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Madeira
AUTORES:
São Paulo
1999
2
RESUMO
O presente trabalho é um levantamento bibliográfico que tem como objetivo, a partir
das características anatômicas das espécies mais comumente utilizadas na Industria da
Construção Civil, e de uma descrição da estrutura microscópica da madeira, bem como
da definição das principais propriedades mecânicas e físicas do material, estabelecer
uma associação entre a microestrutura e o comportamento mecânico.
Visando este objetivo, são desenvolvidos uma série de temas específicos que
compreendem uma descrição das diferentes formas de classificação das madeiras que se
utilizam na construção; as características anatômicas principais das espécies
normalmente empregadas, a composição química da madeira, e alguns dos modelos
teóricos definidos por vários pesquisadores para avaliar as propriedades mecânicas deste
material para, finalmente, relacionar as principais propriedades que caracterizam o
comportamento mecânico e a relação que se dá entre estas propriedades e a
microestrutura do material.
Este trabalho procura, a partir de um único documento, dar uma idéia dos diferentes
aspectos que devem ser considerados quando se aborda o estudo de um material de
comportamento tão complexo como a madeira.
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SUMÁRIO
Resumo.................................................................................................................. 2
1.Introdução.......................................................................................................... 5
2.1.Gimnospermas.................................................................................................. 6
2.2.Angiospermas................................................................................................... 7
5. Composição química......................................................................................... 20
5.1.Celulose............................................................................................................ 20
5.2.Hemicelulose.................................................................................................... 21
5.3.Lignina.............................................................................................................. 21
6.Microestrutura................................................................................................... 22
7. Propriedades da madeira................................................................................. 30
7.1.1.Umidade......................................................................................................... 30
7.1.2.Retratibilidade............................................................................................... 31
7.1.3.Densidade...................................................................................................... 35
7.2.5. Fadiga........................................................................................................... 48
7.3. Durabilidade.................................................................................................... 48
8. Conclusões......................................................................................................... 51
Bibliografia 53
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1. Introdução
As madeiras macias são provenientes das árvores coníferas, com folhas em forma de
agulhas ou escamas e sementes agrupadas em forma de cones. Estas são de crescimento
rápido e mantém suas folhas verdes todo o ano (“evergreens”).
2.1. Gimnospermas
2.2. Angiospermas
Algumas das madeiras duras mais comuns no Brasil são: a aroeira, o combaru, a
maçaranduba, os ipês, o pau d'arco, as cabriuvas, o guarantã, a sucupira, o pau marfim,
as perobas, a caviúna, o faveiro, os Jacarandás, a taiuva, o louro, as canelas, as imbuias,
o freijó, o cedro, o mogno, o Jequitibá, o guapuruvu, etc.
Além das diferenças na aparência externa das árvores, entre as madeiras duras e
macias existem outras diferenças estruturais ou morfológicas, tais como o tipo de célula,
seu número relativo, e seu arranjo. Nos seguintes itens serão abordadas estas diferenças
baseando-se na caracterização da macro e microestrutura de ambos grupos.
Em corte transversal (Fig. 1), estas camadas de crescimento aparecem como anéis de
crescimento. Examinando-se um corte transversal de um tronco de árvore pode-se
reconhecer com facilidade partes de sua estrutura macroscópica.
Medula Casca
Raios medulares
Alburno ou Branco
Câmbio ou Liber
superfície transversal
superfície tangencial
superfície radial
A seiva bruta, nas folhas, é transformada juntamente com gás carbônico do ar sob a
ação da clorofila e da luz solar, em seiva elaborada. Esta desce pela parte interna da
casca, designada como floema ou camada liberiana, até as raízes e radículas,
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gás carbônico
oxigênio casca
seiva seiva
cambio
bruta elaborada
alburno
cerne
oxigênio
água
sais minerais
Parte da seiva elaborada é conduzida radialmente até o centro da árvore através dos
raios medulares. As substâncias não utilizadas pelas células como alimento são
lentamente armazenadas no lenho, tendem a se polimerizar formando lignina, resinas,
substâncias oleosas, corantes, taninos, etc., endurecendo e escurecendo o lenho. A parte
do lenho modificada por essas substâncias é designada como cerne. É geralmente mais
densa, menos permeável a líquidos e gases, mais resistente ao ataque de fungos
apodrecedores e de insetos e tem maior resistência mecânica. Em contraposição, o
alburno constituído pelo conjunto das camadas externas, mais novas, necessariamente
permeável a líquidos e gases, menos denso, está mais sujeito ao ataque de fungos
apodrecedores e insetos e tem menor resistência mecânica.
