poder Legislativo – como o exercido pelo Congresso Nacional
na rejeição de medida provisória inconstitucional.
► O controle de constitucionalidade, no Brasil, é preponderantemente
exercido pelo Poder Judiciário, entretanto, a doutrina registra exemplos de
controle repressivo a cargo do Poder Legislativo, como o exercido pelo
Congresso Nacional na rejeição de medida provisória inconstitucional.


- Em relação às demais pessoas, em respeito ao princípio constitucional da
separação de poderes, não se admite o ingresso em juízo para se questionar a
constitucionalidade de projeto de ato legislativo, havendo necessidade de se
aguardar eventual aprovação e promulgação
6. ( ) Procurador/PB/CESPE/2008 – entre os modelos clássicos de controle
de constitucionalidade, destaca-se o modelo norte-americano de sistema
concentrado de controle de constitucionalidade, segundo o qual a
Suprema Corte Americana tem competência para julgar a
inconstitucionalidade das lei de forma concentrada e com eficácia erga
omnes.
→ Controle Repressivo, sucessivo ou “a posteriori”.
- É realizado após a elaboração da lei ou do ato normativo.
- Sua finalidade é retirar uma lei ou ato normativo inconstitucional da esfera
jurídica.
- Baseada no controle de constitucionalidade Norte-americano que é
repressivo, difuso. O modelo norte-americano é difuso, pois, permite-se a
qualquer juiz ou tribunal reconhecer a inconstitucionalidade de uma norma.
Entretanto, apenas quando a Suprema Corte declara a inconstitucionalidade
de uma lei, no caso concreto, a decisão passa a ser vinculante para os demais
órgãos do Judiciário.
- É exercido por duas vias, tanto de forma abstrata (pela via principal ou de
ação), como pela forma concreta (pela via de exceção ou incidental).
- Excepcionalmente a CF admite que o Poder Legislativo exerça o controle
repressivo da constitucionalidade, com a finalidade de retirar do
ordenamento jurídico normas já editadas, com plena vigência e eficácia, são
elas:
1. Decreto legislativo do Congresso Nacional visando sustar ato normativo
do Poder executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da
delegação legislativa. (CF art. 84, IV, segunda parte e art. 49, V)
2. Medidas provisórias rejeitadas pelo Congresso Nacional por apresentarem
vício de constitucionalidade, por não atenderem aos pressupostos
constitucionais de relevância e urgência. (CF art. 62, § 5º).


ÓRGÃOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
- Há dois órgãos de controle de constitucionalidade: Político e Judicial ou
Judiciário.
→ Político
- É o controle que não pertence ao Poder Judiciário.
- É exercido pelas Comissões de Constituição e Justiça do Poder Legislativo
e pelo Presidente da República através da aprovação ou veto de lei
considerada constitucional ou inconstitucional.
7. ( ) Magistratura do Trabalho/14ª/2006 – No Brasil, o controle de
constitucionalidade exercido pelo Poder Judiciário é realizado tanto na
forma concentrada quanto na forma difusa. Nesta última, é permito a
todo e qualquer juiz, num caso concreto, a análise da compatibilidade do
ordenamento jurídico com a CF.
→ Judicial ou Judiciário
- É o controle exercido pelos integrantes do Poder Judiciário.
- É feita pelos Juízes e Tribunais.
- Pode ser feito pelos critérios difusos e concentrados.

CRITÉRIOS DE CONTROLE
- Há dois critérios para o controle da constitucionalidade: difuso (controle
concreto) e concentrado (controle em abstrato).
- O Brasil utiliza os dois critérios.
→ Difuso.
- É o controle exercido por todos os integrantes do Poder Judiciário.
- Qualquer juiz ou tribunal pode declarar a inconstitucionalidade da lei no
caso em exame.
- É o controle concreto (caso a caso).
→ Concentrado.
- É o controle exercido por um Tribunal Superior do país ou por uma Corte
Constitucional.
- É o controle em abstrato.
► O controle concentrado é exercido abstratamente, daí ter natureza de um
processo objetivo, isto é, sem partes.

MEIOS DE CONTROLE
- Há dois meios para controlar a constitucionalidade de lei ou ato normativo:
Incidental ou via de defesa e Principal ou via de ação.
→ Incidental ou via de defesa.


