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Você sabia que os defumados e o churrasco são alguns dos alimentos mais tóxicos e
cancerígenos que consumimos? Que os refrigerantes, como a coca-cola, contém em suas
fórmulas 11 aditivos, alguns deles causadores de câncer? Com o objetivo de prestar
informações sobre substâncias nocivas à saúde, comum no nosso uso diário foi criado, em
1999, o projeto de ensino O Veneno Nosso de Cada Dia, coordenado pela professora
Carmem Lúcia Rocha, do DBC.
Rocha, que trabalha com testes de avaliação de substâncias mutagênicas, explica que
normalmente os resultados desse tipo de pesquisa atingem um grupo seleto restrito às
universidades, não revertendo em benefício direto à população. “Esse saber fica elitizado e
o projeto foi a maneira encontrada para passar conhecimento a quem utiliza essas
substâncias ignorando os riscos de contrair câncer”, afirma. O público alvo são alunos do
ensino fundamental e médio das escolas públicas de Maringá. “Eles e os professores
acabam se transformando em agentes multiplicadores dessas informações, bem como ex-
alunos que se tornaram professores”, diz.
Os cogumelos do sol e shiitake, bem como o kefir (iogurte preparado a partir de um grupo
de microorganismos de alto potencial medicinal) também são recomendados. “São
alimentos que custam pouco e aumentam as chances de mantermos o equilíbrio”, garante
Rocha.
Outra observação importante é a atenção aos rótulos dos produtos industrializados. “Na
medida em que nos habituamos a identificar o que estamos ingerindo, vamos selecionando
e diminuindo os riscos. Não podemos consumir indiscriminadamente tudo o que está à
mão”, diz.
Outros itens abordados pelo projeto são o cigarro e o álcool, porque começam a ser
utilizados na adolescência, além de venenos domésticos e agrotóxicos que contaminam os
alimentos. A orientação é ingerir os orgânicos. “Nós apresentamos os riscos e como
diminuir a exposição gerenciando esses riscos. O organismo tem mecanismos naturais de
defesa e o importante é não sobrecarregá-los”, afirma a pesquisadora.
O projeto tem se preocupado ainda com a contaminação causada pelo inseticida vaporizado
eletricamente (repelente de pernilongo), formulado à base de piretróide. Segundo Rocha,
de todo o material trabalhado no projeto, esse é o único que não é cancerígeno, mas é
neurotóxico. Causa problemas no sistema nervoso de crianças e pode provocar atrofia
cerebral. “Crianças não podem passar toda a primeira infância aspirando aquilo todas as
noites”, adverte Rocha, acrescentando que “todos os venenos que matam insetos são
tóxicos para o homem e muitos deles são cancerígenos”.
Clientela - O projeto atende escolas públicas que possuem clientela mais carente de
informações, mas está aberto às particulares. Rocha afirma que as palestras são bem
práticas, dirigidas e despertam o interesse dos alunos.
O trabalho deu tão bons resultados que está se transformando em projeto permanente e vai
virar um livro, em fase de organização. “Estamos pensando em promover palestras
exclusivas para professores e o livro será um rico material didático para esses novos
multiplicadores”
Comer frutas, legumes e verduras. O mantra da alimentação natural, protegido pela fama
de saudável, pode esconder inimigos mais perigosos que calorias em excesso. A dupla
alface com tomate, por exemplo, é inofensiva ao regime, mas está entre os alimentos com o
maior risco de exposição a agrotóxicos - o mesmo vale para o morango, outro queridinho
das dietas.
Peres lembra que os níveis elevados de amostras insatisfatórias entre os morangos têm sido
observados desde 2002. "Nos morangos foram encontrados resíduos de cinco tipos de
agrotóxicos autorizados, mas eles estavam acima do Limite Máximo de Resíduo (LMR)
preconizado pela OMS", detalha.
Tomates e morangos são espécies sensíveis, muito suscetíveis ao ataque das pragas, o que
explica o uso intensivo de pesticidas. "Após aplicar um pesticida é preciso respeitar o
prazo de carência para consumir o alimento. Como fazer isso no tomateiro, em que há
frutos em diversos estágios, de verdes a maduros? Se o agricultor esperar a carência para
colher, grande parte irá se perder", diz o ecólogo José Maria Gusman Ferraz, pesquisador
do Embrapa Meio Ambiente, com pós-doutorado em agro ecologia.
Foram submetidos à análise do Pro Teste, além de tomates, também morangos, maçãs e
limões. Em mais de um quarto dos hortifrútis havia resíduos de agrotóxicos. "Quase
metade dos resíduos detectados vem de pesticidas não-autorizados pela lei brasileira",
comenta a bióloga Fernanda Ribeiro, pesquisadora de alimentos do Pro Teste e
coordenadora da pesquisa. "O resultado foi melhor do que o esperado, mas isso se dá
porque a legislação brasileira é muito permissiva. O LMR, que quando respeitado não
deveria provocar danos à saúde, é subjetivo porque tem um caráter geral, desconsiderando
populações frágeis, como as crianças."
Segundo Ferraz, o uso de agrotóxicos é atraente por facilitar o cultivo fora de época. "No
passado se comia morango no frio, manga no fim do ano. Hoje se encontra de tudo o ano
todo. O problema é que entre os nutrientes aplicados nas culturas está o nitrogênio, que se
degrada em nitrito e nitrato, substâncias cancerígenas. Como são elementos solúveis,
absorvidos pela planta, o agrotóxico se torna sistêmico, penetra na estrutura. Neste caso,
usar vinagre como anti-séptico, por exemplo, mata só fungos, bactérias e vermes
superficiais, mas não tem efeito contra resíduos. A saída é procurar o selo de procedência
do alimento no mercado ou recorrer a orgânicos. Você gasta mais com eles, mas poderia
gastar mais na farmácia."
Graff explica que os agrotóxicos permitidos no Brasil "teoricamente não podem ter
indícios de ação cancerígena". Na opinião dele, faltam estudos para estabelecer relações
mais precisas entre pesticidas e problemas de saúde. "As pessoas estão expostas a outros
tipos de produtos químicos nocivos, como os derivados de petróleo", argumenta o médico.
