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Psicotropicos - Diazepam
Universicade de Cuiabá
Relatorio de Pesquisa
Psicotropicos - Diazepam
Universicade de Cuiabá
4º. Semestre
Introdução
Ansiedade é uma reação biológica natural do organismo a uma situação de desafio, que exija
ação imediata – chamada de situação “estressora”. Desta forma, o organismo fica preparado
para agir de modo a enfrentar, resolver e remover o problema de seu ambiente. Após enfrentar
e resolver o problema ou ameaça, ou seja, removido o agente “estressor”, não há mais motivo
para que o organismo mobilize tantos recursos e ele volta ao seu estado normal.
O mesmo autor apresenta, mais adiante, uma descrição dos três níveis de manifestação da
Ansiedade:
A classificação dos transtornos de ansiedade vem sendo modificada desde a 1ª edição do DSM
em 1952. Atualmente, prevalece a classificação do DSM-IV de 1994, que reconhece os
seguintes tipos de transtornos de ansiedade como: ansiedade generalizada, pânico, transtorno
obsessivo-compulsivo, fobias (agorafobia, social e simples), transtornos do estresse pós-
traumático e transtornos de ansiedade atípica (Tabela I).
O transtorno de ansiedade generalizada é um estado de apreensão ou preocupação constante,
de intensidade flutuante cuja causa não é identificável. Geralmente é acompanhado de tensão
motora, irritabilidade e perturbações do sono. É persistente, com duração de pelo menos 6
meses.
Neurotransmissores na ansiedade
Diazepam
Sternbach fez a síntese da primeira benzodiazepina, mas só mais tarde, em 1957, é que
Kendall descobre o efeito tranquilizante do oxidoclorodiazepam. A partir desta altura foi
sintetizado um grande número de substâncias semelhantes - diazepam (Valium), o
flunitrazepam (Rophynol), o oxazepam (Serenal) e o lorazepam (Temesta) -, sendo que os
compostos incluídos nesta família ultrapassam já os 2000. Destes, apenas 35 são utilizados
com fins terapêuticos no tratamento de ansiedade e insónias. [5]
Tornaram-se os fármacos mais receitados para estes problemas a partir dos anos 60, tendo
vindo a substituir os barbitúricos devido à sua maior segurança e menores efeitos secundários.
Actualmente, constituem o grupo de fármacos mais receitado em todo o mundo. [5]
[18]
O Diazepam é uma benzodiazepina, pois na sua estrutura apresenta um anel benzénico unido
a um diazepínico onde se podem encontrar as funções amida e hidrocarboneto. [6]
É usado como ansiolítico e anticonvulsivante.
Em Portugal é uma das benzodiazepinas mais populares sendo por isso uma das mais
prescritas em neuroterapia e psicoterapia. [9]
Mecanismo de Ação
Actua numa porção do receptor do Gaba - canal de Cl- permitindo a sua abertura e entrada do
ião potenciando a acção Gabaérgica (inibitória) pré e pós sináptica no SNC.
Assim, quando, devido às tensões do dia-a-dia ou por causas mais sérias, determinadas áreas
do cérebro funcionam exageradamente, resultando num estado de ansiedade, as
Benzodiazepinas exercem um efeito contrário, isto é, inibem os mecanismos que estavam a
funcionar em excesso e a pessoa fica mais tranquila e menos reactiva aos estímulos externos.
Como consequência desta acção, os ansiolíticos produzem uma depressão da actividade do
nosso cérebro que se caracteriza por:
o diminuição de ansiedade
o indução de sono
o relaxamento muscular
o redução do estado de alerta
O Diazepam é utilizado:
• No tratamento da ansiedade
• No tratamento da insónia
• Como relaxante muscular
• Em medicação pré-anestésica
DOSES
• Comp. de 5 e 10 mg - Ampolas de 10 mg
• Dose: 10 mg de 1 a 3x/dia
Idosos - Pacientes idosos devem receber doses menores. Eles devem ser acompanhados
regularmente no início do tratamento para minimizar a dosagem e/ou frequência de
administração e para prevenir sobredosagem devido ao acumulação.
Crianças - A dose usual de diazepam injectável varia de 0,1-0,3 mg/Kg por dia. Os
benzodiazepinas não devem ser dados a crianças sem confirmação cuidadosa da indicação. A
duração do tratamento deve ser a menor possível.