- Ocorre quando o objetivo da ação é a satisfação de um direito individual ou
coletivo, sendo alegada de forma incidental a ofensa do ato legislativo ao
Texto Constitucional.
8. ( ) Procurador do Estado/PB/2008/CESPE – A competência do STF
para julga, em sede de recurso extraordinário, as causas decididas em
única ou última instância, quando a decisão recorrida julga válida lei
local contestada em face de lei federal, não tem por finalidade promover
a defesa do pacto federativo, mas a compatibilidade da lei estadual em
face da lei federal.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
II - julgar, em recurso ordinário:
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
► Na via de exceção/incidental, a pronúncia do Judiciário sobre a
inconstitucionalidade não é feita enquanto manifestação sobre o objeto
principal da lide, mas sim sobre questão prévia, indispensável ao julgamento
do mérito.
→ Principal ou via de ação.
- O objetivo da ação é a própria declaração da inconstitucionalidade do ato
legislativo ou normativo.

EFEITOS DA DECISÃO DE CONSTITUCIONALIDADE


/INCONSTITUCIONALIDADE
- Há dois efeitos da decisão de inconstitucionalidade/constitucionalidade:
inter parte ou Erga omnes.
→Inter parte
- A decisão produz efeitos somente entre as parte, para as pessoas que
participaram da relação processual.
- É uma consequência da via de defesa.
→ Erga ommes
- A decisão produz efeito para todos.
- É uma consequência da via de ação.

NATUREZA DA DECISÃO
- A declaração de inconstitucionalidade pode ter duas naturezas: Ex tunc ou
Ex nunc.
→ Ex tunc
- A decisão que declara a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo
é retroativa, alcançando a lei e todas as suas consequências jurídicas desde a
sua origem.

- Em regra as decisões proferida em ação direta de inconstitucionalidade e
em ação declaratória de constitucionalidade possuem efeitos ex tunc.
- além do mais conforme § 2º do art. 102 da CF, as decisão definitivas de
mérito, proferidas pelo STF, nas ADI e nas ações declaratórias de
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo
Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e
nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

- O STF por razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social,


poderá, por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos da ADI ou
da declaração de constitucionalidade ou decidir que ela só tenha eficácia a
partir do trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
Lei nº 9.868/99, Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de
lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança
jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo
Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros,
restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só
tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro
momento que venha a ser fixado.

→ Ex nunc
- A decisão que declara a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo
não é retroativa, produzindo efeitos a partir da sua publicação.
9. ( ) Procurador do Estado/PB/2008/CESPE – Não é possível a utilização
da via da ação civil pública para declarar, mesmo que incidentalmente, a
inconstitucionalidade de uma lei, sob pena de usurpação da competência
do STF, já que a sentença proferida naquela ação tem eficácia erga
omnes.
10. ( ) Defensoria/SE/CESPE/2006 – A ação popular e a ação civil pública
podem ser utilizadas no controle de constitucionalidade, desde que a
questão constitucional seja aventada como fundamento de outra
pretensão, que não a mera declaração de inconstitucionalidade da norma.
11. ( ) Magistratura do Trabalho/16ª/2006 – Declarada incidenter tantum, a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo pelo STF, desfaz-se desde

sua origem a eficácia do declarado inconstitucional, com efeito ex tunc
para as partes do processo em que houver a declaração.
LEGITIMADOS PARA A PROPOSITURA DA ADI E DA AÇÃO
DECLARATÓRIA DA CONSTITUCIONALIDADE
12. ( ) Magistratura/SC/2008 – Só podem propor a ADI o Presidente da
República, a Mesa do Senado Federal, a Mesa da Câmara dos
Deputados, o Procurador-Geral da República e o Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil.
- A ADI e ADC só podem ser propostas pelos órgãos e pessoas mencionadas
no art. 103 da CF. As pessoas que tem legitimidade são:
1. Presidente da República
2. Governador de Estado ou do Distrito Federal
3. Procurador-Geral da República
4. Mesa do Senado Federal
5. Mesa da Câmara dos Deputados
6. Mesa da Assembleia Legislativa dos Estados ou da Câmara Legislativa do
Distrito Federal
7. Partido Político com representação no Congresso Nacional
8. Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
9. Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

- A lista dos legitimados é taxativa, portanto, não podem propor a ADI ou


a ação declaratória da constitucionalidade: Mesa de Câmaras Municipais,
sindicatos, centrais de trabalhadores, federações, associações de associações
e a União Nacional de Estudantes.
→ O Distrito Federal acumula as competências legislativas reservadas aos
Estados e Municípios, diante desta situação, a Jurisprudência constitucional
do STF aceita o controle em abstrato de leis distritais que firam a CF, desde
que editadas em matéria de competência legislativa estadual.
► A perda superveniente da representação do partido político em uma das
casa legislativas não leva à extinção da ADI sem julgamento de mérito
► O STF, de forma excepcional, tem admitido a eficácia ex nunc às
declarações de inconstitucionalidade no âmbito do controle difuso.
13. ( ) Magistratura/SE/2008/CESPE – A eficácia retroativa do
reconhecimento de inconstitucionalidade em concreto não atinge as
chamadas fórmulas de preclusão, como os efeitos da coisa julgada
proferida em outro processo.
► A eficácia retroativa da decisão no controle em concreto não atinge a
coisa julgada proferida em outro processo.