Sob o ponto de vista do professor doutor Angelo Trapé, coordenador de saúde ambiental
da Unicamp, as irregularidades nos hortifrútis paulistanos não ameaçam a saúde. "Fica a
impressão de que a pessoa está comprando um alimento contaminado.
Isso é uma perversidade porque só a classe A tem acesso a orgânicos, vendidos a preços
exorbitantes pelos mercados. “O que falta é uma política pública eficiente que ensine o
pequeno agricultor a usar corretamente o pesticida, falta acesso à tecnologia e fiscalização
mais adequada”, analisa Trapé.
Entre outras cossitas, fui eu quem teve que aprender tudo sobre refrigerante gaseificado
para produzir o guaraná Dolly aqui, que usa o concentrado Brahma. Está no mercado até
hoje, mas falhou terrivelmente em promocional e vende só para o mercado local, tudo
isso devido a cabeça dura de alguns.
Tivemos até equipe de competição em stock-car. Tire a imensa quantidade de sal que a
CC usa (50mg de sódio na lata) e você verá que a CC fica igualzinha a qualquer outro
refri sem-vergonha e porcaria, adocicado e enjoado.
É exatamente o Cloreto de Sódio em exagero (que eles dizem ser "very low sodium") que
te refresca e ao mesmo tempo te dá sede em dobro, pedindo outro refri, e não enjoa
porque o tal sal mata literalmente a sensibilidade ao doce, que também tem de montão; 39
gramas de açúcar é ridículo, dos 350 gramas de produto líquido, mais de 10% é açúcar.
Imagine uma lata de CC, mais de um centímetro e meio da lata é açúcar puro... Isso dá
aproximadamente umas 3 colheres de sopa CHEIAS DE AÇÚCAR POR LATA!!!
Fórmula da CC? Simples; Concentrado de Açúcar queimado - Caramelo para dar cor
escura e gosto, ácido fosfórico (azedinho), açúcar (HFCS - High Fructose Corn Syrup -
açúcar líquido da frutose do milho), extrato da folha da planta COCA (África e Índia),
noz de cola e poucos outros aromatizantes naturais de outras plantas, cafeína, e
conservante que pode ser Benzoato de Sódio ou Benzoato de Potássio, Dióxido de
carbono de montão para fritar a língua quando você a toma e junto com o sal dar a
sensação de refrigeração.
O uso de ácido fosfórico e não o ácido cítrico como todos os outros usam, é para dar a
sensação de dentes e boca limpa ao beber, o fosfórico literalmente frita tudo e em
quantidade pode até causar decapamento do esmalte dos dentes, coisa que o cítrico ataca
mas, com muito menor violência.
Tente comparar ácido fosfórico para ver as mil recomendações de segurança e manuseio
(queima o cristalino do olho, queima a pele, etc.
Só como informação geral, é proibido usar ácido fosfórico em qualquer outro refrigerante,
só a CC tem permissão... Claro, se tirar, a CC ficará com gosto de sabão.
O extrato da coca e outras folhas quase não mudam nada no sabor, é mais efeito
cosmético, assim como o guaraná, você não sente o gosto dele, nem cheiro, (guaraná tem
gosto amargo de asfalto ralado) ele está lá até porque legalmente tem que estar, mas se
tirar você nem nota diferença no gosto. O gosto é dado basicamente pelas quantidades
diferentes de açúcar, açúcar queimado, sais, ácidos e conservantes.
Tem uma empresa química aqui em Bartow, sul de Orlando, já visitei os caras um montão
de vezes, eles basicamente produzem aromatizantes e essências para sucos.
Saem concentrados e essências o dia inteiro, caminhão atrás de caminhão, eles produzem
isso para as fábricas de sorvete, refrigerantes, sucos, enlatados, até comida colorida e
aromatizada.
Visitando a fábrica pedi para ver o depósito de concentrados das frutas, que deveria ser
imenso, cheio de reservatórios imensos de laranja, abacaxi, morango, e tantos outros... o
cara olhou para mim e deu uma risadinha, e me levou para visitar os depósitos imensos de
corantes e mais de 50 tipos de componentes químicos. Meu, refri de laranja, o que menos
tem é laranja. Morango, até os gominhos que ficam em suspensão são feitos de goma
(uma liga química que envolve um semi-polímero). Abacaxi é um festival de ácidos e
mais goma.
Essência para sorvete de abacate? usa até peróxido de hidrogênio (água oxigenada) para
dar aquela sensação de arrasto espumoso no céu da boca ao comer, típico do abacate.
O segundo refrigerante mais vendido aqui nos Estados Unidos é o Dr. Pepper, é o mais
antigo de todos, mais antigo que a própria CC.
Esse refri era vendido obviamente sem refrigeração e sem gaseificação em mil oitocentos
e pedrada, em garrafinhas com rolha como medicamento, nas carroças ambulantes que
você vê em filmes do velho oeste americano. Além de tirar dor de barriga e unha
encravada, também tirava mancha de ferrugem de cortina, além de ajudar a renovar a
graxa dos eixos das carroças.
Para quem não sabe, Dr. Pepper tem um sabor horrível, e é muito fácil de duplicar em
casa. Pegue GELOL spray, aquele que você usa quando leva um chute na canela, e dê um
bom spray na boca, é, esse é o gosto do tal famoso Dr. Pepper que vende muito por aqui.
Não uso nem para desentupir a pia, porque tenho pena da tubulação de pvc...
Olha só para abrir os olhos dos cegos, os produtos adoçantes diet tem via muito curta, o
aspartame por exemplo, coisa que após 3 semanas de molhado passa a ter gosto de pano
velho sujo, para evitar isso, se soma uma infinidade de outros químicos, um para esticar a
vida do aspartame, outro para dar buffer (arredondar) o gosto do segundo químico, outro
para neutralizar a cor dos dois químicos juntos que deixa o líquido turvo, outro para
manter o terceiro químico em suspensão - senão o fundo do refri fica escuro, outro para
evitar cristalização do aspartame, outro para realçar, dar "edge" no ácido cítrico ou
fosfórico que acaba sofrendo pela influência dos 4 químicos iniciais, e assim vai... A lista
é enorme.