Contra Indicações
• Miastenia gravis
• Hipersensibilidade ás benzodiazepinas ou qualquer um dos excipientes
• Insuficiência respiratória grave
• Síndroma da apneia do sono
• Insuficiência hepática grave (pode desencadear encefalopatia)
O tratamento deve começar com a dose mínima recomendada e nunca deve ser excedida a
dose máxima recomendada.
A duração do tratamento deve ser a mais curta possível não devendo exceder as 4 semanas
para a insónia e as 8-12 semanas para a ansiedade, incluindo o tempo de diminuição gradual
de dose.
Como é uma benzodiazepina de longa duração, o doente deve ser vigiado regularmente no
início do tratamento a fim de diminuir a dose ou a frequência de administração em caso de ser
necessário para prevenir uma sobredosagem devido a uma acumulação. Alerta-se ainda para o
facto de poder ocorrer síndrome de abstinência aquando de uma eventual alteração da
terapêutica para benzodiazepinas de curta duração.
A este fármaco está associado um fenómeno de tolerância, isto é, pode ocorrer diminuição da
eficácia do seu efeito hipnótico após o uso repetido ao longo de poucas semanas.
Está também associado um fenómeno de dependência física e psíquica que aumenta com a
dose e duração do tratamento. Este fenómeno pode resultar numa intensificação da insónia e
da ansiedade no caso de haver uma paragem abrupta da medicação.
Indicações Medicamentosas
Pode ainda ocorrer uma intensificação do efeito depressor no caso de uso simultâneo com
antipsicóticos neurolépticos, hipnóticos ansiolíticos/sedativos, fármacos antidepressivos,
analgésicos narcóticos, anti-epiléticos, anestésicos e anti-histamínicos sedativos.
O uso concomitante com antipsicóticos pode conduzir a efeitos aditivos sobre a função
cardiovascular e respiratória, podendo causar hipotensão, depressão respiratória, perda de
consciência, paragem cardiorespiratória e morte súbita. O mecanismo é desconhecido.
Opiáceos como levometadil e outros depressores do SNC podem resultar num efeito aditivo
com depressão respiratória hipotensão, sedação ou coma.
Efeitos Secundarios
Confusão emocional
Alerta reduzido
Fadiga
Cefaleias
Tonturas
Fraqueza muscular
Ataxia
Visão dupla
Reacções psiquiátricas e paradoxais, que são mais frequentes nas crianças e idosos. De
realçar as seguintes: inquietação, agitação psico-motora, irritabilidade, agressividade, ilusões,
raiva, pesadelos, psicoses e comportamento inadequado.
Sobredosagem
Em caso de sobredosagem por via oral deve-se induzir o vómito (dentro de 1 hora) se o doente
estiver consciente ou fazer uma lavagem gástrica se o doente estiver inconsciente. Se não
houver vantagem em esvaziar o estômago deve ser dado carvão activado para reduzir a
absorção.
Tal como outras benzodiazepinas a sobredosagem não coloca a vida em risco excepto se
utilizadas em associação com outras substâncias depressoras do SNC tal como o álcool.
Propriedades Farmacológicas –
Farmacocinética
Metabolismo
Assim:
Toxicidade
Dependencia
Considerações Finais
benzodiazepínicos não removem a causa da ansiedade, seja qual for no caso específico.
Proporcionam alívio dos sintomas, alívio esse que pode ser essencial, indispensável, em
muitas situações. Mas não resolvem o problema principal, não “curam a doença”. Transformá-
los em “muletas” para conseguir viver é arriscar-se a vivenciar situações, se não exatamente
iguais do ponto de vista da definição acadêmica, pelo menos muito parecidas com as de um
alcoólatra ou um dependente de drogas ilícitas – um “viciado”, se preferir esse termo. Existindo
a possibilidade de usar outros meios para controlar a ansiedade, você deveria experimentá-los
antes de exigir de seu médico uma caixinha de “coloridas pílulas de tranqüilidade”… Pois você
pode estar, inadvertidamente, adquirindo uma caixinha-de-pandora repleta de ansiedade!
Diazepan ESCRAVIDÃO ( O outro lado do alivio)
Bibliografia: