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Manejo Florestal

Conceito
A conceituação de manejo florestal está associada, inicialmente, aos determinantes do
desenvolvimento em bases sustentáveis que são: promover o capital natural, o capital
humano e institucional e ser objeto de análise econômica. Nesse aspecto, não se descarta a
análise de custos e benefícios, apesar de suas limitações, como instrumento fundamental
na tomada de decisões visando à proteção ambiental. Assim, o manejo de florestas nativas
deve englobar um conjunto de procedimentos e técnicas que assegurem:

1.A permanente capacidade da floresta oferecer produtos e serviços, diretos e indiretos.

2.A capacidade de regeneração natural.

3.A capacidade de manutenção da biodiversidade.

Para que os empreendimentos florestais se enquadrem nesse contexto, devem evoluir em


rentabilidade, prever segurança e sustentabilidade. Caso contrário, não apresentarão
viabilidade econômica, social e ecológica e, portanto, garantia de rendimento sustentado.
Essas premissas permitem conceituar manejo florestal em Regime de Rendimento
Sustentado como sendo o planejamento, o controle e o ordenamento do uso dos recursos
florestais disponíveis, de modo a obter o máximo de benefícios econômicos e sociais,
respeitando os mecanismos de auto-sustentação do ecossistema objeto do manejo. As
atividades de manejo não degradam a floresta se corretamente conduzidas, porém, podem
alterar a qualidade do ecossistema por influir na distribuição e composição das espécies e
nos processos ambientais.

Fases do Empreendimento

Planejamento
A fase de planejamento envolve o conhecimento dos recursos florestais sob os aspectos
auto-ecológicos e sinecológicos, ou seja, o estudo individual das espécies ocorrentes e o
estudo da comunidade florestal como um todo. Nessa etapa, desenvolvem-se os estudos
para a caracterização geral da cobertura vegetal, regional e local, o inventário florestal e a
análise estrutural da floresta, visando a planificação da exploração racional, embasada nas
condições silviculturais e tendências de desenvolvimento futuro. Com base nesses estudos,
também se efetiva, nessa fase, a planificação das operações de manejo e dos tratos
silviculturais.

Cobertura vegetal da área em estudo - identificação e mapeamento da cobertura


vegetal da área do empreendimento, considerando as delimitações das diferentes tipologias
vegetais existentes (campos, matas, capoeiras, outras), áreas de preservação permanente
e outras áreas destinadas à preservação e proteção.

Inventário florestal - o inventário florestal visa o levantamento das informações


qualitativas e quantitativas dos recursos florestais do empreendimento. É realizado dentro
de parâmetros estatísticos predefinidos, objetivando o conhecimento da precisão e o nível
de probabilidade dos resultados. A seleção da metodologia de trabalho para o
desenvolvimento do inventário florestal, previamente estabelecida, deverá abranger:

1.Processo de amostragem : discorrer e justificar o processo de amostragem


selecionado. Normalmente, em inventários de florestas nativas, são utilizados os processos
de amostragem aleatória restrita (estratificada), processo sistemático e misto.
2.Métodos de amostragem : descrever o método de amostragem selecionado, ou seja,
as metodologias utilizadas na abordagem referentes às unidades amostradas.

3.Intensidade de amostragem : o número de amostras a serem instaladas está


intimamente interligado à precisão estatística preestabelecida. Normalmente é realizado o
“inventário piloto” que determinará a intensidade amostral necessária para satisfazer a
precisão desejada.

4.Mapeamento da amostragem : deverá ser feito o “layout” das amostras. Em campo,


as unidades amostrais devem ser bem marcadas, para permitir fácil visualização.

5.Dados coletados em campo : informar quais os dados coletados em campo, como DAP
(diâmetro à altura do peito), altura total e comercial, informações relativas à qualidade das
árvores e outras de interesse. Informar quais instrumentos de medição foram utilizados.

6.Amostragem da regeneração natural : descrever e justificar a metodologia utilizada


para a abordagem dos indivíduos de regeneração natural.

7.Processos de cálculos : informar quais os processos de cálculos utilizados (relações


dendométricas, equações de volumes, etc).

8.Análise estatística : informar qual a precisão e o nível de probabilidade utilizado e os


resultados da análise estatística.

9.Relatório dos resultados : listagem das espécies ocorrentes (nome regional e


científico); número de árvores por espécie e classe de diâmetro por hectare e para área
total; área basal e volume por espécie e classe de diâmetro, por hectare e total;
quantificar, por espécie e por hectare, o volume e o número de indivíduos considerados
como estoque em crescimento e adultos.

