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VANGÉLICOS EM CRISE
PAULO ROMEIRO
OBJETIVOS DA AGIR
OS DESAFIOS
O Brasil é um país místico e obcecado pelo sobrenatural.
Esta é uma das razões porque muitos movimentos religiosos
questionáveis crescem tanto por aqui. Seitas como Testemunhas
de Jeová, Mormonismo, Igreja da Unificação do Rev. Moon, Nova
Era, Espiritismo e religiões orientais, têm trazido, do ponto de
vista bíblico, danos eternos para muitas pessoas. Infelizmente, as
seitas estão, com muito sucesso, espalhando seus falsos ensinos
em todas as partes do Brasil e do mundo, prejudicando igrejas e
famílias.
Grande parte dos brasileiros vive correndo atrás da
astrologia, adivinhações, consulta aos mortos, duendes, gurus,
reencarnação, idolatria e todo o tipo de superstições. A AGIR se
esforça para compartilhar Cristo de forma efetiva com toda essa
multidão, e ajuda outros cristãos a fazer o mesmo. A Missão
entende que é importante promover também o discernimento
espiritual entre o povo de Deus. Lembre-se de que enquanto você
lê este informativo, almas preciosas estão em perigo.
AS ATIVIDADES DA AGIR
Introdução
1 A dimensão da crise
2 Depois do SuperCrentes
3 O culto à personalidade
4 Milagres e seus abusos
5 O evangelho da maldição
6 Batalha espiritual
7 Em busca do poder terreno
8 Os profetas da volta de Cristo
9 Discernir é preciso
Bibliografia
Introdução
Diante do crescimento fabuloso da Igreja evangélica no
Brasil nos últimos 40 anos, parece paradoxal falar em crise entre
os evangélicos. Em 1950, havia apenas 1 milhão e 700 mil
crentes; hoje são 35 milhões. (Jornal O Correio Popular -
Campinas, SP, 29 de março de 1995, p. 1.) Vários missiólogos
apontam o Brasil como o celeiro de missionários para o mundo.
Para algumas igrejas ou para alguns líderes, não é difícil encher
um estádio de futebol ou colocar uma multidão de milhares de
pessoas marchando pelas ruas das grandes cidades, numa
demonstração de fé. O crescimento dos evangélicos em solo
brasileiro é festejado por muitos, dentro e fora do país, e tem
despertado o interesse de vários teólogos e estudiosos da
sociologia da religião.
Todo cristão deve desejar e buscar ardentemente o
avivamento de Deus para si e para a Igreja. Desejamos ver
milhares de conversões, de modo que a sociedade em geral seja
atingida pelo trabalho do Espírito de Deus. Foi exatamente isso o
que aconteceu nos avivamentos passados, nos dias de João
Wesley, George Whitefield, Jonathan Edwards (durante o primeiro
Grande Despertamento por volta de 1745, nos Estados Unidos),
D. L. Moody Charles Finney e vários outros.
Mas a história tem demonstrado que nenhum avivamento
pode ser vivido distraidamente. Um dos exemplos vem da década
de 1960, marcada pela "revolução de Jesus" e pelo surgimento do
movimento carismático, um período de grande entusiasmo pelo
Evangelho. Entretanto, foi nessa época que surgiram seitas
prejudiciais como os Meninos de Deus, conhecidos hoje como A
Família. Os Beatles voltaram-se para a índia em busca dos gurus
da Meditação Transcendental e, devido à fama que tinham,
contribuíram para tornar tal prática muito popular no Ocidente.
Por isso, temos de vigiar todo o tempo, pois quando o inimigo não
consegue impedir um movimento de Deus, ele vai então tentar
tirar o melhor proveito dele.
Não se pode negar a influência do Evangelho na sociedade
brasileira atual. Muitos jogadores de futebol e atletas de outras
modalidades esportivas estão abraçando a fé evangélica. Vários
profissionais do mundo artístico estão se despertando para a fé
cristã e cresce cada vez mais a representatividade política
evangélica, tanto a nível federal, como estadual e municipal. Uma
boa parte da Igreja evangélica faz-se presente hoje na mídia por
meio de programas de rádio e TV Há ainda igrejas e organizações
cristãs que, nos últimos anos, envolveram-se nas obras sociais,
socorrendo os necessitados. Onde está então a crise? Bem,
enquanto temos motivo de sobra para comemorar o crescimento
dos evangélicos em nosso país, temos ao mesmo tempo algumas
razões para estarmos preocupados.
