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SEMINÁRIO:
03/2011
Turma : PQ RA :
2 - Introdução
Conceitos:
Do Dicionário:
ética
é.ti.ca
sf (gr ethiké) 1 Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É
ciência normativa que serve de base à filosofia prática. 2 Conjunto de princípios morais que se devem
observar no exercício de uma profissão; deontologia. 3 Med Febre lenta e contínua que acompanha doenças
crônicas. É. social: parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as relações
entre os diversos membros da sociedade.
Classificações:
Seu enfoque para explicar o mundo é a razão (constrói a teoria explicativa e vai ao mundo
para ver sua adequação).
Cada ser humano tem uma bússola, um semáforo (a consciência, a razão) inato que indica
racionalmente o que é bom e o que é mau, o que tem valor.
A norma ética é atemporal, absoluta, ubíqua (Existem valores éticos que podem ser
conhecidos - e ensinados - a priori).
Existe ética universal, objetiva (em contraposição a subjetiva).
Seu enfoque é o estado atual do mundo (observa o que existe e constrói a teoria
explicativa).
A norma ética é puramente convencional, mutável, subjetiva. Logo existem várias normas
aplicáveis (para uma mesma situação).
Não existem valores universais, objetivos, mas estes são convencionais, condicionados ao
tempo e ao espaço.
PRINCÍPIO BÁSICO: É bom o que é útil (“A felicidade é o único fim da ação humana e sua
consecução o critério para julgar toda conduta”. J. S. Mill)
COROLÁRIO: Os fins justificam os meios.
PRINCÍPIO BÁSICO: Não se pode dizer com certeza o que é certo ou errado, bom ou mau,
pois ninguém jamais será capaz de desvendar os mistérios da natureza.
CARACTERÍSTICAS
Na dúvida, o cético não nega, nem afirma: não julga, abstém-se de tomar uma atitude (o
que já é uma atitude).
Os céticos históricos não pregavam o ceticismo absoluto: admitiam valores como a
dignidade do trabalho, acolhimento das leis locais, satisfação moderada das necessidades.
NOMES: Sexto Empírico, Protágoras (c. 487 - 420 a.C.), Carneades (214 - 129 a.C.) (ver:
“Os 100 livros que mais influenciaram a humanidade).
CARACTERÍSTICAS - Nesta ética cada qual adota a conduta mais conveniente com sua
própria escala de valores.
O certo e o errado devem ser avaliados em função das necessidades do homem.
Todas as opiniões seriam verdadeiras ou falsas. Não haveria ciência.
NOMES: Protágoras (487-420 a.C.)
PRINCÍPIO BÁSICO: Para Platão (427 – 347 a.C), todos os fenômenos naturais são meros
reflexos de formas eternas, imutáveis, as idéias, sugerindo o “mundo das idéias”.
CARACTERÍSTICAS:
Discípulo de Sócrates, de quem registrou e desenvolveu as idéias, ensinava no “bosque
Academus” procurando embasar a teoria da conduta em bases racionais, para serem
sólidas e imutáveis.
Era “dualista”: os homens são formados por 2 naturezas: material (corpo, perecível) e
espiritual (alma, imortal).
O problema moral não é individual, mas coletivo, social e cabe ao estado providenciar
educação aos cidadãos para conheçam e pratiquem as virtudes, o que os tornará felizes.
PRINCÍPIO BÁSICO: Os seguidores de Epicuro (341 – 270 a.C.) tinham como bem supremo
a felicidade. Seu objetivo maior era afastar a dor e os sofrimentos.
CARACTERÍSTICAS:
Considerava a prudência a virtude dos sábios.
A ética epicurista é individualista, com certo utilitarismo egoísta.
Admitiam 3 classes de prazer: naturais e necessários, (Ex.: satisfação moderada dos
apetites), naturais, mas, não necessários (Ex.: gula, ócio), nem naturais nem necessários
(Ex.: glória).
Zenon (de Chipre, c. 300 a.C.) fundou esta filosofia que ensina a ética da virtude como fim:
o estóico não aspira ser feliz, mas ser bom.
Propunham o direito (normas éticas) universalmente válido, atemporal: o direito natural.
Professavam o monismo: os seres têm apenas uma natureza (todas as pessoas são parte
de uma mesma razão universal, o “logos”)
Ensinavam que se deve desligar-se das afeições, do mundo exterior e viver conforme a
natureza concebida pela razão.
Eram fatalistas: O destino de todos está traçado.
Tanto as coisas felizes como as desgraças são coisas naturais e devem ser aceitas com
naturalidade (com estoicismo).
NOMES: O imperador romano Marco Aurélio (121 - 180), Sêneca (4 a.C - 65 d.C.), Cícero
(106- 43 a.C).
PRINCÍPIO BÁSICO: Immanuel Kant propôs diretriz formal a que chamou “imperativo
categórico” (vale sempre e é uma ordem): “Age sempre segundo aquelas máximas
através das quais possas, ao mesmo tempo, querer que elas se transformem em lei geral”
(O mundo de Sofia, p. 356, 357).
CARACTERÍSTICAS:
Aceita a premissa básica da ética empírica: é possível distinguir o certo do errado através
da experiência, do resultado do procedimento, da observação sensorial do que de fato
ocorre no mundo, mas, juntamente com a premissa da ética racional:
A razão deve ser consultada na investigação do fim último da existência humana.
Definiu “máxima” como: princípio subjetivo, autônomo, interno (ligada à idéia do dever à
ética do dever). Lei moral: princípio objetivo, universal (diz como conduzir-se).
Autonomia e Heteronomia: Kant diz que a atitude ética é proveniente da vontade do
agente (autonomia) e não de outrem (heteronomia). Uma ação é correta se feita com “boa
vontade”, pureza de intenção, independente de sua conseqüência (ética da atitude).
Classificação das ações: Contrárias ao dever, conformes ao dever: feitas por dever, não
feitas por dever (mas por outro motivo);
(Ex.: Conservar a vida (é um dever) por dever mesmo quando não há mais apego a ela).
“Lei de ouro da ética” (Não faça ao outro o que não queres que o outro
faça a ti) vista por outras religiões:
- Hinduísmo: “O dever é, em suma, isto: não faças aos outros aquilo que se a ti for
feito, te causará dor”. Mahâbhârata, 5, 1517.
- Confucionismo: “Não faças aos outros aquilo que não desejas que te façam”.
Analecto, 15, 23.
- Zoroastrismo: “Só terás boa índole quando não fizeres aos outros o que não for
bom para ti próprio”. Dadistani-dinik, 94,5.
- Judaísmo: “Se algo te fere, não o use contra o próximo. Isto é todo o Torah; o
mais simples comentário”. Talmude.
- Islamismo: “Ninguém será um crente enquanto não desejar para o seu próximo
aquilo que desejaria para si mesmo”. Tradições.
“eu considero isto pouco ético, mas atuo desse modo porque a maior parte das pessoas assim faz”
“se cada um de nós não mudar, tudo permanecerá inalterável, e a vida profissional e em sociedade
sofrerá perdas que a todos afetará”.
Art. 1° Os Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia serão eleitos pelo
voto direto e secreto dos profissionais registrados e em dia com suas obrigações para com os citados conselhos, podendo
candidatar-se profissionais brasileiros habilitados de acordo com a Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de 1966.
Art. 29. O Conselho Federal será constituído por 18 (dezoito) membros, brasileiros, diplomados em Engenharia,
Arquitetura ou Agronomia, habilitados de acordo com esta lei, obedecida a seguinte composição:
b) 1 (um) representante das escolas de engenharia, 1 (um) representante das escolas de arquitetura e 1 (um) representante
das escolas de agronomia.
Art. 66. As questões relativas a arquitetos e urbanistas constantes das Leis nos 5.194, de 24 de dezembro de
1966 e 6.496, de 7 de dezembro de 1977, passam a ser reguladas por esta Lei.
II - quanto aos demais dispositivos, após a posse do Presidente e dos Conselheiros do CAU/BR.
Com base na pesquisa executada, pela própria natureza da profissão pode-se constatar
que as diferenças entre os códigos de ética são mínimas, não só na América do Sul, mas
também nos países europeus, o que confirma mais uma vez uma idéia central em que se
baseiam estes códigos como já descrevemos acima nos conceitos de ética e suas vertentes. No
caso de profissionais em outro país é recomendável seguir o mais restritivo sob pena de ir
contra os princípios éticos individuais e suas consequências coletivas. Lembrando ainda do
direito do profissional a escolha e da negação ao exercício de sua atividade se a mesma ferir os
princípios éticos. Este direito também é garantido pela legislação no Brasil.
TÍTULO I
Seção IV
Atribuições profissionais e coordenação de suas atividades
Art. 7º- As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo consistem em:
c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica;
e) fiscalização de obras e serviços técnicos;
f) direção de obras e serviços técnicos;
g) execução de obras e serviços técnicos;
CAPÍTULO II
Do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
Seção I
Da Instituição do Conselho e suas Atribuições
Art. 26 - O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, (CONFEA), é a instância superior da fiscalização
do exercício profissional da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia.
Art. 45 - As Câmaras Especializadas são os órgãos dos Conselhos Regionais encarregados de julgar e decidir sobre os
assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas especializações profissionais e infrações do Código de Ética.
TÍTULO IV
Das penalidades
Art. 71 - As penalidades aplicáveis por infração da presente Lei são as seguintes, de acordo com a gravidade da falta:
a) advertência reservada;
b) censura pública;
c) multa;
d) suspensão temporária do exercício profissional;
e) cancelamento definitivo do registro.
Art. 75 - O cancelamento do registro será efetuado por má conduta pública e escândalos praticados pelo profissional ou
sua condenação definitiva por crime considerado infamante.
Art. 78 - Das penalidades impostas pelas Câmaras Especializadas, poderá o interessado, dentro do prazo de 60 (sessenta)
dias, contados da data da notificação, interpor recurso que terá efeito suspensivo, para o Conselho Regional e, no mesmo
prazo, deste para o Conselho Federal.
CÓDIGODEÉTICAPROFISSIONAL
1. PREÂMBULO
Art. 1º - O Código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e honesta prática
das profissões da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e relaciona
direitos e deveres correlatos de seus profissionais.
Art. 4º - As profissões são caracterizadas por seus perfis próprios, pelo saber científico e tecnológico que incorporam,
pelas expressões artísticas que utilizam e pelos resultados sociais, econômicos e ambientais do trabalho que realizam.
Art. 5º Os profissionais são os detentores do saber especializado de suas profissões e os sujeitos pró-ativos do
desenvolvimento.
Art. 6º - O objetivo das profissões e a ação dos profissionais volta-se para o bem-estar e o desenvolvimento do homem,
em seu ambiente e em suas diversas dimensões: como indivíduo, família, comunidade, sociedade, nação e humanidade;
nas suas raízes históricas, nas gerações atual e futura.
Art. 7o - As entidades, instituições e conselhos integrantes da organização profissional são igualmente permeados pelos
preceitos éticos das profissões e participantes solidários em sua permanente construção, adoção, divulgação, preservação
e aplicação.
Art. 8º - A prática da profissão é fundada nos seguintes princípios éticos aos quais o profissional deve pautar sua conduta:
Do objetivo da profissão
I - A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente capaz de exercê-la, tendo como objetivos maiores
a preservação e o desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seus valores;
Da natureza da profissão
II – A profissão é bem cultural da humanidade construído permanentemente pelos conhecimentos técnicos e científicos e
pela criação artística, manifestando-se pela prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualidade de vida do
homem;
Da honradez da profissão
III - A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, digna e cidadã;
Do relacionamento profissional
V - A profissão é praticada através do relacionamento honesto, justo e com espírito progressista dos profissionais para
com os gestores, ordenadores, destinatários, beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de tratamento
entre os profissionais e com lealdade na competição;
VI - A profissão é exercida com base nos preceitos do desenvolvimento sustentável na intervenção sobre os ambientes
natural e construído e da incolumidade das pessoas, de seus bens e de seus valores;
7. DA INFRAÇÃO ÉTICA
Art. 13 – Constitui-se infração ética todo ato cometido pelo profissional que atente contra os princípios éticos, descumpra
os deveres do ofício, pratique condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.
Art.14 – A tipificação da infração ética para efeito de processo disciplinar será estabelecida, a partir das disposições deste
Código de Ética Profissional, na forma que a lei determinar.
9 - Conclusão
A ética através dos tempos têm mostrado-se ciência primordial, para delimitar a moral
da sociedade e promover a organização. Tem papel fundamental profissionalmente falando, no
sentido da moral e das virtudes necessárias que devem ser aplicadas ao exercício profissional,
sendo as principais: competência, coragem, perseverança, humildade, fidelidade aos
compromissos, respeito pelos direitos dos outros, sentido de equipe, generosidade, espírito
cooperativo, franqueza, lealdade ao empregador, disponibilidade para partilhar conhecimentos,
ações justas, propensão para aprender.
No tocante a engenharia por tratar-se de profissão de grande influência e interferência
direta na sociedade deve ainda ser difundida, aplicada e o aspecto ético defendido em seu
exercício. Afinal, falamos da responsabilidade sobre muitos, concentrada nas mãos de alguns.
Portanto trabalha-se na área de exatas, mas os objetivos devem estar voltados para o humano,
para a sociedade, enfim para a humanidade, como defende os próprios códigos. Tornou-se
evidente que cada vez mais o mundo corporativo está se modificando e tornando esse aspecto
a prioridade no perfil de seus profissionais, pois sofre a conseqüência do lucro imediato, da
competição desenfreada, que corrompeu organizações e gerou consequências trágicas até
mesmo para a humanidade.
10 - Bibliografia:
http://www.ethos.org.br/_Uniethos/Documents/A%20Responsabilidade%20Social%20na
%20Forma%C3%A7%C3%A3o%20de%20Engenheiros.pdf
http://www.creadf.org.br/codigoEtica/novocodigoetica/final_070303.pdf
http://www.soleis.adv.br/codigoeticadaengenhariaetc.htm
http://www.soleis.adv.br/engenhariaarquiteturaagronomia.htm
http://www.inf.ufsc.br/~falqueto/aGraduacao/INE5621_Info_Soc/Textos_Etica
http://www.creadf.org.br/codigoEtica/novocodigoetica/final_070303.pdf
http://professorbacchelli.spaceblog.com.br/r10583/Etica-Geral-e-Profissional/
http://www.soleis.adv.br/arquiteturaeurbanismoprofissaoconselho.htm