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São Carlos
2010
iv
São Carlos
2010
iii
APROVADO EM ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________
MARIO OTAVIO BATALHA
PROFESSOR ORIENTADOR E PRESIDENTE DA BANCA
______________________________________________________________
PROFESSOR EXAMINADOR
______________________________________________________________
PROFESSOR EXAMINADOR
iv
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por ter me proporcionado esta oportunidade entre muitas
outras.
Aos meus pais Julio e Maria de Lourdes pelo exemplo de dignidade que procuro seguir.
A minha amada esposa Ana Paula, amiga e companheira e ao meu filho Julio, pelo amor,
compreensão e apoio de todas as horas.
Aos colegas de classe pelas horas agradáveis que desfrutamos juntos, e pelo espírito de
solidariedade criado durante nossas aulas.
vi
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................................
.......14
1.1. Situação
Problemática ..............................................................................................................15
4 – CONCLUSÃO
................................................................................................................................... 49
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................
........... 59
LISTA DE SIGLAS
CC – Centro de Custo
MO – Mão-de-obra
MP – Matéria-prima
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ANEXOS
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Sediada na cidade de São Carlos (SP), com aproximadamente dez anos de atuação no
mercado. A FAUB Soldagem e Corte produz cerca de 10 produtos diferentes e suas vendas
são feitas através de representantes, em sua maioria para indústrias metalúrgicas.
Praticamente a empresa funciona como montadora, não efetuando a transformação
de matéria-prima em produto acabado ou peças a serem usadas na produção de seus
equipamentos.
1.2 Objetivos
Este trabalho tem como objetivo apresentar um aperfeiçoamento na forma como é
determinado o custo unitário de produtos em uma empresa de produção de sistemas
profissionais de sondagem MIG/MAG e corte a Plasma.
Como objetivos secundários o trabalho pretende analisar criticamente os
fundamentos dos métodos de custeio por absorção total.
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1.3 Método
Uma pesquisa pode ser definida como o processo formal e sistemático de
desenvolvimento de um método científico que tem com objetivo fundamental descobrir
respostas para problemas mediante a utilização de procedimentos científicos, com a
finalidade de possibilitar a obtenção de resultados socialmente relevantes. (GIL,1991).
O método utilizado para este estudo utiliza a pesquisa-ação, como tipo de pesquisa.
Como o próprio nome já diz, a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa que procura unir
a pesquisa à ação, desenvolvendo o conhecimento e a compreensão como parte da prática.
É, portanto, uma maneira de se fazer pesquisa em situações em que também se é uma pessoa
da prática e se deseja melhorar a compreensão desta. (ENGEL, 2000)
Não existe certeza sobre quem inventou a pesquisa-ação. Muitas vezes, atribui-se a
criação do processo a Lewin (1946). Parece ter sido ele o primeiro a publicar um trabalho
empregando o termo.(TRIPP, 2005)
A definição de pesquisa-ação é difícil por duas razões: primeiro por ser um processo
tão natural que se apresenta sob muitos aspectos diferentes. A outra razão é por que se
desenvolve de maneira diferente para diferentes aplicações. . (TRIPP, 2005)
Quase imediatamente depois de Lewin ter cunhado o termo, a pesquisa-ação foi
considerada um termo geral para quatro processos diferentes: pesquisa-diagnóstico, pesquisa
participante, pesquisa empírica e pesquisa experimental. (TRIPP, 2005)
Segundo Truzzi, na pesquisa-ação pesquisador e cliente colaboram para o
desenvolvimento de um diagnóstico e solução científica de um determinado problema.
Desta forma exigindo envolvimento do pesquisador com a instituição estudada, muitas vezes
tornando-se um membro dela (o que difere do estudo de caso).
A pesquisa-ação pode assim ser usada quando houver realmente uma ação por parte
de pessoas ou grupos implicados no problema sob observação. Também é preciso que ação
seja não-trivial, o que quer dizer uma ação problemática, uma ação que mereça investigação
para ser elaborada e conduzida.
Neste tipo de pesquisa os pesquisadores desempenham um papel ativo no
equacionamento dos problemas encontrados, como ainda no acompanhamento e na
avaliação das ações resultantes em função dos problemas
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determinar o custo dos produtos como um dos critérios da fixação de preços; analisar a
rentabilidade das diversas atividades e produtos da empresa; realizar simulações variando as
condições de terceirização, compras, investimentos, etc. Desta forma proporcionando
maiores condições para tomada de decisão das empresas.
