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APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

NOME

CURSO

HORÁRIO
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

PREPARAÇÃO PARA O NOVO MILÊNIO – CÓDIGO MUNDIAL DE


ÉTICA DO TURISMO

O Código Mundial de Ética do Turismo cria um marco de referência para o desenvolvimento


responsável e sustentável do Turismo Mundial no início do novo milênio. O seu texto
inspirou-se em numerosas declarações e códigos profissionais similares que o precederam e
aos quais juntou novas idéias que refletem a mudança da nossa sociedade nos finais do
século XX.

Face à previsão de que o Turismo Internacional quase triplicará o seu volume nos próximos
vinte anos, os Membros da Organização Mundial do Turismo estão convencidos de que o
Código Mundial de Ética do Turismo é necessário para ajudar a minimizar os efeitos
negativos do turismo no meio ambiente e no patrimônio cultural, aumentando,
simultaneamente, os benefícios para os residentes nos destinos turísticos.

A preparação deste código advém de uma resolução adotada na Assembléia Geral da OMT,
em Istambul, em 1997. Nos dois anos subseqüentes, constituiu-se um Comitê Especial para
preparar o Código Mundial de Ética do Turismo, tendo como base um documento preliminar
que foi elaborado pelo Secretário Geral e o Conselheiro Jurídico da OMT, posterior à
consultas feitas ao Conselho Empresarial, às Comissões Regionais e ao Conselho Executivo
da Organização.

A Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, reunida em Nova


Iorque em Abril de 1999, aprovou o conceito do Código e pediu à OMT que solicitasse novas
sugestões ao setor privado, às organizações não governamentais e às organizações sindicais.
Foram recebidas contribuições por parte de mais de 70 Estados Membros da OMT e de outras
entidades.

O código Mundial de Ética do Turismo é, por conseguinte, a coroação de um completo


processo de consulta. Os dez artigos que o compõem foram aprovados por unanimidade na
Assembléia Geral da OMT realizada em Santiago do Chile, em Outubro de 1999.

O Código compreende nove artigos que enunciam as "regras do jogo" para os destinos,
governos, operadores turísticos, promotores, agentes de viagens, empregados e para os
próprios turistas. O décimo artigo refere-se à resolução de litígios; sendo a primeira vez que
um código deste tipo é dotado de semelhante mecanismo de aplicação. Esse mecanismo será
fundamentado na conciliação, por intermédio de um Comitê Mundial de Ética do Turismo,
que será constituído por representantes de cada uma das regiões do mundo e de cada um
dos grandes grupos de agentes do setor turístico: governos, setor privado, trabalhadores e
organizações não governamentais - ONG's

O Código Mundial de Ética do Turismo, cujo texto é reproduzido nas páginas seguintes,
aspira a ser um documento vivo. Leiam-no. Conheçam-no. Participem na sua aplicação.
Somente com a sua cooperação conseguiremos proteger o futuro do setor turístico e
aumentar a sua contribuição para a prosperidade econômica, para a Paz e para o
entendimento entre todas as nações do mundo.
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

PRINCÍPIOS

CÓDIGO MUNDIAL DE ÉTICA DO TURISMO

1 - Contribuição do Turismo para a compreensão e o respeito mútuo entre homens


e sociedades

1.1 A compreensão e a promoção dos valores éticos comuns à humanidade, num espírito de

tolerância e de respeito pela diversidade das crenças religiosas, filosóficas e morais, são ao
mesmo tempo fundamento e conseqüência de um turismo responsável. Os agentes do
desenvolvimento e os próprios turistas devem ter em conta as tradições e práticas sociais e
culturais de todos os povos, incluindo as das minorias e populações autóctones,
reconhecendo a sua riqueza.

1.2 As atividades turísticas devem conduzir-se em harmonia com as especificidades e


tradições das regiões e países receptores, observando as suas leis, seus usos e costumes.

1.3 As comunidades receptoras de turistas por um lado, e os agentes profissionais locais por
outro, devem aprender a conhecer e a respeitar os turistas que os visitam, e informarem-se
sobre os seus modos de vida, gostos e expectativas. A educação e a formação ministradas
aos profissionais contribuem para um acolhimento hospitaleiro dos turistas.

1.4 As autoridades públicas têm por missão assegurar a proteção dos turistas e visitantes,
bem como dos seus bens. Neste sentido, devem conceder especial atenção à segurança dos
turistas estrangeiros, devido a sua particular vulnerabilidade. Assim devem disponibilizar
meios específicos de informação, prevenção, proteção, seguro e assistência específica que
corresponda às suas necessidades. Os atentados, agressões, raptos ou ameaças visando os
turistas ou os trabalhadores da indústria turística, bem como as destruições voluntárias de
instalações turísticas ou de elementos do patrimônio cultural ou natural, devem ser
severamente condenadas e reprimidas, em conformidade com as respectivas legislações
nacionais.

1.5 Os turistas e visitantes devem evitar, quando de seus deslocamentos, praticar atos
criminosos ou considerados delituosos pelas leis do país visitado, bem como comportamentos
considerados chocantes ou que firam as populações locais, ou ainda suscetíveis de atentar
contra o meio ambiente local. Eles também, devem abster-se de todo o tráfico de drogas,
armas, antiguidades, espécies protegidas, bem como de produtos ou substâncias perigosas
ou proibidas pelas legislações nacionais.

1.6 Os turistas e visitantes têm a responsabilidade de obterem informações, antes mesmo da


sua partida, sobre as características dos países que pretendem visitar. Devem ainda, ter
consciência dos riscos em matéria de saúde e segurança inerentes a todo deslocamento para
fora do seu meio habitual, e ter um comportamento de modo a minimizar estes riscos.

2 - Turismo, instrumento de desenvolvimento individual e coletivo

2.1 O turismo, atividade geralmente associada ao repouso, à diversão, ao desporto, ao


acesso à cultura e à natureza, deve ser concebido e praticado como meio privilegiado de
desenvolvimento individual e coletivo. Praticado com a necessária abertura de espírito,
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constitui-se em um fator insubstituível de auto-educação, de tolerância mútua e de
aprendizagem das diferenças legítimas entre povos e culturas, e da sua diversidade.

2.2 As atividades turísticas devem respeitar a igualdade entre homens e mulheres, devem
tender a promover os direitos humanos e, especialmente, os particulares direitos dos grupos
mais vulneráveis, especificamente as crianças, os idosos, os deficientes, as minorias étnicas
e os povos autóctones.

2.3 A exploração dos seres humanos sob todas as suas formas, principalmente sexual, e
especialmente no caso das crianças, vai contra os objetivos fundamentais do turismo e
constitui a sua própria negação. Portanto, e em conformidade com o Direito Internacional,
ela deve ser rigorosamente combatida com a cooperação de todos os Estados envolvidos e
sancionadas sem concessões pelas legislações nacionais, quer dos países visitados, quer dos
países de origem dos atores desses atos, mesmo quando estes são executados no
estrangeiro.

2.4 Os deslocamentos por motivo de religião, de saúde, de educação e de intercâmbios


culturais ou lingüísticos constituem formas particularmente interessantes de turismo que
merecem ser encorajadas.

2.5 A introdução do conteúdo relativo ao valor dos intercâmbios turísticos, dos seus
benefícios econômicos, sociais e culturais, e também dos seus riscos, deve ser incentivada
nos programas de educação.

3 - O Turismo, fator de desenvolvimento sustentável

3.1 É dever de todos os agentes envolvidos no desenvolvimento turístico, salvaguardar o


ambiente e os recursos naturais, na perspectiva de um crescimento econômico sadio,
contínuo e sustentável, capaz de satisfazer eqüitativamente as necessidades e as aspirações
das gerações presentes e futuras.

3.2. Todos os tipos de desenvolvimento turístico que permitam economizar os recursos


naturais raros e preciosos, principalmente a água e a energia, e que venham a evitar, na
medida do possível, a produção de dejetos, devem ser privilegiados e encorajados pelas
autoridades públicas nacionais, regionais e locais.

3.3 Deve ser equacionada a distribuição no tempo e no espaço dos fluxos de turistas e de
visitantes, especialmente a que resulta das licenças de férias e das férias escolares, e
buscar-se um melhor equilíbrio na freqüência, de forma a reduzir a pressão da atividade
turística sobre o meio ambiente e a aumentar o seu impacto benéfico na indústria turística e
na economia local.

3.4 As infra-estruturas devem estar concebidas e as atividades turísticas programadas de


forma a que seja protegido o patrimônio natural constituído pelos ecossistemas e a
biodiversidade, e que sejam preservadas as espécies ameaçadas da fauna e da flora
selvagens. Os agentes do desenvolvimento turístico, principalmente os profissionais, devem
permitir que lhes sejam impostas limitações ou obstáculos às suas atividades quando elas
sejam exercidas em zonas particularmente sensíveis: regiões desérticas, polares ou de altas
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montanhas, zonas costeiras, florestas tropicais ou zonas úmidas, propícias à criação de
parques naturais ou reservas protegidas.

3.5 O turismo de natureza e o ecoturismo são reconhecidos como formas de


turismoespecialmente enriquecedoras e valorizadoras, sempre que respeitem o patrimônio
natural e as populações locais se ajustem à capacidade de carga dos locais turísticos.

4 - O Turismo, fator de aproveitamento e enriquecimento do Patrimônio Cultural da


Humanidade

4.1 Os recursos turísticos pertencem ao patrimônio comum da humanidade. As comunidades


dos territórios onde eles se situam têm, face a eles, direitos e obrigações especiais.

4.2 As políticas e atividades turísticas serão desenvolvidas respeitando o patrimônio artístico,


arqueológico e cultural, que devem ser preservados e transmitidos às gerações futuras. Uma
atenção especial deve ser concedida à preservação e restauração dos monumentos,
santuários e museus, bem como de locais históricos e arqueológicos, que devem estar
abertos à freqüência turística. Deve ser encorajado o acesso do público aos bens e
monumentos culturais privados, respeitando-se os direitos dos seus proprietários, bem como
aos templos religiosos, sem prejudicar as necessidades de culto.

4.3 Os recursos obtidos pela freqüência dos locais e monumentos culturais devem ser
empregados, pelo menos em parte, preferencialmente, na manutenção, salvaguarda,
valorização e enriquecimento desse patrimônio.

4.4 A atividade turística deve ser concebida de forma a permitir a sobrevivência e


odesenvolvimento de produções culturais e artesanais tradicionais, bem como do folclore, e
que não provoque a sua padronização e empobrecimento.

5 - O Turismo, atividade benéfica para os países e para as comunidades de destino

5.1 As populações e comunidades locais devem estar associadas às atividades turísticas e


participar eqüitativamente nos benefícios econômicos, sociais e culturais que geram, e
sobretudo na criação de empregos diretos ou indiretos resultantes.

5.2 As políticas turísticas devem ser conduzidas de tal forma que contribuam para a melhoria
do nível de vida das populações das regiões visitadas e respondam às suas necessidades A
concepção urbanística e arquitetônica e o modo de exploração das estâncias e alojamentos
turísticos devem visar a sua melhor integração no contexto econômico e social local. Em caso
de igualdade de competências, deve ser dada prioridade à contratação de mão-de-obra local.

5.3 Uma particular atenção deve ser dada aos problemas específicos das zonas costeiras e
aos territórios insulares, bem como às zonas rurais e serranas, frágeis, onde o turismo
representa, muitas vezes, uma das raras oportunidades de desenvolvimento face ao declínio
das tradicionais atividades econômicas.
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5.4 Os profissionais do turismo, especialmente os investidores, devem, conforme
regulamentação estabelecida pelas autoridades públicas, proceder a estudos sobre o impacto
dos seus projetos de desenvolvimento em relação ao entorno e aos meios naturais
existentes. Devem, na mesma forma prestar informações quanto ao seus futuros programas
e aos impactos previstos, com a maior transparência e objetividade requerida, abrindo-se ao
diálogo, nessas matérias, com as populações interessadas.

6 - Obrigações dos agentes de desenvolvimento turístico

6.1 Os agentes profissionais do turismo têm por obrigação fornecer aos turistas uma
informação objetiva e sincera sobre os destinos, as condições de viagem, de receptivo e de
estadia. Devem ainda assegurar uma transparência perfeita das cláusulas dos contratos
propostos aos seus clientes, tanto no que se refere a sua natureza, preço e qualidade dos
serviços que se comprometem fornecer, como das contrapartidas financeiras que lhes
incumbem em caso de ruptura unilateral, por sua parte, dos referidos contratos.

6.2 Os profissionais do turismo, quando lhes couber, irão dar assistência, em cooperação
com as autoridades públicas, quanto ã segurança, prevenção de acidentes, proteção
sanitária e higiene alimentar dos que recorrerem aos seus serviços. Zelarão pela existência
de sistemas de seguro e de assistência apropriados. Da mesma forma, aceitam a obrigação
de prestar contas, segundo as modalidades previstas nas regulamentações nacionais e, se
necessário, pagar uma indenização eqüitativa no caso do não cumprimento de suas
obrigações contratuais.

6.3 Os profissionais do turismo, enquanto deles depender, contribuirão para o pleno

desenvolvimento cultural e espiritual dos turistas e permitirão o exercício de suas práticas


religiosas durante os deslocamentos

6.4 As autoridades públicas dos Estados de origem e dos países de destino, em coordenação
com os profissionais interessados e suas associações, zelarão pelo estabelecimento de
mecanismos necessários ao repatriamento dos turistas, no caso do não cumprimento das
empresas organizadoras de suas viagens

6.5 Os Governos têm o direito - e o dever -, especialmente em caso de crise, de informar


aos seus cidadãos das condições difíceis, e mesmo dos perigos que eles possam encontrar,
por ocasião de seus deslocamentos ao exterior. No entanto, incube-lhes fornecer tais
informações sem prejudicar, de forma injustificada ou exagerada, a indústria turística dos
países receptores de fluxos turísticos e os interesses dos seus próprios operadores. O
conteúdo de eventuais avisos deve, portanto, ser previamente discutido com as autoridades
dos países de destino e com os profissionais interessados. As recomendações que sejam
formuladas serão estritamente proporcionais à gravidade real das situações e limitadas às
zonas geográficas onde a insegurança estiver comprovada; Estas recomendações devem ser
atenuadas ou anuladas logo que o retorno à normalidade o permitir.

