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1. NEUROFISIOLOGIA:
Axônio:
o Retrógrado:
o Junção neuromuscular:
o Contato entre neurônio motor e fibra motora
o Unidade motora = número de fibras motoras inervadas por um único neurônio
motor
o Tipos de neurônio motor:
o Miastenia gravis:
Células da glia:
Oligodendrócitos:
Schwann:
Medula:
Comanda movimentos estereotipados (reflexos) e coordenados
Ambos os movimentos sofrem influência de centros superiores
Neurônio motor inferior (neurônios motores da medula e pares cranianos III a XII)
Arco reflexo:
Responsável por ajustes devido a perturbações inesperadas e proteção a estímulos
dolorosos
Unidade funcional:
Composta pelas fibras musculares (composta por miofibrilas)
Sarcolema = membrana que envolve a fibra muscular
Túbulos Isquiosurais = levam o PA da superfície para regiões mais profundas da fibra
muscular; relacionados com o retículo sarcoplasmático
Retículo sarcoplasmático = armazena e libera cálcio para a contração muscular
Contração muscular:
Neurônio pré-sináptico libera Ach, causando excitação do neurônio pós-sináptico
(potencial excitatório pós-sináptico)
PA propaga pelo sarcolema, penetra na fibra muscular (através do túbulo T) e
despolariza o retículo sarcoplasmático (liberação de cálcio)
O cálcio se liga à troponina, liberando o sítio ativo da actina
A cabeça da miosina então se acopla na actina e gera a contração muscular
Obs.: é necessário ATP para quebrar a ligação da miosina com a actina (ATP retira o
cálcio da troponina)
No final da contração, o cálcio é removido para o retículo sarcoplasmático (seqüestro
de cálcio)
Rigor mortis:
Extensor - Anterior
Flexor - Posterior
Distais - Lateral
Mielite esquistossomótica:
Secção da medula causada pelo parasita Shistossoma mansoni
Vai de lateral para medial (principalmente lombar)
Sintomas: fraqueza, alteração de marcha, pé caído
Intumescências:
MMSS = C3-T1
MMII = L1-S3
Inervação axial:
Neurônios localizados entre T2-T12 (sempre alguma força de tronco em lesões acima
de T12)
Invervação é bilateral (paciente com AVC controla tronco porque mantém a inervação
contralateral)
Sistema sensorial = transforma sinais físicos (ex. mecânico, térmico) em sinais neurais
Sistema motor = transforma sinais neurais em força contrátil
Ambos os sistemas atuam em conjunto (ex. saltar um buraco estira IQT e tem estímulo
para contração; porém estímulo visual mostra que caso isso ocorra, a pessoa cai no
buraco)
O controle motor é dado por:
Medula, tronco cerebral, córtex motor, córtex sensitivo
Áreas sub-corticais (núcleos da base, cerebelo)
Mecanismos espinhais:
Os neurônios no SNC recebem várias sinapses (10-20 mil/neurônio)
Essas podem ser excitatórias ou inibitórias (vias aferentes são sempre excitatórias
O SNC está então constantemente recebendo aferências excitatórias, e para impedir
que ocorra excitação exagerada, existem mecanismos de controle excitatório para o
neurônio motor
Inibição pré-sináptica:
Sistema sensorial:
OTG:
Receptores articulares:
Via Leminiscal:
Via espino-talâmica:
Reflexos espinhais:
Em pacientes pós-AVE, o alongamento deve ser lento e mantido para que a fibra tipo
Ia não seja ativada (alongamento mantido é captado pela fibra tipo II, que demora mais
para ser ativada)
Interneurônios Ia (inibitórios) podem ser ativados ou inibidos:
Fases do alongamento:
o Dinâmica:
o Enquanto o músculo varia seu comprimento
o Ativa principalmente fibras Ia (capta variação do comprimento e velocidade de
contração)
o Estática:
o Enquanto o músculo é mantido parado (sem alteração em seu comprimento)
o Ativa principalmente fibras II (informa sobre o comprimento estático do
músculo)
o Lateral:
o Desce e decussa na pirâmide bulbar, controlando neurônios motores da região
lateral da medula (musculatura distal, pp. MMSS) e interneurônios da zona
intermediária (excitatórios e inibitórios)
o Anterior:
o Desce e não decussa, controlando neurônios da região medial da medula
(músculos axiais e proximais) e zona intermediária
o O trato anterior Esquerdo tem ação bilateral, ou seja, se tem um AVE do lado E
o trato corticoespinhal D substitui a inervação dos músculos axiais e proximais
Envias projeção para córtex motor primário, áreas sub-corticais (núcleos da base e
cerebelo), e medula espinhal
Área motora suplementar:
Localizada no lobo frontal
Programa seqüências de movimentos complexas e atividades posturais associadas ao
movimento
Ativada quando se tem vontade de realizar uma tarefa
Lesão nessa área pode levar a apraxia (não tem déficit motor, mas não consegue
realizar a tarefa)
Córtex pré-motor:
Prepara os músculos para realizar a tarefa (grau de contração mínima), além de
controlar a postura durante o movimento
Córtex motor primário:
Desencadeia o movimento
Controla a força e velocidade do movimento
Outras áreas relacionadas com o controle motor são cerebelo e núcleos da base:
Controle fino do movimento (força, coordenação, velocidade)
Cerebelo:
Envia informações para o córtex motor primário, área motora suplementar e córtex pré-
motor por meio de três núcleos profundos (fastígio, interposto, denteado)
Também envia informações para a medula
Recebe aferência da periferia e de todos as partes do SNC
Sistema comparador = responsável por aprimorar a atividade realizada; através do
treinamento, o cerebelo ativa outras áreas para suprir a área motora lesada (centro de
aprendizado motor)
Núcleos da base:
Recebe e envia informações para várias regiões do córtex cerebral
Não envia projeções à medula; controla o movimento apenas através de outras áreas
corticais
Através do tálamo, os núcleos da base enviam e informações para áreas corticais e,
dessa forma, enviam sinais à medula
Núcleos sub-corticais:
2. SISTEMA NERVOSO:
o Cerebelar superior D e E
o Cerebral posterior D e E (dão origem a comunicante posterior D e E)
Carótidas internas D e E:
o Cerebral média D e E
o Cerebral anterior D e E (dão origem a comunicante anterior)
Polígono de Willis:
Anterior:
Irriga lobo frontal e face supero-lateral de cada hemisfério (contato com cerebral média)
Média:
Face supero-lateral de cada hemisfério (área motora, somestésica, área de Broca)
Lesão = hemiparesia/plegia; afasia; déficit sensitivo
Posterior:
Irriga lobo occipital (visual), lobo temporal, hipotálamo, mesencéfalo e tálamo
Circulação do líquor:
Funções:
Proteção
Nutrição
Remoção de metabólitos
Componentes:
Similar a do plasma, mas com concentrações diferentes:
Produção:
No plexo coróide (ventrículos laterais), indo para o 4º ventrículo e então para o resto do
SN
Drenado na dura máter até cair no sistema venoso
Alterações circulatórias:
Aumento de líquor = hidrocefalia
Aumento nas concentrações = líquor mais espesso (reabsorção mais lenta)
Ausência de reabsorção
Barreira hematoencefálica:
Função = Homeostasia
Locais onde não existe = corpo pineal, neurohipófise, plexos coróides (função
endócrina)
Componentes:
Endotélio
Lâmina basal
Astrócitos
Perícitos (células específicas)
Substâncias não lipídicas (glicose, aminoácidos) precisam de transportadores
Obs.: Não barra a entrada de células inflamatórias (ex. leucócitos), células tumorais e
drogas ilícitas
3. AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DE UM PACIENTE NEUROLÓGICO:
Avaliação:
Dados pessoais:
Profissão (mostra grau de seletividade de movimento pré-lesão)
Diagnóstico clínico e fisioterapêutico
Tratamentos prévios
Dados vitais:
FC, PA, FR, temperatura (déficit na hipófise = não controla temperatura)
IGP:
Comunicativo, depressivo, grau de atenção
HMA:
História do AVE (sintomas, local, o que fez antes do evento, etc.)