Depois de toda essa minha experiência com produção e estudo de refrigerantes, posso
afirmar:
A Sukita Zero foi a que apresentou maior quantidade, com 20 microgramas, seguida pela
Fanta Light, que tem 7,5 microgramas. Além desses dois refrigerantes, Dolly Guaraná,
Dolly Guaraná Light, Fanta Laranja, Sprite Zero e Sukita também extrapolavam o limite
para água potável.
A técnica da Pro Teste Fernanda Ribeiro afirmou em entrevista à Folha de São Paulo que
ainda é difícil estudar a relação entre o benzeno e o câncer em humanos, mas já se sabe que
a substância tem alto potencial carcinogênico. Se consumida regularmente, pode favorecer
tumores. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), não há limite seguro de
consumo.
É importante ressaltar que consumir o benzeno não significa que uma pessoa terá câncer –
a doença depende de vários outros fatores, como predisposição genética e outros hábitos de
vida. No meio-ambiente, a substância é decorrente principalmente da fumaça do cigarro e
da queima de combustível. Detergente, borracha sintética e náilon a utilizam como
matéria-prima.
Em nota, a Cola-Cola, fabricante da Fanta, afirmou que cumpre a lei e que os corantes de
bebidas são descritos no rótulo. A empresa também informa que o benzeno está presente
em alimentos e bebidas em níveis muito baixos.
A AmBev, responsável pela Sukita, alegou trabalhar sob os mais rígidos padrões de
qualidade e em total acordo com a legislação brasileira.
Por quê? Isso custaria MILHÕES, e tal prejuízo é inadmissível. A nós, pobres
consumidores bombardeados dia e noite com propagandas, cabe ABRIR O OLHO
quando se trata de produtos industrializados, que trazem sempre grande quantidade
desses conservantes, os quais são, sabidamente, prejudiciais à saúde!
TUDO MATA!!!
Álcool, fumo, corante, conservante, aromatizante, insônia, gripe suína, febre amarela,
pneumonia...
Picada de cobra, água poluída, gripe aviária, enlatados, embutidos, defensivos agrícolas,
acidente de transito, relação sexual, relação homossexual, o vizinho inconformado...
O imposto de renda, o trem desgovernado, a falta de governo, o avião que cai, incêndio,
afogamento, a intolerância, a ganância, a burrice, o voto errado...
E agora o refringente.
O filé grelhado se disfarça no meio da saladinha, com fama de comida saudável. Ninguém
desconfia das boas intenções de um bife feito na chapa, sem gordura aparente. Esse modo
de preparo, contudo, provoca a liberação de substâncias cancerígenas pelo alimento. Assar
ou cozinhar a carne é o melhor a fazer para proteger o estômago dessas toxinas, assim
como ingerir mais fibras ajuda a preservar a saúde do cólon e evitar o álcool reduz a
chance de passar por tumores de boca, laringe e faringe.
A relação entre alimentação equilibrada e prevenção do câncer é tão estreita que o Instituto
Nacional do Câncer (Inca) criou um departamento específico para explorar o tema já em
2007, o setor de Alimentação, Nutrição e Câncer. "Está claro para muitas pessoas que o
padrão alimentar interfere nas doenças cardiovasculares e na diabete, mas em relação ao
câncer isso encontra certa resistência cultural.
De fato, faz parte da prevenção alterar hábitos já consolidados em muita gente, como
abusar do álcool e do churrasco ", explica o nutricionista Fábio Gomes, analista de
programas para controle do câncer da instituição.
Segundo Gomes, a cervejinha do fim de semana pode ser ainda mais nefasta quando
acompanhada pelo cigarro. "O abuso de álcool tem relação direta com tumores de boca,
laringe e faringe. Ele torna a mucosa dessa região mais permeável, facilitando a penetração
de agentes cancerígenos, como as toxinas do cigarro. Uma dessas toxinas, o alcatrão,
também está presente na fumaça do churrasco e acaba impregnando a carne", esclarece.
"Um jeito de minimizar o problema é aumentar a ingestão de hortaliças e frutas, que são
alimentos protetores. Sempre é possível acrescentar uma salada ao churrasco. É o teor da
alimentação determina se ela será fator de proteção ou de risco para o câncer", completa.
Ele destaca que amamentar por pelo menos seis meses é outro fator de proteção. "Fazendo
isso a chance de ter câncer de mama diminui de 10% a 20%." Segundo o especialista do
Inca, alguns alimentos, além de gordurosos, contém outras substâncias que podem
estimular os quadros de câncer. "Nos embutidos, por exemplo, há conservantes à base de
nitritos e nitratos, que em contato com o suco digestivo se transformam em compostos
reconhecidos como cancerígenos pela Organização Mundial de Saúde. Até mesmo as
versões light ou diet desses produtos, apesar de apresentarem teor reduzido de sódio ou
gorduras, contêm os mesmos conservantes", alerta o nutricionista.
A ligação entre câncer de próstata e o IGF-1 (hormônio que simula as ações da insulina)
tem sido claramente demonstrada, graças a pesquisadores da Universidade de Oxford.
Agora que sabemos que esses fatores estão associados à doença, podemos começar a
examinar como a dieta e o estilo de vida podem aumentar os riscos e se mudanças
poderiam reduzir a chance do homem contrair a doença.
Entre outros hábitos para prevenir o câncer de próstata, é sugerida uma dica de
alimentação. O tomate, além de cargas de vitamina C, é uma das mais ricas fontes de
licopeno flavonóide - o que lhes confere a sua cor vermelha e que demonstrou defender o
organismo contra o câncer de próstata. Para que tenha esse efeito, é necessário o consumo
de 3-4 rodelas de tomate por dia.
Dra. Daniela Jobst é nutricionista especialista em Nutrição Clínica Funcional e em Fisiologia do Exercício.
Muito procurado por não conter calorias, ele adoça até 400 vezes mais que o açúcar, além
de não deixar sabor residual, como a sacarina e o ciclamato. O aspartame é formado por
uma mistura de ácido aspártico, fenilalanina e metanol, substâncias prejudiciais ao
organismo.
O ginecologista e cirurgião estético José Oscar Alvarenga Macedo recebe muitas pacientes
com o desejo de emagrecer. Ele alerta para o uso do adoçante. "O ácido aspártico pode
causar lesões cerebrais e a fenilalanina, bloqueio da produção de serotonina,
neurotransmissor responsável pelas sensações de bem-estar", comenta. Níveis baixos de
serotonina provocam insônia, depressão e mau humor. Já o metanol, considerado a mais
nociva das substâncias que compõem o aspartame, é convertido, depois de ingerido, em
formaldeído e ácido fórmico, duas substâncias tóxicas que afetam o funcionamento normal
do cérebro.
O metanol livre é criado a partir do aspartame, quando o mesmo ultrapassa 30°C. Sua
toxicidade imita a esclerose múltipla e as pessoas, muitas vezes, recebem diagnóstico
errado dessa patologia. O formaldeído pertence ao mesmo grupo de drogas do cianeto e do
arsênico.
Eles recomendam um limite de consumo de 7,8 mg/dia. Um litro de uma bebida adoçada
com aspartame tem aproximadamente 56 mg de metanol. Os grandes usuários de produtos
que contêm aspartame consomem algo em torno de 250 mg de metanol diariamente ou 32
vezes o valor sugerido.
Os sintomas do envenenamento com metanol incluem: enxaquecas, zumbido, vertigem,
náusea, perturbações gastrintestinais, debilidade, sensação de frio, lapsos de memória,
entorpecimento, dores nas extremidades, perturbações de comportamento e neurite.
Incluem ainda problemas visuais, como vista nublada, redução progressiva do campo
visual, visão borrada ou obscura, dano de retina, e até cegueira. O formaldeído é um
conhecido carcinógeno. Além de provocar danos à retina, pode interferir na replicação do
DNA e causar defeitos congênitos.
Ainda segundo José Oscar, na gravidez os efeitos do aspartame podem passar diretamente
para o bebê. A placenta pode concentrar a fenilalanina presente no adoçante e causar
distúrbios neurológicos no feto. "O teste do pezinho, realizado nos recém-nascidos, é feito
exatamente para medir o nível de fenilalanina no sangue", lembra.
Por casos como este, o livro Prescription for Nutritional Healing, de Phyllis e James Balch,
lista o aspartame na categoria de veneno químico.
ALTERNATIVAS
José Oscar sugere o consumo de adoçantes à base de stevia, um edulcorante natural. Não é
calórico e também pode ser usado no preparo de sucos, sorvetes, chás, pratos cozidos ou
assados, não tendo, porém, a capacidade de caramelizar-se. "Nos últimos 20 anos, esse
produto tem sido consumido e testado em todo o mundo. Até o momento, não foi
considerado tóxico. Uma pessoa que tenha problemas de saúde como obesidade e diabetes,
por exemplo, pode usá-lo. No entanto, qualquer alteração em sua dieta deve ser monitorada
por um médico e um nutricionista", pondera.
Outra opção é o açúcar light composto por 99,78% de sacarose (açúcar) e 0,17% de
sucralose. José Oscar explica que a sucralose, único edulcorante derivado da cana-de-
açúcar, é obtida a partir da modificação da estrutura da molécula da sacarose,
proporcionando-lhe uma alta estabilidade. Na sua forma pura tem um poder adoçante
aproximadamente 600 vezes maior do que o açúcar tradicional. "A sucralose cumpre seu
papel de adoçar e, em seguida, é quase que integralmente descartada pelo organismo",
garante. "Essa mistura tem o dobro da capacidade do açúcar tradicional, podendo ser usada
na culinária, reduzindo somente à metade da quantidade, com receitas menos calóricas e
sem sabor residual amargo", esclarece.
Efeitos colaterais
Assim, de acordo com o procurador da República Fernando de Almeida Martins, que está à
frente da investigação, além de descaracterizar a chamada qualidade "natural" do adoçante,
tanto o ciclamato quanto a sacarina sódica estão sendo objeto de pesquisas quanto aos
efeitos colaterais danosos que provocam no organismo, já existindo estudos no sentido de
que tais produtos podem desencadear ou agravar doenças crônicas.
A ANVISA já foi consultada, mas ainda não informou em que pé está a investigação. O
pedido do MPF inclui ainda ampla fiscalização dos produtos comercializados com as
propriedades de adoçantes naturais e artificiais, já que o consumo é grande e a população
não tem informações indiscutíveis sobre a qualidade e possíveis conseqüências, em longo
prazo, da substituição do açúcar pelo adoçante artificial ou natural.
Infração
Para o procurador, "a comercialização de adoçante com nomenclatura de produto natural,
mas composto também por substância artificial, representa designação incorreta de produto
e, portanto, constitui infração ao Código de Defesa do Consumidor" (CDC). O inciso III do
artigo 6º do código define que é direito básico do consumidor "a informação adequada e
clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade,
características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem".
No caso dos adoçantes naturais, se confirmada a denúncia recebida pelo Ministério Público
Federal, o consumidor está escolhendo um produto por uma qualidade que o diferencia dos
demais - o de ser natural - mas acaba levando para casa exatamente o inverso do que deseja
DIOXINA - GRANDE VENENO...
Não congele sua água em garrafas ou utensílios de plástico, pois isso provoca a liberação
de dioxina do plástico. Edward Fujimoto, médico do Catle Hospital, foi entrevistado por
um programa de TV explicando este alerta de saúde.
Ele mencionou que não devemos esquentar alimentos em vasilhames de plástico no forno
de microondas.
Isto é aplicável para alimentos que contém gordura. Ele mencionou que a combinação de
gordura, alta temperatura e plástico, libera a dioxina no alimento e por fim, vai parar nas
células do nosso corpo. Dioxinas são carcinógenos altamente tóxicos. Ele recomenda o uso
de refratário de vidro, pirex ou porcelana para aquecer alimentos. Você tem o mesmo
resultado... Sem as dioxinas.
Sopas semi-prontas onde se adiciona água quente no invólucro de isopor ou qualquer tipo
de comida semi-pronta/congelada com invólucro de plástico, próprio para ir ao forno ou
microondas, deveriam ser retiradas das embalagens originais e removidas para vasilhame
de vidro ou louça para aquecimento.
Invólucro de papel não é ruim, mas não sabemos o que cada tipo de papel pode conter,
então, seria mais seguro utilizar refratário de vidro, pirex ou porcelana.
Vocês devem se lembrar quando alguns restaurantes fast-food (MacDonalds) trocaram
invólucros de isopor pelo de papel.
O problema da dioxina seria um dos motivos. Para acrescentar, filme-plástico (saran wrap)
utilizado para proteger e cobrir alimentos, quando aquecidos podem na verdade respingar
toxina venenosa contida na composição do plástico no alimento a ser esquentado junto
com o vapor condensado. Use papel toalha, é mais seguro. Repasse esta informação para
os seus amigos
Amigos,
Longe de ser uma daquelas correntes que só enchem nossa caixa postal,este é um aviso
para que não ocorra o mesmo sofrimento com outras pessoas.
Viajei com meu irmão na passagem do ano para a famosa praia de CAMBORIÚ-SC.
No sábado (04/01/06) fomos nos divertir em uma casa noturna chamada IBIZA onde havia
muita gente bonita, ambiente aconchegante. Foi uma noite super divertida.
No domingo de manhã meu irmão acordou com fortes dores no estômago, febre alta e
espasmos musculares.
No dia 08/01/06 meu irmão infelizmente veio a falecer e, como os médicos ainda não
haviam nos passado o diagnóstico, contatei meu advogado que entrou em contato com o
Hospital.
As casas noturnas servem cervejas LONG NECK, e muitas pessoas pedem para que seja
colocada uma FATIA DE LIMÃO para um 'toque especial' (e porque não dizer mortal).
Decidi fazer umas pesquisas por conta própria, já que tenho um amigo próximo,
pesquisador da escola de biologia da Universidade Federal de Santa Catarina.
Desta forma, pude descobrir que, apesar de tudo estar sendo abafado pelos fabricantes de
cerveja, o problema, está nos limões fatiados que não são utilizados prontamente, e muitas
vezes eles são fatiados antes mesmo dos bares e restaurantes abrirem, durante a tarde.
Peço humildemente que divulguem este e-mail, nada trará meu irmão novamente, mas
muitas vidas poderão ser poupadas.
Sds cordiais,
______________________________________
Marco Aurélio Gomes Lopes
Consultor de Sistemas de Gestão
Tel: (55) (21) 3899-5700
Cel: (55) (21) 9505-8225
E-mail - pessoal: marcoaglopes@gmail.com
E-mail - comercial: contato@sgqsistemas.com
Site: http://www.sgqsistemas.com
AFLATOXINA NO AMENDOIM
Teste com quarenta produtos descobre sinais de substância tóxica em cinco deles, mas
exames com novos lotes mostram um quadro de acordo com a legislação. Fica, porém, a
dúvida da variação entre as concentrações encontradas.
A aflatoxina é, como o próprio nome dá a entender, uma substância tóxica que ataca o
fígado dos animais. No homem, ela não provoca problemas de imediato, mas contribui,
quando ingerida constantemente, para o câncer hepático. A aflatoxina chega ao organismo
por intermédio dos alimentos, em especial as sementes oleaginosas, como o amendoim e o
pistache.
Por isso, o IDEC mandou examinar em laboratório quarenta produtos à base desses
alimentos. Foram encontrados sinais de aflatoxina em muitos deles, especialmente em
cinco, cujos níveis da substância eram mais altos que os limites estabelecidos no Mercosul.
Porém, novos exames, com outros lotes dos produtos, encontraram índices menores de
toxicidade, mais toleráveis.
Não é só pela ingestão que a aflatoxina entra no homem. Respirar poeira contaminada
também é perigoso. Os trabalhadores que atuam na industrialização do amendoim ou no
transporte de cereais estão sob um risco maior de desenvolver neoplasias causadas pelas
aflatoxinas.
Sabe-se que, até alguns anos atrás, os fabricantes podiam pagar dois níveis de preços pelo
amendoim para industrializá-lo; o mais baixo era para o alimento contaminado... Algumas
empresas informaram ao IDEC que, como este ano houve mais chuvas que o normal na
região de Marília (SP), a maior produtora de amendoim do país, o alimento apresentou
maiores níveis de contaminação por aflatoxina. Pode ser, mas o fato não serve como
desculpa. Existe tecnologia para acabar com as aflatoxinas durante o processamento. A
questão é saber se esses métodos de saneamento são aplicados – e se são fiscalizados pelos
órgãos competentes, como a Vigilância Sanitária.
Infelizmente (pois amendoim e paçoca estão entre minhas iguarias prediletas), segundo
análises de laboratórios, a maior parte do amendoim (dados de cerca de 5 a 7 anos atrás)
continha aflatoxina. Recomendaram-se então maiores cuidados na colheita,
embandeiramento, secagem, processamento e armazenagem do produto (uma secagem
rápida e adequada inibe o desenvolvimento do fungo).
Outro problema é armazenar rações com umidade inadequada, o que pode facilitar o
desenvolvimento do A. flavus, podendo matar ou intoxicar animais de criação.
AMENDOINS CONTAMINADOS!!!
QUARTA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2008
Um levantamento realizado entre maio e setembro deste ano, pela Fundação Ezequiel Dias
(Funed), revela que cerca de 30% das amostras de grãos de amendoim vendidas no estado
de Minas Gerais apresentam níveis maiores do que o permitido da substância tóxica
aflatoxina, produzida por fungos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de
Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e derivados (Abicab), a entidade não tem o poder de
retirar produtos irregulares do mercado. Entretanto, todos os produtos irregulares
encontrados são denunciados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e à
Promotoria Pública.