10.O relatório da amostragem de regeneração deverá conter : lista das espécies


(nome regional e científico); abundância e a freqüência dos indivíduos de regeneração por
hectare e total.

Análise estrutural Há uma grande variação de métodos a serem empregados para a


análise estrutural da floresta, considerando requisitos básicos estabelecidos
internacionalmente. Dentre os métodos utilizados, distinguem-se os processos clássicos de
investigação científica para obtenção de informações quali-quantitativas, definidos pelos
parâmetros da estrutura horizontal e vertical da floresta.

1.Estrutura Horizontal : a estrutura horizontal é analisada pelos índices de abundância,


dominância e freqüência das espécies florestais, nos termos absoluto e relativo de
ocorrências. A combinação desses parâmetros fornece o Índice de Valor de Importância -
IVI. O estudo permite quantificar a participação de cada espécie em relação às outras e a
verificação da forma de sua distribuição espacial.

2.Estrutura Vertical : a finalidade da análise estrutural vertical é a indicação do estágio


sucessional das espécies dentro da floresta. O estudo dos estratos superior, médio e
inferior permite o conhecimento de dois índices de interesse: posição sociológica e
regeneração natural das espécies existentes. Os dados de regeneração natural e posição
sociológica de cada espécie, combinados com os índices de abundância, dominância e
freqüência, determinados pela análise horizontal, fornecerá o Índice de Valor Ampliado
(IVIA) de cada espécie, caracterizando sua importância fitossociológica dentro da floresta
estudada.

O Relatório de Análise Fitossociológica deverá citar a metodologia utilizada para o


desenvolvimento da análise estrutural, os resultados obtidos e a conclusão deles. Poderá
ser acompanhado do perfil esquemático da floresta.

Planificação das operações de manejo - a planificação das operações de manejo


considera:

1.Instalação das parcelas permanentes: as parcelas permanentes têm como objetivo a


avaliação contínua dos parâmetros indicativos do comportamento e desenvolvimento da
floresta, nas condições naturais e sob condições de manejo florestal. Os parâmetros de
avaliação da evolução do crescimento e do comportamento da regeneração natural das
espécies deverão ser estudados em período de tempo preestabelecido, visando ao
acompanhamento dessas variáveis ao longo do tempo.
2.Seleção das espécies a serem exploradas: as espécies serão selecionadas para a
exploração segundo suas potencialidades econômicas e suas características
fitossociológicas dentro da floresta. A intensidade e os ciclos de corte deverão ser
planejados e executados de forma compatível com a capacidade da floresta em assegurar a
permanente geração de produtos e serviços, conservar a biodiversidade e garantir a
capacidade de regeneração.

3.Equipamentos a serem utilizados: seleção dos equipamentos a serem utilizados na


exploração, arraste e transporte dos toros, considerando as condições do meio e o mínimo
possível de impacto negativo no ambiente.

4.Planificação da rede viária e estaleiros: os caminhos florestais na área do


empreendimento, visando ao acesso e condições de transporte do material lenhoso
explotado, deverão ser planejados e construídos considerando-se as condições de
acessibilidade e curvas de nível do terreno, com a otimização da rede viária já existente.

5.Planificação das etapas da exploração: as etapas de exploração, que envolverão a


marcação visual nos indivíduos a serem explorados, derrubada, desgalhamento,
traçamento, arraste, estaleiramento e transporte de material lenhoso, deverão ser
planejadas considerando as condições do ambiente e de forma a causar o menor impacto
ambiental possível.

Planificação dos tratos silviculturais - a exploração deverá considerar as características


silviculturais, volume e distribuição das espécies. Poderão ser aplicados métodos que
promovam melhores condições de desenvolvimento da regeneração natural e que
melhorem a qualidade do perfil da floresta

Fase da Instalação
A fase de instalação do empreendimento envolverá as etapas de alocação das parcelas
permanentes e a construção da rede viária, de estaleiros, da infra-estrutura e sede do
empreendimento.

Fase da Execução da Exploração


Nessa fase, ocorrem a exploração dos indivíduos das espécies previamente selecionadas e
demarcadas e a aplicação dos tratos silviculturais planejados.