São os gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas da
empresa e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas, sendo realizado após o
produto estar pronto. São gastos ligados às áreas administrativas e comerciais da
organização.
As perdas são gastos não intencionais ocorridos devido a fatores externos ou bens e
produtos consumidos de forma anormal ao processo de produção da empresa.
Desembolsos são saídas de dinheiro do caixa ou de contas bancárias da empresa em
virtude do pagamento de compras efetuadas no momento ou de uma obrigação assumida
anteriormente.
Um conceito muito importante quando se adota alguns tipos de métodos de custeio é
de departamento. Segundo (TAMANINI, 2003) departamento para contabilidade de custos é
a unidade mínima administrativa, podendo ser representada por homens e máquinas, os
quais desenvolvem atividades homogêneas. Este tipo de conceito é aplicável a qualquer tipo
de empresa, sejam industrias, comercial ou serviços.
Outras definições importantes para interpretação e análise de um sistema de custeio é
a classificação dos custos conforme as variações nos volumes de produção e vendas,
subdividindo-se em custos e despesas fixas e variáveis.
Segundo Padoveze, custos (e despesas) fixos são aqueles que tendem a se manter
constantes com as alterações do volume das atividades operacionais, mesmo que qualquer
custo esteja sujeito a mudanças ao longo do tempo. Desta forma, são os custos e despesas
necessários para manter um nível mínimo de atividade operacional dentro de um intervalo
relevante de produção e venda.
Os custos (e despesas) variáveis são aqueles que mantêm uma relação de
proporcionalidade com a produção e venda. Sendo variáveis por acompanhar a proporção da
atividade com que ele é relacionado.
Outra classificação de grande importância é feita com relação ao produto produzido
e não à produção no sentido geral, separando os custos diretos dos custos indiretos. Custos
diretos são aqueles relacionados diretamente aos produtos, através de uma verificação direta
e objetiva, sendo possível identificar o quanto cada produto consumiu. Enquanto que os
custos indiretos não oferecem condição de uma medida objetiva e tendo sua alocação
estimada e muitas vezes arbitrária. (MARTINS, 2000)
A figura 2.1 demonstra a diferença existente entre os principais gastos (custos e
despesas) que compõem o custo dos produtos em uma indústria.
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Segundo Nakagawa (1991), existem duas versões para o método conceitual do ABC.
A primeira foi desenvolvida no final dos anos 80, como ferramenta para melhorar a
acuracidade do custeio de produtos e serviços permitindo a determinação do melhor mix e
preços de produtos. Esta primeira versão do método ABC permitiu que o mesmo fosse cada
vez mais ampliado, passando a incluir a análise de rentabilidade de clientes, mercados e
canais de distribuição, de gestão de atividades, além da identificação de oportunidades de
melhorias em nível de projetos e operações (eliminações de desperdícios).
Porém este método apresentava limitações como: ausência de informações diretas
sobre as atividades nos centros de custos e falhas na identificação das atividades mais
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importantes. Desta forma desenvolveu-se uma segunda versão suprindo estas necessidades
de informação.
Como no sistema tradicional de custeio, o sistema ABC processa a alocação em duas
etapas: na primeira a forma como os recursos consumidos são alocados nos centros de
atividades e, na segunda, dirige a alocação/distribuição dos centros de atividades aos objetos
de custos. Baseando-se portanto no princípio de que são as atividades desenvolvidas nas
empresas que causam os custos, ao consumir os recursos, e que são os objetos de custos que
consomem as atividades. (GOULART-2000)
os gastos industriais, mas também todas as despesas. A apropriação dos custos indiretos e
despesas, também ocorrem com a utilização de rateio.
custos incorridos pelo setor, para a produção da totalidade dos itens que por ele passaram,
em um determinado período de tempo. Onde boa parte dos custos dos centros operacionais
são indiretos, oriundos dos centros auxiliares e, portanto, uma redistribuição precisa desses
custos indiretos é indispensável para a obtenção dos custos reais dos produtos e/ou serviços.
Vartanian (2000) menciona que a principal vantagem do método de custeio por
centros de custos é o fato de serem utilizados todos os gastos ocorridos, sem exceções. Desta
forma se obtém uma informação de custos completa e conservadora.
