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Como se desenvolve uma planta de soja

O crescimento e desenvolvimento da soja se mede pela quantidade de matéria


seca acumulada pela planta. O peso seco da planta inclui todos seus
constituintes (com exceção da água), inclusive carboidratos, proteína, gordura
e minerais. A planta de soja produz a maioria de sua matéria seca, através de
um processo único chamado fotossíntese. Durante a fotossíntese, o sol
(energia luminosa) potencializa um processo dentro da planta, onde o CO2
(dióxido de carbono) e a água do solo se combinam para produzir açúcares
(compostos carbonados). Estes açúcares produzidos pela fotossíntese e os
nutrientes minerais obtidos do solo, são os ingredientes básicos necessários
para elaborar os carboidratos, proteínas e gordura da matéria seca.

Em termos mais práticos, o crescimento, desenvolvimento e rendimento da


soja, são resultado de um determinado potencial genético interagindo com o
ambiente. A planta de soja está em sintonia com o ambiente, à medida que o
ambiente auxilia também em realizar o desenvolvimento da planta.

Todas as variedades têm um potencial de rendimento máximo, que está


geneticamente determinado. Este potencial genético se manifesta quando as
condições ambientais são perfeitas, mas estas condições perfeitas não existem
na natureza. Em uma situação de campo, a natureza determina a maior parte
da influência ambiental sobre o desenvolvimento e rendimento da soja; não
obstante, os produtores de soja podem manipular o ambiente com práticas de
manejo adequadas. Em conseqüência, os produtores terão que prover o
melhor ambiente de crescimento possível, utilizando práticas de manejo tais
como preparo de solo adequado e fertilização do solo, selecionando as
variedades e densidades de plantio mais adaptados, realizar controles de
doenças, ervas daninhas e pragas no momento adequado e outras práticas (1).

A combinação destas práticas varia conforme as diferentes situações e níveis


de manejo. Atendendo a uma situação específica, um produtor deve entender o
crescimento e desenvolvimento da soja. O produtor que conhece como se
desenvolve e cresce a planta de soja, pode utilizar mais eficientemente as
práticas de manejo, para atingir maiores rendimentos e benefícios.
Figura 1: Plântula de soja

Ilustrações

As variedades de soja são classificadas por seu hábito de crescimento (forma e


estrutura) e por suas necessidades de comprimento de dia e temperatura para
iniciar sua floração e desenvolvimento reprodutivo. O hábito de crescimento
indeterminado é típico para a maioria das variedades que se cultiva no
"Cinturão do Milho" e está caracterizado pelo crescimento vegetativo após o
início da floração. Nas variedades determinadas, a maior parte de seu
crescimento vegetativo cessa quando a floração se inicia e são as tipicamente
cultivadas no sul dos EEUU (2).

A classificação por ciclo está baseada na adaptação de uma variedade à


estação de crescimento de uma determinada região. Estas regiões de
adaptação são grandes faixas de este a oeste e de pequenas distâncias de
norte a sul (160-240 km). Às variedades de soja adaptadas a uma região em
particular, se dá um número de grupo, de 00 para as regiões do norte de
Minnesota e de Dakota do Norte, a VIII para as regiões do sul dos EEUU, que
incluem os estados da Flórida e sul da Costa do Golfo. A maioria das
variedades dos grupos 00 a IV possui hábito de crescimento indeterminado e a
maioria das variedades dos grupos V a VIII tem hábito de crescimento
determinado (3).

As fotos, figuras e a discussão desta publicação, se referem a uma variedade


de soja indeterminada de grupo II, cultivada no centro do estado de Iowa. As
variedades tipicamente cultivadas no Cinturão do Milho seguem o mesmo
padrão geral de desenvolvimento, apresentado e descrito nesta publicação.
Não obstante, a duração dos estádios fenológicos, o número de folhas
desenvolvidas e a altura de plantas, podem variar entre diferentes variedades,
safras, localidades, datas de semeadura e padrões de semeadura. Por
exemplo:

1- Uma variedade de ciclo curto pode desenvolver menos folhas e desenvolver-


se nos diferentes estádios fenológicos a uma taxa mais rápida que a indicada
aqui, especialmente em semeaduras tardias. Uma variedade de ciclo longo
pode desenvolver mais folhas ou desenvolver-se mais lentamente que o
indicado aqui.

2- A taxa de desenvolvimento de qualquer cultivar está relacionada diretamente


com a temperatura, a duração dos diversos estádios variará conforme as
mudanças da temperatura entre as diferentes safras.

3- As deficiências nutricionais, umidade e outras condições de stress, podem


incrementar a duração das etapas entre os estádios vegetativos, embora
reduzam a duração das etapas entre os estádios reprodutivos.

4- As sojas semeadas com altas densidades tendem a crescer mais e produzir


menos ramificações, vagens e sementes por planta, que as semeadas com
baixas densidades. As sojas com altas densidades também elevam a altura de
inserção da primeira vagem e têm uma maior tendência ao acamamento.

As fotos mostram plantas e partes de plantas em estádios identificados por seu


desenvolvimento morfológico. Todas as plantas cresceram a campo com
exceção da seqüência de germinação a emergência, que cresceram na casa
de vegetação e foram fotografadas em laboratório. Os nomes científicos das
partes de uma planta jovem de soja se mostram a Figura 1.

Identificando os estádios de desenvolvimento

O sistema de estádios de desenvolvimento iniciado aqui (4) divide o


desenvolvimento da planta em estádios vegetativos (V) e reprodutivos (R)
(Tabela 1). As subdivisões dos estádios V são designadas numericamente
como V1, V2, V3, até V (n), com exceção dos primeiros estádios, os quais são
designados como V (emergência) e VC (cotiledonar). O último estádio é
designado como V(n), onde (n) representa o número do último estádio nodal
desenvolvido. O valor de (n) varia conforme a variedade e as diferenças
ambientais. As oito subdivisões dos estádios R são designadas numericamente
e com seus respectivos nomes comuns na Tabela 1.

Os estádios vegetativos (estádios nodais) que seguem a VC estão definidos e


numerados de acordo com o nó da última folha completamente desenvolvida.
Um nó com uma folha completamente desenvolvida, é aquele que têm uma
folha por cima de cujos folíolos estão abertos. Em outras palavras, as bordas
dos folíolos já não se tocam como os fazem na Figura 2. Se define como
estádio V3, por exemplo, quando os folíolos do 1º (unifoliado) até o 4º nó estão
abertos. Do mesmo modo, o estádio VC ocorre quando as folhas unifoliadas
estão desligadas. O nó das folhas unifoliadas é o primeiro nó ou o ponto de
referência onde se começa a contar acima para identificar o número da última
folha. Este nó é único, porque nas folhas se insere na forma oposta sobre a
haste. Todas as outras folhas verdadeiras formadas pela planta, são trifoliadas
(compostas) e com grandes pecíolos e são produzidas em forma individual
(para os diferentes nós) e em forma alternada (uma de um lado da haste e a
seguinte do outro lado).