Nossa preocupação não é com o crescimento numérico dos
evangélicos, pois esse parece que vai bem, embora ainda haja
muito o que fazer, principalmente na área de missões e na área
social. Graças a Deus por todas as vitórias e por tudo o que ele
está fazendo. Entretanto, na euforia de celebrar as bênçãos,
alguns parecem não perceber as questões que continuam
desafiando a Igreja evangélica brasileira nos dias de hoje, entre
elas, a crise da integridade, ou da ética, e a crise doutrinária.
A Igreja brasileira convive há tempos com práticas
antiéticas. A própria CPI do Orçamento em 1993 revelou o
comportamento nada correto de organizações e políticos
evangélicos, mostrando claramente que muitos deles, embora
possuidores de um discurso de ouro, têm os pés de barro. O
envolvimento de muitos evangélicos na política brasileira tem
trazido mais prejuízos do que benefícios para a imagem da Igreja.
Isso tem gerado um clima de suspeita na sociedade em relação
aos chamados "crentes". Não são todos os brasileiros hoje que
estão dispostos a confiar em alguém só porque carrega uma Bíblia
ou diz ser evangélico.
A minissérie Decadência, produzida e transmitida pela Rede
Globo, em setembro de 1995, despertou a fúria de muitos
crentes, mesmo antes de ser levada ao ar. Embora ela não
retratasse a maioria da Igreja brasileira, não deixou, porém, de
denunciar o aspecto doentio e mercenário de alguns grupos
evangélicos.
Mas este não será um livro sobre a ética cristã. Minha
preocupação principal neste momento é com outra crise que
assola a Igreja evangélica no Brasil: a crise teológica. Em mais de
vinte anos de fé cristã, nunca vi tanta confusão doutrinária no seio
do protestantismo em nosso país como vejo hoje. O Brasil é um
país místico, obcecado pelo sobrenatural. Certamente esta é uma
das razões por que seitas como Testemunhas de Jeová,
mormonismo, espiritismo e Nova Era crescem tanto por aqui.
Muitas pessoas, por não terem alicerce bíblico ou filtro teológico,
têm sido enganadas, passando a viver em escravidão espiritual.
Infelizmente, o perigo não vem apenas de seitas
totalmente alheias ao verdadeiro cristianismo, pois aumentam
cada vez mais no seio da própria Igreja os desvios doutrinários, na
sua maioria importados dos Estados Unidos. São movimentos já
analisados e cuidadosamente refutados lá mesmo por pessoas
capazes, muitas delas eruditas, que levam a sério o estudo da
Palavra de Deus. No Brasil, todavia, tais movimentos continuam a
iludir muitos crentes.
Por um lado, vejo o crescimento das seitas e a infiltração
de heresias em muitas igrejas evangélicas com profunda tristeza.
Por outro lado, devo reconhecer que se trata de nada mais que o
cumprimento do que diz a Bíblia. Quando esteve em Mileto, Paulo
alertou os anciãos de Éfeso da seguinte forma: "Eu sei que,
depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes que
não pouparão o rebanho, e que, dentre vós mesmos, se
levantarão homens falando cousas pervertidas para arrastar os
discípulos atrás deles" (At 20:29, 30). Na sua primeira carta a
Timóteo, Paulo lembrou-lhe: "Ora, o Espírito afirma
expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da
fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de
demônios" (1 Tm 4:1).
O apóstolo comentou ainda sobre o triste estado espiritual
de muitos quando escreveu pela segunda vez a Timóteo: "Pois
haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo
contrário, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias
cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a
dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas" (2 Tm 4:3, 4).
Esperamos, pela misericórdia de Deus, que este livro seja útil para
edificar os que permanecem firmes nos ensinos da fé cristã e para
despertar outros que foram atraídos para um "evangelho
diferente" (2 Co 11:3, 4).
Segundo a graça do Senhor, estaremos tratando neste livro
de vários desvios doutrinários que invadiram a Igreja evangélica
brasileira. No último capítulo, trataremos da importância do
discernimento espiritual, apresentando algumas sugestões que,
esperamos, poderão ajudar o leitor a fazer escolhas sábias quanto
ao que crer e como crer neste final de milênio.
Meu sincero desejo é que este livro venha oferecer uma
humilde contribuição à Igreja do Senhor Jesus Cristo no Brasil. O
objetivo não é acusar qualquer pessoa ou ministério. Gostaria de
esclarecer ao leitor que muitas das pessoas citadas no livro são
meus irmãos e irmãs em Cristo, não estamos de relacionamento
cortado e não tenho qualquer problema pessoal com elas. Apenas
divergimos doutrinariamente. Portanto, nosso objetivo principal
não é criticar mas prover um pouco de discernimento bíblico ao
povo de Deus, num momento da nossa história em que o espaço
para a verdade da Palavra de Deus começa a ficar cada vez mais
reduzido, até mesmo no arraial dos santos.
1 - A dimensão da crise
A importância do discernimento
A questão ética
Em defesa de Sodoma
O fato é que, embora tenha oferecido o altar da minha igreja para essa
amorável relação, o casal preferiu a discrição de um lar no Posto Seis de
Copacabana. A liturgia, bastante doméstica, constou de uma oração pastoral, a
leitura da primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, capítulo 13, sobre a qual fiz
a minha homilia e aspergi em ambos água que eu mesmo colhi no rio Jordão
(...) e encerrei impetrando a bênção apostólica (...) Foi uma inédita experiência
em minha vida pastoral e não creio que será a última. (Nehemias Marien,
Jesus à Luz da Nova Era, p. 142-3.)
Marien diz que "a Bíblia é o mais antigo e ainda hoje o mais
atual manual de sexualidade" e que "na homossexualidade se
pratica o amor liberto de todas as formas de preconceitos, numa
entrega plena e sem restrições. Por isso, mais puro e sincero (...)
O homossexualismo é uma prática de amor (...). A Igreja não tem
o direito de sonegar a bênção divina a duas almas gêmeas, não
necessariamente macho e fêmea, quando estas se encontram no
amor".
Para defender suas idéias, Nehemias cita a lamentação de
Davi pela morte de Jônatas: "O meu amor por ti é superior ao de
muitas mulheres"; as palavras de Rute a Noemi: "Aonde tu fores
irei eu (...) Só a morte separar-me-á de ti" e acrescenta ainda:
"Há sensíveis paralelos entre o apóstolo Paulo em relação a Lucas
e a Timóteo. E bem assim entre João e o próprio Jesus".
Nehemias Marien não é o primeiro a publicar tais
abominações. Posições semelhantes são defendidas por John
Shelby Spong, bispo de uma igreja episcopal nos Estados Unidos
(muitos episcopais não concordam com ele). Num debate público
de TV com Walter Martin, fundador do ICP nos Estados Unidos,
em 1989, Spong declarou sem hesitação: "Eu espero ser usado
por Deus para introduzir o homossexualismo na Igreja
evangélica".(Vídeo no arquivo da AGIR.)
Davi e Jônatas não foram homossexuais. Há uma
declaração do ICP sobre esse assunto:
Nada há em 2 Samuel 1:26 que poderia nos levar a crer que fossem.
Quando Davi disse que o amor de Jônatas era maior do que o amor das
mulheres, não se referia ao amor sexual, mas a uma fraternidade especial que
excede qualquer forma de relação sexual. Se Davi e Jônatas fossem
homossexuais, teriam sido apedrejados sob a lei levítica. O próprio fato de que
Davi falou isso em 2 Samuel, tornando-o público, prova que nem ele nem os
hebreus interpretaram essa passagem como descrevendo a sua fraternidade
com Jônatas como uma relação homossexual.
Ligações perigosas
"Alguns católicos e evangélicos buscam união". (The New
York Times (30 de março de 1994, seção National Report), p. A8.)
Esta foi a manchete de um artigo publicado no The New Yorh
Times informando que um grupo de proeminentes católicos e
eruditos evangélicos assinou um documento prometendo reduzir
os freqüentes conflitos entre suas diferentes tradições cristãs. A
idéia de preparar um documento assim surgiu em setembro de
1992 com o Frei Richard John Neuhaus, um teólogo católico que
dirige o Institute on Religion and Public Life (Instituto sobre
Religião e Vida Pública) em Manhattan, e Charles Colson, um ex-
assessor do presidente Richard Nixon que fundou um ministério
nas prisões, depois de passar algum tempo encarcerado, devido à
sua participação no caso Watergate. O documento, de 25 páginas,
foi assinado por 39 eruditos e líderes cristãos. Podem ser citados
ainda, além de Colson e Neuhaus, os seguintes: Pat Robertson,
presidente do Clube 700, professor J. I. Packer, Dr. Os Guinness,
Dr. Kent Hill, Dr. Richard Land, Dr. John White, Dr. Bill Bright,
reverendo Avery Dulles, cardeal John O'Connor, arcebispo Francis
Stafford, bispo Carlos Sevilla, George Weigel e Michael Novak.
