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DIVERSAS TÉCNICAS DE
RESPIRAÇÃO PARA O CANTO
MONOGRAFIA APRESENTADA
AO CEFAC - CENTRO DE
ESPECIALIZAÇÃO EM
FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA
PARA A FINALIZAÇÃO DO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
EM VOZ.
Salvador, 2000.
MAYRA CARVALHO OLIVEIRA 7
DIVERSAS TÉCNICAS DE
RESPIRAÇÃO PARA O CANTO
MONOGRAFIA APRESENTADA
AO CEFAC - CENTRO DE
ESPECIALIZAÇÃO EM
FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA
PARA A FINALIZAÇÃO DO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
EM VOZ.
Salvador, 2000.
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FICHA CATALOGRÁFICA
Curso de Pós-Graduação.
SUMÁRIO
Introdução 06
Revisão Literária 07
Conclusão 25
Resumo 26
Summary 27
Referências Bibliográficas 28
MAYRA CARVALHO OLIVEIRA 11
INTRODUÇÃO
REVISÃO LITERÁRIA
Respiração Diafragmático-Abdominal
ou Costo-Diafragmático-Abdominal
respiração. Ele tem tanta pressa para dizer algo (talvez por medo
de perder a atenção de seus ouvintes) que apenas toma uma
rápida e superficial inspiração e segue a toda velocidade falando,
apostando que terá ar o bastante para terminar o que está
dizendo;
O Esbanjador - Essas pessoas podem tomar muito ar em cada
vibração das pregas vocais. Quando estão "treinando" sua voz, os locutores
ou cantores, frequentemente, focalizam no desenvolvimento do controle
consciente do mecanismo de respiração. Este controle consciente, no
entanto, deve sempre ser consistente com as exigências fisiológicas de ar do
indivíduo. Quando um problema ocorre com a respiração, é, muitas vezes, o
conflito entre as necessidades fisiológicas e as exigências da fala/canto pelo
ar que causa o uso incorreto do mecanismo vocal. Nossa dependência da
renovação constante do suprimento de oxigênio impõe certas limitações
sobre quantas palavras podemos dizer, quantas frases podemos cantar ou
quanta ênfase podemos usar em uma expiração.
Ainda segundo Boone e McFarlane, 1994; Pinho, 1998; Ferreira e
Pontes, 1995; Quinteiro, 1989; Baxter, 1990; Crary e Col., 1996; Casanova,
1992; Sataloff, 1997, o ar inspirado entra pelas narinas e passa pelas
cavidades nasais para a nasofaringe através do pórtico velofaringiano aberto
para a orofaringe. Para quem respira pela boca, o ar entra através da
abertura bucal e passa pela cavidade oral, pela superfície da língua até a
orofaringe. O ar, então, flui pela hipofaringe. Da hipofaringe, a inspiração flui
para a laringe (figura 1), passa entre as pregas vocais ventriculares ou falsas
pregas vocais e passa entre as verdadeiras pregas vocais para baixo, para a
traquéia. Na extremidade inferior da traquéia, a via aérea se divide nos dois
tubos bronquiais e bifurcação traqueal. Os tubos bronquiais ramificam-se
adicionalmente em divisões conhecidas como bronquíolos e eles , por fim,
terminam nos pulmões em pequenos sacos de ar conhecidos como sacos
alveolares.
Para Pinho, 1998, vale, mais uma vez, ressaltar que a respiração
bucal causa ressecamento de todo o trato vocal, prejudicando a vibração das
pregas vocais. Na presença de rinite alérgica não intensa, a terapia
respiratória pode auxiliar. O desuso do nariz como via de acesso do ar
respiratório pode ser a causa da atrofia da mucosa nasal.
Podemos acrescentar neste estudo sobre cantores o grande
conhecimento de Quinteiro, 1989, pesquisadora de atores de teatro e fazer
uma analogia aos cantores, onde ela ressalta que uma das preocupações
mais frequentes no trabalho vocal do ator é o fato de a voz ir para a
garganta, que é uma região de vibração. Mais especificamente, falamos das
pregas vocais, que vibram para produzir o som e que não devem, portanto,
receber qualquer tensão. No entanto, faz-se necessário um ponto de apoio
para que se possa lançar o som vocal à distância que se deseja. Via de
regra, os atores fazem da garganta esse ponto de apoio. Essa incoerência
faz com que os atores passem a exibir gargantas estufadas e de veias
saltadas.
Nossa proposta de apoio é a pressão que pode ser deflagrada
entre os dois diafragmas: o diafragma torácico e o diafragma pélvico.
O ator deve promover uma leve pressão abdominal (baixo
ventre), mais ou menos a uns quatro dedos abaixo do umbigo, seguindo-se
de uma leve contração glútea. A situação pode ser comparada ao que nós
chamamos de barriguinha de praia: um leve recolhimento da barriga, sem
envolver a região estomacal, seguido de sutil contração glútea (figura 2).
Este exercício deve ser incorporado ao dia-a-dia do ator, tornando-se um
hábito natural e constante na sua vida.
É para esta região pélvica que o ator deve encaminhar sua
atenção quando desejar uma projeção mais resistente. O cinturão pélvico,
como costumamos chamar a esta disposição corporal, é indispensável para
a fala cênica. Quando o ator dirigir a sua fala para o grito ou para o sussurro,
recomenda-se um cingimento máximo do cinturão pélvico. Nessa situação,
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frente;
A competência velofaríngea deve estar intacta, permitindo a
CONCLUSÃO
RESUMO
SUMMARY
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS