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Abstract Studies show that in order to manage Resumo Estudos mostram que para gerenciar a
nursing care, nurses use management methods assistência de enfermagem, o enfermeiro utiliza
and strategies based on the classic administration métodos e estratégias de gestão oriundos da teoria
theory. This management style does not enable clássica da administração. Este estilo de gerência
nursing workers to create collective spaces, where não tem permitido aos trabalhadores de enferma-
they can act as social subjects. Based on the prin- gem criarem espaços coletivos de gestão, onde pos-
ciple that nursing management needs, at the mo- sam atuar como sujeitos sociais. Partindo do
ment, to be seen and exercised under a new view, princípio de que a gerência em enfermagem ne-
the author aims at elaborating a reflection on this cessita, na atualidade, ser vista e exercitada sob
practice, using the concepts of collective and social um novo olhar, procurou-se neste ensaio teórico
subject that are fundamental to Collective Health. elaborar uma reflexão acerca desta prática, utili-
Thus, the possibility of approaching this field con- zando os conceitos de sujeito social e de coletivo,
tributed to expand the author’s knowledge and que são fundamentais no campo da Saúde Cole-
concerns regarding the theme as well as to better tiva. Assim, aproximar deste campo, além de con-
understand the nursing theme as a collective of tribuir para ampliar os conhecimentos e os ques-
social subjects in action. Therefore, it is important tionamentos acerca da temática, contribuiu tam-
to emphasize that the workers are human beings bém para compreender a equipe de enfermagem
with their own interests, needs and wishes, pro- como um coletivo de sujeitos sociais em ação, vis-
ducing social relations as they constantly interact to que os trabalhadores são seres humanos dota-
with other subjects and are able to build capaci- dos de interesses próprios, de necessidades e de de-
ties to intervene in this reality. This organized sejos, que produzem relações sociais, na medida
group has the main objective to provide an inte- em que interagem constantemente com outros su-
gral care to the population, performing actions in jeitos e podem adquirir capacidade para intervir
an ethic, secure and humanized direction. na sua realidade. Este coletivo organizado possui
Key words Nursing management, Nursing, Col- como objetivo principal a prestação de uma assis-
1 Escola de Enfermagem
lective health tência integral à população, realizando ações de
da Universidade Federal forma ética, digna, segura e humanizada.
de Minas Gerais. Palavras-chave Gerência em enfermagem, En-
Av. Alfredo Balena 190, fermagem, Saúde coletiva
Santa Efigênia, 30130-100,
Belo Horizonte MG.
spagnol@ufmg.br
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Spagnol, C. A.
prontamente às necessidades dos clientes e dos cipalmente pelos autores Merhy & Onocko
trabalhadores, interferindo de forma significa- (1997), Cecílio (1997) e Campos (2000 b), to-
tiva na qualidade dos serviços prestados, pois o dos sanitaristas vinculados ao Departamento
trabalho da enfermagem é desenvolvido, meca- de Medicina Preventiva da Faculdade de Ciên-
nicamente, sem maiores vínculos com os clien- cias Médicas da Universidade Estadual de
tes e com os problemas do cotidiano. Campinas, que atuam nas diversas áreas da
Este estilo de gerência adotado pela enfer- Saúde Coletiva. Além disso, para compreender
magem foi descrito e criticado por vários auto- melhor o objeto dos meus estudos – a gerência
res como: Santos (1986); Trevizan et al. (1991); em saúde e especificamente na enfermagem,
Carrasco (1993); Collet et al. (1994); Ferraz busquei me inserir no curso de doutorado em
(1995); Fávero (1996); Bellato et al. (1997); Li- Saúde Coletiva oferecido pela referida institui-
ma, M.A.D.S. (1998); Lima, R.C.D. (1998); ção, que possui linhas de pesquisa, nas quais al-
Spagnol (2002), entre outros, que defendem e guns pesquisadores buscam desenvolver seus
apostam numa outra configuração para a ge- estudos, na perspectiva de compreender o tra-
rência em enfermagem nos serviços de saúde. balho e os processos de gestão em saúde, tendo
Corroborando com estes autores e pensan- em vista a defesa do sistema público de saúde e
do na formação dos futuros enfermeiros, bem formas democráticas de gestão deste sistema.
