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Morfol

orfologia
ogia das Plantas
Forrageiras

Ricardo Augusto de Oliveira


www.manejodepastagens.ufpr.br
Introdução
ntro ução
⇒ Morfologia
⇒ Define e arquitetura da planta
⇒ Influencia a palatabilidade e a acessibilidade
⇒ Afeta
Af a habilidade
h bilid d de
d crescimento
i - desfolhação
d f lh ã

⇒ Fisiologia
l
⇒ Estabelece a capacidade de captura de energia
s l
solar e a síntese
sí t s de
d produtos
d t s necessários
ssá i s para
sustentar o desenvolvimento estrutural

Diretamente Associados
⇒ Impacto do pastejo sobre as plantas
⇒Diminui a capacidade fotossintética
⇒Diminui a área foliar
f

⇒ Competição
mp ç plantas x p
p pastejadores
j
⇒Minimizar a probabilidade de serem desfolhadas
p
⇒Rápida recomposição
p ç da AF removida

⇒ Atributos morfológicos
g - acessibilidade
⇒ Compostos bioquímicos - palatabilidade

⇒ Rápido restabelecimento
⇒ Processos ffisiológicos
g -f
fotossíntese
⇒ Disponibilidade de meristemas apicais
Características
aract r st cas Morfológicas
Morfo óg cas
⇒ Comunidade de plantas
⇒ É composta por várias plantas

⇒ Planta
⇒ É composta por vários perfilhos

⇒ Perfilho
⇒ É formado por vários fitômeros

⇒ Fitômero - unidade básica de crescimento


⇒ Formado
F d pelol nó,
ó entrenó,
t ó gemas axilares,
il bainha,
b i h
nó, lâmina foliar (poaceaes)

⇒ Formado pelo entrenó, gema axilares, estipula,


pecíolo e folíolos (fabaceaes)
Características
aract r st cas Morfológicas
Morfo óg cas
Características
Ca acte st cas Morfológicas
o o óg cas
Gramíneas

A planta:
raíz, colmo
raíz colmo,
folhas,
perfilhos,
i fl
inflorescência,
ê i
semente. .
Gramíneas – Propagação vegetativa

MORFOLOGIA – Capim elefante


Gramíneas – Propagação Vegetativa

MORFOLOGIA

• Sistema Radicular
• Fasciculado
• Adventícias - primórdios radiculares - toletes
• Função
F ã - absorver
b á
água
• Permanentes - primórdios radiculares - brotações
• Função - sustentação - absorção
Gramíneas – propagação sexuada

Raiz: fasciculada
-Primárias ou seminais
-Secundárias ou adventícias

Raíz primária
Raíz secundária
Gramíneas

Colmo:
Nó e entre-nó
Varia de 5 a 9
dependendo da espécie e variedade

Lâmina Foliar

Bainha Foliar

Entre-nó


Gema Axilar
Gramíneas

Folha
Fitômeros
As ggramíneas são compostas
p por
p Fitômero 4

perfilhos. Cada perfilho é uma Fitômero 3

sucessão de fitômeros, que por sua


Fitômero 2
vez são constituídos de uma folha,
folha Fitômero 1
um entre-nó e uma gema. Trata-se,
portanto, de um tipo de
crescimento
i t modular.
d l A folha
f lh
G iovana/2001

Lâmina Foliar
localizada mais próxima ao solo é a
mais velha e à medida em q que se Bainha Foliar
sobe no perfil da pastagem as
folhas surgem sucessivamente em
lados opostos dos perfilhos.
perfilhos
Entre-nó


Gema Axilar
Expansão foliar

O crescimento da folha
se faz através da
Lâmina divisão celular - a
lâ i
lâmina e a bainha
b i h das
d
folhas são formadas por
Meristema
intercalar
uma faixa
fa xa de células em
divisão, a parte
Bainha superior formando a
lâmina e a inferior
formando a bainha.
• Folhas
• Anatomia foliar
• Folhas

Enrolamento foliar,
característico de
gramíneas
(Poaceaes).
Tempo de duração da vida de uma
folha e senescência
O tempo de duração de vida de uma folha também é
determinada geneticamente.
geneticamente Havendo um número
máximo de folhas num perfilho, a cada nova folha que
aparece,
p , uma
m senesce p permanecendo
m constante o
número de folhas no perfilho. Esta característica
também é fundamental no manejo da pastagem pois
d
determina quanto tempo uma folha
f lh estará
á “à espera””
de uma desfolha, antes de senescer e não mais
contribuir à alimentação animal.
animal
Senescência
⇒ Fitômeros
Fitô
⇒ São diferenciados pelo meristema apical - ponto
d crescimento
de i t - rápida
á id divisão
di i ã celular
l l

⇒ Meristema
M i apical
i l - ponto de
d crescimento
i
⇒ Promovem rápido crescimento da planta
⇒ Posicionado no ponto mais alto do colmo

⇒ Gema Axilar
⇒ Crescimento mais lento - outro perfilho
p
⇒ Meristema Apical
⇒ Meristema
M i t A i l
Apical
⇒ Meristema
M i t A i l
Apical
⇒ Meristema
M i t A i l (2ªhipótese
Apical (2ªhi ót corte)
t )

Q a
Qual
velocidade de
crescimento?
Leguminosas - Fabaceaes

Fig. Primeiras estapas do desenvolvimento da


alfafa (cotilédone e folha unifoliada) Fig. Primeiras estapas do desenvolvimento vegetativo (nº folhas
trifoliadas)
Leguminosas - Fabaceaes

Fig.Fases mais avançadas de


desenvolvimento vegetativo e
reprodutivo.
gum nosas - Fa
Leguminosas
L Fabaceaes
ac a s

Fig. Talos de alfafa com nós (posição de gemas


foliares).
Leguminosas - Fabaceaes

Fig. Formas de foliolos em folhas trifolioladas de alfafa: a) obovada, b)


oblongas, c) arredondados, d) cordiforme, e) espatulados, f) lineares
Leguminosas - Fabaceaes

Fig. Estrutura da flor de alfafa: vista superior (lado esquerdo) e vista


lateral ((lado direito).
)
gum nosas - Fa
Leguminosas
L Fabaceaes
ac a s

Fig. Fases
Fi F i i i i da
iniciais d formação
f ã da
d coroa em plantas
l com
quatro meses de cultivo
gum nosas - Fa
Leguminosas
L Fabaceaes
ac a s

Fig. Coroas
Fi C d diferentes
de dif tipos
i d tamanhos
de h em plantas
l d 1,
de 1 2
e 3 anos de cultivo.
gum nosas - Fa
Leguminosas
L Fabaceaes
ac a s
gum nosas - Fa
Leguminosas
L Fabaceaes
ac a s
Fig.
Raízes de alfafa
com dois anos de
cultivo.
gum nosas - Fa
Leguminosas
L Fabaceaes
ac a s

Fig. Coroa com seus talos primários (brotação basilar)

Fig. Estrutura básica de uma planta de alfafa.


gum nosas - Fa
Leguminosas
L Fabaceaes
ac a s

Fig.
g. Testes
estes co
com ge
genótipos
ót pos de S. capitata, S guianenesis, S. mac
macrocephala,
ocephala, S. scab
scabra,
a,
avaliados em Camapuâ, Mato Grosso do Sul, Embrapa Gado de Corte.
Hábito
Há to de Crescimento
r sc m nto

Define o grau de tolerância ao corte ou pastejo

⇒ Espécies de hábito ereto - Cespitoso

⇒ Espécies de hábito ereto – Decumbente

⇒ Espécies de hábito prostrado – estolonífero

⇒ Espécies de hábito prostrado - rizomatoso


Hábito
Há to de Crescimento
r sc m nto

⇒ Espécies de hábito ereto - Cespitoso


⇒Elongação dos colmos durante a fase vegetativa e
i í i d
início da f
fase d
do fl
florescimento
i t
⇒Espécies muito sensíveis ao corte ou pastejo
⇒Expõem o ponto de crescimento - rebrota
⇒Não toleram pastejo contínuo
⇒ Milheto, triticale, capim elefante, capim colonião
Hábito
Há to de Crescimento
r sc m nto

⇒ Espécies de hábito ereto – Decumbente

⇒ Sem alongamento do colmo durante a fase


vegetativa

⇒ Geralmente não toleram pastejo contínuo

⇒ Azevém perene, Panicum sp. (tobiatã, aruana),


Setaria sp.
sp
Hábito
Há to de Crescimento
r sc m nto
⇒ Espécies de hábito prostrado - estolonífero
⇒ Espécies que alongam os colmos formando perfilhos
prostrados
d ou estolhos
lh
⇒ Pontos de crescimento p
próximo ao solo
⇒ Apresentam maior tolerância a utilizações mais
intensas
⇒ Pangola, capim - de - Rhodes, hemártria, trevos
Hábito
Há to de Crescimento
r sc m nto
⇒ Espécies de hábito prostrado - rizomatoso
⇒ Espécies que alongam os entrenós subterraneamente
formando rizomas
⇒ Pontos de crescimento bem protegidos
⇒ Suportam pastejo contínuo e alta pressão de pastejo

⇒ Cynodon sp., Pennisetun clandestinum (Quicuio),


humidícola
Hábito
Há to de Crescimento
r sc m nto
Hábito
Há to de Crescimento
r sc m nto
Preservação do Ponto
de Crescimento
⇒ Meristema apical
⇒ É formado por células propensas a divisão celular
⇒ Com a preservação do MA ocorre rápida formação de
perfilhos - favorecendo a recuperação da forrageira
⇒ Desfolha favorece a entrada de luz
⇒ Plantas de hábito de crescimento estolonífero e
rizomatoso - mantém o PC próximo ao solo
Preservação do Ponto
de Crescimento
⇒ Plantas de hábito de crescimento cespitoso

⇒ Elevam
El rapidamente
id t o meristema
i t apical
i l

⇒ Eliminação
ç do meristema apical
p -p
perfilhos laterais -
gemas basais

⇒ Crescimento mais lento

⇒ Favorece
F o aumento
m nt na
n densidade
d nsid d dde p
perfilhos
filh s
Hábito de Crescimento e Interceptação
d R
da Radiação
di ã
⇒ Exerce efeitos indiretos
⇒ Determina a arquitetura das plantas
⇒ Permitir maior ou menor proteção dos pontos de
crescimento
A Arquitetura da Planta e a
Competição por Luz
⇒ Altura
⇒ É a característica mais importante que determina a
habilidade competitiva
p pela
p luz

⇒ Consórcio de gramíneas e leguminosas


⇒ A gramínea tende a abafar a leguminosa
⇒ Controlar a altura da gramínea
⇒ Arranjo das
d f folhas
lh no perfil
f l da
d vegetação
ã
⇒ Densidade e angulo foliar
⇒ Concentração vertical da forragem

⇒ Absorção
ç da radiação
ç
⇒ Gramíneas são mais eficientes
A Arquitetura da Planta e a
Competição por Luz
Mecanismos de Resistência
ao Pastejo
⇒ Resistência
R i tê i ao pastejo
t j
⇒ Descreve a habilidade relativa das plantas para sobreviver ao
p
pastejo
j
⇒ Mecanismos de tolerância
⇒ Mecanismos que aumentam o crescimento após a desfolha
⇒ Características
C t í ti morfológicas
f ló i e fi
fisiológicas
i ló i
⇒ Mecanismos de escape
⇒ Mecanismos que reduzem a probabilidade de desfolha
⇒ Características morfológicas (Ex. espinhos, pêlos, cera)
p
⇒ Compostos bioquímicos
q (Ex.
( taninos))
Mecanismos de Tolerância

⇒ Mecanismos
M c nism s m
morfológicos
rf ló ic s
⇒ Potencial de reposição
p ç de folhas

⇒ Dependente do número e localização dos meristemas

⇒ Meristema apical - rápido

⇒ Gemas basais - lento


Mecanismos de Tolerância
⇒ Mecanismos fisiológicos
⇒ Fotossíntese e taxa de crescimento compensatório
⇒ Folhas
F lh s pastejadas
st j d s tem
t capacidade
id d ffotossintética
t ssi téti
de 15 a 50% superior as não pastejadas
⇒ Alocação
Al ã dde carbono
b
⇒ Aumenta a taxa de reposição de folhas e
restabelece
t b l a capacidade
id d ffotossintética
t i téti
⇒ Carbono realocado é convertido em área foliar
⇒ Ativa o desenvolvimento das gemas basais
⇒ Redução no crescimento radicular
Mecanismos de Tolerância
⇒ Mecanismos fisiológicos
⇒ Reservas de carboidratos
⇒ São utilizadas p
para o crescimento e manutenção
ç -
capacidade fotossíntética é limitada

⇒ Alocação de carbono
⇒ Aumenta a taxa de reposição
p ç de folhas e
restabelece a capacidade fotossintética
⇒ Carbono
ar ono realocado
r a oca o é convertido
con rt o emm área
ár a foliar
fo ar
⇒ Ativa o desenvolvimento das gemas basais
⇒ Redução no crescimento radicular
Mecanismos de Escape
⇒ Parâmetros morfológicos
⇒ Influenciam a acessibilidade e a palatabilidade

Nível de Mecanismos de escape Características morfológicas


Organização
Número e comprimento de
entrenos; ângulo do perfilho;
Acessibilidade do tecido
comprimento e ângulo foliar,
relação F:C
Perfilho
Mecanismos detentores Acúleos ou espinhos
Características da epiderme Cêras, sílica
Resistência da folhas; presença de
Anatomia foliar
f
bainha vascular
Acúmulo de colmos; taxa de
Planta Acessibilidade do tecido
perfilhos vegetativo:reprodutivo
Mecanismos de Escape
⇒ Compostos bioquímicos / compostos
secundários
ompostos qualitativos
⇒ Compostos qual tat vos (<
( 2% MS)
⇒ Alcalóides, glucosinolatos e compostos cianogêncios
⇒ Custo de p
produção
ç relativamente baixo
⇒ [ ] aumenta rapidamente em resposta a desfolha

⇒ Compostos quantitativos (5-20% MS)


⇒ Tâninos, lignina
g e resinas
⇒ Maior custo de produção
⇒ [ ] aumenta lentamente em resposta a desfolha

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