O que é comum para toda a produção são os esforços de produção despendidos para
a produção dos diversos produtos, esforços das máquinas e equipamentos, da mão-de-obra
direta e indireta, dos materiais indiretos, do capital, das utilidades em geral. Esses esforços
são homogêneos, isto é, possuem a mesma natureza, diferindo de um produto a outro apenas
na sua intensidade (KLIEMANN, 2007).
A mão-de-obra (direta e indireta), a energia elétrica, o controle da qualidade, o
planejamento da produção, ou seja, tudo que se relaciona com a produção, produz estes
esforços. Os custos para transformação são calculados por meio do conceito de custos
técnicos, direcionados primariamente para os postos operativos. E num segundo momento,
são direcionados para os produtos através da UEP consumida por cada produto. (BATISTA,
2009). Conforme demonstrado na figura 2.4.
Segun Batista (2009) a grande diferença entre o método UEP e o custeio variável é o
cálculo do custo de transformação dos produtos. Muitas vezes a unificação da produção tem
outras finalidades, além dos custos dos produtos e cálculo de margens unitárias da fábrica.
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A diferença básica entre os métodos é que o custeio variável trabalha com a margem
de contribuição (MC), porém o método UEP aloca por meio dos foto-índices, que contêm os
custos técnicos (uma serie de custos criados pelos esforços de produção unitários), que para
a metodologia de custeio variável são tratados como custos de período. (BATISTA, 2009)
às vezes defasados, para estabelecer o padrão, enquanto outras comparam os resultados reais
atuais com períodos anteriores.
Segundo Kaplan e Cooper (1998, p.39), a origem do custo-padrão remonta aos
primeiros estágios da revolução industrial, quando as organizações eram gigantescas e
necessitavam de um mecanismo que fornecesse informações detalhadas para controle
financeiro. Os autores mencionam que “era usado há centenas de anos para controlar o
desempenho dos funcionários”, mas também utilizado pelas indústrias de transformação de
fios, para medir a eficiência do processo de produção de tecido.
Na década de 70 passou por algumas alterações, tornando-se da forma que é
utilizado atualmente.
Matz et al. (1987, p.532) define o custo padrão como um método científico, onde é
planejado o custo trabalhando com uma única peça, em condições ideais:
É o custo planejado de um produto, segundo condições de operação correntes e/ou previstas. Baseia-
se nas condições normais ou ideais de eficiência e volume, especialmente com respeito ao custo direto
de produção. Geralmente os Materiais e a Mão de Obra Direta baseiam-se nas condições correntes,
equilibradas pelo nível de eficiência desejado, com reservas para as alterações de preços ou de taxas.
Este custo padrão, que pode ser comparado a um modelo ideal de produtividade e eficiência, é comparado
no final de cada período ao desempenho ocorrido na situação real, com objetivo de analisar o rendimento
do período.
Segundo Selig (1993, p. 46) existem algumas limitações com relação ao uso do
método do custo-padrão, afirmando que “mesmo nos Estados Unidos, onde possui grande
aceitação, vem mostrando resultados insatisfatórios devido à sua complexidade”. Nos países
onde existe inflação acentuada e grande instabilidade econômica o mesmo, certamente,
torna-se ainda mais complexo.
Métodos
Custo- Centro de ABC UEPs
Caracteristicas
Padrão Custos
Análise dos Custos de Boa Não Faz Não Faz Não Faz
matéria prima
Análise dos custos indiretos Ruim Boa Boa Boa
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de fabricação
Potencial para medição de Ruim Ruim Bom Bom
perdas
Análise das perdas de Ruim Regular Bom Ruim
estrutura
A característica fundamental das empresas que fabricam sob encomenda é que duas ordens
não são necessariamente iguais, nem todas as ordens sempre passam pelo mesmo processo
de manufatura e, como conseqüência, as informações de custos devem ser acumuladas
individualmente.
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Na produção por Ordem os custos são acumulados numa conta especifica para cada
ordem ou encomenda. Essa conta só para de receber custos quando for encerrada. Caso
termine um período contábil e o produto estiver ainda em fabricação, não há encerramento,
permanecendo na forma de bens em elaboração no ativo. Quando encerrada será transferida
para estoque de produtos acabados ou vendidos. (MATINS, NONA EDIÇÃO)
Esta forma de acumulação apresenta as seguintes vantagens, segundo (TAMANINI,
2003):
• Possibilita ao gestor visualizar a margem de lucro de cada produto;
• Os registros podem ser utilizados como base para futuros orçamentos para
pedidos semelhantes ou com poucas diferenças;
• O levantamento de custos não necessita de inventários físicos;
• Podem ser obtidas estimativas conforme as fases de produção sejam
realizadas, informações importantes para encomendas de grandes valores
com antecipação;
Ainda, segundo (TAMANINI, 2003 apud LEONE, 1998), essa forma de acumulação
de custos apresenta algumas desvantagens:
• Maior necessidade de burocracia o que torna dispendioso;
• Os custos totais da Ordem de Produção só serão conhecido pelos
administradores após o termino da fabricação;
Quando a empresa possui uma produção continua, onde produz produtos iguais,
como exemplo açúcar, álcool, produtos alimentícios os custos são acumulados em contas
representativas das diversas linhas de produção. Estas contas são encerradas no final de cada
período (semana, mês, etc) Na há encerramento das contas quando os produtos são
finalizados, mas apenas no fim do período.
Padoveze (DIAS, 2007 apud PADOVEZE, 2005) cita um terceiro sistema de
acumulação, considerado como hibrido, conhecido como acumulação por operação. Este
sistema é utilizado em operações onde são produzidos diversos artigos durante períodos
relativamente longos ou quando existem produtos com diversos modelos, estilos e tipos
diferentes construídos de partes fundamentais, mas com acabamentos diferenciados.
Atualmente os sistemas ERPs (Enterprise Resorce Planning) existentes no mercado
possibilitam as empresas de utilizarem os dois tipos de acumulação de custo. Auxiliando
assim a tomada de decisão. (PADOZEVE, 2006)
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PREÇO
MATERIAIS ORIGE QUANT. UNITARI TOTAL
M O
ALIMENTADOR DE ARAME CWF310- N 01 100,00 100,00
4 C/MOTOR 4
CAIXA DE PAPELÃO CABEÇOTE N 01 93,58 93,58
ABERTO
CHASSIS COMPLETO CABEÇOTE N 01 359,87 359,87
CONECTOR FEMEA WM775 N 01 15,23 15,23
ETIQUETA 2X2 N 01 0,50 0,50
EURO CONECTOR LONGO 2X2 N 01 2,30 2,30
PE DE BORRACHA W1/4" COM N 10 0,11 1,10
DUAS PORCAS
PORCA M6 ZINCADA N 04 0,35 1,40
PORCA M8 ZINCADA N 01 0,35 0,35
SUPORTE DO CARRETEL COMPLETO N 01 241,00 241,00
PARAFUSO SEXTAVADO ½” N 02 0,70 1,40
FIXADOR DE CABO N 03 0,70 2,10
VÁLVULA SOLENÓIDE MIG/MAG N 01 59,00 59,00
SUBTOTAL (A) 877,83
ALINHADOR ELETRONICO I 01 598,00 598,00
SUBTOTAL (B) 598,00
TOTAL (A + B) 1.475,00
N= Nacional I=Importado
Tabela 2.2: Estrutura do produto
O custo dos materiais a ser utilizado pode ser feito utilizando o custo real ou custo
prévio. Sendo no caso do custo real um valor histórico, ou seja, o valor dos materiais pode
ser obtido por meio do controle de estoques ou sistema de recebimento de materiais. Neste
caso existem , sendo possível duas opções básicas, o custo da última entrada e o custo médio
ponderado. (DIAS, 2007)
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Quando utilizado o custo prévio, o qual é amplamente aplicado para fins gerenciais,
este pode ser feito pelo custo padrão ou custo de reposição (PADOVEZE, 2006).
O tempo para execução das etapas do processo de fabricação consiste na
identificação de todas as operações necessárias para o processo de produção de cada
produto, onde o ponto de partida é a estrutura de materiais. Nessa fase da estrutura das
informações, são identificados os roteiros de fabricação, com quantificação dos tempos
necessários para todas as fases de cada item ou conjunto, até a produção do produto final.