como na qualificação das práticas da enferma- A Saúde Coletiva tem se constituído em um
gem, pergunta-se: como buscar uma outra con- importante campo de conhecimento que utili-
figuração para a gerência em enfermagem que za conceitos e categorias de diversas disciplinas
não esteja pautada nos princípios da Teoria (epidemiologia, biologia, administração, socio-
Clássica da Administração? Como delinear uma logia, antropologia, filosofia, economia, entre
outra prática gerencial para o enfermeiro que outras) para compreender os determinantes
seja alternativa a este modelo tradicional de sociais do processo saúde-doença, elaborar e
gestão e ao mesmo tempo esteja comprometida analisar as políticas de saúde, bem como com-
com a vida dos clientes e dos trabalhadores? preender as práticas de gestão dos serviços. Por
Estas questões são significativas e têm trazi- exemplo, conceitos e categorias como: coletivo,
do alguns incômodos a determinados profissio- sujeito, ator social, subjetividade, autogoverno,
nais e intelectuais da saúde, os quais têm cons- responsabilização, planejamento estratégico,
tantemente questionado a pertinência e ade- trabalho vivo, trabalho morto, vínculo, acolhi-
quação deste modelo tradicional de gerência na mento, autonomia, estrutura social, entre ou-
sociedade contemporânea, uma vez que este foi tros, são encontrados na produção científica da
criado para atender as demandas das indústrias, Saúde Coletiva, tanto nas análises de caráter
em meados do século 19, sendo posteriormente macrossocial, quanto nas análises de interven-
adotado e adaptado para o setor saúde. ções em processos microssociais que ocorrem
Sendo assim, para se configurar outras pro- nos serviços de saúde.
postas para a gerência em enfermagem, que es- Parte-se do pressuposto que alguns destes
tejam pautadas em princípios éticos, democrá- conceitos poderão subsidiar a configuração de
ticos e que focalizem no processo de trabalho, uma nova prática gerencial na enfermagem,
o trabalhador e o cliente dos serviços de saúde pois entende-se a gerência como uma prática
como atores sociais que têm interesses, desejos coletiva, ou seja, relacional, que deve com-
e necessidades, faz-se necessário buscar outros preender o cliente e o trabalhador de saúde co-
referenciais teóricos, que vão além das teorias mo um sujeito social em ação.
administrativas para subsidiar uma nova práti- Neste sentido, partindo do princípio que a
ca gerencial. No exercício da gerência, o enfer- gerência em enfermagem necessita, na atuali-
meiro precisa deixar de supervalorizar somen- dade, ser vista e exercitada sob um novo olhar,
te o controle, a hierarquia, a ordem e a impes- procurei aqui elaborar uma reflexão acerca
soalidade, para instituir práticas como a análi- desta prática gerencial, utilizando os conceitos
se do processo de trabalho, o diálogo, a partici- de sujeito social e de coletivo, que são funda-
pação e o debate junto com sua equipe e com a mentais no campo da Saúde Coletiva. A refle-
equipe multiprofissional. xão poderá apontar novas perspectivas de
Assim, para subsidiar algumas reflexões atuação do enfermeiro, na qualidade de geren-
acerca da gerência em enfermagem pode-se en- te da assistência, no seu fazer cotidiano.
contrar aporte teórico nas obras relacionadas à
temática da gestão em saúde, elaboradas prin-
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bem como da importância de se elaborar polí- intencionalidade no seu fazer, e que está cons-
ticas e se realizar práticas, visando à melhoria tantemente produzindo fatos sociais (Testa
das condições de saúde da população. Além apud Matumoto et al., 2001).
disso, este movimento da Saúde Coletiva con- Nesta perspectiva, L’Abbate (1995) refere
tribuiu efetivamente para a construção do Sis- que, atualmente, parte da literatura produzida
tema Único de Saúde (SUS) no Brasil, que foi especificamente no campo da Saúde Coletiva
descrito e legalizado na Constituição de 1988. tem discutido a necessidade de uma mudança
Segundo Nunes (2002), a Saúde Coletiva conceitual no termo Recursos Humanos em
herdou conceitos e categorias de diversos campos Saúde, buscando substituí-lo por profissionais
de saberes, notadamente da biologia, sociologia, em saúde, ou por sujeitos, tendo em vista que
antropologia, história, epidemiologia, psicanáli- estes últimos são capazes de atuar para serem
se, ciências políticas e administrativas (...), além não apenas reprodutores das práticas de saúde,
de tentar definir as especificidades de seu pró- mas produtores de novas práticas.