HF, HS, Medicamentos, Exames complementares
Estado geral:
Sistemas circulatório (edema, problemas cardíacos), respiratório (dispnéia, tosse
eficaz, acúmulo de secreção), tegumentar (coloração e espessura da pele, áreas de
pressão, micose, frieira, cicatriz), vesical/intestinal (incontinência, constipação),
musculoesquelético (fratura, enxertos, artroplastia, dor)
QP:
Funções que realiza
Função que não realiza
Funções que quer realizar
Avaliação estática:
Supino = descarga de peso; posição das costelas (indica o grau de força do serrátil e
oblíquo externo); posição da talocrural (flexão plantar é fisiológico);
Transferências:
Descargas de peso:
Marcha:
ADM:
Avaliação muscular:
o Tônus:
o Repouso = movimento passivo (hipotonia, hipertonia, eutonia)
o Movimento = movimento ativo
o Força = só avaliar se o tônus não estiver interferindo
o Reflexos = Aquiles, bicipital, triciptal
Propriocepção:
o Espelhamento (faz com o lado plégico, paciente imita com o lado bom)
o Placing (capacidade de manter o membro no espaço e acompanhar o
movimento voluntariamente)
Tratamento:
Objetivos:
Ativar plasticidade neural
Interferir no tônus (mobilização articular, alongamento)
Ativar muscular (manter integridade das unidades motoras; contração ativa)
Treino de sensibilidade superficial e profunda
Melhorar qualidade da marcha (aumentar velocidade, tamanho do passo, altura do
passo, trabalhar sub-fases, etc.)
Descarga de peso em MMSS e MMII (impedir osteoporose; de pé com um membro no
banco;)
Treino funcional
1ª Classificação:
Ataque isquêmico transitório (AIT):
Causado por pequena áreas de isquemia, com lesão focal (visão turva, dormência de
MMSS, fraqueza de MMII)
Dura no máximo 24 horas
Déficit neurológico isquêmico reversível (DNIR):
Dura de 1 dia a 3 semanas
Ocorre isquemia e edema que persiste por mais tempo que no AIT
Se dura mais de 3 semanas, ocorre necrose e liquefação do tecido nervoso
Ocorre migração de células gliais, com formação da cicatriz glial
2ª Classificação:
AVE hemorrágico:
Déficit neurológico surdo
AVE isquêmico:
Início súbito ou gradual dos sintomas
Paciente melhora e depois de algumas horas piora
Etiologia:
Isquemia:
Ocorre devido a formação de placas ateroscleróticas, com estreitamento da luz do vaso
e conseqüente isquemia distal à oclusão
Embolia:
Ocorre geralmente em artérias extra-cranianas
Aneurismas:
Má formação da parede das artérias, com diminuição da camada média e propensão a
ruptura
Ocorre dilatação e fluxo turbulento, predispondo a lesão endotelial e formação de
trombos
Infarto lacunar:
Acometimento de vasos que irrigam cápsula interna, núcleos da base, tálamo e regiões
paramedianas do tronco cerebral
Sinais comuns: hemiparesia/plegia sem déficit sensitivo ou vice-versa
Hemorragia intracerebral:
Causas:
Quadro clínico:
Hemorragia subaracnóidea:
Forte cefaléia, vômitos, alterações da consciência, ausência de sinais focais
Mortalidade elevada = herniação do tronco encefálico
Fatores de risco para AVE:
Não modificáveis:
Idade, hereditariedade, sexo (masculino), etc.
