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ABSTRACT
Historical analysis of the social rights evolution in Brazil, starting from its appearance in
the Constitution of 1930 and 1934. The adoption of the social rights for the Constitution
of 1988, as well as critical analysis, concepts and characteristics of this historical-cultural
phenomenon being a factor of development for the Brazilian society, mainly for workers.
INTRODUÇÃO
1 O CONSTITUCIONALISMO
Contra esse modelo centralizador, lutavam os liberais, que no Brasil ficaram mais
conhecidas como Balaiada, Sabinada e Cabanada, entre outras. As forças
descentralizadoras conseguem, por fim, ganhar, instalando-se a fase republicana e o
governo provisório, com presidência do Marechal Deodoro da Fonseca. No segundo
Reinado, a federação dos Estados Unidos do Brasil é constituída, decretando a
Constituição como definitiva .
A ordem e os Direitos Sociais não haviam sido tema constitucional relevante no Brasil
antes da Carta de 1934. Como pondera o Prof. José Afonso da Silva: “no Brasil, a primeira
Constituição a inscrever um título sobre a ordem econômica e social foi a de 1934, sob a
influência da Constituição alemã de Weimar, o que continuou nas constituições
posteriores” .
Como já citado, com as Constituições de 1930 e 1934, vêm à tona a questão social e toda
preocupação no que cerne sobre os direitos e garantias individuais, inscrevendo o título
sobre ordem econômica e social e outro sobre a família, a educação e a cultura.
Após 1988, os Direitos Sociais ganharam um capítulo (capítulo II, título II) na Constituição
e regem sobre situações subjetivas pessoais ou grupais de caráter concreto, sendo
“prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente” . Como Paulo
Bonavides suscita, a Constituição avança de forma a desenvolver a tutela dos direitos:
“A Constituição de 1988, ao revés do que dizem os seus inimigos, foi a melhor das
Constituições brasileiras de todas as nossas épocas constitucionais. Onde ela mais avança
é onde o Governo mais intenta retrogradá-la. Como constituição dos direitos
fundamentais e da proteção jurídica da Sociedade, combinando assim defesa do corpo
social e tutela dos direitos subjetivos, ela fez nesse prisma judicial do regime
significativo avanço” .
Portanto, a análise demonstra que o surgimento da preocupação com os Direitos Sociais
no Brasil tornou-se efetivamente maior, não se dando erraticamente, tornando evidente
a mudança que ocorreu em 1988. Mesmo apesar das crises que sucederam pós-
Constituição, onde os Direitos Sociais demonstraram omissão no sentido de dar garantias
ao trabalhador, atualmente percebe-se, novamente, a ascensão de tais direitos, gerando
desenvolvimento social e melhores condições de vida.
CONCLUSÃO
Com a ditadura nos anos subseqüentes, o Brasil acabou por mergulhar num caos
constitucional, onde todo poder centralizou-se nas mãos do Presidente da República,
surgindo um mar de crises políticas e uma série de violações aos direitos da sociedade.
Contudo, com a promulgação da Constituição de 1988, os Direitos Sociais voltam à tona e
mesmo com variadas crises políticas e econômicas no governo, ganham um capítulo
dentro da Carta, com direitos sociais relativos ao trabalhador, à seguridade, à educação
e cultura, à moradia, família, crianças, adolescentes, idosos e por fim, ao meio
ambiente.
REFERÊNCIAS
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FAUSTO, Boris. História do Brasil. 12. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São
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SALOMÃO, Gilberto Elias. História. São José dos Campos, Poliedro, 2007.
[1] Alunas do 2° Período do Curso de Direito Vespertino da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco
- UNDB
[2] SANTOS JÚNIOR, Belisário dos. Direitos Humanos priorizados pela justiça. Revista da Faculdade de
direito das faculdades Metropolitanas Unidas, São Paulo, ano 10, n.14, jan/jun. 1996. p.282.
[3] FLORES, Joaquim Herrera. Direitos Humanos, Interculturalidade e Racionalidade de
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[4] MORAES, Alexandre de. Direitos Humanos fundamentais: teoria geral, comentários aos arts.
1°a 5° da Constituição da Constituição da República Federativa do Brasil, doutrina e jurisprudência.
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[5] OLIVEIRA, Almir de. Os direitos humanos no âmbito nacional. In:__. Curso de Direitos
Humanos. Rio de Janeiro: Forense, 2000. p. 135.
[6] BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 23. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. p.
363.
[7] BONAVIDES, Paulo. Op. Cit. p. 363
[8] BONAVIDES, Paulo. Op. Cit. p. 365
[9] BONAVIDES, Paulo. Op. Cit. p. 365
[10]A INCORPORAÇÃO dos direitos humanos no direito constitucional brasileiro. Disponível em <
http://www.dhnet.org.br/> acesso em 28. Out. 2008. p. 4.
[11] FAUSTO, Boris. História do Brasil. 12. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2004. p. 466.
[12] BONAVIDES, Paulo. Op. Cit. p. 368.
[13] BONAVIDES, Paulo. Op. Cit. p. 370
[14] SALOMÃO, Gilberto Elias. História. São José dos Campos, Poliedro, 2007, p.18.
[15]A INCORPORAÇÃO dos direitos humanos no direito constitucional brasileiro. Disponível
em < http://www.dhnet.org.br/> acesso em 28. Out. 2008. p. 3.
[16]A INCORPORAÇÃO dos direitos. Op. Cit. p. 5
[17] BASTO, Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional. 20. ed. atual. São Paulo: Saraiva, 1999.
[18] SALOMÃO, Gilberto Elias. Op. Cit. p.53.
[19] NOGUEIRA, Octaciano. Constituições Brasileiras: 1824. Brasília: Senado Federal e Ministério
da Ciência e tecnologia, Centro de Estudos Estratégicos, 2001, p.14.
[20] FIGUEIRA, Divalte Garcia. História. São Paulo: Àtica, 2003, p.303.
[21] FERREIRA, Luiz Pinto. Princípios Gerais do Direito Constitucional Moderno. In: Pedro Dallari.
Constituição e relações exteriores. p. 75
[22] A INCORPORAÇÃO dos direitos. Op. Cit. p.5.
[23] OLIVEIRA, Almir. Op. cit., p. 136.
[24] OLIVEIRA, Almir. Op. cit., p. 136.
[25] CUNHA, Paulo. Do Constitucionalismo Brasileiro: uma introdução histórica. Disponível em
<http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/29142206.html>. Acesso em 16 out. 2008.
p. 5.
[26] CUNHA, Paulo. Op. Cit. p. 6.
[27] FAUSTO, Boris. Op. Cit. p. 330.
[28] OLIVEIRA, Almir. Op. cit., p. 138
[29] CUNHA, Paulo. Op. Cit. p. 6.
[30] FAUSTO, Boris. Op. Cit. p. 332
[31] FAUSTO, Boris. Op. Cit. p. 399
[32] FAUSTO, Boris. Op. Cit. p. 399
[33] COSTA, Luiz César Amad; MELLO, Leonel Itaussu. História do Brasil. 9.ed. São Paulo: Scipione,
1996. p. 237
[34] CUNHA, Paulo. Op. Cit. p.7
[35] CUNHA, Paulo. Op. Cit. p.7.
[36] FAUSTO, Boris. Op. Cit. p. 394
[37] FAUSTO, Boris. Op. Cit. p. 467.
[38] FAUSTO, Boris. Op. Cit. p. 468.
[39] CUNHA, Paulo. Op. Cit. p.8.
[40] CUNHA, Paulo. Op. Cit. p.8.
[41] CUNHA, Paulo. Op. Cit. p. 8.
[42] CUNHA, Paulo. Op. Cit. p. 7.
[43] CUNHA, Paulo. Op. Cit. p.8.
[44] COSTA, Luiz César Amad; MELLO, Leonel Itaussu. FAUSTO, Boris. Op. Cit. p. 329
[45] COSTA, Luiz César Amad; MELLO, Leonel Itaussu. FAUSTO, Boris. Op. Cit. p. 341
[46] Idem, p. 305.
[47] FAUSTO, Boris. Op. Cit. p. 525.
[48] CUNHA, Paulo. Op. Cit. p.8.
[49] BONAVIDES, Paulo. Op. Cit. p.368.
[50] BONAVIDES, Paulo. Op. Cit. p. 370
[51] BONAVIDES, Paulo. Op. Cit. p. 21.