"A associação vistoria amostras de amendoim através de coletas feitas nos pontos de
vendas aos consumidores, por empresa especializada, sem prévio aviso ao associado. Em
caso de o alimento estar adequado para consumo, ele recebe o selo Pró-amendoim, de
garantia de qualidade, ", diz Renato Fechino, vice-presidente da área de Amendoim da
Abicab. Fechino afirma que, entre os produtos identificados com o selo, nos últimos oito
anos não houve nenhuma ocorrência de autuação pela ANVISA.
Publique-se e notifique-se.
Belo Horizonte, 10 de setembro de 2007.
Dr. Felipe Caram
Presidente da Gerência Colegiada da Superintendência de Vigilância Sanitária
Três lotes de amendoim das marcas Campo Bom, Pachá e Primavera foram interditados
cautelarmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em todo território
nacional, na quarta-feira (24).
Lotes interditados
A medida da ANVISA está baseada em laudos da Fundação Ezequiel Dias (FUNED), que
detectaram teores de aflatoxinas superiores aos permitidos pela legislação sanitária no
produto.
“Com essa medida preventiva, os lotes de amendoim interditados não podem ser
comercializados e nem devem estar acessíveis à população nos pontos de venda”, afirma
Maria Cecília Martins Brito, diretora da ANVISA.
Os lotes ficarão interditados por até 90 dias. Nesse período, as empresas poderão solicitar o
pedido de contraprova das análises da FUNED.
Empresas
A empresa Campo Bom, responsável pela marca Campo Bom, informou que ainda não foi
notificada, porém informa que o problema pode ser causado por armazenamento
inadequado. Veja a nota oficial:
"A Campo Bom só envasa amendoim após realização do teste de aflatoxina, caso o índice
de aflatoxina esteja nos padrões exigidos pela ANVISA o produto é enviado para os
supermercados. O referido lote foi aprovado nos testes feitos por Laboratório credenciado
pela ANVISA.
O lote em citado pela ANVISA foi industrializado em 18/05/2008, e não existe mais
nenhum pacote do produto a disposição do consumidor."
Orientação
As informações sobre o lote e o prazo de validade do amendoim constam do rótulo do
produto. “O consumidor que tiver adquirido o amendoim cujo lote está interditado não
deve, por precaução, consumir o produto”, orienta Brito.
Os lotes de amendoim interditados não podem ser comercializados e nem devem estar
acessíveis à população nos pontos de venda. Conforme procedimentos normativos, os lotes
ficarão interditados por até 90 dias.
Aflatoxina
As aflatoxinas são um grupo de micro toxinas produzidas por determinadas espécies do
fungo Aspergillus. Esse fungo pode ser encontrado nas culturas de amendoim, milho,
sorgo, cevada, arroz, castanha e cereais em geral.
A ingestão de aflatoxinas pode causar problemas como cirrose hepática, necrose aguda,
entre outros.Os limites admissíveis desta substância no amendoim são estabelecidos pela
RDC 274/2002 da ANVISA.
Orientação
As informações sobre o lote e o prazo de validade do amendoim constam do rótulo do
produto. O consumidor que tiver adquirido o amendoim cujo lote está interditado não deve,
por precaução, consumir o produto.
Os lotes de amendoim interditados não podem ser comercializados e nem devem estar
acessíveis à população nos pontos de venda. O consumidor que tiver adquirido o
amendoim com lotes interditados não deve, por precaução, consumir o produto. As
informações sobre o lote e o prazo de validade do amendoim constam do rótulo do
produto. Em caso de sintomas inesperados, o consumidor deve procurar orientação médica.
Os fungos, bolores ou mofos podem, pela sua ação direta, ocasionar vários problemas aos
produtos armazenados. Desenvolvendo-se sobre sementes podem causar perda do seu
poder germinativo; podem afetar a qualidade por descoloração do arroz e da manteiga de
cacau, produzir aromas desagradáveis, como no caso do café, e alterando as condições
físicas por desidratação dos produtos onde crescem.
Podem também diminuir o valor nutritivo das proteínas, na maioria dos produtos, dos óleos
e gorduras, por hidrólise das mesmas, no amendoim, soja etc., além de prejudicar
seriamente o aspecto externo dos alimentos. Podem produzir toxinas como no amendoim,
arroz e muitos outros produtos, além de abrir caminho para outros agentes de deterioração
como as leveduras e bactérias bem como aos insetos.
Alguns dos levantamentos mais antigos, no que diz respeito à depreciação do valor
ocasionado pelo ataque de fungos, foram efetuados pelo Tropical Products Institute na
década dos 30. Mais recentemente, o Central Food Research, na Índia, estudou
extensivamente o efeito de fungos no armazenamento do café. Foi constatado que a
produção microbiana crescia marcadamente quando o café absorvia umidade.
No Brasil também foram feitos alguns estudos em cafés cujas bebidas eram de má
qualidade as quais foram atribuídas a diversos fungos, incluindo espécies de
Clodosporium, Penicillium e Fusarium.
Muitos estudos foram feitos também com o cacau. Mais de 50 tipos de fungos foram
identificados nas várias etapas do processo de obtenção deste fruto e os mais importantes
são espécies de Aspergillus, Penicillium e Mucorales.
Os fungos que atacam o cacau podem ser classificados em 2 grupos: os que parecem ser
inócuos ao consumidor e crescem principalmente sobre a testa da amêndoa e os que
penetram profundamente na amêndoa e estão associados com odores desagradáveis. Nesta
segunda classe estão incluídos o Aspergillus fumigatus e o A. glaucus.
Estudos com outras oleaginosas revelaram resultados semelhantes. O Quadro 1, anexo nos
dá uma idéia dos fungos que mais comumente ocorrem nas oleaginosas armazenadas e sua
atividade lipolítica.
Estudos feitos neste sentido mostraram que é durante o transporte e armazenamento que
concentrações elevadas da toxina são encontradas, causadas por secagem insuficiente antes
do armazenamento, por infiltração de água em caminhões ou armazéns ou mesmo por
reumedecimento deliberado.
Aspergillus flavus ++
A. fumigatus ++
A. niger ++
A. awamori ++
A. chevalieri +
A. nidulans +
A. sulphureus +
A. tamarii +
A. ustus +
Syncephalastrum racemosum ++
Paecilomyces varioti +
Penicillium steckii +
+ Lipolítico
++ Ativamente lipolítico
Fonte: Hiscocks, (1965).
Os copinhos descartáveis de plásticos, tão utilizados para aquele cafezinho ou chá após o
almoço e durante o expediente escondem um grande mal: aquecido, o plástico libera uma
substância química semelhante ao hormônio feminino estrogênio: xenoestrogênio. A
substância ocupa os receptores deste hormônio aumentando as chances das mulheres de
terem câncer de mama e/ou útero. E não é só perigoso para as mulheres. Homens tornam-
se predispostos ao câncer de próstata, infertilidade e diminuição de espermatozóides.
O ideal é usar potes e xícaras de vidro. Até os lugares recém reformados com carpetes e
pisos colados liberam o xenoestrogênio.
Envenenamos-nos aos poucos sem saber; mas temos o direito e o poder de mudarmos
nossos hábitos e informarmos (ao menos às pessoas próximas) do grande mal que
provocamos a nós mesmos. E lembre-se: o vidro pode ser reaproveitado de várias
maneiras, lavou saiu o cheiro; é só vantagem sobre qualquer produto “dito descartável”,
seja papel, alumínio ou plástico
A princípio, segundo a autora da pesquisa, estes compostos não deveriam estar presentes
na água consumida pela população. “Alguns foram encontrados numa concentração até mil
vezes maior que em países da Europa”, relata Gislaine. É o caso, por exemplo, da cafeína,
presente em produtos alimentícios e farmacêuticos.
Segundo o estudo, esta substância apresentou uma concentração média na água potável de
3,3 micrograma por litro (µg/L). Para o colesterol, a média obtida na água potável foi de
2,4 µg/L.
Outros compostos também chamaram a atenção, como a progesterona (1,5 µg/L), estradiol
(2,4 µg/L) e etinilestradiol (1,6 µg/L), hormônios sexuais femininos. Considerando-se a
média de 1 µg/L de hormônios femininos na água potável, ao beber dois litros de água por
dia uma pessoa estaria ingerindo 60 µg destes compostos por mês.
Para a coleta de água potável foram selecionados dez bairros em Campinas, abrangendo as
regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e Central. “Os compostos detectados indicam que os
tratamentos empregados nas estações de tratamento de esgoto da RMC não estão sendo
eficientes para a destruição destes interferentes endócrinos”, diz Gislaine.
Águas brutas – As análises das águas brutas também revelaram uma situação
preocupante. O Ribeirão Anhumas representa o caso mais gritante de poluição, com
concentrações que atingem 106 µg/L para cafeína, 301 µg/L para colesterol e 41 µg/L para
coprostanol. “No caso da cafeína, por exemplo, o normal em países desenvolvidos como a
Alemanha, é de no máximo 1 µg/L”, compara Jardim.
Tantos os hormônios quanto os fármacos são excretados pela urina ou fezes, chegando aos
rios por meio da rede de esgoto. Segundo Gislaine, os fármacos detectados são muito
utilizados como analgésicos, antiinflamatórios e antitérmicos.
A cafeína é uma das substâncias mais consumidas no mundo e pode ser encontrada em
diversos produtos como os alimentícios (café, chá, erva-mate, pó de guaraná, bebidas como
os refrigerantes a base de cola, condimentos, etc.), tabaco, medicamentos, dentre outros.
Além de fármacos e hormônios, a pesquisa também identificou a presença de substâncias
resultantes da atividade industrial, chamadas de antrópicas. Entre elas, o destaque fica por
conta dos ftalatos. Derivados do ácido ftálico, são empregados basicamente como
plastificantes, bem como na fabricação de tintas, adesivos, papelão, lubrificantes e
fragrâncias. Têm sido utilizados há mais de 40 anos.
De acordo com Gislaine Ghiselli, a maioria dos estudos ecotoxicológicos realizados até o
momento mostram que as glândulas mais afetadas pelos interferentes endócrinos estão
relacionadas aos sistemas reprodutivos masculino (testículos) e feminino (ovários).
A pesquisadora explica que os interferentes endócrinos podem agir pelo menos de três
formas: imitando a ação de um hormônio produzido naturalmente pelo organismo, como o
estrogênio ou a testosterona, desencadeando deste modo reações químicas semelhantes no
corpo; bloqueando os receptores nas células que recebem os hormônios, impedindo assim a
ação dos hormônios naturais; e/ou afetando a síntese, o transporte, o metabolismo e a
excreção dos hormônios naturais no organismo.
Sem alarmismo
Apesar da identificação de interferentes endócrinos na água potável, os pesquisadores são
cautelosos ao avaliar as possíveis conseqüências para a população. “A simples presença de
um determinado interferente endócrino no meio ambiente não significa, necessariamente,
que existe um risco a ele associado”, pondera Gislaine Ghiselli. “Embora já se saiba que
algumas destas substâncias, em doses elevadas, interferem no funcionamento das
glândulas, ainda não há estudos sobre os efeitos da exposição crônica”, acrescenta o
professor Wilson Jardim.
Segundo eles, o objetivo do estudo não é fazer alarmismo, e sim apresentar um diagnóstico
da água consumida na região.
Atualmente, a Sanasa atende com água potável encanada 98% da população urbana de
Campinas, através de 5 estações de tratamento. Quanto ao sistema de esgotamento
sanitário, a Sanasa atende atualmente 86% da população urbana de Campinas com coleta
de 200 mil ligações. “Entretanto, o grande desafio é o tratamento dos esgotos”, alerta
Jardim.
Até o ano 2000, praticamente todo o esgoto coletado era lançado sem tratamento nos
corpos d’água da região. Apenas em 2001 é que investimentos nesta área começaram a ser
intensificados, com a criação do Programa Nacional de Despoluição de Bacias
Hidrográficas.
Relembro também que a quantidade de acidentes onde são misturadas a água dita potável
com esgotos é muito grande em todas as cidades. Eles acontecem durante a manutenção
das redes que passam paralelas e próximas entre si.
Relembro também que a maioria das águas ditas minerais apresentam sabor semelhante a
água da torneira, assim, para lavar e cozinhar os alimentos, seria melhor utilizar água de
fonte conhecida, de preferência coletada pessoalmente, com o intuito de verificar se a fonte
ainda não foi contaminada.
A água consumida na Região Metropolitana de Campinas (RMC), onde vivem cerca de 2,5
milhões de pessoas, contém vários tipos de compostos derivados de fármacos, hormônios
sexuais e produtos industriais. Algumas destas substâncias são classificadas como
“interferentes endócrinos”.
Isso significa que, quando ingeridas em grandes concentrações ou por tempo prolongado,
podem interferir no funcionamento das glândulas de espécies animais, incluindo os seres
humanos. A constatação faz parte da tese de doutorado defendida recentemente pela
pesquisadora Gislaine Ghiselli, do Instituto de Química (IQ) da Unicamp, sob orientação
do professor Wilson de Figueiredo Jardim.
Durante esse período, foram monitorados 21 compostos. Entre estes compostos, seis são
hormônios sexuais, quatro são esteróides derivados do colesterol, cinco são classificados
como produtos farmacêuticos e seis têm origem industrial. A pesquisa revelou a presença
das seguintes substâncias na água potável distribuída à população: dietilftalato,
dibutilftalato, cafeína, bisfenol A, estradiol, etinilestradiol, progesterona e colesterol.
A princípio, segundo a autora da pesquisa, estes compostos não deveriam estar presentes
na água consumida pela população. “Alguns foram encontrados numa concentração até mil
vezes maior que em países da Europa”, relata Gislaine. É o caso, por exemplo, da cafeína,
presente em produtos alimentícios e farmacêuticos. Segundo o estudo, esta substância
apresentou uma concentração média na água potável de 3,3 micrograma por litro (µg/L).
Para o colesterol, a média obtida na água potável foi de 2,4 µg/L. Outros compostos
também chamaram a atenção, como a progesterona (1,5 µg/L), estradiol (2,4 µg/L) e
etinilestradiol (1,6 µg/L), hormônios sexuais femininos.
Águas brutas
– As análises das águas brutas também revelaram uma situação preocupante. O Ribeirão
Anhumas representa o caso mais gritante de poluição, com concentrações que atingem 106
µg/L para cafeína, 301 µg/L para colesterol e 41 µg/L para coprostanol. “No caso da
cafeína, por exemplo, o normal em países desenvolvidos como a Alemanha, é de no
máximo 1 µg/L”, compara Jardim.
Tantos os hormônios quanto os fármacos são excretados pela urina ou fezes, chegando aos
rios por meio da rede de esgoto. Segundo Gislaine, os fármacos detectados são muito
utilizados como analgésicos, antiinflamatórios e antitérmicos. “Diclofenaco, por exemplo,
é um poderoso agente não-esteróide usado no combate à febre e para o alívio de dores em
geral, como antigripais e no tratamento de reumatismo”, explica a pesquisadora. A cafeína
é uma das substâncias mais consumidas no mundo e pode ser encontrada em diversos
produtos como os alimentícios (café, chá, erva-mate, pó de guaraná, bebidas como os
refrigerantes a base de cola, condimentos, etc.), tabaco, medicamentos, dentre outros.
Além de fármacos e hormônios, a pesquisa também identificou a presença de substâncias
resultantes da atividade industrial, chamadas de antrópicas. Entre elas, o destaque fica por
conta dos ftalatos. Derivados do ácido ftálico, são empregados basicamente como
plastificantes, bem como na fabricação de tintas, adesivos, papelão, lubrificantes e
fragrâncias. Têm sido utilizados há mais de 40 anos.
O interferente
De acordo com Gislaine Ghiselli, a maioria dos estudos ecotoxicológicos realizados até o
momento mostram que as glândulas mais afetadas pelos interferentes endócrinos estão
relacionadas aos sistemas reprodutivos masculino (testículos) e feminino (ovários).
“Evidências observadas em moluscos, crustáceos, peixes, répteis, pássaros e alguns
mamíferos têm sugerido que possíveis alterações de saúde humana envolvendo o sistema
reprodutivo, tais como o câncer de mama e de testículo, podem estar relacionadas à
exposição a estas substâncias”, diz Gislaine.
A pesquisadora explica que os interferentes endócrinos podem agir pelo menos de três
formas: imitando a ação de um hormônio produzido naturalmente pelo organismo, como o
estrogênio ou a testosterona, desencadeando deste modo reações químicas semelhantes no
corpo; bloqueando os receptores nas células que recebem os hormônios, impedindo assim a
ação dos hormônios naturais; e/ou afetando a síntese, o transporte, o metabolismo e a
excreção dos hormônios naturais no organismo.
Atualmente, a Sanasa atende com água potável encanada 98% da população urbana de
Campinas, através de 5 estações de tratamento. Quanto ao sistema de esgotamento
sanitário, a Sanasa atende atualmente 86% da população urbana de Campinas com coleta
de 200 mil ligações. “Entretanto, o grande desafio é o tratamento dos esgotos”, alerta
Jardim.
Até o ano 2000, praticamente todo o esgoto coletado era lançado sem tratamento nos
corpos d’água da região. Apenas em 2001 é que investimentos nesta área começaram a ser
intensificados, com a criação do Programa Nacional de Despoluição de Bacias
Hidrográficas. Em janeiro de 2001, segundo o estudo apresentado por Gislaine, a cidade de
Campinas tratava somente 5% de seus esgotos domésticos e, sozinha, respondia por
metade do esgoto não tratado entre os 19 municípios da Região Metropolitana. Novos
investimentos elevaram esta marca para 34%. O Plano Diretor de Esgotos de Campinas
prevê o tratamento de 90% dos esgotos domésticos da cidade até 2008.