Modificáveis:
Hipertensão, cardiopatias, diabetes, hipercolesterolemia, tabagismo (nicotina ativa a
trombina)
Achados clínicos:
Dependem do local da oclusão, danos cerebrais prévios, presença de circulação
colateral
Cerebral média (mais acometida):
Hemiplegia contralateral (pp. distalmente):
Alterações sensoriais:
Centro da linguagem:
O hemisfério esquerdo é dominante para a fala na maioria dos sujeitos (procedimento
de Wada)
Área de Broca:
Localizada no lobo frontal
Centro da palavra falada = transforma sinal de linguagem em vocalização ativando
áreas do córtex motor relacionadas com os músculos da fala
Área de Wernick:
Localizada no lobo temporal superior
Transforma estímulo auditivo em símbolo e linguagem = paciente consegue falar, mas
não entendo o que os outros falam
Som entra no córtex auditivo (áreas 1, 2 de Broadman), passa para área de Wernick e,
por meio do giro do cíngulo, chega na área de Broca
Centro da palavra cantada:
Localizada no hemisfério contralateral ao hemisfério dominante para fala
Tipos de afasia:
Afasia de broca (motora):
Lesão no córtex motor associativo do lobo frontal
Dificuldade de falar, mas entende bem as palavras (Wernick intacta)
Apresenta anomia (não encontra palavra certa), agramatismo (não constrói frases
corretas), erros parafrásicos (ex. papel fala pompéu)
Entende todos os comandos, mas não consegue verbalizar = sempre sai algum som
(ex. palavrão, palavra afetiva)
Afasia de Wernick:
Lesão do lobo temporal superior
Fala fluente (Broca intacta), mas má compreensão
Possui linguagem verborréica (fala pelos cotovelos), erros parafrásicos
De condução:
Lesão do córtex parietal e giro do cíngulo
Broca e Wernick preservadas = paciente fala e compreende bem, mas tem dificuldade
em repetir palavras
Global:
Lesão do lobo temporal e frontal
Fala muito comprometida e com baixa compreensão
Hipertonia:
Hiperreflexia:
Clônus:
Ortopédicas:
Subluxação inferior, posterior e anterior
Osteoporose precoce (fraqueza muscular aumenta sobrecarga óssea)
Síndrome do impacto ou ombro doloroso
Desequilíbrios musculares (hipertonia vs. hipotonia)
Desalinhamento articular devido ao desequilíbrio muscular (ex. supinação excessiva
em cadeia cinética fechada)
Síndrome da heminegligência:
Causada por lesão do lobo parietal posterior à direita (responsável pela percepção
extracorporal do lado esquerdo)
Anosionogia = déficit de atenção do dimídio oposto ao lesado (ou seja, esquerdo)
Síndrome de Pusher ou síndrome do não-alinhamento:
É um sub-tipo da síndrome da heminegligência (lesão do lobo parietal posterior direito)
Sintomas evidentes:
o Descarga de peso para o lado plégico = diferente dos pacientes pós-AVE com
lesão em outras áreas (não no parietal posterior direito) que jogam o peso
sobre o lado bom
o Cabeça voltada para a direita
o Sintomas no lado normal (excesso de uso)
o Marcha alterada = não descarrega peso no lado bom; perna hemiplégica aduz
quando desloca para frente
Tratamento:
Subluxações:
Princípio de Brasmajam:
Bom posicionamento da escápula no gradil costal
Boa força muscular (especialmente do manguito rotador)
Integridade da cápsula articular e dos ligamentos
Inferior:
Mais comum, ocorrendo na fase de hipotonia
Paciente fica em flexão lateral para o lado plégico:
Tratamento:
Anterior:
Ocorre numa fase mais crônica devido a hipertonia de peitoral maior e encurtamento
de grande dorsal
Além disso ocorre hipertonia de rombóides e trapézio médio (má posição escapular)
Presença de dor
Tratamento (na abdução, ocorre impacto uma vez que o úmero está fixo em rotação
interna)
Superior:
Corre também numa fase crônica devido a fraqueza do manguito rotador e hipertonia
do deltóide
Paciente não relata dor porque não consegue realizar os movimentos com o membro
plégico
Tratamento:
o Ativar manguito
o Interferir no tônus do deltóide
Ombro doloroso:
Curativo:
Distrofia = perda de tecido muscular e ósseo da área afeta, com crescimento das
unhas e hiperceratose
Simpático = vasoconstrição/vasodilatação
Reflexa = origem dos sinais na distribuição do sistema nervoso simpático nas
extremidades
Fisiopatologia:
Estímulo de dor estimula o SNS e desencadeia uma vasoconstrição reflexa (normal)
Ciclo dor-espasmo-dor:
o Nos pacientes com DSR essa vasoconstrição é lenta e prolongada, levando a
isquemia local e dor
o Essa dor estimula ainda mais o SNS, com mais vasoconstrição e dor (ciclo dor-
espasmo-dor)
o A vasoconstrição é seguida de vasodilatação, com liberação de substâncias
tóxicas que provocam alterações distróficas no osso (osteoporose)
Ciclo edema-dor-vasoconstrição:
Circulação do MMSS:
Estágio 2:
o Organização do edema
o Deposição de fibrina nos tecidos moles (limitação de ADM)
o Sinais de osteoporose no RX
o TTO:
o Recursos para ganho de ADM
o Descarga de peso
o Fortalecimento muscular
Estágio 3:
o Atrofia progressiva de músculos, ossos e peles
o Restrição permanente de ADM
o Dedos em garra
o Só sente dor se houve estiramento da articulação
o Tratamento:
o Como não tem como ganhar mais ADM de MMSS, treinar marcha, função, etc.