Os cotilédones, que são considerados como órgãos de armazenagem em


forma de folhas modificadas, também surgem de maneira oposta à haste e por
debaixo do nó das folhas unifoliadas. Quando as folhas unifoliadas se perdem
por dano ou envelhecimento natural, a posição do nó unifoliado pode ser
determinada, localizando as das cicatrizes das folhas na parte inferior da haste,
as que marcam em forma permanente o lugar onde as folhas unifoliadas
cresceram. Estas cicatrizes das folhas unifoliadas, estão localizadas
imediatamente acima das cicatrizes opostas que marcam a posição do nó
cotiledonar. Qualquer cicatriz por cima das cicatrizes opostas das folhas
unifoliadas, aparece individualmente e em forma oposta à haste e marcam a
posição do nó em que cresceram folhas trifoliadas.

Tabla 1. Estádios vegetativos e reprodutivos da planta de soja*


Estádios vegetativos Estádios reprodutivos
VE Emergência R1 Início da floração
VC Cotiledonar R2 Floração plena
V1 Primeiro nó R3 Início de formação de vagens
V2 Segundo nó R4 Formação de vagens plena
V3 Terceiro nó R5 Início de enchimento de grãos
. R6 Enchimento de grãos pleno
. R7 Início da maturação
V (n) Nó (n) R8 Maturação plena

* Este sistema identifica com exatidão os estádios da planta de soja. Não


obstante, nem todas as plantas num campo determinado se encontram no
mesmo estádio ao mesmo tempo. Quando se determina a fenologia de um
campo de soja, cada estádio específico V ou R, é definido quando 50% ou mais
das plantas do lote estão neste estádio.

Estádios vegetativos e seu desenvolvimento

Germinação e emergência

As sementes de soja, uma vez semeadas, iniciam a germinação absorvendo


água numa quantidade equivalente a 50% de seu peso. A radícula ou raiz
primária é a primeira a crescer (Figura 3), elongando-se desde abaixo e
dirigindo-se ao solo. Pouco tempo depois que a raiz primária começa a crescer,
o hipocótilo (pequena seção da haste entre o nó cotiledonar e a raiz primária)
(Figura 1) inicia a elongação desde a superfície do solo levando consigo os
cotilédones (folhas seminais). A raiz primária crescida provê sustentação para
que a elongação do hipocótilo possa empurrar os cotilédones desde a
superfície do solo, determinando a ocorrência do estádio VE ou emergência
(Figura 3). O estádio VE ocorre uma a duas semanas depois da semeadura,
dependendo da umidade e temperatura do solo e a profundidade de
semeadura (5). As raízes laterais começam a crescer a partir da raiz principal
antes da emergência.

Pouco depois de VE, o hipocótilo em forma de gancho se dirige e paralisa seu


crescimento, enquanto que os cotilédones se dobram para baixo. Isto expõe o
epicótilo (folhas jovens, haste e o ápice de crescimento localizado sobre o nó
cotiledonar). A expansão e desligamento das folhas unifoliadas marca o início
do estádio VC, o qual é seguido pelos estádios V numerados (nodais).

Os nutrientes e as reservas de alimento dos cotilédones suprem as


necessidades da planta jovem durante a emergência e por 7 a 10 dias depois
de VE (estádio V1). Durante este tempo, os cotilédones perdem 70% de seu
peso seco. A perda de um dos cotilédones tem pouco efeito na taxa de
crescimento das plantas, mas a perda de ambos os cotilédones durante a
formação de VE reduzem o rendimento em 8 a 9%. Depois de V1, a
fotossíntese das folhas em desenvolvimento é suficiente para que a planta se
mantenha a si mesma.

Os novos estádios V apareceram a cada 5 dias de VC a V5 e a cada 3 dias de


V5 até pouco depois de R5, quando se alcança o número máximo de nós.

Guias de manejo

Na maioria dos casos, a soja deve ser semeada a uma profundidade de 2,5 a 4
cm e nunca a uma profundidade maior que 5 cm. A habilidade da plântula de
soja de romper a crosta de solo durante a emergência decresce com o
aumento da profundidade de semeadura. Algumas variedades são
especialmente sensíveis a semeaduras profundas. Além disso, as
temperaturas de solo mais baixas, somadas a maiores profundidades de
semeadura, tornam mais lento o crescimento e reduzem a disponibilidade de
nutrientes.

Pequenas quantidades de fertilizantes aplicados em faixas de 2,5 a 5 cm ao


lado e ligeiramente abaixo da semente, podem estimular o crescimento rápido
da planta. Como as raízes não são atraídas pelos fertilizantes das faixas, para
tanto o fertilizante deve ser aplicado onde estão as raízes. A aplicação de
fertilizante em excesso próximo à semente, pode danificar as plântulas.

As ervas daninhas competem com a soja pela umidade, nutrientes e luz.


Operações de preparo, herbicidas, stands uniformes e rotação de cultura são
métodos úteis para controlar as doenças. A enxada rotativa é uma excelente
ferramenta para o controle rápido de doenças antes ou imediatamente depois
da emergência.

A inoculação da semente com bactéria Bradyrhizobium japonicum, geralmente


não é recomendada nos EEUU, a menos que o lote não tenha sido cultivado
nunca com soja, ou não se cultivou soja nos últimos 5 ou mais anos (6).

Estádio V2 (segundo nó)

No estádio V2, as plantas têm 15 a 20 cm de altura e três nós tem folhas com
folíolos abertos (o nó unifoliado e os dos primeiros nós com folhas trifoliadas),
Figura 4.

As raízes da soja são normalmente infectadas pela bactéria Bradyrhizobium


japonicum, que causa a formação de estruturas em forma redonda ou oval
chamada nódulos, Figura 1 e 5. Milhões destas bactérias se encontram dentro
de cada um destes nódulos e provém uma boa parte do nitrogênio requerido
pela planta de soja por um processo chamado fixação de nitrogênio. Através da
fixação de nitrogênio, a bactéria troca o N2 gasoso da atmosfera do solo, que
não está disponível para as plantas, em produtos nitrogenados que a planta de
soja pode usar. A planta fornece carboidratos para a bactéria. Uma relação
como esta, onde tanto a bactéria como a planta se beneficia uma da outra, se
denomina relação simbiótica. Os nódulos que se encontram fixando nitrogênio
na forma ativa apresentam uma coloração rosada a roxa em seu interior
(Figura 6), esta coloração é branca, marrom ou verde, se não ocorre fixação
simbiótica.

Em condições de campo, se pode observar formação de nódulos de VE, mas a


fixação simbiótica ativa não inicia até os estádios V2 a V3. Depois disto, se
incrementa o número de nódulos formados e a quantidade de nitrogênio fixado
até o estádio R 5.5 (estádio intermediário entre R5 e R6), a partir de onde
decresce bruscamente.

Guias de manejo

A fertilização nitrogenada da soja não é recomendada, porque geralmente não


incrementa o rendimento em grãos. O número total de nódulos formados nas
raízes diminui proporcionalmente com o incremento do N aplicado. Além disso,
o N da fertilização aplicado na planta de soja com nódulos ativos, determinará
que os mesmos se tornem inativos ou ineficientes, em forma proporcional à
quantidade de N aplicado. Para tanto, a planta de soja pode utilizar o N fixado
pela bactéria e o N do solo (tanto o N mineralizado como o da fertilização), mas
se o N do solo estiver disponível em grandes quantidades, este será mais
usado que o N fixado.

Em V2, as raízes laterais proliferam rapidamente nas entrelinhas nos primeiros


15 cm do solo e em V5 se entrecruzam completamente com espaçamentos de
76 cm. Devido a estas raízes estarem crescendo próximas a superfície do solo,
o controle mecânico de ervas daninhas deve ser superficial (7).

Estádios V3 e V5 (terceiro e quinto nó)

As plantas em V3 têm entre 18 a 23 cm de altura e 4 nós tem folhas com


folíolos abertos.

As plantas em V5 têm aproximadamente entre 25 e 30 cm de altura e 6 nós


tem folhas com folíolos abertos, Figura 8.

O ângulo superior da união entre a haste principal e o pecíolo da folha, é


chamado axila. Em cada axila se encontra uma gema axilar (Figura 1), a qual é
similar ao ponto de crescimento principal da haste (gema apical). Esta gema
pode dar origem a um ramo de flores que passaram a ser vagens ou poderá
permanecer em dormência (inativa).

O número de ramificações que se desenvolvem aumenta com o aumento do


espaçamento entre linhas e com a redução da densidade de plantas,
dependendo do crescimento da variedade. Em condições de campo
geralmente se desenvolve de 0 a 6 ramificações. Geralmente a maior
ramificação é a mais baixa na haste principal e progressivamente desde o
ápice da haste principal, se desenvolvem ramificações menores. Todas as
ramificações desenvolvem folhas trifoliadas, nós, axilas, gemas axilares, flores
e vagens, de modo similar à haste principal. Na Figura 9 se observa a primeira
ramificação iniciando seu desenvolvimento, na axila do nó da primeira folha
trifoliada.
As gemas axilares próximas às axilas do ápice da haste principal tomam
aparência frondosa e começam a desenvolver grupos de flores chamados
racimos, aproximadamente uma semana antes ou dois nós antes da ocorrência
dos estádios R1 ou V5 (8). Um racimo é uma estrutura semelhante a uma
haste, que produz em toda sua extensão flores que logo formarão as vagens,
Figura 21.

O número total de nós que uma planta pode potencialmente produzir, já está
determinado em V5. O número potencial de nós que uma planta com hábito de
crescimento indeterminado pode produzir é sempre maior que o número atual
de nós que estão completamente desenvolvidos (tem uma folha no nó
imediatamente superior com os folíolos abertos).

Guias de manejo

As gemas axilares das folhas trifoliadas, unifoliadas e dos cotilédones,


conferem à planta de soja uma grande capacidade para de se recuperar de
danos tais como o granizo. O ápice da haste ou gema apical de crescimento,
normalmente exibe dominância sobre as gemas axilares (pontos de
crescimento axilares) durante o crescimento vegetativo da planta. Se o ápice
da haste é cortado ou quebrado com parte da haste, as gemas axilares
restantes se liberam dessa dominância e as ramificações crescem
intensamente. A planta, para tanto, tem a habilidade de produzir novas
ramificações e folhas no caso que o granizo destrói quase toda a folhagem. O
corte da planta embaixo do nó cotiledonar é letal, porque não existem gemas
abaixo deste nó (9).

Estádio V6 (sexto nó)

As plantas em V6 têm entre 30 e 35 cm de altura, Figura 9. Neste estádio, sete


nós têm folhas com folíolos abertos e as folhas unifoliadas e os cotilédones
podem ter entrado em senescência e caído da planta. Os novos estádios
vegetativos aparecem cada 3 dias.

Neste estádio, as raízes laterais cruzam completamente as entrelinhas com


espaçamentos de 76 cm ou menores. Uma redução de 50% das folhas provoca
uma perda de rendimento de aproximadamente uns 3%.

Estádios reprodutivos e seu desenvolvimento

Os oito estádios reprodutivos (R) estão agrupados em 4 etapas: R1 e R2


descrevem a floração; R3 e R4, a formação de vagens; R5 e R6, o
desenvolvimento da semente e R7 e R8, a maturação. O crescimento
vegetativo e a produção de nós continuam através de alguns estádios R,
compreendendo os estádios V até alcançar o número final de nós. Os estádios
R1 a R6 são os que melhor descrevem o desenvolvimento da planta. A
descrição dos estádios R corresponde ao início e a plenitude de cada etapa.
Na Figura 10, tem-se um esquema do desenvolvimento geral e a duração do
crescimento vegetativo, floração, desenvolvimento de vagens e o enchimento
de grãos, em função dos estádios R (10).

R1-Uma flor aberta em qualquer nó da haste principal, Figura 11.

As plantas em R1 tem entre 38 e 46 cm de altura e vegetativamente se


encontram entre V7 e V10 (7 a 10 nós completamente desenvolvidos) (11). A
floração inicia no terceiro ao sexto nó da haste principal, dependendo do
estádio V no momento da floração, e continua a partir dali para cima e para
baixo. As ramificações começam a florescer poucos dias mais tarde que a
haste principal. A floração no racimo ocorre desde a base até o ápice, Figura
12. As vagens basais do racimo estão sempre mais desenvolvidas que as do
ápice, Figura 21. A floração e a formação de vagens ocorre geralmente sobre
racimos primários, embora possam desenvolver racimos secundários ao lado
do racimo primário, na mesma axila. O aparecimento de novas flores alcança
um máximo entre R 2.5 e R3 e está quase completo no estádio R5.

Em R1, a taxa de crescimento vertical das raízes incrementa rapidamente e se


mantém até os estádios R4 ou R5. Alem disso, a proliferação de raízes
secundárias e pêlos radiculares nos primeiros 23 cm de solo é alta durante este
período, a partir daí começam a degenerar-se.

R2 - Uma flor aberta em um dos dois nós superiores da haste principal,


com uma folha completamente desligada, Figura 13.

As plantas no estádio R2 tem entre 43 a 56 cm de altura e estão no estádio V8


a V12 (11). Neste estádio a planta acumulou apenas 25% de sua matéria seca
total e nutrientes, 50% de sua altura total e produziu aproximadamente 50% do
total de seus nós (12). Este estádio marca o início de um período de rápida e
constante taxa de acumulação de matéria seca e nutrientes (Figura 38-41) pela
planta, que continuará até pouco depois do estádio R6 (13). Esta rápida
acumulação de matéria seca e nutrientes em toda a planta ocorre inicialmente
em suas partes vegetativas (folhas, haste, pecíolos e raízes), mas esta
acumulação migra gradualmente a vagens e sementes à medida que as
mesmas começam a desenvolver-se e os órgãos vegetativos terminam seu
desenvolvimento. Além disso, no estádio R2, cresce rapidamente a taxa de
fixação de nitrogênio pelos nódulos das raízes (14). A Figura 14 mostra que um
grande número de nódulos das raízes podem desenvolver-se em uma planta.
No estádio R2, as raízes se cruzam completamente com espaçamentos
entrelinhas de 102 cm, a partir daqui muda a orientação do crescimento de
várias raízes laterais maiores, dirigindo-se em profundidade. Estas raízes
laterais maiores, junto com a principal, continuam elongando-se em
profundidade no perfil do solo até pouco depois do estádio R 6.5.

50% de desfolhamento neste estádio reduz o rendimento em 6% (15).