6.6 A imprensa, sobretudo a imprensa especializada em turismo, e os outros meios de

comunicação, incluindo os modernos meios de comunicação eletrônica, devem fornecer uma


informação honesta e equilibrada sobre os acontecimentos e situações suscetíveis de
influência na freqüência turística. Igualmente, devem ter por missão o fornecimento de
indicações precisas e fiáveis aos consumidores de serviços turísticos. As novas tecnologias de
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comunicação e o comércio eletrônico devem ser desenvolvidos e utilizados para esse fim,
não devendo, de forma alguma, assim como a imprensa e os outros meios de comunicação,
incentivar o turismo sexual.

7 - Direito do Turismo

7.1 A possibilidade de acesso direto e pessoal à descoberta das riquezas de nosso mundo
constituirá um direito aberto, igualmente, a todos os habitantes do planeta. A participação
cada vez mais ampla no turismo nacional e internacional deve ser considerada como uma
das melhores expressões possíveis do crescimento contínuo do tempo livre, e não deve ser
dificultada.

7.2 O direito ao turismo para todos deve ser visto como conseqüência ao direito ao descanso
e aos tempos livres , e, em particular, a uma razoável limitação da duração do trabalho e
licenças periódicas pagas, conforme é garantido no artigo 24 da Declaração Universal dos
Direitos Humanos , e no artigo 7.1 do Pacto Internacional relativo aos Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais.

7.3 O turismo social, sobretudo o turismo associativo que permite o acesso da maioria dos
cidadãos ao lazer, às viagens e às férias, deverá ser desenvolvido com o apoio das
autoridades públicas.

7.4 O turismo das famílias, dos jovens e estudantes, das pessoas idosas e dos deficientes
deverá ser encorajado e facilitado.

8 - Liberdade do deslocamento turístico

8.1 Os turistas e visitantes se beneficiarão, respeitando-se o Direito Internacional e as


legislações nacionais, da liberdade de circulação, quer no interior do seu país, quer de um
Estado para outro, em conformidade com o artigo 13 da Declaração Universal dos Direitos
Humanos; e poderão ter acesso às zonas de trânsito e de estada, bem como aos locais
turísticos e culturais, sem exageradas formalidades e sem discriminações.

8.2 Os turistas e visitantes devem ter reconhecida a faculdade de utilizar todos os meios de
comunicação disponíveis, interiores ou exteriores, devem beneficiar-se de um pronto e fácil
acesso aos serviços administrativos judiciários e de saúde locais, bem como ao livre contato
com as autoridades consulares do seu país de origem, em conformidade com as convenções
diplomáticas vigentes.

8.3 Os turistas e visitantes serão beneficiados com os mesmos direitos dos cidadãos do país
visitado quanto à confidencialidade dos dados e informações pessoais que lhes respeitem,
sobretudo as armazenadas sob forma eletrônica.
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8.4 Os procedimentos administrativos do cruzamento de fronteira, estabelecidos pelos
Estados ou resultantes de acordos internacionais, como os vistos, ou as formalidades
sanitárias e alfandegárias, devem ser adaptados de modo a facilitar ao máximo a liberdade
de viajar e o acesso do maior número de pessoas ao turismo internacional. Os acordos entre
grupos de países visando harmonizar e simplificar tais procedimentos devem ser
encorajados. Os impostos e os encargos específicos que penalizem a indústria turística e
atentem contra a sua competitividade turística, devem ser progressivamente eliminados ou
reduzidos.

8.5 Desde que a situação econômica dos países de origem o permita, os turistas devem
dispor do crédito de divisas conversíveis necessário aos seus deslocamentos.

9 - Direito dos trabalhadores e dos empresários da indústria turística

9.1 Os direitos fundamentais dos trabalhadores assalariados e autônomos indústria turística


e das atividades afins devem ser assegurados pelas administrações, quer dos Estados de
origem, quer dos países de destino, com especial atenção, tendo em vista as limitações
específicas vinculadas à sazonalidade da sua atividade, à dimensão global de sua indústria e
à flexibilidade muitas vezes imposta pela natureza do seu trabalho.

9.2 Os trabalhadores assalariados e autônomos da indústria turística e das atividades afins


têm o direito e o dever de adquirir uma formação ajustada, inicial e contínua. A eles será
assegurada uma proteção social adequada e a precariedade do emprego deve ser limitada ao
máximo possível. Deverá ser proposto aos trabalhadores sazonais do setor um estatuto
especial, visando a sua proteção social.

9.3 Toda a pessoa física e jurídica, sempre que demonstrar possuir as disposições e
qualificações necessárias, deve ser reconhecido o direito de desenvolver uma atividade
profissional no âmbito do turismo, de acordo com a legislação nacional vigente. Os
empresários e os investidores - especialmente das pequenas e médias empresas - devem ter
reconhecido o livre acesso ao setor turístico com um mínimo de restrições legais ou
administrativas.

9.4 As trocas de experiência oferecidas aos quadros de trabalhadores de diferentes países,


assalariados ou não, contribuem para o desenvolv8imento da indústria turística mundial.
Assim, devem ser incentivadas sempre que possível, de acordo com as legislações nacionais
e as convenções internacionais aplicáveis.

9.5 Fator insubstituível de solidariedade no desenvolvimento e de dinamismo nas


trocasinternacionais, as empresas multinacionais da indústria turística não devem abusar das
situações de posição dominante que por vezes detém. Estas devem evitar tornarem-se
modelos culturais e sociais artificialmente impostos às comunidades receptoras de fluxos
turísticos. Em troca da liberdade de investir e operar comercialmente, que lhes deve ser
plenamente reconhecida, devem comprometer-se com o desenvolvimento local evitando,
pelo repatriamento excessivo dos seus benefícios ou pelas importações induzidas, reduzir a
contribuição que dão às economias de onde estão instaladas.

9.6 A colaboração e o estabelecimento de relações equilibradas entre empresas dos países


emissores e receptores contribuem para o desenvolvimento sustentável do turismo e para
uma distribuição eqüitativa dos benefícios do seu crescimento.

10 - Aplicação dos princípios do Código Mundial de Ética do Turismo

10.1 Os setores públicos e privados do desenvolvimento turístico cooperaram na aplicação


dos presentes princípios e devem zelar pelo controle da sua efetivação.
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA
10.2 Os agentes do desenvolvimento turístico reconheceram o papel dos organismos
internacionais, na primeira linha das quais a Organização Mundial do Turismo, e das
organizações não governamentais competentes em matéria de promoção e desenvolvimento
do turismo, na proteção dos direitos humanos, do meio ambiente e da saúde, respeitando os
princípios gerais do Direito Internacional.

10.3 Os mesmos agentes manifestam a intenção de submeter, para efeitos de conciliação, os


litígios relativos à aplicação ou interpretação do Código Mundial de Ética do Turismo a um
terceiro organismo imparcial denominado: Comitê Mundial de Ética do Turismo
PUBLICADO PELA : Organização Mundial do Turismo – OMT

ESTUDO DA LEGISLAÇÃO TURÍSTICA NO BRASIL


Lei n.º 8.623/93 de 28 de Janeiro de 1993

A Lei valida o exercício da profissão de Guia de Turismo. Dentre os artigos, o documento


ressalta que o profissional deve ser devidamente cadastrado no Instituto Brasileiro de Turismo
e exercer as atividades de acompanhar, orientar e transmitir informações em excursões
nacionais e internacionais. Além disso, garante a entrada gratuita do profissional em
estabelecimentos de patrimônio nacional com a utilização do crachá de Guia de Turismo.