Os que assinaram a declaração confessaram: "Nós juntos,
evangélicos e católicos, confessamos nossos pecados contra a
unidade que Cristo quer para seus discípulos". (Evangelicals and
Catholics Together: The Christian Mission in the Third Millennium -
Evangélicos e Católicos Juntos: A Missão da Igreja no Terceiro
Milênio, p. 2.) O documento diz ainda: "Em muitas partes do
mundo, o relacionamento entre essas comunidades é marcado
mais por conflito do que por cooperação, mais por animosidade do
que por amor, mais por suspeita do que por confiança, mais por
propaganda e ignorância do que por respeito à verdade. Isto é
assustadoramente o caso na América Latina, crescentemente o
caso na Europa Oriental e, muitas vezes, o caso em nosso próprio
país". Na seção We Witness Together (Nós Testemunhamos
Juntos), o documento condenou a prática de atrair ou ganhar
membros já ativos de uma igreja para a outra. Em outras
palavras, católicos não devem evangelizar protestantes e
protestantes não devem evangelizar católicos, com o propósito de
aumentar o rol de membros das respectivas igrejas. Consta ainda
na declaração que "para os católicos, todos os que são
validamente batizados são nascidos de novo e estão
verdadeiramente, embora de forma imperfeita, em comunhão com
Cristo".
Nehemias Marien vai um pouco mais além. Ele relata que
convidou o cardeal-arcebispo da cidade para a inauguração do
templo construído por sua igreja. O convidado fez-se representar
pelo Bispo Vigário Geral, "que ocupou o púlpito com ungida
mensagem". (Nehemias Marien, Jesus à Luz da Nova Era, p. 23.)
Esta é a opinião de Marien quanto à Ceia do Senhor: "A
celebração eucarística é considerada por nós uma mesa aberta a
quantos têm fome espiritual, inclusive todas as crianças, sendo a
ela bemvindos mesmo os que não professam a fé cristã".
Nehemias fala também de uma experiência que viveu numa
missa ecumênica das Faculdades Notre Dame, em Ipanema. O
padre celebrante, seu amigo, atrasou-se e, a pedido da madre
reitora, ele mesmo deu início à santa missa. Veja como foi:
O coral cantou, oramos juntos o pai-nosso de mãos dadas,
fiz a homilia e, quando já iniciava o procedimento sacramental,
chegou o padre, esbaforido. Juntos, celebramos então a
eucaristia, compartilhando da mesma hóstia consagrada e depois
ministrando-a aos comungantes! A mesma semelhança já me
envolvera nas igrejas do Sagrado Coração de Jesus e na Divina
Providência. Sinto-me muito à vontade onde o Espírito me conduz.
Benny Hinn também não demonstra discernimento quando
se trata de promover o catolicismo romano. Em seu livro O
Sangue, ele descreve, no capítulo final, (Benny Hinn, O Sangue -
Venda Nova, MG, Editora Betânia, 1994, p.125-8.) que há cerca
de dois anos, durante uma de suas cruzadas, chamou 49 freiras
católicas, vestidas em seus característicos hábitos negros e
longos, para subirem à plataforma. Elas então entoaram com
Benny o hino "Grandioso és Tu!", "dirigindo a congregação num
entusiástico cântico de louvor". No final do hino, as freiras
"tiraram seu crucifixo de dentro dos mantos e o ergueram para o
Senhor. Foi um instante de grande poder, que jamais esquecerei".
Depois, as freiras convidaram-no para visitá-las em seu
convento, onde, numa capela recém-construída, "elas se puseram
a adorar ao Senhor 'cantando no Espírito'. Ficaram bendizendo a
Deus durante meia hora". Benny diz que as irmãs "proferiram
diversas palavras proféticas que foram de grande inspiração" para
ele. E segue contando:
A decadência da unidade
Unidade e sã doutrina
2 - Depois do SuperCrentes
Prezados irmãos,
"Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus
Cristo."