Por sua própria natureza, o alburno tem melhores condições para impregnação com
resinas ou adesivos sintéticos, quando se deseja melhorar as características físicas e
mecânicas da madeira, com preservativos quando se deseja melhorar a resistência da
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madeira ao ataque de fungos e insetos, e com ignífugos quando se deseja retardar a ação
do fogo sobre a madeira.
➢ Traqueides
a)
b) c)
➢ Vasos
➢ Fibras
São células longas, de paredes grossas, apresentam pequeno vazio conhecido como
lúmen, afinam-se nas pontas, constituem a maior parte da madeira das dicotiledôneas,
têm comprimento de 0,5 a 1,5 mm.
➢ Raios Medulares
São constituídos por células curtas, de paredes finas. Ligam-se aos vasos e traqueides
por pontuações simples (“pit”). As células dos raios medulares contém protoplasma,
núcleo, substâncias de nutrição, de reserva, tanino e resinas.
O cerne das madeiras macias é bastante simples. Muitas espécies têm no mais que
quatro ou cinco classes diferentes de células. Por causa desta simplicidade e
uniformidade de estrutura, as madeiras macias tendem a serem similares na sua
aparência.
de parenque que segregam resina dentro do canal. Esta resina joga um importante papel
na cura de danos causados ao tecido e na resistência ao ataque de insetos.
a)
b)
A madeira das madeiras duras é muito diferente da produzida nas madeiras macias.
Enquanto as madeiras macias têm um arranjo uniforme de uns poucos tipos de células e
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por tanto sua aparência não é facilmente distinguível, as madeiras duras são compostas
por uma ampla variedade de classes de células, tendo freqüentemente uma configuração
única. Por causa de esta aparência única de muitas espécies, as madeiras duras são
amplamente utilizadas na fabricação de moveis, paneis, e outros propósitos decorativos.
4- Enquanto as madeiras macias são caracterizadas por filas radiais que são retas,
um arranjo deste tipo não pode ser achado nas madeiras duras. Nestas últimas
normalmente tem-se a distorção da orientação radial pela presença na vizinhança
de grandes elementos de vaso.
macias produzem madeira mais dura e densa que a madeira produzida por árvores de
madeiras duras.
traqueides 15-60
Da mesma maneira que nas madeiras macias, as células que conformam as madeiras
duras têm uma serie de características morfológicas particulares:
➢ Elementos de vaso
Várias diferenças existem entre as madeiras duras e macias, mas a principal diferença
anatômica é que a madeira dura contém os elementos de vaso. Este tipo de célula é
encontrado em praticamente todas as madeiras duras.
Os elementos de vaso são geralmente muito maiores em diâmetro que outros tipos de
células longitudinais e de menor cumprimento. O menor cumprimento explica-se pelo
fato de que eles normalmente não crescem em longitude durante o processo de
maturidade. Normalmente, os elementos de vasos se ligam uns a outros nos extremos ao
longo da fibra para formar uma estrutura em forma de tubo conhecida como vaso. Por
outro lado, os vasos freqüentemente aparecem vinculados a fibras traqueides, parenque
longitudinal e radial, ou outras classes de células.
Por causa do seu grande diâmetro, os vasos freqüentemente aparecem como furos
quando vistos em seção transversal, o qual leva a que sejam comumente chamados de
poros. Ambas características, o tamanho e o arranjo dos poros são utilizados para
identificar as diferentes espécies dentro das madeiras duras.
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➢ Fibras
Nas madeiras duras as fibras são muito mais curtas que os traqueides das madeiras
macias. Enquanto nas madeiras macias o traqueide tem uma média de 3-4 mm de
comprimento, as fibras das madeiras duras têm um comprimento médio menor que 1
mm. Uma outra diferença é que as fibras das madeiras duras têm uma seção transversal
que tende a ser redonda, em contraste com a seção retangular dos traqueides das
madeiras macias. As fibras têm, aliás, paredes muito mais densas que os traqueides das
madeiras macias.
