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A Parábola do bom Samaritano

A parábola do bom samaritano é uma das mais conhecidas da Bíblia: “Certo


homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de
salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos
ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto. Casualmente, descia um
sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo passou de largo.
Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e vendo-o, também
passou de largo. Certo samaritano, que seguia seu caminho, passou-lhe
perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os
ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio
animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou
dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem. E,
se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar”(Lucas
10:30-35).

A interpretação tradicional que se tem dado a essa passagem é que temos


de proceder como o bom samaritano, no sentido de que cada um deve amar
ao próximo como a nós mesmos (36-37). Apresentaremos aqui uma outra
interpretação desta mesma passagem, que nos abrirá ainda mais o leque de
aplicações da palavra de Deus na nossa vida pessoal.

O homem ferido da parábola representa cada um de nós, que descia de


Jerusalém (que significa paz) para Jericó (que significa maldição), ou seja,
fazia uma viagem descendente. Os salteadores representam a natureza
pecaminosa do homem, que leva o homem a pecar e a nunca ter paz em
sua vida. Esse viver pecaminoso resulta num homem ferido que acaba se
tornando egoísta, adúltero, mentiroso, rebelde aos pais. Sem sentido e paz
para viver, muitos acabam perdendo-se nas drogas, numa jornada cada vez
mais descendente. O final de tudo isso é um homem semimorto: vivo
quanto ao corpo, mas morto quanto ao espírito.

Os sacerdotes e os levitas são os dois principais grupos de judeus no Antigo


Testamento, que representam a religião. Esta nos dá muitas ordenanças e
mandamentos, sem os quais – diz ela – não podemos ser salvos. Em outras
palavras, diz que temos que fazer muitas coisas (boas) para que possamos
ser salvos por Deus. Como o homem na parábola está semimorto, sem
condições de praticar qualquer (bom) ato, os religiosos não crêem que ele
pode ser salvo por si próprio, julgam-no um caso sem esperança e nem
mesmo tentam ajudá-lo. Portanto a única esperança deste homem é que
alguém venha salvá-lo.

Diferentemente do sacerdote e do levita, que desciam por acaso, o


samaritano estava em seu caminho, ou seja, ele veio com o propósito de
salvar o homem, tendo amor e compaixão.

O samaritano tipifica o Senhor Jesus (os judeus sempre desprezaram os


samaritanos, considerando-os um povo mestiço. Certa vez o Senhor Jesus
foi acusado de ser samaritano, mas não se defendeu dessa acusação
específica, cf. João 8:48). O Senhor Jesus não nos quer dar nenhuma
religião. Ele simplesmente quer salvar-nos. O vinho representa o sangue
que o Senhor Jesus derramou por nós na cruz, que é para nos purificar de
todos os nossos pecados (1 João 1:7), ao passo que o óleo tipifica o Espírito
Santo, que é para nos dar a vida divina (1 Coríntios 15:45b) A redenção do
Senhor Jesus é tipificada pela prata, matéria-prima do denário. O Senhor
Jesus quer levar-nos para uma hospedaria, que é a igreja. O hospedeiro
representa os cristãos que estão na igreja e que irão cuidar de nós. O
samaritano, ao dizer ao hospedeiro que voltaria à hospedaria indica que
todo cristão deve vigiar e aguardar a volta de Cristo.

Se você já se sentiu como esse homem da parábola convidamo-lo a fazer a


seguinte oração: “Senhor Jesus, eu creio em Ti; obrigado por não me ignorar
por todo esse tempo em que eu Te ignorei; obrigado por ter vindo em minha
direção para me salvar; creio que Teu sangue precioso já me limpou de
todos os meus pecados; enche-me com o Teu Espírito. Ó Senhor Jesus!
Amém!

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