Exploração

Idade de corte

A condução dos talhões de eucalipto geralmente é realizada para corte aos 7, 14, e 21
anos. São 3 ciclos de corte para uma mesma muda original. De acordo com a região e o
tipo de solo, o ciclo de corte poderá ser menor (a cada 5 ou 6 anos). Tudo está ligado ao
objetivo da plantação de eucalipto (lenha, carvão, celulose, mourões, poste, madeira de
construção ou serraria).

Limpeza da área para corte

Quando o povoamento de eucalipto de um talhão atinge a idade para o primeiro corte,


deve-se efetuar a limpeza do local. A eliminação do mato ralo e da capoeira existentes na
área do eucalipto facilita os trabalhos de corte e retirada de madeira. Depois da limpeza da
área, mas antes de se efetuar o corte das árvores, deve-se proceder uma vistoria para
controle das formigas, pois estas são muito danosas e impedem a rebrota das cepas de
eucalipto.
Capacidade de rebrota das cepas de eucalipto

A rebrota do eucalipto é variável conforme a espécie. As espécies E. saligna, E. urophylla,


E. citriodora apresentam boa rebrota; já as espécies E. grandis e E. pilularis apresentam
má brotação.

Época de corte

A capacidade de rebrota das cepas de eucalipto varia conforme a época. Geralmente a


sobrevivência dos brotos é maior quando se cortam as árvores na época chuvosa
(primavera).

Altura de Corte

A altura de corte em relação ao terreno define a percentagem de sobrevivência das


brotações. Deve-se cortar bem próximo do solo, deixando-se o mínimo de madeira na cepa
da árvore. O corte deverá ser chanfrado ou em bisel. As espécies com boa brotação devem
ser cortadas a uma altura média de 5 cm acima do solo. As espécies com baixa capacidade
de rebrota deverão ser cortadas a uma altura de 10 a 15 cm da superfície do solo. Poderá
ser feito a machado ou com motosserra.

Diâmetro das cepas

O vigor das brotações do eucalipto está ligado com o diâmetro das cepas. O número de
brotos aumenta a medida que o diâmetro das cepas aumenta.

Manejo da Brotação

Limpeza das Cepas

Consiste em limpar-se ao redor das cepas de eucalipto, retirando-se a galhada, folhas,


cascas, evitando o abafamento da brotação. Deve-se evitar que a madeira cortada seja
empilhada sobre as cepas. A entrada de caminhão para retirada da madeira pode
prejudicar as brotações. Não deve ser utilizado o fogo para limpeza da área, pois este é
inimigo das brotações do eucalipto.

Gradagens

O eucalipto é exigente em solo bem preparado. Por isso, nas áreas de eucalipto em
brotação devem ser realizadas gradagens entre as ruas de cepas. O uso da grade de discos
elimina as ervas daninhas e poda as raízes das cepas, aumentando-lhes o vigor.

Desbrota das cepas

Quando os brotos apresentarem de 2,5 a 3 m de altura, ou seja, após 10 a 12 meses do


corte das árvores, efetua-se a desbrota.

Isso deve ser feito no período quente e chuvoso, para garantir o crescimento da brotação.
Conforme o tamanho da cepa, deixa-se a seguinte quantidade de brotos:

Cepas menores que 8 cm: apenas um broto.

Cepas maiores que 8 cm: de 2 a 3 brotos.

Adubação para brotação

Na véspera do corte das árvores, aplica-se de 100 a 150 gramas de fertilizantes por cepa,
da fórmula 10:30:10. A aplicação é feita nas entrelinhas do eucalipto, em sulco ou a lanço.
As cepas tem melhor brotação.
Interplantio

Consiste no plantio de mudas ao lado do tronco de eucalipto que não tenha brotação. Por
isso, de 2 a 3 meses após o corte das ávores, efetua-se um levantamento das cepas não
brotadas. Identifica-se os locais para o plantio.

Plantam-se mudas bem desenvolvidas com 6 a 8 meses de idade, especialmente


produzidas no viveiro. Deve-se abrir covas bem grandes, durante a estação chuvosa, ao
lado das cepas mortas. O ideal é efetuar adubação de cova, a base de 150 gramas da
fórmula 10:30:10.

Pragas e Doenças

Principais doenças abióticas do Eucalipto

Ainda como doenças abióticas pode-se citar:

Déficit hídrico em eucalipto

A falta de água acarreta distúrbios fisiológicos no eucalipto, em viveiros a falta de irrigação


pode levar as mudas à murcha permanente.