Desejo sinceramente que as bênçãos do céu estejam enriquecendo o
vosso ministério e que as vitórias sejam muitas.
Desejo comunicar-lhes (se ainda não é do vosso conhecimento) que a
Convenção Batista do Tocantins, preocupada com estes movimentos
"renovacionistas" que têm prejudicado algumas igrejas, presenteou todas as
igrejas da referida Convenção com um exemplar do livro intitulado
SuperCrentes, de Paulo Romeiro. Acabo de ler todo o volume e estou lhes
escrevendo, também, para parabenizar o irmão Paulo Romeiro por este
excelente trabalho. A Igreja Batista do Cordeiro, a qual pastoreio, receberá, nos
cultos doutrinários, o estudo deste livro (...)
No amor de Cristo, Pr. Arquimedes Oliveira de Castro
"A maioria de nós quer ser como Jesus. Isso não é o que
Deus quer. Deus quer que nós sejamos como Cristo. Jesus veio
para nos mostrar como Cristo se parece quando ele surge em
forma humana" (p. 28-9).
"Jesus foi a manifestação humana do Cristo celestial" (p.
29).
"Quando queremos encontrar Cristo, Deus nos mostrará a
Igreja. Entretanto, nós não podemos aceitar isso, porque
acreditamos que Cristo está no céu. Não, ele não está. Jesus está
no céu" (p. 29).
Resposta bíblica: O autor comete erros gravíssimos com as
declarações acima. Primeiro, ele divide a pessoa do Senhor entre
Cristo e Jesus. Isto está mais para os ensinos da Nova Era do que
para a teologia bíblica. Em Cristo há uma só pessoa com duas
naturezas: a divina e a humana. A Bíblia diz que Jesus é o Cristo
(Lc 2:11) e morreu como o Cristo (Rm 14:9 e 1 Co 15:3).
Segundo, ao afirmar que Cristo não está no céu, o autor contradiz
a Palavra de Deus em Romanos 8:34 e Colossenses 3:1.
"O corpo de Lúcifer foi criado com tubos internos para que
toda a vez que ele levantasse uma asa, um som saísse na forma
de música (...). Assim que ele começava a abanar suas asas os
anjos começavam a cantar" (p. 43).
Resposta bíblica: Que absurdo! Onde está isto na Bíblia?
Esta é a falácia da revelação extra-bíblica (um dos exemplos disso
tem acontecido nos seminários de batalha espiritual, onde nomes
de demônios que não estão na Bíblia são ensinados por revelação)
ou do argumento do silêncio (um exemplo aqui é a especulação
que alguns fazem sobre a vida de Jesus dos doze aos trinta anos
de idade. Desde que a Bíblia não diz qualquer coisa a esse
respeito, acabam criando suas próprias histórias). Ora, todas as
nossas regras de fé e prática devem estar baseadas nas
Escrituras. Onde e quando a Bíblia se cala, devemos nos calar
também.
Dei todo o dinheiro que tinha e quando já não havia dinheiro, o meu
pastor trouxe um recado do pastor Tadeu: disse-me para dar o ouro e as jóias.
Eu dei. Fiquei sem nada, à espera de uma bênção financeira que nunca chegou.
Só hoje vejo como estava cega, completamente cega.
3 - O culto à personalidade
O fator carisma
O culto político
Exemplos bíblicos
Nas seitas
Na Igreja
Exemplos saudáveis
Dentes de ouro
Sensacionalismo
O fenômeno de cair
A unção do riso
Falcatruas
Falsos milagres
Doença ou maldição?
A conversão é a solução
Textos mal-interpretados
Espíritos Familiares
Arvores genealógicas
Provérbios 26:2
6 - Batalha espiritual
A realidade da batalha
A base bíblica
O contexto brasileiro
Em busca do equilíbrio
A natureza do conflito
O poder de Satanás está na mentira. Jesus disse: "O diabo (...) jamais
se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere a
mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira" (João
8:44). Desde que a arma principal de Satanás é a mentira, a defesa contra ele
é a verdade. Tratar com Satanás não é um choque de poder; é um choque de
verdade. Quando você desmascara a mentira de Satanás com a verdade de
Deus, seu poder é quebrado. Por esta razão é que a primeira peça da armadura
que Paulo menciona para ficar firme contra as ciladas do diabo é o cinturão da
verdade (Efésios 6:14). (Neil T. Anderson, Victory Over The Darkness (Vitória
Sobre as Trevas) (Ventura, California, E.U.A., Regal Books, 1990), p.169-70.)
