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O que é a periferia de uma cidade?

Cheguei atrasada nessa aula de geografia...

Melhor resposta - Escolhida por votação


É onde mora a sua empregada, o porteiro do seu predio, a zeladora da sua escola, a faxineira
da sua avó, o frentista do posto onde sua familia abastece o carro, o vendedor ambulante de
doces, e mais de 50% da população brasileira.

Outras Respostas
A Periferia, num sentido genérico, quer dizer "tudo o que está ao redor". O termo é bastante
utilizado em termos de geografia, para designar toda a área urbana que está ao redor do
centro urbano. A periferia pode ser intra-municipal (bairros afastados do centro do município)
ou extra-municipal (municípios da região metropolitana).

No Brasil, freqüentemente se associa à periferia as regiões urbanas de infra-estrutura precária


e baixa renda, sendo tomada freqüentemente como sinônimo de zona suburbana, embora
uma região periférica não seja necessariamente pobre. Excepcionalmente, podem existir
regiões periféricas em grandes centros urbanos que são ocupadas por empreendimentos
imobiliários de alto padrão, que é o que acontece no caso da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro,
e com os condomínios da Serra da Cantareira, em São Paulo.

Em países como os Estados Unidos, a regra é inversa ao caso brasileiro: as periferias são as
áreas da cidade que concentram a população de mais alta renda, enquanto a população mais
pobre vive geralmente em áreas centrais da cidade, freqüentemente em guetos ou cortiços.

Nos países europeus como França, Alemanha e Reino Unido, as periferias são regiões
semelhantes às dos Estados Unidos, abrigando em sua maioria uma população de alta renda,
porém, em outros países do mesmo continente, existem casos de zonas periféricas formadas
por conjuntos habitacionais de baixa renda, construídos através de companhias de
desenvolvimento habitacional, com auxílio das prefeituras e dos governos estaduais. Porém,
essas regiões não deixam de abrigar grandes mansões, sobrados e condomínios horizontais de
luxo, as quais estão localizadas em regiões diferentes da população mais carente.

Em âmbito global, considera-se ainda como "periferia" o conjunto de países fora do centro
econômico, entendido geralmente como a América do Norte, a Europa, Israel e o bloco do
Pacífico. Alguns cientistas sociais e políticos distingüem a "periferia próxima", composta por
países menos desenvolvidos mas com alguma relevância econômica e política, tais como
China, Índia, Brasil e Rússia, ou de médio desenvolvimento, como México, Argentina, Uruguai e
Chile e a "periferia distante", composta pelas nações pobres e pouco influentes.
2. Periferia é a parte mais pobre de uma cidade,ppor exemplo : a favela, mais não é
considerada uma favela,é apenas um local onde pessoas de baixa classe economica vivem,suas
casas são meio próximas umas das outras,e existem muita populaçao.

3. Acho que é o que fica longe do centro ou ao redor do centro. Aqui no Brasil é associada à
lugares de baixa renda.
Mas periferia não é necessariamente um lugar pobre.

FAVELA

O que é favela?
A idéia com esta pergunta é identificar quais são os elementos que sustentam a imagem
que as pessoas em geral têm das favelas.

Melhor resposta - Escolhida por votação


Um conjunto disforme de barracos feitos de madeira e sucata, montados em locais sem
condições de moradia, sem saneamento básico.

É onde mora a população mais pobre das grandes cidades, com alto índice de criminalidade e
violência.

As características associadas a favelas variam de um lugar para outro. Favelas são


normalmente caracterizadas pela degradação urbana, elevadas taxas de pobreza e
desemprego. Elas normalmente são associadas a problemas sociais como o crime,
toxicodependência, alcoolismo, elevadas taxas de doenças mentais e suicídio. Em
muitos países pobres, elas apresentam elevadas taxas de doenças devido as péssimas
condições de saneamento, desnutrição e falta de cuidados básicos de saúde. Um grupo
de peritos das Nações Unidas criou uma definição operacional de uma favela como uma
área que combina várias características: acesso insuficiente à água potável, ao
saneamento básico e a outras infraestruturas; má qualidade estrutural de habitação;
superlotação; e estruturas residenciais inseguras.[7] Pode-se acrescentar o baixo estado
socioeconômico de seus residentes.[10]

Como a construção desses assentamentos é informal e não guiada pelo planejamento


urbano, há uma quase total ausência de redes formais de ruas, ruas numeradas, rede de
esgotos, eletricidade ou telefone. Mesmo se esses recursos estão presentes, eles são
susceptíveis a serem desorganizados, velhos ou inferiores. As favelas também tendem a
falta de serviços básicos presentes nos assentamentos mais formalmente organizados,
incluindo o policiamento, os serviços médicos e de combate a incêndios. Os incêndios
são um perigo especial para favelas, não só pela a falta de postos de combate a
incêndios e de caminhões de bombeiros, que não conseguem acessar as estreitas ruas e
vielas,[11] mas também devido à proximidade dos edifícios e da inflamabilidade dos
materiais utilizados na construção.[12] Um incêndio que varreu as colinas de Shek Kip
Mei, em Hong Kong, no final de 1953, deixou 53 mil moradores de favelas sem-abrigo,
levando o governo colonial a instituir um sistema imobiliário de reassentamento.

As favelas apresentam altas taxas de criminalidade, suicídio, uso de drogas e doenças.


No entanto, o observador Georg Gerster notou que (com referência específica às
"invasões" de Brasília) as "favelas, apesar de seus materiais de construção pouco
atraentes, podem ser também um local de esperança, cenas de uma contra-cultura, com
um grande potencial de incentivar mudanças e de um forte impulso." (1978)[13] Stewart
Brand também disse, mais recentemente, que "favelas são verdes. Elas têm densidade
máxima - um milhão de pessoas por quilômetro quadrado em Mumbai - e uso mínimo
de energia e de utilização de materiais. As pessoas ficam por perto, a pé, de bicicleta,
riquixá, táxi ou das universais lotações... Nem tudo é eficiente nas favelas, no entanto.
Nas favelas brasileiras, onde a eletricidade é roubada e, portanto, livre, Jan Chipchase,
da Nokia, descobriu que as pessoas deixam as luzes acesas durante todo o dia. Na
maioria das favelas a reciclagem é, literalmente, um modo de vida." (2010)[14]

Há rumores de que os códigos sociais nas favelas proíbam que os habitantes cometam
crimes dentro de seus limites. As gangues locais acabam se tornando uma milícia
particular da região, policiando-a à sua própria maneira. No entanto, a maioria das
favelas exibe altos índices de crimes violentos, em especial homicídios. A existência
das supostas milícias, segundo alguns estudiosos, aponta para a existência de uma
espécie de "código de honra" interno, o qual, caso não respeitado, pode levar à execução
por parte deste efetivo Estado paralelo.

Em muitas favelas, especialmente nos países pobres, muitos vivem em vielas muito
estreitas que não permitem o acesso de veículos (como ambulâncias e caminhões de
incêndio). A falta de serviços como a coleta de resíduos permitem o acúmulo de detritos
em grandes quantidades. A falta de infraestrutura é causada pela natureza informal das
habitações e pela ausência de planeamento para os pobres por funcionários dos
governos locais. Além disso, assentamentos informais enfrentam muitas vezes as
consequências das catástrofes naturais e artificiais, tais como deslizamentos de terra,
terremotos e tempestades tropicais. Incêndios são um problema frequente.[15]

Muitos habitantes de favelas empregam-se na economia informal. Isso pode incluir


venda de algum produto na rua, tráfico de droga, trabalhos domésticos e prostituição.
Em algumas favelas os moradores reciclam resíduos de diferentes tipos para a sua
subsistência.