Esse sistema consiste na inclusão de todos os recursos necessários para cada fase do
processo. (DIAS, 2007) Conforme demonstrado na tabela 2.3:
cálculo das depreciações, estabelecendo como valor do bem, o preço de mercado, por
exemplo. Nesse conceito também é possível considerar a depreciação como custo direto,
estabelecendo o valor do bem e dividindo pela unidade de medida estimada de vida útil
(volumes, horas, litros, toneladas)
3. ESTUDO DE CASO
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DESPESAS 2009
(janeiro – dezembro)
MATERIA- PRIMA 62%
MÃO MÃO-DE DE-OBRA DIRETA 22%
GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO 8%
DESPESAS ADMINISTRATIVAS 5%
DEPRECIAÇÃO 3%
secundária);
5. Distribuição dos custos dos centros diretos aos produtos (distribuição final).
CENTROS DE CUSTO
GASTOS VALOR CENTROS DE CUSTOS INDIRETOS CENTROS DE
(2009 outubro) (R$) CUSTOS DIRETOS
Adm. Eng. Venda Mon.Mecani Mont.Eletric Qualid. Expedição
ca a
Salários 7.654,04 2.743,45 3.078,70 1.831,89
Funcionarios
Energia Elétrica 289,56 25,55 22,14 20,43 85,15 85,15 25,55 25,55
Aluguel 1.552,43 248,39 93,15 93,15 248,40 372,60 248,39 248,39
Seguro 1.014,05 162,25 60,84 60,84 162,25 243,36 162,25 162,25
Material de 1.670,90 274,61 132,90 349,87 239,98 457,98 117,67 97,89
Consumo
Despesas 2.903,34 579,34 239,80 1866,11 20,56 50,86 124,98 21,69
Administrativas
Depreciação 1.786,17 0 0 0 595,39 1.190,78 0 0
TOTAL 1.575,77
DESPESAS/GAS 16.870,4 4.033,59 3.627,53 4.222,29 2.371,73 4.450,18 2.738,49
TOS INDIRETOS 9
SALARIOS + ENCARGOS DIRETOS 1.020,00 2.049,45 2.059,65 1.020,00
TOTAL DO
CENTRO DE 4.033,59 3.627,53 4.222,29 3.391,73 6.499,63 4.798,14 2.595,77
CUSTO
Este processo inicia-se com a escolha de um centro que terá seus gastos rateados aos
demais centros de custos auxiliares. Normalmente é escolhido o centro de custo que mais
presta serviços aos outros. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE CIÊNCIA,
2006 apud Falk, 2001)
Para Falk (2001), o processo de alocação seqüencial reúne os custos totais do
primeiro centro e por meio de um critério dividem-se os custos aos centros seguintes. Onde
o total de custos do primeiro centro torna-se zero e os demais centros de custos absorvem
este montante proporcionalmente ao critério estabelecido anteriormente. Repete-se o
processo em cada centro auxiliar até todos estes tenham o montante de seus custos zerados e
apenas os centros produtivos possuam custos.
Os critérios para alocação dos custos dos centros administrativos da FAUB, foram:
• Administração foi considerada o primeiro centro de custo. Desta forma não
recebendo serviços dos outros centros de custos, porém fornecendo apoio a
todos os outros. Seu critério de rateio foi o núumero de funcionários de cada
centro de custo;
• O departamento de Vendas foi considerado o segundo centro de custo na
alocação sequencial, tendo como critério de rateio o número de pedidos
emitidos no período de apuração;
• O numero de citações do centro nas ordens de produção emitidas no período
foi o critério utilizado para rateio dos custos de engenharia, uma vez que
todas as vendas são analisadas pelo departamento, o qual que aléem de
customizações trabalha como planejamento de produção, fornecendo
acessória a todas as fases de fabricação;
A tabela 3.5 demonstra como foi realizada a distribuição entre os centros de custos:
CENTROS DE CUSTO
CRITERIOS VALOR CENTROS DE CUSTOS INDIRETOS CENTROS DE
UNITARIO CUSTOS DIRETOS
(R$) Adm. Vendas Eng. Mecâanic Eléetrica Qualid.. Expediçã
a o
DESPESAS 4.033,59 4.222,29 3.627,53 2.371,73 4.450,18 2.738,4 1.575,77
9
Nr. Funcionários 576,28 (4.033,59 576,28 576,28 576,28 1.152,45 576,28 576,28
) 4.798,57 4.203,81 2.948,01 5.602,63 3.314,77 2.152,05
INFORMAÇÕES CALCULO
Número de horas disponíveis no ano 52 semanas
x 44 horas semanais
= 2.288 horas/ano
Subtraido dez feriados (estimativa -88 = 2.200 horas/ano
média) a 8,8 horas cada.