Tratamento geral:
Classificação de Seddon:
Neuropraxia:
Axonotmese:
Neurotmese:
Classificação de Sunderlan:
o 6 horas a 1 semana
o Núcleo periférico, diminuição transporte retrógrado, aumento nucléolo,
fragmentação do corpúsculo de Nissi
o Ocorre degeneração do soma e morte do neurônio
Fase cromatossíntese:
Degeneração Waleriana:
Regeneração axonal:
Sensibilidade
Etiologia:
Muletas axilares, trauma, fratura de úmero (tem que haver laceração muscular),
Hanseníase
Clínica:
Mãos em semi-garra
Atrofia dos interósseos
Atrofia hipotenar
Dedo mínimo abduzido
Sinal de Froment (polegar se mantém em flexão)
Atrofia súpero-medial do antebraço
Clínica:
Dor na face lateral do pé
Hipoestesia anterolateral da perna e dorso do pé
Pé cavo (fibular profundo)
Paralisia dos eversores do pé (fibular profundo) = uso de tutor articulado
Lesão do nervo tibial:
Sensibilidade
Nervo sural:
Ramo do tibial
Nervo essencialmente sensitivo
Etiologia:
Compressão (cisto de Backer, edema de gânglios)
Traumatismos
Entrose grave de tornozelo (pronação excessiva)
Síndrome do túnel do tarso:
Túnel do tarso:
Causas:
Sintomas:
Metatarsalgia de Morton:
Mesma entidade etiológica do Neuroma de Morton
Enovelado de axônios eletricamente ativos
Causas:
Sintomas:
Clínica:
Tratamento:
Intervenção cirúrgica:
Quando há lesão do tronco nervoso (faz a sutura) ou ausência de sinais clínicas ou
EMG de recuperação
Evidências de regeneração (da primeira para a última evidência):
Retorno do sinal de Tinel, é sinal de regeneração
Retorno da sudorese (fibras autonômicas regeneram mais rápido que sensitivas;
poucas semanas)
Retorno da sensibilidade (nervos sensitivos são mais finos = regeneram mais rápido;
antes de 3 meses)
Melhora de força muscular (esperar no máximo 3 meses)
Reabilitação:
Posicionamento adequado com uso de tala adequada (impede tração excessiva do
nervo)
Manutenção de ADM (até 7º de PO faz passivo; depois faz ativo assistido)
Manter circulação adequada (massagens, termoterapia em fase avançada)
Evitar edema (elevação do membro, bomba muscular, meias compressivas)
Manter trofismo de músculos denervados (movimento passivo, eletroestimulação)
Reeducação sensorial:
Hipoestesia = começar com texturas mais grossas
Hiperestesia = começar com texturas mais finas
Lobo frontal:
Córtex motor primário (área 4 de Broadman)
Córtex pré-motor = dividido em área pré motora e motora suplementar (planeja o
movimento)
Ambos relacionados com força e movimento voluntário
Lesão nesse lobo pode levar a alterações psíquicas:
No lobo frontal está localizado o centro da criatividade = paciente que nunca pintou vira
um artista após um TCE
Lobo parietal:
Lobo temporal:
Lobo occipital:
Localizada a área visual
Lesão leva a déficit motor por perda de estímulo visual
Fisioterapia = estimular tato, olfato, audição
Corpo caloso:
Estrutura que conecta os dois hemisférios
Lesão axonal difusa do corpo caloso:
Apatia (sistema de vigília prejudicado = atenção)
Pobreza de pensamentos (não mantém diálogos)
Alteração de caráter
Déficit de memória
Fadiga mental
Gânglios da base:
Importante para iniciar e controlar movimentos voluntários
Promove ajustes corporais
Clínica da lesão dos gânglios da base:
Bradicinesia = lentidão
Rigidez = roda denteada
Tremor em repouso = diminuiu ao movimento
Acinesia = não inicia o movimento
Hipocinesia = diminuição de ADM
Cerebelo:
Coordena atividades motoras (sinergismo, equilíbrio, tônus durante movimento)