Favelas muitas vezes estão associadas ao Reino Unido da Era Vitoriana, especialmente
nas cidades industriais do norte. Estes assentamentos ainda eram habitados até a década
de 1940, quando o governo britânico começou a contruir novas casas populares.
Durante a Grande Depressão, favelas também surgiram nos Estados Unidos onde eram
denominadas hoovervilles.
Crescimento e controle

Favela em Jacarta, Indonésia. Favela Villa 31 em Buenos Aires, Argentina.

Nos últimos anos, tem sido observado um grande crescimento no número de favelas
devido ao aumento da população urbana em países em desenvolvimento e
subdesenvolvidos.

Em abril de 2005, o diretor da UN-HABITAT, afirmou que a comunidade global foi


aquém das Metas de Desenvolvimento do Milênio que visavam melhorias significativas
para os moradores de favelas, sendo que um adicional de 50 milhões de pessoas
passaram a morar em favelas ao redor do mundo nos últimos dois anos.[16] De acordo
com um relatório de 2006 da UN-HABITAT, 327 milhões de pessoas vivem em favelas
em países da Commonwealth - quase um em cada seis cidadãos dessa comunidade. Em
um quarto dos países da Commonwealth (11 africanos, 2 asiáticos e 1 do pacífico), mais
do que dois em cada três habitantes urbanos vive em favelas e muitos destes países
estão se urbanizando rapidamente.[17]

O número de pessoas vivendo em favelas na Índia mais do que dobrou nas últimas duas
décadas e agora excede ao de toda a população do Reino Unido, segundo anúncio do
governo indiano.[18] O número de pessoas vivendo em favelas é projetado para aumentar
para 93 milhões em 2011, ou 7,75% da população total do país.[19]

Muitos governos ao redor do mundo têm tentado resolver os problemas das favelas
através de despejos e desapropriações e sua substituição por habitações modernas e com
saneamento muito melhor. A deslocação de favelas é beneficiado pelo fato de que
muitos desses assentamentos precários não têm direitos de propriedade e, portanto, não
são reconhecidos pelo Estado. Este processo é especialmente comum em países em
desenvolvimento. A remoção de favelas muitas vezes toma a forma de desapropriação e
de projetos de renovação urbana, e muitas vezes os ex-moradores não são bem-vindos
na nova habitação. Por exemplo, na favela filipina de Smokey Mountain, localizada em
Tondo, Manila, projetos têm sido aplicados pelo governo e por organizações não-
governamentais para permitir o reassentamento urbano dos moradores da favela.[20] De
acordo com um relatório da UN-HABITAT, mais de 2 milhões de pessoas nas Filipinas
moram em favelas,[21] sendo que apenas na cidade de Manila, 50% dos mais de 11
milhões de habitantes vivem em áreas consideradas favelas.[22][23]
Favela em Caracas, Venezuela.

Em alguns países, os governantes abordaram a situação resgatando os direitos de


propriedade rural para apoiar a agricultura sustentável tradicional, no entanto essas
ações têm sofrido forte oposição de corporações e capitalistas.[carece de fontes?] Essas ações
do governo também tendem a ser relativamente impopulares entre as comunidades
faveladas em si, uma vez que envolve mover os moradores de volta ao campo, uma
inversão da migração rural-urbana que originalmente trouxe muitos deles para a cidade.

Os críticos argumentam que as desapropriações de favelas tendem a ignorar os


problemas sociais que causam a favelização e simplesmente redistribuem a pobreza para
regiões de menor valor imobiliário. Quando as comunidades são retiradas das áreas de
favelas para uma nova habitação, a coesão social pode ser perdida. Se a comunidade
original for movida de volta em novas habitações, depois desta ter sido construída no
mesmo local, os moradores das novas casas enfrentam os mesmos problemas de
pobreza e impotência. Há um crescente movimento para exigir uma proibição global
dos programas de remoção de favelas e outras formas de expulsões em massa.[24]

Um relatório da ONU, relativo a 2010, apontou que 227 milhões de pessoas deixaram
de viver em favelas na última década. Na Índia, a redução da população favelizada no
mesmo período foi de 125 milhões.[6]

Distribuição

Mapa indicando as favelas mais populosas do mundo.