Dividido por doze meses 2.200 horas/ano
÷12 meses
= 183,3 horas/mês
Subtraido o número de horas 183,3 horas/mês
improdutivas, sendo uma estimativa -33,3 estimativa
média para manutenção, limpeza, = 150 horas/mês
paradas para lanche, etc
Também foi calculado o custo/hora dos centros produtivos, conforme a tabela 3.6
Sendo nesta simulação considerado como horas produtivas 150 horas/mês.
E, este custo/hora passou a ser utilizado como um dos componentes no processo de
formação do preço de venda. Chamado de custo de transformação (número de horas para
produção do produto x custo/hora).
SUB-TOTAL 453,27
QUANTIDADE PRODUZIDA 01
01
Deve ser destacado que o termo “ordem de produção” é uma designação genérica, o
que permite aceitar outras denominações como ordem de serviço, ordem de obra, etc. Sendo
a ordem de produção o ponto crucial para este tipo de acumulação. (TAMANINI, 2003).
Para o sistema de custeio proposto para FAUB Soldagem foi utilizado um modelo de
relatório de ordens de produção, demonstrado no Anexo 1, contendo as informações
consideradas indispensáveis por (TAMANINI, 2003):
• Número da Ordem de Produção;
• Dados do produto a ser fabricado;
• Emissão, data de término prevista e real;
• Resumo dos custos;
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• Preço de venda;
• Campo para registro dos resultados apurados;
Porém não foi reservado reservada no modelo uma seção para registro de matéria-
prima e mão-de-obra utilizada, pois este controle já é feito através do sistema de produção
da empresa.
O qual foi alterado, com a criação de contas para alocação dos custos das Ordens de
Produção.
Com a criação das contas para alocação dos custos das Ordens de Serviço, o sistema
de controle existente na empresa, passou a efetuar estas operações em dois momentos, antes
do encerramento.
O primeiro quando a matéria-prima é retirada do almoxarifado, através de
requisições de materiais. Neste momento suas informações são alocadas na Ordem de
Produção.
A segunda operação de alocação de custo ocorre quando os apontamentos de
produção são digitados, sendo estes feitos no dia posterior ao ocorrido. Porém a
disponibilidade das informações de custos da Ordem de Produção continua ocorrendo em
seu encerramento, conforme previsto para este tipo de alocação.
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4. CONCLUSÃO
No cenário atual as empresas buscam cada vez mais flexibilidade, elemento essencial
para alcançar ou manter a competitividade. Isso implica em rever a forma como seus
recursos estão sendo aplicados.
Nesse contexto é importante uma correta visão dos gastos da empresa, a fim de
proporcionar uma política de preços adequada às exigências do mercado.
O trabalho teve como objetivo apresentar um aperfeiçoamento na forma de como é
determinado o custo unitário dos produtos de uma empresa de produção de sistemas
profissionais de sondagem MIG/MAG e corte a Plasma. A metodologia de pesquisa adotada
foi do tipo pesquisa-ação procurando desenvolver o conhecimento e a compreensão como
parte da prática.
O estudo de caso demonstrou que a empresa, mesmo possuindo um sistema de
levantamento de custos de produção, este apresentava deficiências na determinação de seus
custos e avaliação na formação de preços.
Constatou-se durante o levantamento bibliográfico e análise do processo de produção
da empresa e suas rotinas administrativas, que devido suas características a forma mais
indicada para acumulação de custo era através de ordens de fabricação, juntamente com o
método dos centros de custos, o qual se apresenta favorável para alocação direta.
A implantação do sistema proposto foi considerada simples, aproveitando grande
parte das informações já disponíveis na empresa, além de utilizar sua estrutura, necessitando
apenas de algumas alterações no sistema de controle já existente, proporcionando á
administração:
• Apurar e acompanhar o volume de gastos da atividade da empresa por
setores, com objetivo de executá-la dentro de padrões econômicos viáveis;
• Levantar as informações básicas para a determinação do custo real de
determinado pedido;
• Informações que subsidiam a decisão de fixação do preço de venda dos
produtos da empresa;
53
5. BIBLIOGRAFIA
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58
ANEXOS 1
ANEXOS 2
DIGITADO:
OBSERVAÇÃO:
60