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Introdução
Diferente dos animais, o homem é um ser que age, que pensa conforme sua consciência e está no
direito de dizer que também, por mais simples que seja, é um amigo da sabedoria. Digo isso porque é
impossível que todo homem, exceto os que são dotados de patologias mentais, são capazes de pensar de
forma lógica e possuem certo tipo de olhar investigativo. São capazes de formular perguntas e de dar
respostas.
Não se pode atribuir que todas as pessoas, que são capazes de questionar e de pensar de forma lógica,
são filósofos, pois indivíduos comuns são humanos que carregam em si, em um momento ou em outro,
uma inquietação intelectual ou até mesmo um descontentamento com o mundo através da forma de ver
as coisas e com o modo de viver.
Para os seres humanos que possuem métodos (de investigação, de estudo, de análise) e que são capazes
de não permitir-se alienar pelo sistema de organização mundial, podem ser considerados filósofos, pois
Uma pergunta extremamente complicada e difícil de ser respondida com total precisão se refere às
diversas tentativas de conceituar e definir a filosofia. Mas na verdade o que é a filosofia? Seria muito
fácil dar uma resposta curta, direta e nada satisfatória: filosofia é tudo aquilo que os filósofos fazem.
Mas o que é tudo aquilo que os filósofos fazem?
Do grego philosophia (philos = amante/amigo, sophia=saber) derivou-se a palavra ‘filosofia’, que, com
este termo, entende-se um modo de saber que se difere dos modos comuns, ou seja ‘filosofia’ é amor a
sabedoria, e o ‘filósofo’ é o amigo ou o amante do saber. Entretanto essa definição vasta não carrega
em si uma especificidade satisfatória, pois se todos os homens que são amigo do saber ou amantes do
sabedoria são filósofos e o não amantes não são!
Na atualidade qual é o significado desta palavra? Qual é o valor atribuído a ela? Será que é possível não
ser tão abrangente em relação à definição da filosofia?
Uma das tentativas que se tem presenteado em discussões em Instituições de Ensino é que a filosofia é
uma forma de pensar, pensar de forma racional e não aceitar definições, teorias e conhecimentos
prontos e acabados. Acredito que a Filosofia se origina de tudo aquilo que existe, que é posto em
julgamento, em critica, é tudo aquilo que é posto em dúvida.
No meio educacional e no popular é notado que a filosofia pode muito bem ter sido gerada a partir do
momento em que o homem adquiriu consciência de que era um ser dotado de curiosidades e de alto
poder investigativo em relações aos outros seres vivos.
Seria até certo ponto bastante válido dizer que a filosofia é o estudo do pensamento humano, porém
estudar o pensamento não é uma atividade exclusiva da filosofia, pois, as demais ciências também se
ocupam em estudar o pensamento humano voltado para uma especificidade a qual se busca.
Conforme Mondin a filosofia é "um conhecimento, uma forma de saber e, como tal, tem sua esfera
particular de competência; sobre esta esfera busca adquirir informações válidas, precisas e ordenadas.
Mas enquanto é fácil dizer qual é a esfera de competências das varias ciências experimentais, não é
igualmente cômodo delimitar o campo de pesquisa próprio da filosofia."(1981: 05)
Segundo Palácios citando Ulhôa, afirma que a filosofia é "um sistema coerente de conceitos e
princípios teóricos muito bem articulados entre si e voltados para a explicação da essência da realidade
e para a fundamentação critica do próprio conhecimento" (1996: 34)
Mas será que todas as correntes filosóficas se ocupam em investigar e estudar a essência da realidade e
de todas as coisas? Para responder essa questão basta vasculhar na longa historia da filosofia e
vislumbraremos que "nem todas as filosofias pretendes explicar essências; há algumas que não só
negam a possibilidade de as conhecermos, mas negam as existências mesma de tais
essências."(PALÁCIOS, 1996: 34)
Segundo Mondin (1981: 05) esclarece que a filosofia tem sua definição e seu conceito diferente para
cada filósofo pois, cada filosofo possuem características singulares na forma de pensar e de ver o
mundo. Deste modo ele cita que
A palavra filosofia no decorrer da história da humanidade adquire várias definições e ganha uma
imensa dimensão são inúmeras as reflexões sobre tal tema e historicamente a palavra ganha uma
amplitude de difícil definição.