Mapa-múndi indicando a proporção da população urbana de cada país que vive em favelas.[25]

██ 0-10% ██ 60-70%
██ 10-20% ██ 70-80%
██ 20-30% ██ 80-90%
██ 30-40% ██ 90-100%
██ 40-50% ██ Sem dados
██ 50-60%

As favelas estão presentes em vários países. A maior favela da Ásia é Orangi, em


Karachi, Paquistão,[26][27] enquanto que a maior da África é Khayelitsha na Cidade do
Cabo, África do Sul.[carece de fontes?] Mesmo as favelas sendo menos comuns na Europa, o
crescente afluxo de imigrantes ilegais tem alimentado favelas em cidades comumente
usadas como pontos de entrada da União Europeia, como Atenas e Patras, na Grécia.[28]

Outros países com favelas incluem a Índia, África do Sul (onde elas são frequentemente
chamadas de squatter camps ou imijondolo), nas Filipinas, Venezuela (onde são
conhecidos como barrios), Brasil (favelas), Índias Ocidentais, como Jamaica e Trinidad
e Tobago (onde são conhecidas como shanty town), México (onde são conhecidas como
"cidades perdidas" e "assentamentos irregulares"), Peru (onde são conhecidas como
"pueblos jóvenes" ou "cidades jovens" em português) e no Haiti (onde elas são
chamadas de bidonvilles). Há também favelas em países como Bangladesh[29] e
República Popular da China.[30][31][32]

[editar] Países desenvolvidos

Apesar de favelas serem menos comuns em países desenvolvidos, existem algumas


cidades que sofrem com o aparecimento desse tipo de assentamento humano. Em
Madri, na Espanha, um bairro de classe baixa chamado La Canada Real (que é
considerado uma favela) não tem escolas, creches ou postos de saúde. Algumas casas
não têm água corrente e há entulho e lixo por toda parte.[33] Em Portugal, favelas
conhecidas como "bairro de lata" ou "barracas" são compostas por imigrantes das ex-
colônias do Império Português e de países do Leste Europeu. Os assentamentos são tão
precários que podem ser comparados a favelas de países em desenvolvimento e
subdesenvolvidos.[34] Nos Estados Unidos, algumas cidades como Oakland e Newark
sofrem de altos índices de pobreza, que atingem mais de 10% da população e levam à
criação de "tent cities" ("cidades de tendas"). Outros assentamentos em países
desenvolvidos que são comparáveis às favelas, incluem subúrbios de classe baixa em
Paris, na França.
[editar] Brasil
Ver artigo principal: Favelas no Brasil

Ver página anexa: Lista de favelas do Brasil

As favelas no Brasil são consideradas como uma consequência da má distribuição de


renda e do déficit habitacional no país. A migração da população rural para o espaço
urbano em busca de trabalho, nem sempre bem remunerado, aliada à histórica
dificuldade do poder público em criar políticas habitacionais adequadas, são fatores que
têm levado ao crescimento dos domicílios em favelas.

De acordo com a agência das Nações Unidas, UN-HABITAT, 26,4% da população


urbana brasileira vive em favelas.[6][25] Dados do Ministério das Cidades, apoiados nos
números do Censo 2000 do IBGE, apontam que entre 1991 e 2000, enquanto a taxa de
crescimento domiciliar foi de 2,8%, a de domicílios em favelas foi de 4,8% ao ano.
Entre 1991 e 1996 houve um aumento de 16,6% (557 mil) do número de domicílios em
favelas; entre 1991 e 2000 o aumento foi de 22,5% (717 mil).[carece de fontes?] Entretanto,
um relatório da Organização das Nações Unidas, divulgado em 2010, relativo aos dez
anos anteriores, apontou que o Brasil reduziu sua população favelizada em 16% nesse
período, o que representa que cerca de 10,4 milhões de pessoas deixaram de morar em
favelas.[6]