OBS.: Tônus de repouso é controlado pelo trato corticoespinhal lateral
Clínica da lesão cerebelar:
Hipotonia
Dismetria, ou seja, não realiza mais movimento com velocidade e amplitude correta
(hipometria; hipermetria) = usar testes índex-nariz
Disdiadococinesia = não faz movimentos rápidos ao mesmo tempo; testar prono-supino
ou flexão-extensão
Tremor de intensão
Decomposição da função
Marcha desalinhada (“bêbado”
Ataxia = movimentos incoordenados; marcha atáxica
Disartria = fala expandida (prolongamento das sílabas)
Nistagmo = movimento latero-lateral do globo ocular (não fixa o olhar)
Astenia = fraqueza generalizada
Mecanismos de lesão do TCE:
Forças:
De aceleração = encéfalo bate na calota craniana)
De desaceleração = ex. bate a cabeça no volante quando freia)
De rotação = ex. soco que roda a cabeça, mas o tronco encefálico não acompanha
(lesão grave)
Golpe ou contragolpe:
Lesão por chicote
Classificação do TCE:
TCE simples:
Concussão:
C5 Flexores de cotovelo
C6 Extensores de punho
C7 Extensores de cotovelo
C8 Flexores profundos dos dedos no dedo médio
T1 Pequenos abdutores dos dedos
L2 Flexores de quadril
L3 Extensores de joelho
L4 Dorsiflexores
L5 Extensor longo do hálux
S1 Flexores plantares
Nível de lesão:
Indica qual o nível em que a função está preservada (ex. nível de lesão C8 = flexores
dos dedos para cima está preservado)
Escala de deficiência da ASIA (Frankel modificada):
A = lesão completa; perda de reflexos anal e crematérico; perda de sensibilidade
perineal e perianal
B = lesão incompleta; sensibilidade de pernas e preservação dos reflexos anal e
crematérico
C = lesão incompleta; força < 3
D = lesão incompleta; força > 3
E = normal
o Anestesia e paralisia
o Lesão tipo NMS = hiperreflexia, hipertonia, clônus, Babinski
o Lesão tipo NMI = paralisia flácida, hipo ou anestesia
o Retorno gradual da atividade do SNS = retorno da sudorese; diminuição da
vasodiltação (reduz hipotensão ortostática)
o Alterações urogenitais
Controle vesical é dado por arcos reflexos sacrais, com influência de vias
descendentes do córtex (logo frontal e mesencéfalo)
Bexiga neurogênica:
o Mais comum
o Lesão parcial do córtex, trato corticoespinhal ou medula = diminuição das vias
inibitórias descendentes (não é perda total das vias inibitórias)
o Arco reflexo sacral normal
o Clínica:
o Sente bexiga encher
o Jato normal sem urina residual
o Complacência vesical diminuída (leve hipertonia do detrusor)
o Incontinência urinária de urgência
Tratamento:
Complicações:
Alterações cardiorespiratórias:
TVP:
o Veias distais:
Hipotensão ortostática:
Tetraplégicos ou com lesão acima de T6, com perda de controle do SNA e do controle
deste pelo bulbo = vasodilatação periférica excessiva
Associado a falta de bomba muscular
Tratamento:
o Elevação do membro
o Transferências de decúbito de forma lenta e gradual
o Manobras de bombeamento
o Estimular contração da musculatura de MMII (quando possível)
o Aumento de PA
o Cefaléia
o Dilatação de pupilas
o Rubor (acima) e palidez (abaixo da lesão) cutâneas
o Bradi/taquicardia
o Sudorese, piloereção
Função gastrointestinal:
Redução ou abolição do peristaltismo = risco de fecaloma
Abdômen agudo = processo inflamatório ou infeccioso nas vísceras abdominais sem
dor no lesado medular
Complicações = hemorragia gastrointestinal, necrose intestinal, pancreatite
Sinais de alerta = febre, otite, vômito, anorexia