14. ( ) Magistratura/SE/2008/CESPE – Em ação incidente de defesa contra
a execução, não se pode, em face da coisa julgada, apresentar resistência
à pretensão mediante a alegação de que a norma jurídica em que se
funda o título judicial foi declarada inconstitucional pelo STF.
CPC, Art. 741. Na execução contra a Fazenda Pública, os
embargos só poderão versar sobre:
Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II do caput
deste artigo, considera-se também inexigível o título judicial
fundado em lei ou ato normativo declarados
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou
fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo
tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a
Constituição Federal.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE EM CONCRETO,


INDIRETO, VIA DE DEFESA, DE EXCEÇÃO, DIFUSO OU ABERTO
15. ( ) Defensoria/MG/2006 – Quanto ao controle de constitucionalidade
incidental a sentença prolatada produz efeitos inter partes, a legitimidade
ativa é plural, e o controle somente admite o método difuso.
16. ( ) Defensoria/MG/2006 – Quanto ao controle de constitucionalidade
incidental equivale ao sistema concentrado de controle.
• Características:
- O objeto da ação é a satisfação de um direito individual ou coletivo. A
inconstitucionalidade do ato legislativo ou normativo é arguida
incidentalmente (incidenter tantum) por qualquer uma das partes, autor ou
réu (via incidental ou de defesa). Pelo autor, pode ser arguida em sede de
mandado de segurança, habeas corpus ou qualquer outra ação. Pelo réu, em
sua defesa judicial.
- A questão pode ser arguida perante qualquer juiz ou tribunal (controle
difuso).
- A decisão de (in)constitucionalidade produz efeito inter partes. Só vincula e
produz coisa julgada para as partes da relação processual.
17. ( ) Magistratura do Trabalho/14ª/2006 – Compete privativamente à
Câmara dos Deputados suspender a execução, no todo ou em parte, de
lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF.
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal
Federal;


- Declarada a inconstitucionalidade há necessidade da comunicação ao
Senador Federal, para que suspenda a executoriedade da lei ou ato normativo
declarado inconstitucional pelo STF.
18. ( ) Defensoria/MG/2006 – Quanto ao controle de constitucionalidade
incidental não se vincula a uma ação principal referente ao mérito da
questão discutida em juízo.
► o controle incidental é vinculado a uma ação principal.
19. ( ) Defensoria/MG/2006 – Quanto ao controle de constitucionalidade
incidental sua legitimação ativa é idêntica à da arguição de
descumprimento de preceito fundamental.
► A inconstitucionalidade, no controle difuso, pode ser arguida por qualquer
pessoa: autor, réu, MP, terceiro legitimados (assistente, litisconsorte,
opoente), bom como o juiz pode reconhecê-la de ofício.
- A questão só pode ser arguida pelo titular do direito individual ou coletivo.
20. ( ) MP do Trabalho/14ª – O controle incidental de constitucionalidade
pode se realizar inclusive tomando por parâmetro norma constitucional
que já não está mais em vigor.
► Embora não caiba ADI contra norma da Constituição anterior, é possível
questionar a compatibilidade de direito pré-constitucional pela via do recurso
extraordinário, ou seja, em controle incidental.

SUSPENSÃO DE LEI INCONSTITUCIONAL PELO SENADO


FEDERAL
- Ao Senado compete privativamente suspender a execução, no todo ou em
parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF.
CF, Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
X – suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal
Federal;
21. ( ) Defensoria Pública da União/2007/CESPE – A suspensão dos efeitos
de norma declarada inconstitucional, por qualquer via, depende de edião
de resolução pelo Senado Federal.
► Nas decisões proferidas no controle direto ou em abstrato da
constitucionalidade, não há necessidade da comunicação ao Senador para
suspender a executoriedade da lei declarada inconstitucional pelo STF, tendo
em vista que a decisão assim que publicada produz efeito erga omnes.
- Só é necessário comunicar ao Senado para que providencie a suspensão da
executoriedade de lei declarada inconstitucional se a decisão do STF foi
proferida de forma incidental e com efeito inter partes.