R3-Vagens de 5 mm de tamanho em um dos 4 nós superiores da haste


principal, com uma folha completamente desenvolvida, Figuras 15 e 16.
As plantas em R3 tem entre 58 e 81 cm de altura e se encontram no estádio
V11 a V17 (11). Neste estádio é freqüente encontrar na mesma planta vagens
em desenvolvimento, flores fechadas, flores abertas e botões florais ao mesmo
tempo. As vagens em desenvolvimento se dirigem aos nós basais, onde se
iniciou a floração.

Se as densidades de semeadura são adequadas, o rendimento (peso total de


sementes) pode ser dividido em três componentes: número total de vagens
produzidas por planta, número de sementes produzidas por vagem e o peso de
cada semente (tamanho de semente). O incremento ou a redução do
rendimento pode ser descrito como o incremento ou a redução de um ou mais
destes três componentes.

Os incrementos de rendimento, geralmente resultam em aumentos no número


total de vagens por planta, especialmente os grandes incrementos de
rendimento. Os limites superiores do número de sementes por vagem e do
tamanho de sementes estão determinados geneticamente; estes dois
componentes podem variar até para produzir aumentos consideráveis de
rendimento.

Condições estressantes, tais como alta temperatura ou deficiência de umidade


reduzem o rendimento devido à redução de um ou mais dos componentes.
Reduções de um dos componentes podem ser compensadas por outro dos
componentes e em conseqüência o rendimento não teria reduções
significativas. O componente de rendimento que é reduzido ou incrementado
depende do estado R em que se encontra a planta quando ocorre o stress. À
medida que a planta passa do estádio R1 para R 5.5, decresce sua capacidade
de compensar depois da ocorrência de uma condição estressante e se
incrementa o potencial de redução de rendimento.

Guias de manejo para os estádios R1 a R3

Nas condições do Cinturão do Milho dos E. E. U. U., cerca de 60 a 75% das


flores produzidas abortam e não contribuem com o rendimento.
Aproximadamente a metade desta perda ocorre antes que as flores se
transformam em pequenas vagens e a outra metade é devida ao aborto de
vagens. A grande produção de flores e vagens e o extenso período de floração
(de R1 a R5) parece desejável porque oferece a possibilidade de escapar a
curtos períodos de stress. Condições estressantes (que causam grandes
percentuais de aborto), ocorridas entre R1 e R3, geralmente não reduzem o
rendimento de modo importante, porque algumas flores (que posteriormente se
transformarão em vagens) podem ser produzidas até R5 para compensar.
Além disso, a ocorrência de stress nestes estádios podem resultar num
aumento do número de sementes por vagens e de peso de sementes, que
também ajudam a compensar o aborto de flores e pequenas vagens.

Os cientistas e os produtores não aprenderam a aproveitar totalmente as


vantagens do potencial produtivo do cultivo da soja. Práticas de manejo tais
como fertilização, redução do espaçamento entrelinhas, densidades de
semeadura adequadas, irrigação e controle de doenças podem reduzir a
quantidade de aborto floral e de vagens e, em conseqüência, incrementar o
rendimento (16).

Estádio R4 (Formação de Vagens Plena)

R4-Vagens de 2 cm de comprimento em um dos 4 nós superiores da haste


principal com folhas completamente desenvolvidas, Figuras 17 e 18.

As plantas em R4 tem entre 71 e 99 cm de altura e se encontram no estádio


V13 a V20 (11). Este período está caracterizado pelo rápido crescimento das
vagens e pelo início do desenvolvimento da semente.

No período compreendido entre R4 e pouco depois de R 5.5, as vagens


incrementam rapidamente e de modo constante sua matéria seca. Algumas
vagens dos nós basais da haste principal tem o tamanho definitivo ou estão
próximas a alcançar-lo (Figura 18), mas muitas vagens alcançarão o tamanho
final no estádio R5, Figura 25. As vagens geralmente alcançam seu
comprimento e largura máximos antes que as sementes iniciam seu rápido
desenvolvimento, Figura 27. Para tanto, até o final deste período, as sementes
das vagens da base da haste, iniciaram um rápido crescimento.

Algumas das últimas flores que se formam na planta, se encontram na


ramificação do ápice da haste principal, Figura 20. Esta ramificação é formada
por flores axilares agrupadas, correspondentes a nós apicais com entrenós
muito curtos. Os nós superiores das ramificações também são os últimos a
florescer.

Estado R4 (Formação de Vagens plena)

Guias de manejo

O estádio R4 marca o início do período mais importante do desenvolvimento da


planta para determinação de rendimento. A ocorrência de estresse (hídrico,
luminoso, nutricional, geadas, acamamento ou desfolhamento) entre R4 e
pouco depois de R6, reduzirá o rendimento mais que o mesmo estresse em
qualquer outro período de desenvolvimento. O período de R 4.5 (etapa final da
formação de vagens) a R 5.5 é especialmente crítico porque a floração está no
seu final e não se pode compensar com a formação de novos destinos
reprodutivos. Além disso, na ocorrência de estresse, as vagens e sementes
jovens são mais propensas a abortar que as vagens e sementes mais
desenvolvidas. As reduções de rendimento neste período resultam
fundamentalmente de reduções no número total de vagens por planta, com
menores reduções ocorridas a partir do número de sementes por vagens e
tamanho de semente. O tamanho da semente pode ser compensado se as
condições ambientais de crescimento são favoráveis depois de R 5.5. Além
disso, a compensação pelo tamanho de semente está geneticamente limitada.
Em conseqüência, a planta tem uma limitada capacidade para compensar o
aborto causado por estresse ocorrido entre R 4.5 e R 5.5.
Quando é possível, se deve irrigar o cultivo para assegurar uma adequada
disponibilidade de água, muito importante neste período.

Estado R5 (inicio do enchimento de grãos)

R5-Semente de 3 mm de comprimento em uma vagem de um dos 4 nós


superiores na haste principal com folhas completamente desenvolvidas, Figura
23, 24, 25 e 26.

As plantas em R5 tem 76 a 109 cm de altura e se encontram no estádio V15 a


V23 (12). Este período está caracterizado pelo rápido crescimento da semente
ou enchimento de grãos (Figura 27 e 28) e a redistribuição do peso seco e dos
nutrientes da planta para as sementes em crescimento (Figuras 38, 39 e 40).

No início do estádio R5, o desenvolvimento reprodutivo varia de flores


recentemente abertas a vagens contendo sementes de 8 mm de comprimento,
Figura 27. No período médio compreendido entre os estádios R5 e R6, vários
eventos ocorrem quase ao mesmo tempo. Em R 5.5: 1) A planta alcança seu
máximo peso, número de nós e área foliar; 2) as altas taxas de fixação de
nitrogênio alcançam seu valor máximo e logo se reduzem rapidamente e 3) As
sementes começam um período de rápida e constante acumulação de matéria
seca e nutrientes. Pouco depois de R 5.5, a acumulação de matéria seca e
nutrientes nas folhas, pecíolos e haste se torna máxima e logo começa a
redistribuir-se (retranslocar-se), destas partes da planta para as sementes num
rápido desenvolvimento. O período de rápida e constante acumulação de peso
seco nas sementes continua até pouco depois de R 6.5, durante este período
se acumula aproximadamente 80% do peso seco total da semente.

O rendimento depende da taxa e a duração do período de acumulação de peso


seco na semente. Existe relativamente pouca diferença na taxa de acumulação
de peso seco na semente entre as variedades adaptadas a um lugar
determinado, mas diferem na duração desta etapa. O estresse pode influenciar
tanto a taxa como a duração desta etapa.

Estado R5 (Início do enchimento de grãos)

Guias de manejo

Durante o período de rápido enchimento de grãos, a demanda de água e


nutrientes é alta. Durante este período, as sementes acumulam a metade do N,
P e K, por redistribuição das partes vegetativas da planta e a outra metade por
absorção do solo e a atividade dos nódulos. Esta redistribuição de nutrientes
ocorre independente da disponibilidade de nutrientes do solo. As deficiências
de água podem reduzir a disponibilidade de nutrientes porque as raízes não
podem absorver os nutrientes nem crescer nas camadas superficiais onde o
solo está seco. Para tanto, ao menos parte do P e o K devem estar localizados
onde o solo está mais úmido e onde os nutrientes estarão disponíveis para a
planta.
100% de desfolhamento (por exemplo, por granizo) entre R 5.0 e R 5.5 pode
reduzir o rendimento da soja, em aproximadamente uns 75%. A ocorrência de
estresse no período entre R 5.5 e R 6, também podem causar grandes
reduções de rendimento. As reduções de rendimento durante R 5.5 a R 6, se
dão principalmente por um menor número de vagens por planta e de sementes
por vagens e em menor medida por um menor peso de semente.

Estádio R6 (Enchimento de grãos pleno)

R6-Vagem contendo uma semente verde que enche a cavidade da vagem em


um dos 4 nós superiores sobre a haste principal com uma folha completamente
desenvolvida, Figura 29 e 30.

As plantas em R6 tem 80 a 120 cm de altura e se encontram no estádio V16 a


V25 (11). Devido à altura e o número de nós atingirem seus máximos
aproximadamente em R 5.5, se evidencia um pequeno incremento nestes
parâmetros entre os estádios de R5 e R6.

A semente em R6 ou semente verde (Figura 31) se caracteriza por apresentar


uma largura igual ao da cavidade da vagem; além disso, nesta etapa se podem
encontrar sementes de todos os tamanhos, como nas Figuras 27 e 28. O peso
total das vagens da planta atingem o máximo aproximadamente em R6.

No estádio R6, é muito alta a taxa de crescimento da semente e da planta


inteira. Esta rápida taxa de acumulação de peso seco e nutrientes começa a
diminuir na planta inteira pouco depois de R6 e pouco depois de R 6.5 na
semente. O peso seco e a acumulação de nutrientes atinge o máximo na planta
inteira pouco depois de R 6.5 e na semente em R7. Figuras 38, 39 e 40.

O amarelecimento rápido das folhas (senescência visual) inicia pouco depois


de R6 e continua rapidamente até R8 ou até que todas as folhas tenham caído.
As folhas que iniciam a senescência e posterior caída são as mais velhas dos
nós inferiores. Este processo logo se estende para cima, nas folhas mais
jovens. Três a seis folhas trifoliadas dos nós inferiores podem ter caído, antes
que a planta inicie a etapa de amarelecimento rápido de suas folhas.

O crescimento da raiz se completa pouco depois de R 6.5.

Estado R7 (Início da Maturação)

R7-Uma vagem normal na haste principal que alcançou a coloração de


maturação, Figura 32 e 33.

A maturação fisiológica de uma semente ocorre quando cessa a acumulação


de peso seco. Isto ocorre quando a semente (e geralmente a vagem) toma uma
coloração amarelecida ou perdeu totalmente sua coloração verde. Apesar de
que nem todas as vagens em uma planta em R7 (Figura 32 e 33) perdeu a
coloração verde, a planta está essencialmente na maturação fisiológica, porque
acumulará muito pouco peso seco adicional. A semente de soja em maturação
fisiológica tem 60% de umidade e contém todas as partes necessárias para
iniciar a geração da próxima planta de soja.

A Figura 34 mostra uma vagem verde em R6 com sementes verdes, uma


vagem completamente amarela com sementes na maturação fisiológica e uma
vagem de coloração de maturação, com sementes lisas para serem colhidas.

Estado R7 (Início de maturação)

Guias de manejo para os estádios R6-R7

À medida que as vagens e sementes amadurecem, as mesmas são menos


propensas a abortar. Como resultado, o número total de vagens por planta e o
número de sementes por vagem, são gradualmente definidos com a maturação
da soja. Apesar de que uma semente mais desenvolvida pode não abortar (cair
da planta) em condições de estresse, a duração do período de rápida
acumulação de matéria seca pode reduzir sua extensão, determinando um
menor tamanho de semente e rendimento.

À medida que o desenvolvimento atinge o estádio R6, o grau do potencial de


redução de rendimento por estresse declina gradualmente. De R6 a R 6.5, o
estresse pode causar grandes reduções de rendimento fundamentalmente por
uma redução do tamanho de semente, mas também por uma redução do
número de vagens por planta e do número de sementes por vagens. As
reduções de rendimento, pela ocorrência de estresse entre R 6.5 e R7, são
menores porque a semente tem acumulado um percentual considerável de seu
peso seco. O estresse ocorrido em R7 ou mais tarde, não afeta o rendimento.

A Figura 35 mostra o redirecionamento do crescimento das folhas em direção


ao sol, depois que a planta de soja experimenta um acamamento parcial. A
tendência ao acamamento aumenta à medida que as plantas tem maior
crescimento. Altas densidades de plantas, irrigação e altas precipitações
aumentam a altura das plantas e o acamamento. O acamamento reduz o
rendimento ao aumentar as perdas de colheita e a eficiência do uso da
radiação solar pela planta.

Estádio R8 (Maturação plena)

R8-95% das vagens alcançaram cor de maduras, Figura 36. São necessários 5
a 10 dias de clima seco depois de R8 para que a semente tenha menos de
15% de umidade.

A figura 37 mostra a seqüência de mudança de cor e tamanho que ocorre com


as vagens e as sementes desde sementes verdes em R6 (esquerda) a
sementes maduras para a colheita (direita). As sementes e vagens que se
encontram no segundo lugar contando desde a direita na Figura 37,
apresentam a cor típica de madura, embora as sementes não alcançassem o
tamanho e umidade de colheita. Para tanto, a cor de amadurecimento das
vagens nem sempre indica condição de colheita das sementes em seu interior.
Com clima seco favorável, a soja perde umidade rapidamente.
Estádio R8 (Maturação plena)

Guias de manejo

A densidade de semeadura adequada evidenciará a colheita. Densidades de


semeaduras acima da recomendada, provocam acamamento de plantas que se
tornam difíceis de colher e deixam uma parte do rendimento alcançado no
campo. As densidades de semeaduras abaixo do recomendado aumentam as
ramificações e reduzem a altura de inserção das primeiras vagens. As ramas
com muita carga de vagens se quebram facilmente e caem no solo. Além
disso, as vagens que se formam na base da haste próxima ao solo, às vezes, é
impossível colher mecanicamente.

A colheita no momento certo é muito importante para a soja. A umidade ideal


da semente na colheita, para sua armazenagem, é de 13%. Apesar de que a
colheita pode iniciar-se a um teor maior de umidade, tem-se que comparar
custos de secagem para ter um armazenamento seguro. Em contrapartida, o
atraso da colheita, com menos de 13% de umidade aumenta as perdas por
debulha na pré colheita e na barra de corte durante a colheita, aumenta o
número de meios grãos e a perda de peso até o momento da venda.

Para reduzir as perdas de colheita se deverá: colher a uma velocidade


adequada e ajustar a abertura do côncavo, a velocidade do cilindro, as
peneiras e a velocidade do ar. Sincronizar a velocidade do molinete com o
avanço da colhedora, para reduzir a debulha provocada pela barra de corte.
Ajustar a altura de corte para reduzir perdas. Na média, com uma altura de 9
cm a palhada contém 5 % do rendimento e a 16,5 cm, 12 %.

Resumo

Como cresce uma planta de soja

A taxa de incremento no peso seco da planta é muito lento inicialmente, mas


gradualmente se incrementa através dos estádios V e R1, à medida que se
desenvolvem mais folhas e aumenta a cobertura do solo. Aproximadamente em
R2, a taxa diária de acumulação de peso seco pela planta inteira se mantém
máxima e quase constante, até a etapa final do enchimento de grãos (pouco
depois de R6) momento em que começa a diminuir e finalmente se é pequeno
após R 6.5, Figura 38. Esta acumulação do peso seco ocorre inicialmente nas
partes vegetativas da planta, mas entre R3 e R 5.5 migra gradualmente para as
vagens e sementes, Figuras 10 e 38.

A taxa de crescimento das folhas, pecíolos e haste segue a tendência da taxa


de crescimento da planta inteira, até que as vagens e sementes começam a
desenvolver-se, aproximadamente em R4. Pouco depois de R 5.5, o peso seco
atinge o máximo nas partes vegetativas, onde iniciam a translocar para as
sementes em rápido crescimento. A perda de folhas e pecíolos se inicia entre
V4 e V5, nos nós basais e progride muito lentamente para cima, até pouco
depois de R6, Figura 38. A partir deste momento, a perda de folhas e pecíolos
é rápida e constante e contínua até R8, quando geralmente todas as folhas e
os pecíolos tenham caído, Figura 36.

O crescimento das raízes se inicia quando a raiz primária emerge da semente.


Se houverem condições favoráveis, a raiz primária e várias raízes laterais
maiores crescem rapidamente, podendo alcançar uma profundidade de 0,8 a 1
m no estádio V6. Entre os estádios V6 e R2, o sistema radicular alcança sua
maior taxa de expansão. A maioria deste crescimento ocorre nos primeiros 30
cm de solo, se está disponível uma adequada umidade. Algumas raízes podem
estar nos primeiros 2,5 cm do solo. No estádio R6 e se houverem condições
favoráveis, as raízes podem alcançar profundidades maiores a 1,8 m e
estendem-se lateralmente 25 a 50 cm. Neste estádio as raízes crescem muito
lentamente, e este crescimento das raízes continua até a maturação fisiológica
(R7).

Uma parte do nitrogênio utilizado pela planta, está disponível nos nódulos das
raízes pela fixação de N do ar da bactéria Bradyrhizobium japonicum. Esta
bactéria infecta as raízes, ocasionando a produção de nódulos a partir do
estádio V1, Figura 1. Através dos estádios V, o número de nódulos se
incrementa (Figura 14) junto com a taxa de fixação de N. A partir do estádio
R2, a fixação de N aumenta e alcança seu máximo em R 5.5 e logo se reduz
rapidamente.

A floração se inicia em R1, no terceiro ao sexto nó da haste principal e logo


progride para cima e para baixo. As primeiras flores aparecem na base dos
racimos, Figura 13. Logo os racimos se elongam (Figura 21) e novas flores
aparecem progressivamente até o ápice dos mesmos. No estádio R5, a planta
completou a maior parte de sua floração, e também, umas poucas flores recém
abertas podem estar presentes nas ramas e nos nós superiores da haste
principal. Quase todas as flores se autofecundam, no momento de sua abertura
ou um pouco antes.

Três a 4 dias depois da abertura da flor, as pétalas secam e a vagem (fruto)


inicia a elongar-se. Em 2 a 2 1/2 semanas depois da abertura da flor, a vagem
alcança seu comprimento máximo. O crescimento das vagens é rápido entre os
estádios R4 e R5, já que só umas poucas vagens completamente
desenvolvidas, estão presentes nos nós basais no estádio R4 (Figura 18).
Muitas vagens alcançaram seu comprimento máximo em R5 (Figuras 24 e 25)
e todas o atingem no estádio R6.

Os grãos (sementes) de uma vagem não começam a crescer rapidamente, até


que a vagem não alcança seu comprimento máximo e os grãos uns 7 a 8 mm
de comprimento. Só umas poucas sementes que já alcançaram os 8 mm de
comprimento (Figura 27), iniciam a etapa de rápida acumulação de matéria
seca no estádio R5. Em R 5.5, a taxa combinada de acumulação de matéria
seca de todos os grãos da planta, é rápida e constante. O rápido crescimento
dos grãos da planta inteira começa a ser mais lento pouco depois de R 6.5 e se
define no estádio R7.
O rendimento (peso total das sementes) pode ser descrito pela seguinte
equação:

Rendimento = (número médio de plantas por hectare) x (número médio de


vagens por planta) x (número médio de grãos por vagem) x (peso médio da
semente).

Uma planta crescendo sem a concorrência de outras plantas, apresentará


muitas ramificações e alcançará grande produtividade. O incremento do
número de plantas em uma área determinada (densidade de semeadura)
aumenta a altura e a tendência ao acamamento das plantas, reduz as
ramificações das plantas e apesar de que reduz o número de vagens por
planta, contribui a atingir um maior número de vagens e grãos por unidade de
área, até alcançar a densidade de plantas ótima. A densidade de plantas ótima
difere para as diferentes variedades e ambientes de crescimento.

O ambiente em que cresce uma variedade exerce uma grande influência sobre
o desenvolvimento e o rendimento das plantas. O estresse ambiental ocorrido
em qualquer estádio de desenvolvimento reduzirá o rendimento. Fatores de
estresse tais como as deficiências nutricionais; falta de umidade; dano de
geadas, granizo ou insetos; ou acamamento, causa as maiores reduções de
rendimento, quando ocorrem entre os estádios R4 e pouco depois de R6. Entre
estes estádios, o período especialmente sensível ao estresse, é o
compreendido entre R 4.5 e R 5.5. À medida que o desenvolvimento da planta
passa ao estádio R6, a redução potencial do rendimento causada pelo
estresse, decresce gradualmente até o estádio R7, em que o rendimento não é
afetado pelo estresse. Os rendimentos mais altos são obtidos somente quando
as condições ambientais são favoráveis em todos os estádios de crescimento.