Disfunção sexual:
Controle neurológico encefálico:
o Área no córtex que controla a ereção psicogênica (ex. imaginando uma mulher)
Vias encefálica e sacral mandam estímulos para área tóraco lombar para que haja
ejaculação = se há lesão de alguma delas, não ocorre a ejaculação
Perda de libido:
Ereção:
Ejaculação:
o Vias encefálica e sacral mandam estímulos para área tóraco lombar para que
haja ejaculação = se há lesão de alguma delas, não ocorre a ejaculação
o Diminuição no número e mobilidade dos espermatozóides = sêmen velho;
aumento de temperatura escrotal
o Lesão de NMS = ejaculação rara, por o centro sacral sem a via encefálica age
inibindo a área toracolombar
o Lesão de NMI = pode haver ejaculação se lesão ocorrer abaixo do centro
toracolombar (T8); difícil de ocorrer
Orgasmo:
Ossificação heterotrópica:
o Desconhecida
o Hipóxia e outros fatores levam a metaplasia de células do conjuntivo (mudança
de forma e função)
Clínica:
o Agudo = sinais flogísticos (sem dor no TRM)
o Intermediário = nódulos articulares; limitação de ADM
o Crônica = anquilose, flebite, TVP, compressão nervosa
Dor:
Espasticidade:
Escore Tônus
1 Normal
2 Aumento discreto
3 Aumento com limitação da ADM passiva
4 Muito aumentado
5 Mantido em flexão ou extensão
Tratamento clínico:
Tratamento fisioterapêutico:
o Fase aguda:
o Evitar contraturas = posicionamento
o Evitar úlceras = mudança de decúbito; fazer “Push up” quando tem tríceps;
deslocar tronco lateralmente
o Manter flexibilidade = movimentação passiva lenta e suave
o Descarga de peso = marca ortostática; cuidado com hipotensão postural
o Assistência respiratória = posturas de drenagem, estímulo da tosse, padrões
terapêuticos
o Orientação familiar = posicionamento, transferências
o Fase de reabilitação intensa:
o Alcançar o potencial funcional = ex. se tem trapézio para fazer alcance, treinar
esse músculo (não tem outro)
o Relaxamento muscular, alongamento suaves
o Fortalecer músculos com atividade preservada
o Treino de AVDs e transferências
o Descarga de peso = MMSS ou MMII (maca ortostática)
o Treino de marcha = tutor, bengala, muleta, andador, sair da cadeira de rodas
o Objetivos da maca ortostática:
o Evitar osteoporose
o Auto estima
o Alongar cadeia anterior e posterior
o Descarga de peso
8. POLINEUROPATIA:
Definição:
Síndrome clínica causada por acometimento de vários nervos periféricos, com
perturbações motoras, sensoriais e autonômicas
Etiologia:
Intoxicação = chumbo, arsênico
Infecção = Guilan Barré, HIV
Alteração metabólica = diabetes
Carência alimentar = alcoolismo, déficit de tiamina
Fisiopatologia:
Edema; fragmentação da bainha de mielina; lesão axonal; degeneração primária (lesão
de motoneurônios na medula)
Pode acometer pares cranianos (Guilan Barré; diabetes)
Sinais e sintomas:
Paresia, parestesia, paralisia
Perda sensorial (tato e vibração)
Dor (Guilan Barré, diabetes)
Alteração proprioceptiva + fraqueza = marcha atáxica
Atrofia muscular
Evolução:
Na maioria das polineuropatias, após retirada do agente agressor, corre remissão total
ou quase total dos sintomas (ex. alcóolica)
Mononeurite diabética:
Acomete um único nervo = pior prognóstico
Lesão da bainha de mielina e axônio
Nervos acometidos = ciático, femoral, mediano, radial, ulnar
Tratamento:
Fisioterapia = sintomático; prevenção de complicações secundárias
Clínico = controle glicêmico; controle nutricional; agente quelante (se acopla a
substâncias e as retira do organismo)
Polineurite diabética:
Etiologia:
Desconhecida
Isquemia do nervo devido a lesões ateroscleróticas
Alteração do metabolismo de carboidratos
Sinais e sintomas:
Sensitivos (predominante):
Motores:
o Paresia de MMII
o Marcha atáxica = paresia + alteração proprioceptiva
o Oculomotor
o Troclear
o Abducente
Evolução:
Polineurite alcóolica:
Etiologia:
Desconhecida
Ação direta do álcool ou deficiência nutricional decorrente do alcoolismo (déficit de
tiamina)
Sinais e sintomas:
Sensitivos:
o Dor (pp. MMII)
o Parestesia = mãos e pés;
o Pele seca (punho e dorso da mão) = carência de vitamina A
o Hipoestesia em luvas e botas
o Neurite óptica
Motores:
Evolução:
o Síndrome de Korsakoff:
o Rarefação neural; micro-hemorragias; proliferação glial (hipocampo, corpos
mamilares)
o Clínica = amnésia recente; desorientação tempo-espaço; confabulação (mania
de perseguição); alucinações
o Polioencefalite:
o Hemorragias devido a déficit de tiamina (hipotálamo e terceiro ventrículo)
o Necrose tecidual
o Clínica = convulsões; marcha atáxica (lesão de NMS); alterações movimentos
oculares
Tratamento:
Sintomático
Abandono do alcoolismo e reposição vitamínica
Polineurite pelo arsênico:
Etiologia:
Intoxicação por arsênico (ex. inseticidas, pulverizantes)
Sinais e sintomas:
Manchas vermelhas na pele
Sensitivos:
Motores:
o Sintomático
o Manutenção de flexibilidade e ADM = alongamento passivo; movimentação
passiva e ativa
o Fortalecimento
o Estimulação sensorial
o Analgesia = TENS, termoterapia
Etiologia:
Intoxicação pelo chumbo via pulmão, intestino ou pele
Sinais e sintomas:
Essencialmente motora
Paresia de extensores de punho (mão caída)
Cabelo fosco e quebradiço
Alteração do trânsito intestinal
Evolução:
Bom prognóstico se retirado o agente causal
Tratamento:
Clínico = agentes quelantes
Fisioterapia:
o Sintomático
o Fortalecimento muscular
Etiologia:
Desconhecida
Auto imune mediada por linfócitos T; migram pela barreira hematoencefálica; liga a
antígenos de mielina; desmielinização e, em casos mais graves, lesão axonal
Precedida por infecção viral; bacteremia ou estresse psicológico
Evolução:
Rápida = pico no 7-14º dia; após isso ocorre remissão dos sintomas
Sinais e sintomas:
Sem déficit cognitivo
Sensitivos:
Pares cranianos:
Autonômicos:
o Bradi/taquicardia
o Hipotensão postural
o Hipertensão arterial = não usa medicação hipotensora devido ao risco de
hipotensão ortostática
Evolução:
o Cortiscosteróides
o Plasmaforese = troca contínua do plasma (diminui ação auto-imune)
o Imunoglobulina endovenosa = diminui ação dos linfócitos T; muito cara
Fisioterapia:
o Fase aguda:
o Respiratório:
Ventilação mecânica
Aspiração endotraqueal
Padrões respiratórios; posturas de drenagem
o Musculoesquelético:
o Cardiologia:
o Fase de recuperação:
o Paciente sai da plegia e entra na paresia
o Respiração espontânea
o Respiratório:
o Muscular:
o Tegumentar:
o Treino funcional
9. PARALISIA FACIAL:
Trato cortico-nuclear:
Produção de lágrima:
Petroso maior:
Estapédio:
Corda do tímpano:
Lesão supra-nuclear:
Única que causa paralisia facial central (2/3 inferiores da face contralateral)
Clínica:
o Hiperacusia
o Perda da gustação dos 2/3 anteriores da língua
o Alteração das secreções lacrimais e salivares
o Hiperacusia
o Perda da gustação dos 2/3 anteriores da língua
o Alteração das secreções lacrimais
o Preservação de secreção salivar (preservação do petroso maior)