22. ( ) Magistratura do Trabalho/16ª/2006 – Poderá ser ampliados os efeitos
da declaração incidental, quando o Senado suspender a eficácia da lei ou
ato normativo, declarado inconstitucional por decisão definitiva do STF,
que terá efeitos erga omnes e ex tunc.
23. Procurador do Estado/PR/2007 – Declarada a inconstitucionalidade de
lei pelo STF, a eficácia erga omnes da decisão dependerá da suspensão
de sua execução pelo Senador Federal: a) com a posterior sanção do
Presidente da República; b) só quando o objeto da decisão tratar de lei
estadual inválida; c) só quando a declaração de inconstitucionalidade
tenha sido proferida incidentalmente no curso de um processo comum;
d) só quando o STF assim decidir; e) a eficácia erga omnes da decisão
independe da manifestação do Senado Federal.
• Procedimento para o Senador suspender a executoriedade da lei declarada
inconstitucional.
1º O STF Declarada a inconstitucionalidade de lei que lá chegou de forma
incidental e que produz apenas efeitos ex tunc e inter parte, ou seja,
retroativo e alcançando apenas as partes da relação processual
2º O STF comunica ao Senado Federal para este providencia a suspensão da
executoriedade da lei.
► 3º Transitado em julgado a decisão, o Senado publica resolução que
suspende a executoriedade da lei e os efeitos da decisão passam a ter efeitos
ex nunc e erga omnes, passando a valer para todos, mas sem efeito
retroativo.
24. ( ) Defensoria/MG/2006 – Quanto ao controle de constitucionalidade
incidental a sua sentença terá sempre efeitos ex nunc.
25. Auditor Fiscal/RJ/2008/FGV – No controle incidenter tantum de
constitucionalidade, os tribunais podem modular temporalmente os seus
efeitos, observado o quorum de: a) três quintos; b) um terço; c) dois
terços; d) dois quintos; quatro quintos;
Lei nº 9.868, Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica
ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal
Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir
os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha
eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro
momento que venha a ser fixado.

26. ( ) MP do Trabalho/14ª – Mesmo havendo pronunciamento do STF,


afirmando a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo, em se de
controle incidental, é necessário que o plenário de Tribunal Regional ou
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seu Órgão Especial se manifeste sobre arguição de inconstitucionalidade
da mesma lei ou ato normativo.
DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
Art. 481. Se a alegação for rejeitada, prosseguirá o julgamento;
se for acolhida, será lavrado o acórdão, a fim de ser submetida a
questão ao tribunal pleno.
Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não
submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a argüição de
inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento
destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a
questão.

• Observações importantes:
- A resolução do Senado não invalida, nem revoga a lei declarada
inconstitucional pelo STF, apenas lhe retira a eficácia jurídica, produzindo
efeitos em relação a todos a partir daquela data.
- O Senado Federal não é obrigado a suspender a executoriedade da lei assim
que recebe a comunicação da decisão definitiva proferida pela via incidental,
tendo em vista que os Poderes Judiciário e Legislativo são independentes.
- A decisão do STF não vincula o Senador, que age com absoluta
discricionariedade, podendo optar pela suspensão imediata ou aguardar por
outras decisões proferidas no mesmo sentido. O Senado pode até retirar
parcialmente a eficácia de uma lei que o STF tenha declarado, em seu todo,
inconstitucional.
Transitada em julgado, a decisão no caso concreto produz efeitos ex tunc e
inter partes, ou seja, retroativo e alcançando apenas as partes da relação
processual.
► Considera-se mecanismo de controle político repressivo de
constitucionalidade a suspensão, pelo Senado Federal, da execução total ou
parcial de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF.

REPERCUSSÃO GERAL
► Apenas depois da EC nº 45/2004, a CF passou a exigir, como requisito
para o conhecimento do RECURSO EXTRAORDINÁRIO, a
demonstração da repercussão geral das questões impugnadas.
► Para o recurso especial não há a necessidade da demonstração da
repercussão geral das questões impugnadas.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
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§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a
repercussão geral das questões constitucionais discutidas no
caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a
admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela
manifestação de dois terços de seus membros.
27. ( ) Procurador do Estado/PB/2008/CESPE – Considere-se que um
recurso extraordinário interposto em 22/11/2007 tenha o mérito julgado,
pelo STF, em 24/03/2008, quando seja acolhida a preliminar da
repercussão geral. Nessa hipótese, os recursos sobrestados devem ser
encaminhados, pelos tribunais, turmas de uniformização ou turmas
recursais, ao STF para que ele aplique aquele entendimento.
CPC, Art. 543-B. Quando houver multiplicidade de recursos
com fundamento em idêntica controvérsia, a análise da
repercussão geral será processada nos termos do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, observado o disposto
neste artigo.
§ 3º Julgado o mérito do recurso extraordinário, os recursos
sobrestados serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de
Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-
los prejudicados ou retratar-se.

GABARITO

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