A densidade, e por tanto resistência, das madeiras duras está geralmente relacionada
à porção do volume de madeira ocupado pelas fibras em relação ao volume ocupado
pelos vasos. Uma regra geral seria que quanto maior é a proporção de fibras, maior é a
resistência.
➢ Parenque longitudinal
As células parenque são unidades de estocagem com paredes finas. Nas madeiras
duras tais células apresentam-se em formas longas, com seções transversais menores
nos extremos, curtas. Enquanto o parenque longitudinal é relativamente raro nas
madeiras macias (não mais que 1-2 % do volume), a formação de parenque longitudinal
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inicial terminal
As madeiras duras caracterizam-se por ter raios muito longos que se apresentam com
diferentes padrões nos planos tangencial e radial, esta característica adiciona valor
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estético à madeira. Embora todas as células radiais são do tipo parenque, têm-se
diferentes tipos. As diferenças consistem na forma e configuração.
As células parenque no sentido radial têm seção transversal quase quadrada, quando
visualizadas radialmente. Em algumas espécies estas células se apresentam com suas
extremidades levantadas na direção do eixo longitudinal da árvore, ficando na mesma
direção das fibras verticais. Esta última característica também viabiliza a identificação
das espécies.
Figura 6 a). Cortes transversais com 10x e 50x, e tangencial com 50x, do cedro.
Figura 6, b). Cortes transversais com 10x e 50x, e tangencial com 50x, do Ipê-Pardo.
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Figura 6, c). Cortes transversais com 10x e 50x, e tangencial com 50x, da Peroba.
Uma vez caracterizada a anatomia dos dois grandes grupos de madeiras aqui
considerados, passa-se a uma análise mais detalhada em que será abordadas a
composição química e a estrutura microscópica da madeira.
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5. Composição Química
A madeira é um material muito heterogêneo, o que faz com que sua anatomia,
propriedades físicas e composição química variem muito. Assim a madeira das árvores
coníferas (madeira macia), difere quimicamente da madeira das árvores angiospermas
(madeira dura).
Celulose 50
Hemi-celulose 25
Lignina 25
5.1. Celulose
Tem a forma de fibras, estrutura cristalina e sua cadeia molecular que é longa
(10.000 meros) e linear, inclui átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Sob
condições naturais, as cadeias moleculares são todas paralelas e unidas com fortes
ligações covalentes do átomo de hidrogênio em uma direção e fracas ligações em outra
direção, ambas transversais.
5.2. Hemi-celulose
5.3. Lignina
organismos. Embora sua extração origine certos produtos químicos importantes como o
lignosulfonato, sua aplicação comercial é bastante limitada (Fig. 9).
6. Micro-estrutura
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12 10 X 3,5
Hemicelulo Micro-fibra
Lignina
A célula unitária da madeira pode ser descrita como um composto fibroso. Nesta
célula as microfibras atuam como sendo a estrutura da mesma e as demais substâncias
como matrizes desta estrutura.
E11 16,4
E22 25,2
E33 246,4
G12 2,58
G23 0,240
G31 0,173
V12 -0,141
V21 -0,0921
V32 33,6
V23 3,44
V31 41
V13 2,74
Mark
Mark considerou cada camada de células como sendo um filamento composto por
uma estrutura e uma matriz, calculando as propriedades elásticas, de cada camada de
acordo com sua composição. O seu modelo tem a característica de uma célula com
desenvolvimento espiral com tramos formados por: M denominada Lamela
intermediária, isto é região intercelular; P que é a parede primária, isto é o revestimento
externo que tem uma distribuição aleatória das micro-fibras; S1, S2 e S3 que são
camadas seqüenciais da parede secundária e que tem micro-fibras com orientação
definida (Fig. 12). O propósito deste modelo foi o de calcular as tensões internas na
célula para encontrar regiões nas quais a fibra está preste a romper. Os testes
demonstraram que a ruptura à tensão de cisalhamento, ocorre no tramo S1, quando a
carga é de tração.