prio campo. Assim, neste ensaio teórico, pre- Segundo L’Abbate (1994), sujeito seria uma
tende-se utilizar os conceitos de sujeito social e pessoa em busca de autonomia, disposta a correr
de coletivo, que fazem parte deste campo do riscos, a abrir-se ao novo, ao desconhecido, e na
conhecimento, buscando articulá-los à gerên- perspectiva de ser alguém que vive numa socie-
cia em enfermagem, uma vez que são significa- dade determinada, capaz de perceber seu papel
tivos para (re)pensar o estilo de gerência, ra- pessoal/profissional/social diante dos desafios co-
cional e hegemônico, adotado pelos enfermei- locados a cada momento.
ros, principalmente na área hospitalar. Campos (2000b) também conceitua sujeito
social, dizendo que este é um ser biológico que
possui uma subjetividade complexa. O autor
Coletivo e sujeito social: explica ainda que o sujeito é um ser imerso na
conceitos que podem contribuir história e na sociedade, mas nem por isso despos-
para uma reflexão acerca suído de uma subjetividade singular e de capaci-
da prática gerencial da enfermagem dade para reagir ao seu contexto. Está constan-
temente produzindo relações sociais que mo-
Neste ensaio, com o objetivo de elaborar uma dificam seus projetos, mas também possui au-
reflexão acerca da gerência em enfermagem, tonomia relativa para realizar os seus desejos,
procurou-se trazer a visão de alguns autores buscar os seus interesses e satisfazer as suas ne-
que abordam a questão do sujeito social e do cessidades.
coletivo, como um dos pontos fundamentais Compreender o trabalhador de saúde le-
para se pensar os processos de gestão em saúde vando em conta definições como as dos auto-
na sociedade contemporânea. Portanto, a par- res acima, segundo Minayo (2001), não tem si-
tir destas abordagens conceituais, pretende-se do a tônica dos processos de gestão desenvolvi-
fazer um paralelo com a prática gerencial exer- dos nas organizações de saúde, uma vez que os
cida especificamente pelo enfermeiro, que tem seus dirigentes, na maioria das vezes, utilizam
sob sua responsabilidade a coordenação da as- métodos gerenciais que destacam as relações
sistência e da equipe de enfermagem, não es- técnicas (normas, funções e papéis) em detri-
quecendo que esta atividade está inserida no mento a outros que valorizam a lógica das rela-
processo de trabalho em saúde. ções sociais, como aspecto essencial no exercí-
Torna-se fundamental, para discutir a prá- cio da gerência.
tica gerencial da enfermagem, tendo em vista a Neste contexto, Campos (1997b) destaca
visão de homem, como sujeito social, conside- que dificilmente a administração e o planeja-
rar a formulação de Matumoto et al. (2001), mento têm contemplado a produção de sujei-
que incita a pensar uma outra concepção de tos sociais, como um dos seus objetivos princi-
homem. Uma concepção que o reconheça co- pais, pois existe uma tradição nas organizações,
mo um ser social em constante interação com dentre elas as de saúde, em se controlar os tra-
os outros homens e com seu meio, transfor- balhadores, ao invés de estimulá-los a se cons-
mando-o e sendo transformado por ele. Ainda tituírem como sujeitos sociais, autônomos e
nesta direção, inclui-se a concepção de Testa, responsáveis.
que defende a idéia de se compreender o ho- Sendo assim, tomando como ponto de
mem como um ser constituído socialmente, ou apoio esta discussão realizada no campo da
seja, um ator social que tem um projeto, uma Saúde Coletiva, propõe-se que a partir de ago-
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balho em equipe, redução das linhas hierárqui- Como docente responsável pela formação
cas e intensa comunicação horizontal, observa- dos futuros enfermeiros, penso que estes pro-
se que, na maioria das organizações, a enferma- fissionais têm um papel fundamental na pro-
gem ainda reproduz nas suas relações a herança dução de sujeitos sociais, em que os trabalha-
do estilo tradicional de gerência. Assim, as rela- dores (incluindo-se neste processo) possam
ções hierárquicas são rígidas e o poder decisó- analisar e refletir coletivamente o seu processo
rio ainda está centrado na figura do enfermeiro de trabalho, tendo em vista a prestação de uma
“chefe” que dá as ordens aos seus “subordina- assistência de enfermagem de forma ética, dig-
dos”. Este por sua vez, parece que, na maioria na e humanizada.
