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Estudo de caso

Diagnóstico clínico
Encaminhamento para tireoidectomia total e esvaziamento ganglionar clavicular
bilateral

Revisão bibliográfica

A Tireoidectomia é indicada no tratamento não somente das lesões malignas, mas


também de doenças benignas na presença de sintomas obstrutivos, problemas
cosméticos (grandes bócios), hipertireoidismo e na suspeita de associação com
doença maligna. Desta forma, a tireoidectomia é um procedimento cirúrgico
relativamente comum sem grandes riscos. É realizado ultra-sonografia, caso apareça
alguma alteração é feita a punção, caso resultado seja neoplasia é indicada a retirada,
As principais estruturas sob risco durante a cirurgia da tireóide são os nervos laríngeos
recorrentes e as glândulas paratireóides. No entanto, complicações pós-operatórias
como hematoma, mesmo sendo uma ocorrência rara nos dias de hoje, quando ocorre
pode colocar em risco a vida do paciente. Freqüentemente há necessidade de
reintervenção cirúrgica. O uso de dreno nas tireoidectomias tem como objetivos evitar
ou diagnosticar precocemente a ocorrência de hematoma, reduzindo o risco para o
paciente
Tireíode
A glândula tireóide, uma parte do sistema endócrino (hormônio), desempenha
um papel importante na regulação do metabolismo do corpo. A glândula
tireóide se encontra na base do pescoço, abaixo do pomo de Adão. Tem a
forma de uma borboleta; cada asa, ou lobo, da tireóide está presente em ambos
os lados da traquéia.

A função da glândula tireóide é produzir, armazenar e liberar hormônios


tireoideanos na corrente sangüínea. Estes hormônios, também conhecidos
como T3 e T4, agem em quase todas as células do corpo, e ajudam a controlar
suas funções. Se os níveis destes hormônios tireoideanos no sangue estão
baixos, seu corpo funciona mais lentamente. Esta condição se denomina
hipotireoidismo. Se existe um aumento dos níveis dos hormônios tireoidianos
no sangue, seu corpo trabalha mais rapidamente. Esta condição se denomina
hipertireoidismo.

Bócio

É um aumento da glândula tireóide, pode ser nodular, multinodular ou difuso, pode


ocorrer: Hiperplasia / Hipertrofia: Bócio Colóide/ Hiperplasia,

Hiperfunção – hipertiroidismo: Doença de Plummer (ou bócio multinodular


tóxico) que é um distúrbio freqüente onde há vários nódulos na tireóide) ou Doença de
Basedow-Greives: 80% de casos são desse tipo, é uma doença auto-imune contra o
tecido da tireóide levando a um funcionamento acima do normal chamado de
hipertireoidismo).
Tireoidite – Hipotireoidismo: Tireoidite Hashimoto, também é auto-imune na qual
leva a uma inflamação crônica que pode acarretar o aumento de volume da glândula (bócio) e
diminuição do seu funcionamento (hipotireoidismo).

Tireoidite de Quervain: A doença começa subaguda, ou seja, dentro de poucos dias.


Ocorre uma inflamação da tireóide através de células gigantes típicas. A ocorre um
leve aumento ocorre o bócio, fortes dores e dificuldades para deglutição. pode
durar meses e passar por várias fases. Evolui com hiperfunção da tireóide, função
normal, conhecida como eutireose, e depois de hipofunção da tireóide. Durante
uma fase de recuperação a tireóide finalmente recupera sua função e geralmente
se cura totalmente.

Tireoidite de Riedel: É uma afecção inflamatória e fibrosa da glândula tireóidea bastante


rara. Seu caráter fibroso se estende para além da tireóide, aos tecidos adjacentes. Os
acometidos apresentam freqüentemente abaulamento cervical, compressão da laringe e da
traquéia e dificuldade à mobilização do pescoço. A disfagia pode ocorrer, porém é
incomumgeralmente se trata com tireoidectomia descompressiva e traqueostomia mais o
uso de corticoesteróides.

Neoplasia

Benigna: Bócio Colóide – Adenoma Folicular: Normalmente têm crescimento rápido


e podem invadir outros tecidos, mas o resultado provável ainda é bom.

Maligna

• Diferenciado

Carcinoma papilifero: Não são associados a um nível de progressão elevado. Muitas


pessoas têm a expectativa de uma vida normal se o diagnóstico é feito logo no
início. Carcinoma folicular:

• Indiferenciado

Anaplásico/ Medular: O carcinoma anaplásico tem o pior prognóstico


características: Tipo de células gigantes, vida de menos de 6 meses após o
diagnóstico, caso pequena pode ter uma expectativa de vida de mais de 5 anos
após o diagnóstico. Medular: Os resultados com carcinoma medular são variáveis.
Mulheres com menos de 40 anos de idade têm maiores chances de uma boa
recuperação. A taxa de sobrevivência de 10 anos (número de pessoas que vivem
pelo menos 10 anos após o diagnóstico) é de 46%.