Cave
Schiniewind
Outros modelos
cisalhamento através das interfaces de camadas. Com estas condições de contorno ele
encontrou altas tensões tangenciais na camada S3.
Ainda em 1973 Banett e Schimid usaram uma aproximação da teoria dos elementos
feitos para estudar as tensões na célula da madeira.
A tensão residual baseada neste modelo mostra que a eficiência mecânica da célula é
otimizada quando o angulo da microfibra da camada S2 está entre 26 e 42° (Fig. 14).
Esta camada é a que maior quantidade de celulose e por tanto comanda as propriedades
mecânicas das células da madeira, Fig. 15.
S1
ML
ligni
Hemicelulo
celulo
7. Propriedades da Madeira
7.1.1. Umidade
A árvore enquanto viva e logo após o corte possui elevado teor de umidade, mas,
uma vez cortada, tende a perdê-la. Essa perda se dá no início rapidamente,
correspondendo à evaporação da água livre contida no interior dos vasos e traqueides; a
seguir evapora-se a água de impregnação, contida nas paredes dos vasos, fibras e
traqueides.
7.1.2 Retratibilidade
A retração axial (a) ocorre segundo a direção das fibras da madeira. A retração radial
(r) se dá segundo a direção dos raios de uma seção transversal do tronco da árvore. A
retração tangencial (t) se dá segundo a tangente aos anéis de crescimento, num plano
transversal ao eixo da arvore. A retração volumétrica, sendo o resultado das três
anteriores, é a maior de todas.
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A diferença entre as retrações axial, radial e tangencial explica a maior parte dos
defeitos que ocorrem durante a secagem da madeira, tais como as rachaduras e os
empenamentos.
Madeiras comerciais deste tipo são o Cedro, o Mogno, etc.. Madeiras para
reflorestamento com estas características são o Combaru e o Eucalipto Citriodora.
Figura 20. Efeito das higrotensões em laminados não balanceados: (a) duas lâminas
com 90ª de rotação, (b) três lâminas com duas lâminas adjacentes paralelas e a terceira
com 90ª de rotação, (c) três lâminas com a lâmina superior rotacionada de um ângulo θ,
e outras duas a 90º uma da outra (Bodig et al., 1993).
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7.1.3. Densidade
A madeira não é um sólido contínuo, mas contém como já vimos, muitos vazios na
forma de vasos longitudinais chamados poros e também de fendas e fissuras que
ocorrem nas paredes da célula. A relação destes vazios com o volume total determina a
densidade da madeira bruta.
O teor de umidade do corpo de prova influi decididamente em sua densidade, por isto
a determinação da densidade é feita utilizando-se o corpo de prova estabilizado ao ar.
Corrigem-se os resultados obtidos para densidade correspondente a 15% de umidade.
Para a obtenção das tensões de compressão paralela às fibras, são feitos ensaios em
corpos de prova 6x6x18 cm de madeira “verde”, isto é, com umidade acima do ponto de
saturação. A tomada de deformações é feita na parte central do c.p. Nos topos dos cps,
havendo atrito dos pratos das máquinas de ensaio, tem-se o estado triplo de tensões. Por
isto, nas madeiras mais resistentes, a ruptura mais comum ocorre por cisalhamento
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As deformações ∆l, tomadas em relação ao vão l, são referidas a este mesmo vão,
obtendo-se assim as deformações específicas ou unitárias:
S = a. a em cm2
P
σ = em kg 2
S cm
Nas Figuras 24 e 30 tem-se o andamento dos ensaios de compressão paralela às
fibras desde o início do carregamento até a ruptura. Trata-se de corpos de prova de
Combaru e Pinho do Paraná.
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σ kg
E= em 2
ε cm
Segundo os métodos de ensaio, normalmente são ensaiados 12 corpos de prova por
tora estudada, para se obter a média das tabelas que, associadas aos coeficientes de
redução tem sido utilizadas para o dimensionamento de peças estruturais de madeira
submetidas à compressão simples nos pilares e colunas, e nas peças sujeitas à
compressão nas treliças e nas vigas de perfil transversal composto.
Os corpos de prova (5x5x15 cm) ficam com uma face (5x15 cm) totalmente apoiada
e a oposta sob a ação da carga através de uma placa de 5cm de largura (Fig. 25).
∆a
ε=
a
a ≅ 5 cm
A deformação ∆a é lida em 0,01 mm.
S = 5. b em cm2
P kgf
σ = em
S cm2
Nas Figuras 24 e 30 tem-se o andamento de ensaios de compressão normal às fibras.
Através do diagrama pode-se determinar a “tensão limite de proporcionalidade”. Não há
um limite de ruptura no ensaio de compressão normal às fibras.
σ kg
E= em 2
ε cm
Os dados destes ensaios podem servir de base para o estudo racional de dormentes de
estrada de ferro, para o dimensionamento de almofadas entre marteletes de forjarias e
suas fundações, etc.
Dados obtidos para inúmeras madeiras já estudadas, permitem observar a relação que
existe entre densidade e resistência à compressão paralela às fibras para uma mesma
umidade 15 %.
Tem-se geralmente a tensão de ruptura à tração paralela às fibras entre 1,3 a 3 vezes
a tensão de ruptura à compressão paralela às fibras:
Assim sendo, há necessidade de grande esforço para de tração para romper o corpo
de prova, gerando dificuldades adicionais para prender o corpo de prova durante o
ensaio em laboratório.
O corpo de prova própriamente dito é a seção reduzida a x b=0,7 x 2,0 cm. Ao longo
da mesma num vão l tomam-se as deformações ∆l durante o ensaio. As Figuras 24 e 30
apresentam o andamento de ensaios de tração paralela às fibras, feitos de madeira
Combaru e Pinho do Paraná, respectivamente.
São calculados:
P
σ= em kgf cm2
S
∆l
ε=
l
σ
E= em kgf cm2
ε
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A umidade afeta a resistência à tração para uma dada madeira. Kollman apresenta o
esquema dado na Fig. 29 como resultado de ensaios à tração utilizando corpos de prova
com diversos teores de umidade. Pode-se observar que a influênca da umidade na
resistência à tração paralela no intervalo de 10 a 30% é qualitativamente do mesmo tipo
da influência da umidade na compressão paralela às fibras.
M ext = M int
P. L
= z. Fc
4
Sendo:
P= a carga central;
2 h 2h
z = 2. . =
3 2 3
1 h bhσ c
Fc = . . b.σ c =
2 2 4
Resulta pois:
PL 2. h bhσ c
= .
4 3 4
onde:
3 PL
σc =
2bh 2
em regime elástico, pode-se escrever:
σc =σt
Mas não podemos aplicar a expressão acima para esforços que ultrapassem a carga
limite de proporcionalidade da peça sujeita à flexão,visto que a tensão de ruptura
paralela às fibras é muito maior que a tensão de compressão paralela às fibras.
Flexão dinâmica
7.2.5. Fadiga
Os ensaios de fadiga têm sido feitos em todo o mundo, cada vez com maior cuidado
e refinamentos.
7.3. Durabilidade
Quando totalmente imersa em água a madeira não apodrece devido à falta de ar.
A madeira também não apodrece, com algumas exceções, sob umidade menor do que
19%, visto que a quantidade de água ali presente não é suficiente para os
microorganismos crescerem.
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• Derivados do alcatrâo.
• Soluções salinas hidrosolúveis.
• Soluções químicas em óleos voláteis ou solventes orgânicos.
É possível aumentar-se a resistência ao fogo pelo uso de retardadores que podem ser
incorporados à estrutura da madeira.
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8. Conclusões
A absorção de água pela parede da célula reduz a rigidez da madeira e causa a sua
instabilidade dimensional. O efeito da absorção da água pelas moléculas age como
plastificante, neutralizando as forças intermoleculares entre as macro moléculas
da celulose, aumentando a plasticidade da madeira e reduzindo a sua resistência.
BIBLIOGRAFIA
Cave J. D. “The Anisotropic Elasticity of The Plant Cell Wall”. Wood Science
Tecnologies, 1968.
Eaton, R. A.; Hale, M. D. C. “Decay, pests and protection”. Chapman & Hall, U.K,
1993.