Sintomas

Em eucaliptos de 0,5 a 1,5 anos, há seca dos ponteiros, de galhos, e da haste principal; a
necrose é em forma de V invertido em folhas ainda fixas; folhas com sintomas de
deficiência mineral (clorose marrom pálida); necroses irregulares (trips); cancros
pequenos; fendas e rugosidade na haste principal.

Eucalitptos com mais de 1,5 anos, são pouco afetados pelo déficit hídrico, com exceção do
Eucalyptus grandis.
Em eucaliptos com mais de 4 anos, não se apresentam sintomas externos.

Solos encharcáveis

Devido à retenção de água ou ao levantamento do lençol freático, ocorre a deficiência de


oxigênio para as raízes e microorganismos, elevando a concentração de gás carbônico.

Sintomas

Plantas raquíticas que morrem prematuras.


Ocorre a seca dos ponteiros em galhos e na haste principal em árvores tolerantes.
Há o lançamento de folhas anormais em árvores adultas e vários sintomas de deficiência de
minerais.
Excesso de folhas nos talhões, principalmente após o primeiro corte.

Seca de ponteiros do eucalipto

Ocorre em regiões encharcadas, e onde a drenagem é insatisfatória ou onde o lençol


freático é muito alto.

Sintomas
Lesões na extremidade da haste principal e dos pontos de inserção dos seus galhos e
ramos; tais lesões podem causar anelamento e cancro. Esta doença é caracterizada pela
inserção dos galhos com a haste principal, e pela inserção dos ramos e pecíolos.

Causas

Devido à ocorrência de um distúrbio fisiológico nas árvores de eucalipto, aparecem como


consequência a inserção dos galhos com a haste principal, e a inserção dos ramos e
pecíolos, predispondo as árvores ao ataque de fungos parasitas facultativos.

Controle

Plantio de procedências ou clones de eucalipto tolerantes à doença

Doença Características Ação Controle


Técnicas especiais
de produção de
Ocorre em locais mudas e por meios
que apresentam as químicos.
características: Na pré emergência
parte das Produção em
Tombamento de sementes não
Elevada umidade tubetes deve
mudas germinam.
de solo e do ar receber prioridade
(damping off)
decorrentes de em relação à
irrigação e chuvas Anelamento do semeadura direta
Fungo: muito freqüentes. coleto. em sacos plásticos.

Cylindrocladium Viveiros instalados Lesão escura nas Fumigação do


scoparium em área hastes. substrato com
sombreada e solos Brometo de Metila.
Rhizoctomia de má drenagem Queda das hastes.
solani Em semeadura
Elevada densidade Anelamento das direta,
Pythiriumsp. de mudas por hastes, com as recomendam-se
área. mudas desbastes na fase
murchando, em que as mudas
Fusariumsp.
Adubações morrendo e tem de 4 a 7 cm de
orgânicas ou secando em pé. altura.
nitrogenadas em
excesso. Efetuar vistorias 2
vezes por semana
(base e haste).
Podridão de
Ocorre em locais
estacas
que apresentam:

Fungo: Fumigação do
Elevada substrato com
temperatura. Lesão escura que
brometo de metila,
Cylindrocladium se alastra da base
suspensão dos
sp. para o ápice da
Umidade recipientes para
estaca.
excessiva. evitar contaminação
Rhizoctonia sp. vinda do chão.
Material vegetal
debilitado.

Oidium Ocorrem Pulverizações


Manchas isoladas
freqüentemente quinzenais de 35
ou em toda planta,
Fungo: em época de gramas de
com aparência de
estiagem. Benomil/100 litros
Oidium sp. talco. de água ou
semanais de 250 g
Geralmente ataca de enxofre
Folhas com visível
em viveiros e em encanoamento. molhável/100 litros
casa de vegetação, de água.
mas não costuma
causar muita Estrangulamento e No campo, as
preocupação. deformação dos medidas de controle
limbos mais novos. são dispensadas,
uma vez que só são
Morte dos atacadas as folhas
rebentos foliares. jovens de E.
Citriodora.
Evitar plantios de
Minúsculas espécies suscetíveis
pontuações verde à doença.
claras ou vermelho
amareladas, com Pulverizações
posterior semanais com
Ferrugem do desenvolvimento fungicidas.
eucalipto Ocorrem em locais de urédias,
com umidade seguidas de
elevada e Seleção de espécies,
coloração amarelo-
temperaturas procedências de
Fungo: gema-de-ovo.
baixas ou clones ausentes de
moderadas. doença e que
Puccinia psidii Raramente mata precocemente
as plantas, exceto atingissem o
quando ataca com crescimento em
severidade altura e desrama
brotações novas natural nos dois
após o corte raso. primeiros anos de
vida.
Mortes esporádicas
e lesões basais em
plantas jovens. Na resistência
interprocedência, o
As plantas reflorestamento
respondem à deve ser feito com
doença formando procedências
uma nova casca, moderadamente ou
resistente, abaixo altamente
Cancro Geralmente ocorre da infectada resistentes. Na
em regiões com (sapatas). A casca resistência
temperatura maior se desgarra do intraprocedência,
Fungo: tronco sob a forma são feitas plantações
que 23oC e
precipitação anual de tiras. adultas
Cryphonectria maior ou igual a pesadamente
cubensis 1.200 mm, sendo Cancro típico, que infectadas de modo
uma doença típica se caracteriza por natural.
de regiões uma lesão
tropicais. margeada por Recomenda-se a
calos, resultando utilização do maior
em lesão número de clones
profunda, matando possíveis nas
o câmbio. plantações clonais,
evitando estreitar
Quebra das demasiadamente a
árvores pelo vento base genética.
à altura das
lesões.
Fungo: Ocorre em Formação de um Calda bordaleza.
ambientes com denso micélio cor-
Corticium precipitação anual de-rosa, que Utilização de
salmonicolor de 1200 a 1500 representa a espécies resistentes
mm. sintomatologia à doença E.
típica da doença. Deglupta e E.
Ataca plantas torreliana
fisiologicamente Os orgãos
debilitadas e que atacados se
se encontram ressecam e
inadaptadas perdem a
ecologicamente. sintomatologia
característica da
doença, resultando
em áreas
necrosadas,
escuras e com
calos.
Após o abate das
árvores, consumir a
matéria-prima o
mais rápido.
O local de
Interferem
Estromas estocagem deverá
negativamente na
negros É caracterizado ser bem drenado,
qualidade da
pela presença de limpo e capinado, e
celulose produzida,
Fungo: estromas negros a estocagem, no
isenta de sujeira,
em crostas máximo de tempo
pois os
irregularmente de 2 meses. Manejar
Hypoxylon constituintes
elíticas, de o pátio de forma que
mummularium químicos do
marrons a negras, se utilize a madeira
processo Kraft não
superfícies com no máximo 3
conseguem
Hypoxylon rugosas. meses de
dissolver os
stygium estocagem.
estômatos negros.
Limpar o pátio de
forma a diminuir a
quantidade de
inóculos iniciais de
fungo.

Outra doença biótica do eucalipto é a mancha da folha, a qual apresenta as seguintes


características conforme o fungo que a ataca:

Culindrocladium sp. e Coniella fragarie: inicialmente apresentam colônias esverdeadas e,


posteriormente, azuladas. Ocorrem em clima tropical em épocas chuvosas, atacando
principalmente as espécies E. dunnii, E. grandis, E. Saligna. Provoca perdas da fotossíntese
(local transparente).

Phaeoseptoria eucalypti: inicialmente ocorrem manchas marrom arroxeadadas agrupadadas


por todo limbo; posteriormente salpiques negros pela folha, até que esta fique
completamente necrosada. O controle é realizado com pulverizações químicas com
Mancozeb.

Aulographina eucalypti: ocorrem manchas de marrons a pretas circularescoriáceas,


pontuações negras e calosidade. Ocorre em regiões quentes, atacando principalmente as
espécies E. saligna, E. globulus, E. viminalis. Não há controle.

Altenaria tenuissima: inicialmente manchas marrons avermelhadas e irregularmente


circulares, contornadas por halo marrom vermelho, no centro amarelo claro, ocorrendo de
1 a 20 manchas por folha. Ocorre em regiões quentes, atacando principalmente as espécies
E. alba, E. grandis, E. globulus. O controle é realizado através de adequado suprimento de
macro e micronutrientes e pulverização com Mancozeb.

Trimmatostroma excentricum: manchas marrons escuras, coriáceas e várias por folha. Em


E. Citriodora

Micosphaerella sp: manchas marrons claras, coriáceas e salpicadas de negro, no viveiro e


em campo, irregularmente circulares. E. grandis, E. camadulensis.
Cercospora sp: ocorre em mudas passadas, maduras, manchas retangulares e irregulares.
E. grandis, E. dunnii.

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