O mercado chinês é particular e único e a melhor forma de cometer um equívoco é ignorar essa regra básica. Para tentar minimizar esses erros, é importante uma associação com um operador local que conheça e respeite essas características e que possa ser um elemento de customização das práticas internacionais às peculiaridades locais. Por Marcos Gouvêa de Souza (mgsouza@gsmd.com.br), diretor-geral da GS&MD – Gouvêa de Souza
O mercado chinês é particular e único e a melhor forma de cometer um equívoco é ignorar essa regra básica. Para tentar minimizar esses erros, é importante uma associação com um operador local que conheça e respeite essas características e que possa ser um elemento de customização das práticas internacionais às peculiaridades locais. Por Marcos Gouvêa de Souza (mgsouza@gsmd.com.br), diretor-geral da GS&MD – Gouvêa de Souza
O mercado chinês é particular e único e a melhor forma de cometer um equívoco é ignorar essa regra básica. Para tentar minimizar esses erros, é importante uma associação com um operador local que conheça e respeite essas características e que possa ser um elemento de customização das práticas internacionais às peculiaridades locais. Por Marcos Gouvêa de Souza (mgsouza@gsmd.com.br), diretor-geral da GS&MD – Gouvêa de Souza
Marcos Gouvêa de Souza (mgsouza@gsmd.com.br), diretor-geral
da GS&MD – Gouvêa de Souza
Tudo que se possa falar sobre o mercado interno chinês, aquele
que está fadado a se transformar no maior mercado de consumo do mundo e, consequentemente, no maior varejo do mundo, é especulação, pois a real dimensão desse mercado apenas o tempo definirá.
O que se tem claro é uma mudança significativa nos padrões e no
comportamento dos consumidores chineses, onde se mescla o mais moderno e luxuoso, do qual Xangai é o melhor exemplo, com as práticas mais básicas e rudimentares, desenhando uma realidade plural e distinta de tudo aquilo que conhecemos.
Sob o ponto de vista prático, as corporações globais de varejo e
as empresas do setor que imaginam tirar partido e se posicionar nesse crescimento irreversível devem estar atentas para as peculiaridades de um mercado no qual as marcas globais, às quais só recentemente os chineses tiveram acesso, são ainda a grande e maior referência e, tanto quanto no Japão, criam uma legião de admiradores que pagam preços acima da realidade internacional para terem acesso a esses produtos. No extremo, poderíamos falar de uma legião de aficionados por marcas globais, em especial nos setores de luxo, mas também em artigos esportivos, moda urbana, carros, motos e eletroeletrônicos, em especial as de origem europeia. Em sua maioria esses produtos são vendidos em lojas e espaços exclusivos nos shoppings e lojas de departamentos. Para as marcas-referência no mercado internacional prevalecem as lojas exclusivas próprias, franqueadas ou licenciadas, como é o caso dos segmentos de luxo e artigos esportivos. Mas são usuais espaços de marca dentro de outras lojas, operados por vendedores dedicados, porém com um caixa central no andar recebendo todos os pagamentos, numa configuração estranha para os padrões mais evoluídos.
É no mínimo estranho que, ao comprar um produto num espaço
exclusivo de uma marca dentro de uma loja de departamento, depois do preenchimento manual de um documento de venda, o vendedor tenha que acompanhar o comprador até um caixa para concluir a venda e retorne posteriormente para entregar o produto. São as práticas mais antigas, e rudimentares, concorrendo com o novo implantado pelas grandes corporações globais de varejo.
Foram os varejistas europeus os primeiros a perceber o potencial
e as oportunidades do mercado; e, mais flexíveis em seus modelos de negócios, investiram diretamente ou através de franquias no mercado chinês. Principalmente porque estão mais acostumados a operar em mercados com características diversas de seus mercados de origem. Através de franquias, também os norte-americanos se abriram às oportunidades do mercado e hoje as principais redes de alimentação e serviços com origem nos Estados Unidos operam em associação ou através de master franqueados naquele mercado.
O segmento luxo está entre aqueles que mais se beneficiaram do
crescimento do potencial de um consumidor ávido por consumir as marcas mais internacionais e conhecidas e, provavelmente, não existe nenhuma marca desse setor que não esteja hoje presente na China. O consumo de produtos desse segmento é disseminado e, não raro, é vermos consumidores que usam relógios, jóias e roupas das melhores e mais luxuosas marcas globais sem que tenham ainda um carro próprio. É um modelo mental distinto do que encontramos nos Estados Unidos, ou na Europa Ocidental ou no Brasil.
Em termos muito mais práticos, os varejistas e produtores
brasileiros têm também uma real oportunidade para desenvolver negócios na China. Só não podem ter ilusão sobre o tamanho do desafio. Como teve a Arezzo, que chegou a anunciar um projeto de mil lojas naquele país e acabou fechando as poucas que abriu e se retirou do mercado. Definitivamente não é um mercado para pensar pequeno e no qual que se possam subestimar os desafios.
O mercado chinês é particular e único e a melhor forma de
cometer um equívoco é ignorar essa regra básica. Para tentar minimizar esses erros, é importante uma associação com um operador local que conheça e respeite essas características e que possa ser um elemento de customização das práticas internacionais às peculiaridades locais.