Exemplos bíblicos
O inimigo no corpo
Como é que um cristão pode ter demônios? (...) O Espírito Divino passa
a habitar no espírito humano na hora da salvação. Os espíritos demoníacos
estão relegados à alma e ao corpo do cristão. Os demônios afligem as
emoções, a mente, a vontade e o corpo físico, mas não o espírito do cristão. A
finalidade da libertação é tirar os demônios transgressores da alma e do corpo,
a fim de que Jesus Cristo possa reinar também sobre estas áreas. (Frank e Ida
Mae Hammond, Porcos na Sala (Mogi das Cruzes, SP, Editorial Unilit,1973), p.
132-3.)
Da mesma forma ensina também uma autora, citando as
palavras de um autor chamado Paul Tan:
"Tá amarrado!"
Espíritos territoriais
Não sei quantos maus espíritos existem ao redor do planeta Terra. Uma
interessante coleção de números vem de Friday Thomas Ajah, um
superintendente de Escola Dominical na igreja Assembléia de Deus em Oribe,
Port Harcourt, Nigéria. Por nove anos, antes de sua conversão, ele foi um líder
do ocultismo de elevada posição, tendo recebido do próprio Satanás o nome de
São Tomás, o Divino. Ajah relata que Satanás havia lhe dado controle sobre
doze espíritos, e que cada um desses espíritos controlava 600 demônios, num
total de 7.212. Ele diz: "Eu estava em contato com todos os espíritos,
controlando cada cidade na Nigéria, e eu tinha um santuário nas principais
cidades". (Peter Wagner, Wrestling With Dark Angels (Confrontando com Anjos
da Escuridão) (Ventura, Califórnia, E.U.A., Regal Books, 1990), p. 76.)
Mapeamento espiritual
Informações extrabíblicas
Demônios coloridos
Demônios malcheirosos
Invocação de demônios
O panorama brasileiro
E, meus irmãos, vocês sabem que a Igreja tem que ocupar os lugares
no Brasil? Olha, no ano das eleições do presidente da República, nós estávamos
orando em Recife. Íamos orar pelas eleições. Deus me interrompeu no meio da
oração: tira os olhos dos candidatos. Levanta os teus olhos para a Igreja,
porque a solução dos problemas do Brasil está na Igreja. Aleluia! E desde
aquele dia eu estou na ofensiva, preparando a Igreja. E chegou a hora de a
Igreja ocupar os postos de liderança desta nação. Não é só a igreja lá atrás dos
quartos orando não. É a Igreja lá nos postos de comando administrando a
nação.
Lição da história
A união da Igreja com o Estado nem sempre trouxe bons
dividendos para a causa de Cristo. Um dos exemplos mais claros
foi o de Constantino, imperador romano, que no ano 313 fez do
cristianismo a religião oficial do império romano. Moriarty traz um
alerta à Igreja atual ao comentar o que aconteceu naquela época:
O exemplo guatemalteco
Avaliação bíblica
Torna-se, portanto, necessário verificar à luz das Escrituras
se Deus realmente ordena ao cristão tomar o domínio ou o
controle político das mãos dos ímpios. Um dos textos mais usados
pelos adeptos da Teologia do Domínio para defender o que
pregam encontra-se no início da Bíblia: "Também disse Deus:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as
aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e
sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o
homem à sua imagem, a imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou. E Deus os abençoou, e lhes disse: Sede
fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai
sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo
animal que rasteja pela terra" (Gn 1:26-28).