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA, DO COMÉRCIO E DO TURISMO

EMBRATUR - INSTITUTO BRASILEIRO DO TURISMO LEI Nº 8.623, DE 28 DE JANEIRO DE 1993

Dispõe sobre a profissão de guia de turismo e dá outras providências O PRESIDENTE DA


REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - O exercício da profissão de Guia de Turismo, no território nacional, é regulado

pela presente Lei.

Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, é considerado Guia de Turismo o profissional que,
devidamente cadastrado no Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR, exerça atividades de
acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos, em visitas, excursões
urbanas, municipais, estaduais, interestaduais, internacionais ou

especializadas.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 3º - (VETADO)

Art. 4º - (VETADO)

Art. 5º - Constituem atribuições do Guia de Turismo:

a) acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos em visitas, excursões


urbanas, municipais. estaduais, interestaduais ou especializadas dentro do território nacional;

b) acompanhar ao exterior pessoas ou grupos organizados no Brasil;


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c) promover e orientar despachos e liberações de passageiros e respectivas bagagens, em


terminais de embarque e desembarque aéreos, marítimos, fluviais, rodoviários e ferroviários;

d) ter acesso a todos os veículos de transportes, durante o embarque ou desembarque para


orientar as pessoas ou grupos sobre sua responsabilidade, observadas as normas específicas
do respectivo terminal

e) ter acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposições, feiras, bibliotecas e pontos de
interesse turístico, quando estiver conduzindo ou não pessoas ou grupos, observadas as
normas de cada estabelecimento, desde que devidamente credenciado como Guia de Turismo;

f) portar, privativamente, o crachá de Guia de Turismo emitido pela EMBRATUR.

Art. 6º - (VETADO)

Art. 7º - (VETADO)

Art. 8º - (VETADO)

Parágrafo único - Este modelo único deverá diferenciar as diversas categorias de Guia de
Turismo.

Art. 9º - No exercício da profissão, o Guia de Turismo deverá conduzir-se com dedicação,


decoro e responsabilidade, zelando pelo bom nome do turismo no Brasil e da empresa à qual
presta serviços, devendo ainda respeitar e cumprir leis e regulamentos que disciplinem a
atividade turística, podendo, por desempenho irregular de suas funções, vir a ser punido pelo
seu órgão de classe.

Art. 10 - Pelo desempenho irregular de suas atribuições, o Guia de Turismo, conforme a


gravidade da falta e seus antecedentes, ficará sujeito às seguintes penalidades, aplicadas pela
EMBRATUR:

a) advertência;

b) (VETADO)

c) cancelamento do registro.

Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo serão aplicadas após processo
administrativo1 no qual se assegurará ao acusado ampla defesa.

Art. 11 - (VETADO)

Art. 12 - (VETADO)

Art. 13 - (VETADO)

Art. 14 - Dentro do prazo de 60 (sessenta) dias de sua publicação, o Poder Executivo


regulamentará esta Lei.

Art. 15 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 16 – Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de janeiro de 1993, 172º da Independência e 105º da República.

ITAMAR FRANCO
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

José Eduardo de Andrade Vieira

(Publicada no Diário Oficial da União de 29 de janeiro de 1993, Seção 1, pg.1229).

A lei 6505 e os prestadores de serviços turísticos

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA, DO COMÉRCIO E DO TURISMO


INSTITUTO BRASILEIRO DE TURISMO

Lei Nº 6.505 – De 13 De Dezembro De 1977

Dispõe sobre as atividades e serviços


turísticos; estabelece condições para o seu funcionamento e fiscalização;
altera a redação do artigo 18, do Decreto Lei nº 1.439, de 30 de dezembro
de 1975; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - (1)

Art. 2º - Consideram-se serviços turísticos, para os fins desta Lei, os que, sob condições
especiais, definidas pelo Poder Executivo, sejam prestados por:

I - hotéis, albergues, pousadas, hospedarias, motéis e outros meios de hospedagem de


turismo;

II - restaurantes de turismo;

III - acampamentos turísticos ( campings );

IV - agências de turismo;

V - transportadoras turísticas;

VI - empresas que prestem serviços aos turistas e viajantes, ou a outras atividades


turísticas;

VII - outras entidades que tenham regularmente atividades reconhecidas pelo Poder
Executivo como de interesse para o turismo.

§ 1º - Entre os meios de hospedagem referidos no inciso I, deste artigo, incluem-se os


“hotéis-residência” e estabelecimentos similares.
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§ 2º - Para fins de aplicação da Legislação referente a incentivos, benefícios e


condições gerais de funcionamento, os “hotéis-residência” equiparam-se a hotéis de
turismo.

§ 3º - Exclui-se do disposto no parágrafo anterior a ajuda financeira da EMBRATUR,


ressalvados, a critério desta, os casos especiais em que o interesse público a justifique.

§ 4º - O disposto neste artigo não se aplica às empresas de transporte aéreo.

Art. 3º - Fica o Poder Executivo autorizado a regulamentar as atividades das empresas


a que se refere o art. 2º e a definir:

I - os direitos, prerrogativas, obrigações e responsabilidades das empresas que


exerçam atividades turísticas, em suas relações recíprocas, e com usuários dos serviços
oferecidos;

( 1 ) Revogado pelo Decreto-lei nº 2.294, de 21.11.1986


II - (1)
III - (1)

IV - as designações, símbolos e expressões de uso privativo, facultativo ou obrigatório;


( 1)

V - o processo e a competência para a aplicação das penalidades a que ficarão sujeitas


as empresas ou pessoas, por infringência das disposições da presente Lei, e dos atos
regulamentares e normativos, expedidos para sua execução;

VI - os limites de preços dos serviços e da remuneração aos agenciadores e


intermediários;

VII - as informações, estatísticas, relatórios e demonstrações financeiras e


patrimoniais, quando pedidos, que deverão ser apresentados à EMBRATUR e os
critérios para sua padronização e publicidade.

Art. 4º - O art. 18 do Decreto-lei nº 1.439, de 30 de dezembro de 1975, passa a vigorar


com a seguinte redação:

“Art. 18 - Os empreendimentos turísticos serão classificados pela EMBRATUR em


categorias de conforto, serviços e preços, segundo padrões definidos pelo CNTur, por
proposta da EMBRATUR.

§ 1º - A EMBRATUR exercerá permanente controle sobre os empreendimentos


turísticos mencionados neste artigo, a fim de verificar a observância dos padrões
aplicáveis às categorias em que estiverem classificados.

§ 2º - A não observância, pelo empreendimento turístico, dos padrões de classificação


aplicáveis importará em:

I - perda ou rebaixamento da classificação do estabelecimento;


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II - perda, no todo ou em parte, dos benefícios que houverem sido concedidos à


empresa titular do empreendimento, em virtude da aprovação do respectivo projeto,
ou do seu registro na EMBRATUR.

§ 3º - O Poder Executivo regulará a forma e o processo para aplicação do disposto no


inciso II, do parágrafo precedente, e os casos em que poderá ser suspenso o
desembolso de parcelas correspondente: aos estímulos previstos nos incisos I, II e IV
do art.3º.

§ 4º - Os estabelecimentos hoteleiros ficam obrigados a dar conhecimento, aos


hóspedes, dos serviços que se encontrem incluídos no preço das diárias."

Art.5º - O não cumprimento de obrigações contratadas pelas empresas de que trata


esta Lei, e a infringência de dispositivos legais e dos atos reguladores ou normativos
baixados para sua execução, sujeitarão os infratores às penalidades seguintes:

I - advertência por escrito;

II - multa de valor equivalente a até 500 (quinhentas) Obrigações Reajustáveis do


Tesouro Nacional (ORTN);

(1) (1) Itens revogados pelo Decreto-lei nº 2.294, de 21.11.1986


III - suspensão ou cancelamento do registro;

IV - interdição do local, veículo, estabelecimento ou atividade.

§ 1º - As pessoas físicas que, de qualquer forma. hajam concorrido para a prática do


ato punível, ficam sujeitas à penalidade do inciso II.

§ 2º - Caberá recurso ao CNTur:

I ex-offício, no caso de multa de valor superior a 100 (cem) Obrigações Reajustáveis


do Tesouro Nacional (ORTN);

II - voluntário, com efeito suspensivo, na forma e nos prazos que forem


determinados em resolução normativa do CNTur, nos demais casos.

Art. 6º - Aplicadas as penalidades a que se referem os incisos III e IV, do art. 5º, a
EMBRATUR comunicará o fato à autoridade competente, requisitando desta as
providências necessárias, inclusive meios judiciais ou policiais, se for o caso, para
efetivar a medida.

Art. 7º - Para os fins desta Lei, a EMBRATUR exercerá os poderes de fiscalização


conferidos à União, diretamente ou por intermédio de órgãos ou entidades públicas.

Art. 8º - As empresas que exerçam atividades turísticas ficarão sujeitas a regime


especial de controle e fiscalização, nos termos do que, a respeito, dispuser o CNTur
em resolução normativa.

Art. 9º - As multas a que se refere esta Lei serão impostas pela EMBRATUR e
recolhidas ao Tesouro Nacional, como receita eventual da União.
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

Art. 10 - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 90 (noventa)


dias.

Art. 11 - Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação.

Art. 12 – Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, em 13 de dezembro de 1977; 156º da Independência e 89º da República.


Ernesto Geisel
Ângelo Calmon De Sá

(Publicada no Diário Oficial da União de 16 de dezembro de 1977,


Seção I, Parte I, p. l7.298/9).

Portaria nº 72 de 29 de Setembro de 2010

A Portaria nº 72 estabelece os procedimentos e requisitos necessários para o cadastro do


prestador de serviços turísticos formalizado como Microempreendedor Individual perante o
Ministério do Turismo.

(ANEXO Enviado junto com a apostila – documento PDF)

Decreto n.º 946/93 de 10 de Janeiro de 1993


O Decreto regulamenta a Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993, e ressalta outros pontos. Um
deles é a responsabilidade do guia de agendar previamente a visita com os organizadores dos
locais escolhidos para as excursões. Além disso, classifica o profissional como Guia Regional, de
Excursão Nacional e Internacional, e Especializado em Atrativo Turístico. O decreto descreve as
características que o interessado deve possuir para ser um Guia de Turismo, e destaca o que é
considerado infração disciplinar.

Decreto n.º 946/93, de 1º de outubro de 1993


MINISTÉRIO DA INDUSTRIA, DO COMÉRCIO E DO TURISMO EMBRATUR - INSTITUTO
BRASILEIRO DE TURISMO DECRETO Nº946 DE 1º DE OUTUBRO DE 1993

Regulamenta a Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993, que dispõe sobre a profissão de Guia de
Turismo e dá outras providências.
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da sua atribuição que lhe confere o artigo 84, inciso IV,
da Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 14 da Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de
1993,

D E C R E T A:

Art. 1º - É considerado Guia de Turismo o profissional que, devidamente cadastrado na


EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo, nos termos da Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de
1993, exerça as atividades de acompanhamento, orientação e transmissão de informações a
pessoas ou grupos, em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais,
internacionais ou especializadas.

Art. 2º - Constituem atribuições do Guia de Turismo:


I - acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos em visitas, excursões
urbanas, municipais, estaduais, interestaduais ou especializadas dentro do território nacional;
II - acompanhar ao exterior pessoas ou grupos organizados no Brasil;
III - promover e orientar despachos e liberação de passageiros e respectivas bagagens, em
terminais de embarques e desembarques aéreos, marítimos, fluviais, rodoviários e
ferroviários;
IV - ter acesso a todos os veículos de transporte, durante o embarque ou desembarque, para
orientar as pessoas ou grupos sob sua responsabilidade, observadas as normas específicas do
respectivo terminal;
V - ter acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposições, feiras, bibliotecas e pontos de
interesse turístico, quando estiver conduzindo ou não pessoas ou grupos, observadas as
normas de cada estabelecimento, desde que devidamente credenciado como Guia de Turismo;
VI - portar, privativamente, o crachá de Guia de Turismo emitido pela EMBRATUR.
Parágrafo único. A forma e o horário dos acessos a que se referem as alíneas III, IV e V, deste
artigo, serão, sempre, objeto de prévio acordo do guia de turismo com os responsáveis pelos
empreendimentos, empresas ou equipamentos.

Art. 3º - O pedido de cadastramento como Guia de Turismo deverá ser apresentado, pelo
profissional interessado, observadas as disposições deste decreto, no órgão ou entidade
delegada da EMBRATUR na unidade da federação em que:
I - O Guia de Turismo vá prestar serviços, caso pretenda o cadastramento nas classes de Guia
Regional e/ou especializado em atrativos turísticos;
II - O Guia de Turismo esteja residindo, caso pretenda o cadastramento nas classes de Guia de
Excursão Nacional e/ou Internacional.

Art. 4º - Conforme a especialidade de sua a formação profissional e das atividades


desempenhadas, comprovadas perante a EMBRATUR, os guias de turismo serão cadastrados
em uma ou mais das seguintes classes:
I - guia regional - quando suas atividades compreenderem a recepção, o traslado, o
acompanhamento, a prestação de informações e assistência a turistas, em itinerários ou
roteiros locais ou intermunicipais de uma determinada unidade da federação, para visita a
seus atrativos turísticos;
II - guia de excursão nacional - quando suas atividades compreenderem o acompanhamento e
a assistência a grupos de turistas, durante todo o percurso da excursão de âmbito nacional ou
realizada na América do Sul, adotando, em nome da agência de turismo responsável pelo
roteiro, todas as atribuições de natureza técnica e administrativa necessárias à fiel execução
do programa;
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

III - guia de excursão internacional - quando realizarem as atividades referidas no inciso II,
deste artigo, para os demais países do mundo;
IV - guia especializado em atrativo turístico - quando suas atividades compreenderem a
prestação de informações técnico-especializadas, sobre determinado tipo de atrativo natural
ou cultural de interesse turístico, na unidade da federação para o qual o mesmo se submeteu a
formação profissional específica.

Art. 5º - O cadastramento e a classificação do Guia de Turismo em uma ou mais das classes


previstas neste Decreto estará condicionada à comprovação do atendimento aos seguintes
requisitos:
I - ser brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil, habilitado para o exercício da atividade
profissional no País;
II - ser maior de dezoito anos, no caso de guia de turismo regional, ou maior de 21 anos, para
atuar como guia de excursão nacional ou internacional; III - ser eleitor e estar em dia com as
obrigações eleitorais;
IV - ser reservista e estar em dia com as obrigações militares, no caso de requerente do sexo
masculino menor de 45 anos;
V - ter concluído o 2º grau;
VI - ter concluído Curso de Formação Profissional de Guia de Turismo, na classe para a qual
estiver solicitando o cadastramento.
§ 1º - As entidades responsáveis pelos cursos referidos no inciso VI, deste artigo, deverão
encaminhar, previamente ao início de sua realização, os respectivos planejamentos
curriculares e planos de curso, para apreciação da EMBRATUR.
§ 2º - Os certificados conferidos aos concluintes dos cursos mencionados no parágrafo anterior
especificarão o conteúdo programático e a carga horária de cada módulo, a classe em que o
guia de turismo está sendo formado e a especialização em determinada área geográfica ou
tipo de atrativo.

§ 3º - Admitir-se-á, para fins de comprovação do atendimento ao requisito referido no inciso


VI, deste artigo, que o requerente:
a) tenha se formado em curso superior de turismo e cursado cadeira especializada na
formação de guia de turismo; ou
b) tenha concluído o curso de formação profissional à distância, e sido aprovado em Exame de
Suplência Profissionalizante ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial -
SENAC; ou
c) comprove, no prazo de 180 dias de vigência deste Decreto, o efetivo exercício da profissão
por, no mínimo, dois anos, bem como aprovação em Exame de Suplência nos termos da alínea
anterior.

Art. 6º - A EMBRATUR fornecerá ao requerente, após o cumprimento das exigências a que se


refere o artigo anterior, o respectivo crachá de identificação profissional, em modelo único,
válido em todo o território nacional, contendo nome, filiação, número do cadastro e da cédula
de identidade, fotografia, classe e âmbito de atuação prevista em seu curso de formação.

Art. 7º - Constituem infrações disciplinares:


I - induzir o usuário a erro, pela utilização indevida de símbolos e informações privativas de
guias de turismo cadastrados;
II - descumprir total ou parcialmente os acordos e contratos de prestação de serviço, nos
termos e na qualidade em que forem ajustados com os usuários;
III - deixar de portar, em local visível, o crachá de identificação;
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

IV - utilizar a identificação funcional de guia cadastrado fora dos estritos limites de suas
atribuições ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não cadastrados;
V - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que contrarie as disposições do Código
Defesa do Consumidor ou que a lei defina como crime ou contravenção;
VI - faltar a qualquer dever profissional imposto no presente Decreto;
VII - manter conduta e apresentação incompatível com o exercício da profissão.
Parágrafo único. Considera-se conduta incompatível com o exercício da profissão, entre
outras:
a) prática reiterada de jogo de azar, como tal definido em lei;
b) a incontinência pública escandalosa;
c) a embriaguez habitual.

Art. 8º - Pelo desempenho irregular de suas atribuições, o Guia de Turismo, conforme a


gravidade da falta e seus antecedentes, ficará sujeito às seguintes penalidades, aplicadas pela
EMBRATUR:
I - advertência;
II - cancelamento do cadastro.
§ 1º - As penalidades previstas neste artigo serão aplicadas após processo administrativo, no
qual se assegurará ao acusado ampla defesa.
§ 2º - O Guia de Turismo poderá, independente do processo administrativo a que se refere o
parágrafo anterior, pelo desempenho irregular de suas funções, vir a ser punido pelo seu órgão
de classe.
Art. 9º - Os Guias de Turismo já cadastrados na EMBRATUR terão prazo de 120 dias, contados
da data da publicação deste Decreto, para proceder a seu recadastramento, mediante
apresentação dos seguintes documentos:
I - cópia do crachá emitido pela EMBRATUR;
II - ficha de cadastro, segundo modelo fornecido pela EMBRATUR, devidamente preenchida,
acompanhada dos documentos comprobatórios das informações fornecidas.

Art. 10 - A EMBRATUR expedirá normas disciplinando a operacionalização do cadastramento e


classificação dos guias de turismo e definirá a aplicação das penalidades de que trata o art. 8º,
estabelecendo as circunstâncias atenuantes e agravantes.

Art. 11 - A EMBRATUR em ato próprio, instituirá o modelo de crachá de identificação


profissional a ser utilizado no desempenho da atividade regulamentada neste Decreto.

Art. 12 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 1º de outubro de 1993; 172º da Independência e 105º da República.


ITAMAR FRANCO
José Eduardo de Andrade Vieira
( Publicado no Diário Oficial da União nº189, de 04/10/93, Seção I, Pág.14782)
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

Deliberação Normativa n.º 326/94, de 13 de Janeiro de 1994


A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) recomenda aos Órgãos Oficiais de Turismo que
estabeleçam normas próprias para cadastro e fiscalização de prestadores do serviço. O
documento dá garantias aos profissionais sem formação superior, mas que trabalham com o
segmento por conhecerem o produto que apresentam devido ao tempo de vivência.
Principalmente aos que conduzam o turista em passeios realizados no interior de determinado
atrativo, como a selva amazônica, dunas, passeios náuticos e empreendimentos de valor
histórico.

Deliberação Normativa nº 326/94, de 13 de janeiro de 1994


MINISTÉRIO DO ESPORTE E TURISMO - EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo
Deliberação Normativa n.º 326, de 13 de janeiro de 1994

A Diretoria da EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo, no uso de suas atribuições legais e


estatutárias e CONSIDERANDO a competência desta Instituto em promover o cadastramento e
a classificação das empresas e dos empreendimentos dedicados às atividades turísticas, bem
como a função fiscalizadora que lhe é conferida pelo inciso X, do artigo 3º, da Lei n.º 8.181, de
28 de março de 1991;

CONSIDERANDO que compete ao Instituto a promoção da melhoria do aperfeiçoamento dos


serviços oferecidos ,aos turistas e viajantes, consoante determina o inciso XI, do retrocitado
dispositivo legal;
CONSIDERANDO, finalmente, a conveniência dos Órgãos Oficiais de Turismo, das Unidades da
Federação, estabelecerem normas próprias para cadastro, classificação, controle e fiscalização
de prestadores de serviços, não compreendidos na legislação federal de turismo em vigor,
como complemento a. essa legislação e com o objetivo de aperfeiçoar a qualidade do produto
turístico estadual.

RESOLVE :
Art. 1º - Recomendar aos Órgãos Oficiais de Turismo, das Unidades da Federação que, em
complemento à. legislação federal de turismo em vigor, estabeleçam normas próprias para
cadastro, .classificação, controle e fiscalização de prestadores de serviços, não abrangidos na
referida legislação federal.
Parágrafo Único — As normas a serem estabelecidas, na forma deste artigo, deverão referir-se,
prioritária e especialmente, às pessoas físicas prestadoras de serviços turísticos, cuja atuação
profissional, destinada a atender peculiaridades específicas do patrimônio e- da infra-estrutura
turísticas locais, tenha significativa implicação na qualidade dos produtos turísticos estaduais
oferecidos.

Art. 2º - Considerar-se-ão incluídos no disposto no artigo anterior, entre outras, as pessoas


físicas cuja prática, decorrente do tempo de vivência e experiência em determinado atrativo
ou empreendimento turístico, próprio de certa região, lhes permita conduzir o turista, com
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

segurança, em seus passeios e visitas, ao local, prestando-lhes orientação e informação


específica e tornando mais atrativa sua programação.
Parágrafo Único – Estão compreendidas neste artigo as pessoas físicas que conduzam e
orientam o turista em passeios e visitas realizados no interior de determinado atrativo ou
empreendimento turístico localizado:
a) na selva amazônica, pantanal, parques nacionais, ou a outros locais em equilíbrio ambiental;
b) em dunas, cavernas ou outros atrativos ecológicos específicos;
c) em locais de atrativos náuticos;
d) em empreendimento considerado de valor histórico e artístico, pelas autoridades
governamentais competentes.

Art. 3º - Os prestadores de serviços turísticos, cadastrados e classificados na forma dos artigos


anteriores, não poderão exercer atribuições inerentes às empresas, empreendimentos e
profissionais sujeitos à habilitação e à fiscalização, pela EMBRATUR, na forma da legislação
federal de turismo.
Parágrafo Único - Para os fins deste artigo, os documentos indicativos de cadastro e
classificação, fornecidos pelos Órgãos Oficiais de Turismo, das Unidades da Federação, serão
diferenciados, em modelo e cor, daqueles expedidos pela EMBRATUR.

Art. 4º - Os informes cadastrais dos prestadores de serviços, habilitados pelos Órgãos Oficiais
de Turismo, das Unidades da Federação, serão por estes incluídos no banco de dados da
EMBRATUR.

Art. 5º - Esta Deliberação Normativa entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial
da União.

Gil Pereira Furtado


Presidente Interino
Luiz Valério Dutra Filho
Diretor de Economia e Fomento
Flávio José de Almeida Coelho
Diretor de Marketing
Gil Pereira Furtado
Director de administração e Finanças
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

Deliberação Normativa n.º 426, de 04 de


Outubro de 2001
A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) legitima ações previstas para a produção ou
renovação do crachá de Guia de Turismo, como a obtenção da ficha para cadastramento e a
confirmação do pagamento do preço dos serviços. Independentemente da classe escolhida em
território nacional, o Guia deve apresentar o certificado de conclusão de curso em instituição
administrada pelo Ministério da Educação (MEC) e apreciada pela Embratur. O crachá de Guia
de Turismo tem validade de dois anos.

DELIBERAÇÃO NORMATIVA Nº 426, DE 04 DE OUTUBRO DE 2001

MINISTÉRIO DO ESPORTE E TURISMO - EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo


DELIBERAÇÃO NORMATIVA Nº 426, DE 04 DE OUTUBRO DE 2001

A Diretoria da EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo, no uso de suas atribuições e tendo


em vista o disposto no art. 10 do Decreto nº 946, de 1º de outubro de 1993, RESOLVE:

Art. 1º Editar normas disciplinando a operacionalização do cadastramento e a classificação dos


Guias de Turismo bem como fixar os critérios para aplicação das penalidades previstas no art.
10 da Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993.

Art. 2º O pedido de cadastramento como Guia de Turismo de que trata o art. 3º do Decreto nº
946, de 1º de outubro de 1993, será formulado com o preenchimento de ficha de cadastro
fornecida pela EMBRATUR ou por seus órgãos ou entidades delegadas, nas unidades da
Federação.
§ 1º Além do atendimento dos requisitos previstos no art. 5º do Decreto nº 946, de 1993, o
autor do pedido deverá comprovar o pagamento do preço dos serviços de cadastramento
cobrado pela EMBRATUR.
§ 2º Para cadastramento como Guia de Turismo, classe Excursão Internacional, será
obrigatória, também, a comprovação, por meio de exame de proficiência ou atestado de
fluência, em pelo menos uma língua estrangeira.

Art. 3º O requerente será cadastrado na classe de Guia de Turismo para a qual estiver
habilitado, desde que comprovada esta condição, mediante apresentação de certificado de
conclusão de curso específico de educação profissional de nível técnico, cujo plano de curso
tenha sido previamente aprovado pelo órgão próprio do respectivo Sistema de Ensino,
inserido no Cadastro Nacional de cursos de Nível Técnico administrado pelo MEC, e apreciado
pela EMBRATUR.
Parágrafo único. Os órgãos próprios dos sistemas de ensino poderão recorrer a EMBRATUR
para prévia apreciação do plano de curso, quando for o caso. Art. 4º O possuidor do crachá de
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

Guia de Turismo emitido pela EMBRATUR deverá proceder ao recadastramento para obtenção
do crachá no modelo vigente, mediante comprovação de cadastramento anterior.
§ 1º O crachá de Guia de Turismo terá validade de dois anos, contados da data de sua emissão.
§ 2º O Guia de Turismo anteriormente cadastrado na classe de Guia Local será recadastrado na
classe Guia Regional; o Guia de Excursão recadastrado como Guia de Excursão Nacional ou
Internacional e o Guia Especializado em Terceira Idade serão recadastrados na classe de Guia
de Excursão Nacional ou Guia Regional, de acordo com a natureza do seu curso de formação.
§ 3º O crachá de Guia de Turismo emitido anteriormente à edição desta Deliberação
Normativa terá validade de dois anos.
§ 4º Para renovação do crachá de que trata este artigo, o interessado deverá entregar a cópia
do crachá a ser substituído, duas fotos recentes, tamanho três por quatro, os comprovantes de
pagamento da Contribuição Sindical, do Imposto sobre Serviços, da Seguridade Social e do
pagamento do preço dos serviços cobrados pela EMBRATUR.

Art. 5º Para a apreciação dos planos de curso pela EMBRATUR, em atendimento ao


§ 1º do art. 5º do Decreto 946, de 1993, as instituições de ensino promotoras de cursos de
Qualificação, Habilitação ou Especialização profissional de nível técnico de Guia de Turismo
deverão comprovar o pagamento dos respectivos preços de serviço perante o órgão ou
entidade estadual delegada da EMBRATUR.
§ 1º As instituições de ensino de que trata este artigo deverão comunicar previamente à
EMBRATUR as datas de início e do término de cada turma, bem como encaminhar, até quinze
dias corridos, contados da data de início do curso, a relação dos alunos matriculados e, em
igual período, após a conclusão do curso, a relação dos alunos aprovados, especificando nome
e RG, nas duas relações encaminhadas.
§ 2º O certificado de conclusão do curso de educação profissional de nível técnico de Guia de
Turismo emitido pelas entidades de que trata este artigo deverá conter os números do
processo e do parecer de apreciação da EMBRATUR, bem como o número do ato de aprovação
do plano de curso pelo órgão próprio do respectivo sistema de ensino, sem prejuízo do
disposto no § 2º do art. 5º do Decreto nº 946, de 1993.