das vezes, também mantém no imaginário a fi- Nesta perspectiva, é preciso encontrar es-
gura do enfermeiro que se graduou somente tratégias de intervenção que propiciem aos tra-
para mandar e dar ordens de forma autoritária. balhadores deixarem de ser subordinados e
No cotidiano de trabalho estas relações rigi- passivos, os quais somente acatam as ordens
damente hierarquizadas são, às vezes, reais dos seus superiores e deixam de exercer o seu
quando determinados enfermeiros adotam uma papel de sujeitos produtivos e criativos no de-
postura autoritária perante a equipe, mas em al- senvolvimento do trabalho. Além disso, a for-
guns momentos não passam de imagens e este- mação destes profissionais, gerentes, deve pos-
reótipos da figura deste profissional, que foram sibilitar a aquisição de um referencial teórico,
historicamente construídos ao longo do tempo de análise e de intervenção, que permita uma
e que atualmente necessitam ser (des)construí- reflexão constante da sua prática gerencial, do
dos para se construir novas relações de trabalho seu papel como coordenador da equipe de en-
na saúde e na enfermagem. fermagem e das relações sociais inerentes ao
O contexto atual mostra a necessidade de se ambiente de trabalho.
criar espaços coletivos e democráticos nas or- Assim, aproximar do campo da Saúde Co-
ganizações que permitam aos gerentes e traba- letiva, tomando os conceitos de sujeito social e
lhadores analisar suas relações de trabalho, ex- de coletivo utilizados neste campo, para elabo-
plicitando e conduzindo os conflitos, tendo em rar esta reflexão acerca da prática gerencial do
vista a produção de sujeitos em espaços coleti- enfermeiro, contribuiu para ampliar meus co-
vos organizados. Assim, o enfermeiro necessita nhecimentos e questionamentos a respeito da
compreender as relações e as demandas do seu gerência no setor saúde, mais especificamente
grupo de trabalho para juntos elaborarem, de a gerência em enfermagem.
forma compartilhada, projetos terapêuticos Neste sentido, a Saúde Coletiva é um dos
que atendam às necessidades da população que campos de conhecimento que pode contribuir
procuram os serviços de saúde. para a (re)construção do exercício da gerência
O enfermeiro, como coordenador da equi- na enfermagem, pois parte da sua produção
pe de enfermagem, é um profissional que ne- científica congrega conceitos e categorias analí-
cessita ter subsídios teóricos e vivências práti- ticas que permitem pensar e intervir na proble-
cas para gerenciar a assistência juntamente mática da gerência em saúde, contribuindo para
com sua equipe. Como gerente da assistência, se (re)pensar a prática gerencial da enfermagem.
este profissional deve ser capaz de identificar, Por fim, um aspecto relevante para esta re-
analisar e conduzir as relações de trabalho sem flexão é a visão que Campos (1997a) tem da
que estas interfiram de forma negativa na as- gestão em saúde. Este autor propõe, a partir de
sistência prestada aos clientes. novos conhecimentos e novas formas de agir,
Sendo assim, a função gerencial desempe- superar o eixo central de todas as escolas de ad-
nhada pelo enfermeiro nos serviços de saúde de- ministração que buscam de diferentes maneiras
ve contemplar os aspectos assistencial, pedagó- reduzir sujeitos humanos à condição de instru-
gico, técnico-científico e político, bem como mentos dóceis aos objetivos da empresa, transfor-
aqueles que dizem respeito às relações interpes- mando-os em insumos ou em objetos. Neste sen-
soais, visando ao planejamento de uma assistên- tido, enfatiza que o desafio atual dos dirigentes
cia integral, prestada de forma segura e livre de está pautado na diretriz de se “governar para
riscos, ao indivíduo, à família e à comunidade. produzir sujeitos !”
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