Não existem causas definidas para o surgimento de alterações da glândula. Vários aspectos
estão envolvidos no, tais como fatores familiares, ambientais e estresse. São mais comuns a
partir dos 20 anos de idade, sendo rara abaixo dos 10 anos. Mais freqüente no sexo
feminino.

O tratamento vai depender do tipo de carcinoma envolvido.

Uma ressecção cirúrgica parcial ou total da glândula tireóide, com a


ressecção dos linfonodos ou a dissecção radical do pescoço pode ser
necessária. A terapia por radiação com iodo radioativo às vezes é utilizada.
Se o tumor for acompanhado de hipertireoidismo, a supressão do hormônio
da estimulação da tireóide, em combinação com beta-bloqueadores
(propranolol), pode aumentar a tolerância para a cirurgia ou à radioterapia.
A quimioterapia limitada pode ser utilizada para propagar a
metástase(propagação) do tumor. A participação em grupos de apoio, onde
os membros compartilham as experiências e os problemas em comum,
ajuda a combater o estresse causado pela doença.

Tratamento
Basicamente o tratamento é cirúrgico e consiste em realizar a tireoidectomia total. A cirurgia
retira a glândula tireóide e resseca gânglios linfáticos adjacentes, acometidos pelo tumor, o
que se chama de esvaziamento cervical. No pós-operatório faz-se a supressão hormonal, que
consiste em repor o hormônio tireoidiano com uma dose um pouco superior à necessária,
com o intuito de diminuir a produção, pela hipófise, do TSH, um hormônio que estimula o
crescimento do câncer de tireóide. O objetivo é deixar os níveis de TSH em um valor inferior
ao nível normal.

Iodo 131

Quando o médico indica o tratamento com iodo radioativo, este só acontece após a cirurgia
de tireoidectomia total. É necessário que o
paciente esteja em hipotireoidismo e portanto só ocorrerá cerca de 30 dias ápos o paciente
estar sem reposição hormonal tireoidiana. Há também uma rigorosa dieta a ser seguida e é
necessário evitar contato com qualquer substância que contenha iodo em sua composição.

Para o tratamento é necessário internação hospitalar de 3 dias em regime de isolamento


porque após a ingestão da dose de iodo radioativo, são necessárias medidas para evitar a
contaminação ambiental e de pessoas próximas, pois a radiação é eliminada pela pele, urina
e fezes.

Felizmente, este tratamento apresenta poucos efeitos colaterais e em geral são bem
tolerados. Sensações como alteração do paladar e inflamação nas glândulas salivares podem
ocorrer.

Diagnóstico funcional

Paciente hipersecretivo, edema de glote, dificuldade na fala, cansaço, dificuldade para


tossir dor na região do pescoço, auscuta com roncos difusos

Av. específica
Expansão de tórax normal, tórax normal, sem dor a palpação

Objetivo (fisioterapêutico)
Remoção da secreção, estímulo de tosse. O acúmulo de secreção pode obstruir o
fluxo respiratório, nos brônquios pode bloquear a passagem do ar, levando ao colapso
parcial ou total do pulmão afetado, diminuir o risco de pneumonias e outras afecções do
pulmão por acúmulo de secreção.

Tratamento Realizado
Compressão torácica, padrão ventilatório Aceleração do fluxo expiratório.

Tratamento idealizado

Evolução
Paciente com visível melhora, facilidade para respirar e falar houve necessidade de
refazer a cirurgia, na segunda cirurgia foi feita traqueostomia devido edema de traquéia/
glote.
Prognóstico
É necessário usar o medicamento que substitui a glândula tireóide para o resto da
vida, é necessário acompanhamento freqüente do endocrinologista para a verificação
dos níveis de tsh para que fiquem sempre dentro do normal: Triiodotironina (T3): 80 a
200 ng/100ml. Tiroxina (T4): 4,5 a 11,5 mcg/100ml. Geralmente não é indicado o
tratamento com quimio/radiotearpia, não é comum pois não responde bem a esse
tratamento, é indicado somente em tumores avançados. Cânceres de tireóide em estágios
iniciais tem chance de cura maiores que 90%. Diversos estudos revelam que pacientes
submetidos ao tratamento de câncer bem diferenciado de tireóide tem até 95% de chance de
estar vivos após 20 anos.
Conclusão
O câncer de tireóide tem grande taxa de cura se descobertoe tratado em fases iniciais, a
cirurgia não é de grande complexidade, só é necessário tomar cuidado com a as
inervações do local
Fluxograma

http://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/0793.pdf
http://nilmapaulino.sites.uol.com.br/ documentário
http://www.ccs.ufsc.br/cirurgia/novo_pagPessoal/capella/arquivos/tireoidectomia_CAP
ELLA.pdf aula
http://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/0793.pdf COMPLICAÇÕES
PÓS-OPERATÓRIAS EM TIREOIDECTOMIAS COM OU SEM
DRENO
http://sbccp.netpoint.com.br/ojs/index.php/revistabrasccp/article/viewFile/64/60
COMPLICAÇÕES DE TIREOIDECTOMIAS
http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/001213trt.htm# cancer na
tireóide
http://www.cliquecontraocancer.com.br/subpaginas.cfm?id=13&p=tr tratamento

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