Art. 6º Constituem infrações disciplinares:


I – deixar de portar, em local visível, o crachá de identificação;
II – induzir o usuário a erro, pela utilização indevida de símbolos e informações privativas de
guia de turismo;
III – faltar a qualquer dever profissional imposto pelo Decreto nº 946, de 1993;
IV – utilizar a identificação funcional de guia cadastrado fora dos estritos limites de suas
atribuições;
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

V – não cumprir integralmente os acordos e contratos de prestação de serviço, nos termos e


na qualidade em que forem ajustados com os usuários;
VI – descumprir totalmente os acordos e contratos de prestação de serviços;
VII – facilitar, por qualquer meio, o exercício da atividade profissional aos não cadastrados;
VIII – praticar, no exercício da atividade profissional, ato que contrarie as disposições do
Código de Defesa do Consumidor;
IX – praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime ou
contravenção;
X – manter conduta e apresentação incompatível com o exercício da profissão.
§ 1º Para fins de aplicação das penalidades previstas no art. 7º consideram-se infrações de
natureza:
I – leve, as referidas nos incisos I a III;
II – média, as referidas nos incisos IV e V; e
III – grave, as referidas nos incisos VI a X.
§ 2º Considera-se conduta incompatível com o exercício da profissão, entre outras:
I - prática reiterada de jogo de azar, como tal definido em lei;
II - a incontinência pública escandalosa;
III - a embriaguez habitual;
IV - uso de drogas;
V - contrabando.
§ 3º Para os fins do disposto no art. 10 do Decreto nº 946, de 1993, consideram-se:
I - circunstâncias atenuantes:
a) ser o infrator primário;
b) a ausência de dolo;
c) ter o infrator adotado, de imediato, as providências pertinentes para minimizar ou reparar
os efeitos do ato lesivo; e
d) não ter sido a ação do infrator fundamental para a consecução do fato.
II – circunstâncias agravantes:
a) ser o infrator reincidente;
b) ter o infrator agido com dolo;
c) deixar o infrator de adotar, de imediato, as providências pertinentes para minimizar
ou reparar os efeitos do ato lesivo;
d) ter sido a ação do infrator fundamental para a consecução do ato e
e) o prejuízo causado à imagem do turismo nacional.

Art. 7º Pelo desempenho irregular de suas atribuições, o guia de turismo, conforme a


gravidade da falta e seus antecedentes, ficará sujeito às seguintes penalidades, aplicadas pela
EMBRATUR:
I - advertência;
II - cancelamento do cadastro.
§ 1º As penalidades previstas neste artigo serão aplicadas após processo administrativo, no
qual será assegurada ao acusado ampla defesa.
§ 2º O guia de turismo poderá, pelo desempenho irregular de suas funções, vir a ser punido
pelo seu órgão de classe, independentemente do processo administrativo a que se refere o
parágrafo anterior.
§ 3º A EMBRATUR, seus órgãos delegados, as federações e associações de classe deverão dar
conhecimento recíproco das penalidades aplicadas aos guias de turismo, para que cada
entidade adote as providências cabíveis.
§ 4º A pessoa física não cadastrada na EMBRATUR como Guia de Turismo, que exercer esta
atividade, está sujeita à penalidade prevista no art. 47 do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

outubro de 1941, devendo a EMBRATUR ou o órgão delegado dar conhecimento da ilegalidade


à autoridade competente, para as providências cabíveis.
§ 5º Na hipótese do parágrafo anterior, estando a pessoa física exercendo a atividade na
qualidade de preposto de pessoa jurídica, ficará sujeita, também, à multa pecuniária de que
trata o inciso II do artigo 5º da Lei nº 6.505, de 13 de dezembro de 1977, por força do
§ 1º daquele dispositivo.
§ 6º Independentemente da natureza da infração e da faixa em que se situe a penalidade a ela
correspondente, poderá a EMBRATUR aplicar a pena de advertência aos Guias de Turismo que
não tenham antecedentes.

Art. 8º O Guia de Turismo que tiver seu cadastro cancelado, previsto no inciso II do art. 7º
desta Deliberação Normativa, em decorrência de infração de natureza média, poderá requerer
reabilitação provisória após cento e oitenta dias, contados a partir da data que tomou
conhecimento da penalidade que lhe foi imputada, desde que inexista outro processo de
denúncia em andamento contra a sua pessoa.
Parágrafo único. A reabilitação à situação normal só se dará em conseqüência de
requerimento do interessado e cumprida a penalidade imposta, após um ano, contado a
partir da data que tomou conhecimento da penalidade que lhe foi imputada, desde que
não seja reincidente.

Art. 9º O Guia de Turismo que tiver seu cadastro cancelado, previsto no inciso II do art. 7º
desta Deliberação Normativa, em decorrência de infração de natureza grave, poderá requerer
reabilitação provisória após um ano, contado a partir da data que tomou conhecimento da
penalidade que lhe foi imputada.
§ 1º Caso o requerente de que trata este artigo for reincidente, fica obrigado à comprovação,
por meio do certificado correspondente, de ter realizado curso de reciclagem, com datas de
início e de término posteriores à data que tomou conhecimento da penalidade que lhe foi
imputada.
§ 2º A reabilitação à situação normal só se dará em conseqüência de requerimento do
interessado e cumprida a penalidade imposta, após dois anos contados a partir da data que
tomou conhecimento da penalidade que lhe foi imputada, não sendo o mesmo reincidente.

Art. 10 Esta Deliberação Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 11 Revogam-se os §§ 2º, 3º, 4º e 5º do art. 11 e o § 3º do art. 12 da Resolução Normativa


CNTur nº 4, de 28 de janeiro de 1983; o art. 2º da Resolução Normativa CNTur nº 12, de 17 de
outubro de 1984; a Deliberação Normativa nº 234, de 7 de dezembro de 1987; a Deliberação
Normativa nº 256, de 10 de maio de 1989; a Deliberação Normativa nº 325, de 13 de janeiro
de 1994; a Deliberação Normativa nº 377, de 17 de junho de 1997; a Deliberação Normativa nº
386, de 10 de dezembro de 1997; a Deliberação nº 5.461, de 17 de dezembro de 1997; a
Deliberação nº 5.462, de 17 de dezembro de 1997; e a Deliberação nº 5.480, de 24 de março
de 1998.
APOSTILA DE ÉTICA E LEGISLAÇÃO TURÍSTICA

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS E FONTES

www.guiaturistico.tur.br

www.abgtur.tur.br

www.turismo.gov.br/turismo/legislacao

www.estig.ipbeja.pt/~ac_direito/dturl

www.caturufop.hpg.ig.com.br/breve.html

www.canalverde.tv/turismo/guia/legisl

http://webcache.googleusercontent.com/search?um=1&hl=pt-
br&safe=active&tab=iw&q=cache:OpKpbxfeJb0J:http://www.ibcdtur.org.br/downloads/Evolu
%E7%E3o%20da%20legisla%E7%E3o%20turistica%20no%20Brasil.pdf+guia+de+turismo,+legisl
a%C3%A7%C3%A3o+turistica&ct=clnk

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