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Blog do Livro:
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Uma decisão do Supremo Tribunal de Federal (STF) deve pôr fim à sequência de recursos
impetrados pelo advogado Adriano Barros, alegando duplicidade de respostas nas questões da
prova do concurso do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), aplicada em fevereiro
deste ano. Além de beneficiar a si mesmo, com uma nova avaliação das questões, ele pretende que
seja determinada a normatização dos concursos públicos.
A decisão do STF deve definir se o Poder Judiciário pode ou não interferir na parte
administrativa (ou seja, no que é de responsabilidade das empresas que aplicam as provas) de
todos os concursos e determinar a anulação das questões, além da redistribuição dos pontos nos
casos de duplicidade, quando a banca examinadora nega o pedido de nova correção. Esta mudança
normatiza os certames e impede que os juízes se isentem da decisão. Hoje, apenas em concursos
para juízes pode haver essa interferência. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) negou o pedido
de normatização feito por Barros.
“As decisões mais comuns têm sido assim: o juiz ou ministro afirma que „a banca examinadora é
soberana para atribuir pontuação aos candidatos, e de que o Poder Judiciário aprecia apenas a
legalidade do certame‟”, explica o advogado José Vânio, especialista em concursos, acrescentando
que o Poder Judiciário pode firmar jurisprudência e obrigar as cortes inferiores a seguir o caso como
paradigma.
Direitos iguais - Se a ação for negada pelo STF, no caso específico de Adriano, somente ele
será beneficiado. “Atualmente, existem, sim, várias decisões neste sentido que foram favoráveis às
partes interessadas, mas não se estendem aos demais candidatos que não recorreram”, diz o diretor
jurídico da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), Leonardo de
Carvalho.
Segundo Carvalho, hoje, apenas o Ministério Público pode agir de maneira que beneficie a todos os
candidatos e que possa, inclusive, alterar o resultado do concurso. “O Ministério Público pode
mover uma ação civil pública e, dessa forma, o concurso pode ser alterado no geral. Ações
individuais não têm este poder”. O que pode ser feito, então, de acordo com ele, é informar ao MP
e aguardar que o órgão aja.
Em contrapartida, Vânio se baseia no efeito erga omnes (para todos) para definir a abrangência
da decisão mesmo sem a normatização dos concursos. “Para anular uma questão, por exemplo, a
atribuição dos pontos daquela questão tem de ser para todos os candidatos. É o chamado efeito
erga omnes, no termo jurídico, ou seja, o efeito é para todos”.
Barros está recorrendo também ao procurador-geral da República. Ele pede que seja feita uma
nova avaliação das questões e que as mesmas sejam anuladas, fazendo uma redistribuição dos
pontos.
Mandado de segurança - Caso o pedido seja negado, o candidato pode recorrer aos meios jurídicos
por meio de um mandado de segurança, que garante o direito “liquido e certo” do candidato
Justiça - A partir daí, a decisão fica a cargo do juiz, que irá determinar a anulação ou não das
questões envolvidas no processo
Recorrer - Se a decisão não for favorável ao candidato, ele tem ainda o direito de recorrer à decisão
do juiz e expedir um novo mandado
Supremo - O Supremo Tribunal Federal é a última instância a que se pode recorrer e, que,
determina definitivamente o caso
Link: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5656862
Estão no Supremo Tribunal Federal (STF) quatro mandados de segurança e cinco recursos
interpostos pelo candidato ao cargo de técnico judiciário no concurso para o Tribunal Regional
Eleitoral da Bahia (TRE-BA), advogado Adriano Celestino. O motivo dessas interposições é o
pedido de reavaliação de 13 questões da prova, das quais o candidato alega que 11 têm
duplicidade nas respostas e duas não eram baseadas no conteúdo programático.
Caso o STF defira as interposições de Celestino, a Justiça poderá interferir nos quesitos das
provas, e não apenas a organizadora do concurso, neste caso, o Cespe/UnB. "Estou confiando no
STF, TSE e no procurador-geral, mas me sinto lesado com toda essa situação. Quanto mais
infringiram a lei, mas eu combati. Estou nessa luta desde fevereiro deste ano", relatou.
Segundo Waldir Santos, caso a decisão do STF acolha o pedido de mudança do gabarito, o
resultado do concurso poderá ser alterado, e mesmo quem não questionou as respostas será
beneficiado, pois ao ser anulada uma questão, todos recebem o ponto por ela.
O candidato atualmente está na 1.200ª posição. Caso haja as retificações nas questões, ele passará
para 50ª, o que irá alterar a classificação dos participantes. O advogado Waldir Santos explicou
que para os que foram dados como aprovados, caso tenham deixado seus empregos ou cargos
públicos, ou perdido oportunidades profissionais para assumir o TRE, e agora não consigam mais
recuperá-las, cabe uma providência, pois a culpa pela insistência no erro foi do Cespe/UnB, que
teve oportunidade de corrigi-lo e não o fez.
"Falo isso hipoteticamente, pois o STF ainda não julgou o recurso. É fato que a maior parte dos
administradores prefere arriscar e passar por cima dos direitos dos candidatos, imaginando que
quase todos desistem, evitam brigar na Justiça e preferem se dedicar a outro concurso. Quando
encontram alguém convicto e insistente que acaba vencendo na Justiça, o final da história pode ser
diferente", finalizou Waldir Santos.
Link: http://tudoparaconcurseiros.blogspot.com/2010/12/resultado-do-tre-ba-pode-ser-
alterado.html
NOTA PÚBLICA DA OAB BAHIA, DA SITUAÇÃO NO ESTADO DA
BAHIA, DE UMA DITADURA VELADA:
22/10/2010
Link:
http://www.oab-
ba.com.br/novo/Template.asp?nivel=000100020002&identidade=94¬ici
aid=15213