Resumo
Como cresce uma planta de soja

Requerimentos e absorção de nutrientes pelas plantas

As plantas de soja (incluindo a bactéria simbiótica associada a ela) requerem


os seguintes elementos nutricionais: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K),
enxofre (S), cálcio (Ca), magnésio (Mg), ferro (Fe), boro (B), manganês (Mn),
zinco (Zn), cobre (Cu) e molibdênio (Mo). A maioria dos nutrientes é absorvida
do solo; não obstante, parte do N é obtida da fixação bacteriana dos nódulos e
parte do S é absorvido (primariamente como SO2 e H2S) do ar. Os nutrientes
do solo são absorvidos pelas raízes das plantas pelo contato com a água e se
movem dentro da planta desde as folhas e outras partes vegetativas da planta.

As quantidades de nutrientes disponíveis variam conforme o tipo, análise e


profundidade do solo e as práticas de preparo são influenciadas pela
temperatura e umidade do solo. As raízes não crescem em solo seco e deve-se
dispor de umidade para que as raízes possam absorver os nutrientes do solo.
Não obstante, o excesso de umidade dos solos limita a aeração e as raízes
também requerem ar (oxigênio).
A curva de acumulação de N, K e Ca nas diferentes partes da planta, estão
ilustrados nas Figuras 39, 40 e 41, respectivamente. As quantidades de
nutrientes absorvidos pelas plantas no início da estação de crescimento, são
relativamente pequenas porque as plantas são pequenas. Não obstante, a
concentração de nutrientes em folhas individuais de plantas bem nutridas, são
tão altas durante este período, como em folhas individuais em períodos mais
adiantados. A absorção e acumulação de alguns nutrientes nas folhas
continuam durante o crescimento e vai até a maturação (Figura 41); a absorção
de outros nutrientes finaliza no estádio R6, Figura 39.

A redistribuição de nutrientes minerais das partes mais velhas da planta para


as partes mais novas em crescimento, é a fonte primária de alguns nutrientes.
Alguns nutrientes são muito móveis na planta e são rapidamente translocados
de partes velhas da planta para as mais novas. A redistribuição de N, P e S
(que se observa para o N na Figura 39), é a fonte primária destes nutrientes
para o crescimento dos grãos e gera uma severa redução destes elementos
nas folhas, pecíolos, haste e vagens, durante a etapa final do enchimento de
grãos. Por outra parte, alguns nutrientes, tais como o Cálcio, são pouco móveis
na planta e tem baixa redistribuição destes elementos, de partes velhas para as
mais novas da planta. Na etapa final do crescimento, a redistribuição dos
elementos móveis acumulados nas folhas e outras partes da planta, sem uma
redistribuição da concentração do Ca, resultam num incremento da
concentração do Ca nas folhas, Figura 41.

A redistribuição dos outros elementos na planta, geralmente é intermediária


entre os extremos muito móveis como o N e os imóveis como o Ca. O P e o S
têm uma mobilidade semelhante ao N. O K é redistribuído das partes
vegetativas da planta para as sementes em desenvolvimento, mas não é
redistribuído para as vagens. O Zn e o Cu são redistribuídos, mas não no
mesmo grau que o N. O Mn, Mg, Fe, B e Mo são relativamente imóveis, mas
não tanto como o Ca. Tem-se observado grandes diferenças de mobilidade do
Fe, entre diferentes variedades.

Resumo
Como cresce uma planta de soja

Uso de fertilizantes e manejo da fertilidade

Quando o solo não pode atender as necessidades dos nutrientes da planta, se


pode agregar fertilizantes e/ou adubos para suplementar a provisão dos
mesmos. A absorção dos nutrientes agregados ao solo não é sempre um
processo eficiente. Em boas condições, a recuperação durante o ciclo de
cultivo da aplicação, varia entre 5 e 20% para o P e entre 30 e 60% para o K.
Quantidades adicionais de nutrientes se recuperam em futuros anos.

Resumo
Como cresce uma planta de soja

Nutrientes normalmente deficientes


1- O N é fixado e está disponível para as plantas pela bactéria nos nódulos das
raízes. Nos lugares em que não se cultivou soja nos últimos anos, a inoculação
é necessária para termos sucesso na inoculação. A adição de inoculantes em
solos ácidos normalmente traz muitos benefícios. Gerando as condições
ambientais favoráveis para a fixação de N, se reduz ou elimina a necessidade
de fertilização com este nutriente.

2- Em muitos solos, a disponibilidade de fósforo e potássio não é suficiente


para assegurar a obtenção de altos rendimentos, para tanto se devem aplicar
fertilizantes e/ou adubos para suplementar estes nutrientes nos casos
necessários. Dependendo do pH dos solos, a calagem também pode ser
necessária (17).

3- A aplicação de alguns dos outros nutrientes é desejável em alguns solos em


que existem deficiências. O S, Fe, B, Mn, ou Zn, são os elementos que
ocasionalmente são deficientes.

Resumo
Como cresce uma planta de soja

Recomendações para alcançar altos rendimentos na soja

As ilustrações indicam que o rendimento produzido pela planta de soja


depende da taxa e da duração da acumulação de matéria seca. Para tanto,
para produzir altos rendimentos se deve considerar todas as práticas de
manejo que contribuem economicamente para termos a máxima taxa e a
duração da acumulação de matéria seca nos grãos.

Práticas de manejo a considerar:

1- Fertilizar e realizar calagem com base em uma análise confiável de solo.

2- Não preparar ou semear quando o solo está demasiadamente úmido.

3- Semear na época recomendada para sua área de produção.

4- Selecionar as variedades mais adaptadas para sua área (18).

5- Se atingem maiores produtividades com espaçamentos entrelinhas menores


que os tradicionalmente usados (nos EEUU) de 75 a 100 cm (19).

6- Obter a densidade de plantas ótima para o espaçamento entrelinhas


utilizado.

7- Não semear demasiadamente profundo (1,5 a 3,8 cm são ótimos para a


maioria dos solos).

8- Monitorar as populações das pragas (doenças, ervas daninhas, insetos, etc.)


e realizar os controles necessários.
9- Reduzir ao mínimo possível as perdas de colheita (20).

Notas do tradutor

(1) A ordem de importância das práticas de manejo de cultivares é a seguinte:


data de semeadura, determinação do grupo de maturação e do hábito de
crescimento, determinação da cultivar a ser plantada, espaçamento entrelinhas
e densidade de semeadura. Para maiores detalhes consultar a publicação:
"Manejo do cultivo da soja na Argentina". Ed. Baigorri e Croatto. ISSN:0329-
0077. Setembro de 2000. INTA Centro Regional Córdoba. EEA Marcos Juárez
(C.C. 21- 2580-Marcos Juárez-Cba-TE/FAX: 03472-425001- Biblioteca interno
107-e-mail: bibjua@inta.gov.ar)

(2) Existem três hábitos de crescimento (HC) da haste principal e de iniciação


floral: determinado, indeterminado e semideterminado, que são definidos
geneticamente. Nas cultivares de crescimento determinado a haste principal
detém a formação de nós e em conseqüência seu crescimento em altura,
pouco depois de iniciada a floração. Até esse momento, as plantas produziram
a maior parte do crescimento vegetativo, o tempo de superposição do
crescimento vegetativo com o reprodutivo é da ordem de 20% do total do ciclo
de vida da planta. A maior parte do crescimento vegetativo entre a floração e a
formação das vagens ocorre nas ramificações. A floração começa na parte
média da haste principal e em menos de uma semana alcança o nó terminal,
que apresenta numerosas flores. As cultivares de crescimento indeterminado,
logo que começam a floração continuam a produção de nós sobre a haste
principal e em conseqüência sua altura pode ser consideravelmente maior que
a das cultivares determinadas da mesma duração de ciclo e data de floração. O
número de nós produzidos depois da floração, podem ser o dobro ou mais,
dependendo esta quantidade fundamentalmente do grau de maturação da
cultivar, a latitude do lugar e a data de semeadura. A haste desde o ápice
reduz seu diâmetro e o número de vagens por nó. Os cultivares de crescimento
semideterminado formam depois da floração um número de nós intermediário
aos de hábito de crescimento determinado e indeterminado, apresentando um
racimo terminal igual às cultivares determinados.