Ser ou não ser favelado… eis a questão


Publicado em 8 08UTC setembro 08UTC 2010 por Thiago Beleza

Esta semana iniciamos a divulgação do Cine Viela. Distribuimos impressos em A4 por


alguns pontos estratégicos, além de algumas cópias menores pra serem distribuídas.
Infelizmente os recursos são limitados (estamos fazendo as impressões em casa) e não
podemos fazer cópias suficientes pra colar em cada poste do bairro. A chamada é a
seguinte: “Quem disse que não tem cinema na favela?” …

Logo no início, um senhor, morador do bairro, nos chamou pra questionar “onde era
esta favela onde ocorreria o evento”… A Fernanda respondeu com categoria e
demonstrando uma paciência que eu nunca tive, que o termo favela se referia ao nosso
bairro, como representação de periferia.

Esse simples questionamento e o tom de ironia na voz do senhor estão revirando nas
minhas idéias sem parar. Pesquisei no dicionário:

favela: conjunto de moradias precarias situadas, geralmente, em morros, onde vive a


população de baixa renda dos centros urbanos.
No Rio de Janeiro, as favelas estão todas localizadas nos morros. Já que na baixada,
estão os bairros nobres, longe deles estão as favelas.. em São Paulo, essa lógica é um
pouco diferente. Os bairros não são divididos pelo relevo. Existem aquelas favelas
clássicas, incrustadas no meio dos lugares com o metro quadrado mais caro da cidade,
com suas casas de papelão, madeirite, esgoto a céu aberto e todas as características que
fazem delas uma favela de filme… Estes lugares são a pedra no sapato daqueles que
insistem em ver São Paulo como a capital do luxo. A KM de distancia destes locais, está
localizada a perifieria da cidade. Vivendo as margens da cidade, do poder público e de
qualquer direito.

O cinema brasileiro (e este texto não uma crítica ao gênero, do qual eu sou fã) mantém
seu foco nas favelas cariocas. O imaginário popular assimilou o conceito de favela
mostrado em filmes como Tropa de Elite e Cidade de Deus. Dessa forma, favela que é
favela fica no morro, tem casas de madeira e é infestada de bandidos armados por todos
os lados.

Com exceção da presença ostensiva de bandidos armados, nosso bairro não difere muito
do conceito popular de favela. Temos os mesmos problemas de infra-estrutura, descaso
do poder público, baixa renda, violência, tráfico de drogas (ainda que discreto)… Ainda
assim, alguém, que talvez viva no bairro por opção e tenha melhores condições, talvez
não se veja neste contexto… Agora, me pergunto se a existência destas pessoas muda o
fato de vivermos em uma favela.

Isto não é um estudo antropológico, mas percebo uma negação das caracterísiticas de
um pobre ou de um favelado. Pessoas saem com sacolas nos pés pra não sujar os
sapatos de barro. Pessoas fazem chapinha e se vestem como a piriguete que passeia pelo
Shopping Morumbi. Pessoas compram carros e motos pra fazer parte de um grupo
social. É óbvio uqe as pessoas tem liberdade pra omitir de onde vem… Também é óbvio
que ninguém tem a obrigação de andar por aí reforçando o estereótipo do favelado (o
famoso “mano”)…

Por outro lado, negar suas origens é adequar-se a um padrão imposto por uma elite que
não reconhece a existência da periferia e de seus problemas. Quando fazemos este jogo,
alimentamos o argumento de que não existem diferenças sociais no Brasil ou que pobre
é pobre porque não se esforça o suficiente. Quem nega a própria origem, o faz porque
deseja fazer parte de um grupo social que não o aceita…

O uso do termo FAVELA no folder é a reafirmação de nossas origens. Somos favelados


e nos reconhecemos como o tal. Afinal, o que faz de nós, periféricos, melhores do que
os favelados?

Não alimentamos qualquer estereótipo, porém, não vemos a necessidade de adequação


do nosso vocabulário ou comportamento a padrões que não correspondem a nossa
realidade. Isso não é se fazer de coitado. É ter orgulho de ser, orgulho da origem, da
cultura e da força adquirida graças a necessidade constante de superar nossos limites.

É isso que o projeto Cine Viela representa… Nosso cansaço de fazer parte de um padrão
inventado por um sistema que nos manteve a margem desde sempre. Nossa vontade de
fazer algo por nossa gente ao invés de esperar que o estado faça… O Cine Viela é
#NoisPorNois
“Não, não queremos ser chamados de favelados, apesar de sermos!”

Esse é o pensamento de quem mora na favela (inclusive yo), mas observando bem de
perto, percebo que apesar de não quererem ser chamados de favelados, a maioria não tá
nem aí pro próprio lugar que mora. Jogam lixo em local errado (córrego/terrenos
baldios), apesar de ter uma lixeira na rua… não desentopem o esgoto qdo entope…

Acho q se tem essa visão imunda da FVL porque os próprios moradores não fazem
questão de se mexer e tentar melhorar o lugar onde moram e se fazem de vítima o
tempo todo. Pensam ser fracos, mas são acomodados.

“-Ahh, aqui é favela, tem q ser suja.”


Não é assim, pobreza não é sinônimo de sujeira.

(Essa é a visão q tenho de onde moro, não generalizada)

O que adianta ter a casa mais linda da favela, tendo que pisar no barro pra entrar em
casa?
Aqui onde moro foi combinado de cada um dar 50 reais pra cimentar a viela… 3
pessoas deram o dinheiro, e as mais “pobres”.
Acho q quanto menor a casinha mais sincero o bom dia.
A maioria reclamou do preço… mas gastam 200 reais na porra de um timberland pra
pisar na lama e no esgoto.

Talvez esteja errado, mas me parece q qto mais um favelado tem, mas ele se acha
melhor q os vizinhos… daí vem o egoísmo
anti-comunitário.

MEui querido… refleti muito sobre este comentário pois sei que é verdadeiro…

Enfim, achei a resposta (talvez não a correta, mas a que eu acredito)..


Criaram uma realidade pra nós…Criaram um mundo FDP e injusto e nos entregaram…
Nesse mundo, favelas são imundas, reduto de bandido e o top de linha é EUA, Europa e
o escambau… O cara sai do capão pra ir passear no Shopping morumbi pra se sentir
parte de um mundo ao qual ele não pertence…Esse processa, o faz negar a própria
realidade pra tentar se encaixar na realidade do dominador…o últio texto que escrevi
sobre isso debate esta questão…

Perdemos nossa identidade como favelados… ser morador de favela é motivo de


vergonha pra nós… por isso muitas essoas em estas atitudes com a própria quebrada…
mas nunca é tarde né?
o Sistema capitalista é individualista…
A vergonha de ser favelado o faz negar a identidade e não reconhecer as próprias falhas
e lutar pelo bem-estar coletivo… No fim das conats, é mais fácil ser alienado e somente
reproduzir o comportamento estereotipado.. a reflexão e o rompimento da inércia é um
processo dolorido.. é mais fácil entrar no personagem e fazer o jogo do sistema…

O jogo é tão bizarro que quando o cara melhora a casa dele, já não se vê como
favelado…sua casa esta rebocada, com a frente bonita.. e como ele esta cercado de
favelados, seus esforços passam a ser o de proteger o próprio patrimônio…

Por isso é tão importante romper com estes padrões de comportamento e resgatar nossa
identidade…

Esse é o ponto…
Não é o favelado que se sente melhor por ter mais posses que o outro.. é o indivíduo
inserido em um contexto capitalista, seja em uma favela ou num AP de luxo no
Morumbi…. essa é a logica do sistema… basta observar e vc vai ver…