Vale a pena observar o comentário de Bruce Barron sobre
esta passagem:
O arrebatamento em 1988
Setembro de 1992
Outubro de 1992
O sumiço do mal
Nem Crouch e nem o pastor que ele tornou famoso pediram desculpas
pela profecia falsa. Ao contrário, usaram uma tática que já tinha funcionado
para a Sociedade Torre de Vigia cerca de 80 anos atrás. A exemplo das
testemunhas-de-Jeová, que haviam predito que Cristo voltaria em 1914, eles
declararam que sua profecia tinha se cumprido - só que invisivelmente. Crouch
já estava tentando se proteger. No dia dois de junho declarou: "Algo pode
acontecer invisivelmente". Por sua vez, Hinkle esperou o nove de junho chegar
e passar. Depois ele enviou um comunicado à sua congregação: "A princípio, eu
e outros ficamos muito desapontados por não ter acontecido como
esperávamos. Mas algo realmente começou e continua acontecendo, mas
começou primeiro na esfera espiritual".
A pretensa profecia de John Hinckle não tinha base bíblica.
Quem está em Cristo já está salvo da pena do pecado (o que é a
justificação), do poder do pecado (que é a santificação), mas
ainda não está salvo da presença do pecado (que será a
glorificação). O próprio Jesus afirmou: "Porque de dentro, do
coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a
prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as
malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a
loucura; ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o
homem" (Mc 7:2123). Assim, para remover o mal do mundo, toda
a humanidade precisaria ser também removida.
O apóstolo Paulo, em 2 Timóteo 3:1-7, 13, afirmou que os
últimos dias seriam difíceis e não poupou adjetivos para descrever
o estado pecaminoso das pessoas no tempo do fim: "Mas os
homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e
sendo enganados" (versículo 13). Ora, quantos enganos, maldade
e injustiças já aconteceram nos Estados Unidos e no mundo em
geral depois do dia 9 de junho de 1994? Impossível contar! Logo,
a profecia de Hinkle contrariou claramente as Escrituras e nunca
deveria ter recebido o crédito que recebeu de alguns. Ainda bem
que os sensatos não aderiram.
Outubro de 1994
Março de 2005
Oséias 6:2 não aponta para o ano 2000. Nesta passagem, Oséias apela
aos israelitas para que se arrependam de seus pecados. Se eles se
arrependerem, embora o inimigo (Assíria) os tenha devastado, Deus levantará
os israelitas no "terceiro dia". Aqui a expressão "terceiro dia" representa um
breve período de tempo. Em outras palavras, Deus imediatamente restauraria a
nação arrependida (compare com Deuteronômio 32:29 e Amós 1:3). Isso nada
tem a ver com a Segunda Vinda de Cristo dois mil anos após o seu nascimento.
E os israelitas, como os judeus ortodoxos de hoje, não seguem um calendário
cristão. Assim, a nossa contagem de dois mil anos não tem qualquer significado
para eles. (B. J. Oropeza. 99 Reasons Why No One Knows When Christ Will
Return - 99 Razões Por que Ninguém Sabe Quando Cristo Voltará. Downers
Grove, Illinois, E.U.A., InterVarsity Press, 1994, p. 70.)
Como o leitor pode observar, Valnice tomou a data da
guerra dos seis dias de Israel, em junho de 1967, e acrescentou-
lhe quarenta anos, concluindo assim que a volta de Cristo se dará
no ano 2007, num sábado. Ela o fez usando as palavras de Jesus
em Mateus 24:34: "Em verdade vos digo que não passará esta
geração sem que tudo isto aconteça". Para Valnice, uma geração
dura quarenta anos. Em 1990, ela afirmou que faltavam apenas
17 anos para que se completasse essa geração. Entretanto, há
divergências quanto à duração de uma geração na Bíblia.
Esequias Soares da Silva tratou disso num livro que
escreveu sobre a escatologia das Testemunhas de Jeová e
comentou:
Avaliação bíblica
Mateus 24:36
1 Tessalonicenses 5:1-4
9 - Discernir é preciso
Os cuidados do crente
Na educação teológica
O que você faz como pastor para atrair as pessoas é o que você terá
que fazer para segurá-las. Se você está sempre se valendo da última novidade,
vai ter que manter as novidades para segurar o auditório. Mas se você prega a
Palavra de Deus e faz de Cristo o centro, então isso é tudo o que você tem que
continuar fazendo para segurar as pessoas (...)". [George Wood diz:] Tenho
observado freqüentemente que os líderes que embarcam nessas ondas têm a
tendência de sempre embarcar nas próximas que surgem, quando a anterior já
passou. (George Wood. The Laughing Revival - O Reavivamento do Riso,
manuscrito não publicado, p. 10)
Bibliografia
Contra-capa:
Crescimento e Caos