(3) Na Argentina, o hábito de crescimento das cultivares é de suma importância


para as datas de semeadura anteriores ao mês de novembro, que se
denominam tempranas ou de primavera. Isto ocorre porque estas datas
exteriorizam as diferenças de altura dos três hábitos de crescimento, quando
se comparam cultivares do mesmo ciclo. Estas diferenças são maiores quanto
mais tempranas são estas datas de semeadura e mais curto é o Grau de
Maturação. O melhoramento genético tem selecionado os GM IV ou menores,
cultivares com hábito de crescimento indeterminado e os GM V, maiores,
cultivares determinados. Isto se deve à menor extensão do período livre de
geadas das latitudes onde estão adaptadas as cultivares de GM 000 a IV,
obriga a reduzir a duração do ciclo de vida dos mesmos e o hábito de
crescimento indeterminado permite manter a duração das etapas reprodutivas,
antecipando a ocorrência das mesmas com uma importante superposição de
etapas vegetativas, que contribuem a incrementar o crescimento em altura. As
cultivares determinadas de GM 000 a IV apresentam insuficiente crescimento
em altura em condições normais de produção sem irrigação e somente são
recomendadas em ambientes de alta qualidade, por sua menor tendência ao
acamamento. De sua parte, as cultivares de GM V a IX dispõe de estações de
crescimento de maior duração nas latitudes a que estão adaptadas. Em
conseqüência, estas cultivares já chegam à floração com um adequado
crescimento em altura. Se seu crescimento se estenderá muito até a floração,
aumentariam as possibilidades de acamamento. Nos últimos anos, o
melhoramento genético tem modificado esta tendência nos GM IV a VII,
obtendo cultivares determinadas e semideterminados no GM IV, para
ambientes de alta produtividade e cultivares semideterminada e indeterminados
nos GM V a VII (com melhorias no comportamento de acamamento),
adaptados a ambientes de menor produtividade ou para semeaduras muito
tempranas. Atualmente o GM V é o que dispõe de maior quantidade de
cultivares indeterminados.

(4) Corresponde à escala elaborada por Fehr e Caviness (1977).

(5) Na Argentina, a emergência pode ocorrer em menos de 1 semana (4 a 6


dias da semeadura), quando a temperatura e a umidade do solo são ótimas e a
profundidade de semeadura é superficial.

(6) Na Argentina se recomenda a inoculação em solos onde foi cultivado soja


nos últimos anos porque, apesar de se observar plantas bem noduladas sem
inocular, tem se determinado respostas positivas em rendimento ao inocular
com cepas altamente eficientes em ensaios realizados nas localidades de Las
Lajitas (Salta), La Cruz (Tucumã), Reconquista (Sta. Fe) e Pergamino e
Bragado (Bs.As.). Alejandro Perticari (comunicação pessoal).

(7) Outra vantagem do plantio direto, é que evita a deterioração das raízes na
zona em que as mesmas apresentam a maior densidade e o solo a maior
disponibilidade da maioria dos nutrientes.

(8) As plantas podem encontrar-se num estádio vegetativo variável (V5 a mais
de V12), dependendo da latitude, do grupo de maturação e da data de
semeadura.

(9) Os danos provocados pelos pássaros na emergência, que cortam os


cotilédones, geralmente se traduzem na morte da planta. Os danos
ocasionados pelas lebres, na maioria das situações cortam a planta por cima
dos cotilédones e no estádio de V1 ao V3, permitem que a planta rebrote e se
recupere.

(10) A etapa da floração pode ter uma duração de até mais de 60 dias,
dependendo da latitude, do grupo de maturação, da data de semeadura e do
hábito de crescimento.

(11) Na Argentina, o estádio vegetativo a R1 pode variar entre V6 e mais de


V14 e a altura superar os valores propostos nesta publicação, dependendo da
latitude, do grupo de maturação e da data de semeadura. O mesmo ocorre com
o estádio vegetativo e a altura entre os estádios R2 e R6.
(12) Estas percentuais variam dependendo da latitude, do grupo de maturação,
da data de semeadura e do hábito de crescimento.

(13) O período de rápida e constante acumulação de matéria seca, depende do


índice de área foliar e pode iniciar antes do estádio R2 em variedades de ciclo
mais longo.

(14) A taxa de fixação de N pode se tornar máxima e constante, antes do


estádio R2, dependendo da latitude, do grupo de maturação e da data de
semeadura.

(15) Quanto maior é o desenvolvimento dos nós e altura no estádio R2, maior é
a redução de rendimento.

(16) O fator abiótico mais limitante do rendimento para a produção em sequeiro


na Argentina é a disponibilidade hídrica, em conseqüência, à medida que se
tiver um manejo mais eficiente da água, maior é a expectativa de rendimento
(pousio, plantio direto, etc).

(17) O manejo da fertilidade do cultivo de soja na Argentina tem se modificado


muito nos últimos anos. Historicamente se considerava um cultivo normal e de
baixa resposta à fertilização e só se recomendava a aplicação de P em zonas
com deficiência generalizada, tais como o sudeste bonaerense. Cabe destacar
que até a relativamente pouco tempo a expectativa de rendimento era menor e
se utilizavam cultivares de ciclo médio a longo, em todas as regiões de cultivo
do país. Atualmente tornou-se aguda a deterioração da fertilidade de nossos
solos, pela contínua e crescente exportação de nutrientes devido ao ajuste de
diversas práticas de manejo dos cultivos que tem permitido incrementar a
produtividade. Isto determinou a obtenção de respostas a P cada vez em maior
quantidade de situações e a S em numerosos casos. Neste momento se
conduzem estudos com objetivo de ajustar o manejo de macro, meso e
micronutrientes na soja, baseados em programas de manejo da fertilidade de
todos os cultivos que integram a rotação em forma balanceada.

(18) Se dispõe de farta informação, que simplifica a determinação das


melhores cultivares de cada grupo de maturação, tal é o caso da informação
atualizada anualmente pela "Red Nacional de Avaliação de Cultivares de Soja",
coordenada pelo INTA.

(19) É crescente a adoção de menores espaçamentos entrelinhas na Argentina


por suas vantagens no rendimento, controle de ervas daninhas e o maior uso
de cultivares de ciclo curto.

(20) Cabe destacar a incorporação de novas tecnologias à produção agrícola


tais como a agricultura de precisão, que através da análise dos mapas de
rendimento, características físico-químicas dos solos, problemas sanitários,
etc., permitirá ajustar o manejo entre e dentro de cada lote para uniformizar e
incrementar o rendimento da soja e o resto dos cultivos da rotação.

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