Ocorre que nós somos condicionados a olhar pro nosso espaço como se não fizéssemos
parte dele…

Fato é que precisamos trazer esse debate

Vc acha que ser morador de favela é ser


sinônimo de ser vagabundo?
Poha, eu não moro numa favela, mas conheço gente que mora lá. Por que toda vez que alguns
de vcs querem chingar alguém aki chamam a pessoa de favelada? Acho que quem faz esse tipo
de coisa tem que levar muita surra da vida pra aprender umas lições. 90% dos moradores de
favela acordam as 4:00 hs da manhã pra trabalhar e saem as 9:00. Vcs acham justo subjulgar
uma pessoa por onde ela mora? Vcs acham que são melhores por morar no asfalto. Ah, vái pra
casa do k cet.

 4 meses atrás
 Denuncie
Detalhes Adicionais
Jorge Silva: Com certeza vc é muito mais marginal que 90% dos favelados.

Um amor...: Então vc acha que todo pobre é bandido? E Brasilia?

4 meses atrás

Eu só fiz essa pergunta p/ ver o grau de ignorancia e idiotice que alguns usuarios aki do yahoo
possuem. Tem que aprender muito com a vida... É impressionante como o povo brasileiro é
capaz de ser tão eskroto e arrogante. E olha que vivemos TODOS na mer.da.

Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta


Eu morei em favela durante 6 anos e a maioria das pessoas são ótimas. Não vou dizer
honestas,pois infelizmente no Brasil,é comum a picaretagem,não só nas favelas. Porém na
favela tem uma minoria que cisma que tem que ser perigoso e são esses que queimam o filme.

Sabe, a sua dúvida é muito interessante, e vc tem razão, sempre que alguém vai xingar uma
pessoa chama sim de favelado, ou favelada, mas sabe oque me da mais tristeza ? É saber que
tem gente na favela que é mais honesto do que quem vive em um hotel de luxo na copa
cabana, pow, tem gente que mora na favela, que tem tanto dinheiro, mas tanto dinheiro, que
podia comprar um hotel, mas muitas das pessoas ricas na favela, por exemplo na favela da
rocinha, nasceram e cresceram nas favelas, e quando crescem bem sucedidas e com muito
dinheiro, em vez pra um hotel de luxo, mora na favela, e o mais legal, nao esnobam as pessoas
menos favorecidas financeiramente ! = D

Bom, essa é a minha opnião, e mais uma vez vc fez uma pergunta excelente, pois falou de uma
realidade muito mal contada pela sociedade !! Abraços

Na favela as pessoas são humanas como as do asfalto só que tem coisas na favela que
não são excessão, digo porque mori no Jacaré, aqui no Rio, Manguinhos, Penha( Vila
Cruzeiro) Morro do Amor no Lins, Vila Kennedy em Bangú, e te digo que a maioria
dos jovens invejam os bandidos achando que maniro é ser como eles, eles não caem
bêbados como seus pais, seus tios seus avós, os bandidos andam de pistola com marra
de valente de gostoso e istoquer queiram ou não admirado pelos jovens da comunidade,
as meninas são desbocadas, s vestem mostrando o corpo como mercadoria ( Hoje
inclusive sendo imitadas pelas do asfalto), falando palavrão tomando cerveja que
convenhamos deixa a mulher mais fácil, sem pudor, at´os honstos trabalhadores que
saem as 4,00 h para trabalhar se consideram malandros e se tu quizer ser esculachado
por alguém é só arrumar questão comum deles, são bons de briga, são comedores, são
relapços nos estudos. subjugam os tímidos nas escolas ´um povo diferente não tem
dúvida nem melhor nem pior que os do asfalto, mas difrent dos do asfalto com certeza
palavra de quem tem trinta anos de favelas morros no Rio mesmo sendo gaúcho. Um
abraço

 4 meses atrás

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