Já que está sendo tão árduo pesquisar e definir qual é a verdadeira e a cabível definição do que é a
filosofia. Será tão dolorido e penoso fazer uma ou mais tentativas de busca da sua utilidade?
Qual é a função da filosofia? Qual é a sua utilidade para o mundo? Qual é a sua importância para a
evolução dos seres humanos?
Pois bem, para responder tais perguntas é necessário afirmar que "o que se quer dizer, porém, é que seja
em que campo for, a filosofia é sempre teórica" (ULHÔA, 2002: 08)
Em relação as questões e as dúvidas filosóficas filosóficos, Mondin (1981) afirma que existem os
seguintes problemas: Lógico – Gnosiológico – Lingüístico – Cosmológico – Antropológico –
Metafísico – Religioso – Ético – Pedagógico - Político e social – Estético – Histórico – Axiológico -
Cultural. Porem existem outros problemas filosóficos que são originados com o passar do tempo. E os
principais sistemas filosóficos são: Escola Jônica; Escola de Eléia; Escola Atomística; Escola Sofista;
Escola Platônica; Escola Aristotélica; Escola Estóica; Escola Epicurista; Escola Neoplatonica; Escola
Agostiniana; Escola Tomista; Escola Franciscana; Escola Racionalista; Escola Empirista; Escola
Iluminista; Escola Idealista; Escola Voluntarista; Escola Positivista; Escola Marxista; Escola
Existencialista e Escola Neopositivista.
Nas mais variadas escolas e correntes filosóficas é importante dizer que nenhuma das teorias criadas e
originadas nos sistemas filosóficos (escolas filosóficas) podem ser cobrados em relação a sua eficácia
na aplicação prática, pois
O valor da filosofia é muito rico em qualquer contexto histórico da civilização humana, pois a atuação
filosófica é a reflexão sobre a realidade, seja qual for, descobrindo e até redescobrindo a importância da
sabedoria em si, ou seja, "é para isso que serve a filosofia, ou seja, ela é um instrumento de que a razão
humana se utiliza para tentar compreender o mundo, o conjunto de nossas experiências, a Lebnswelt, a
própria razão." (ULHÔA, 2002: 08)
Considerações finais
No decorrer de toda a história foi possível perceber que os conceitos e as definições acerca da palavra
"filosofia" são amplos e dinâmicos. Isso implica que o objeto de estudo da filosofia pode ser o ‘tudo’
porque todas as coisas e acontecimentos podem ser estudados, analisados em nível filosófico, pois a
filosofia estuda de forma exaustiva toda a realidade. E sendo assim, somente a filosofia se ocupa dos
problemas gerais e universais do mundo sem ter em si uma particularidade exclusiva. Desta forma toda
tentativa de definir o que é filosofia e qual é o seu papel está condenado ao fracasso.
Referências bibliográficas
MONDIN, Battista. Introdução a Filosofia: problemas, sistemas, autores, obras. 9ª edição. São
Paulo: Paulus, 1981.
PALÁCIOS, Gonçalo Armijos. Filosofia, impossível defini-la. Revista Filósofos. Universidade
Federal de Goiás. V. 01. Nº 01. Goiania-GO: Editora da UFG, jan/jun 1996. pp. 33-51
ULHÕA, Joel Pimentel. Filosofia: para que serve? Revista Fragmentos de Cultura. Instituto de
Filosofia e Teologia de Goiás; Sociedade Goiana de Cultura/Universidade Católica de Goiás (UCG)
V.12. Especial. Goiania-GO: Editora da UCG, out. 2002.
Filosofia é um termo de origem grega que significa etimologicamente 'amizade' ou amor pela sabedoria
(philo = aquele ou aquela que tem um sentimento amigável; sophia = sabedoria). O filosofo é aquele que
ama ser sábio ou que tem amor pela sabedoria. O que indica na filosofia uma ´´disposição interior de
quem estima o saber, ou o estado de espírito da pessoa que deseja o conhecimento, o procura, o respeita.´´
(CHAUÍ, 2006, p.25)
Não podemos entender a filosofia como sendo algo distante da vida das pessoas. Também não é algo
abstrato, uma pura especulação. O filosofar subentende um sujeito que é capaz de fazer uma leitura da
realidade e a partir daí produzir um pensamento, uma reflexão própria.
A investigação filosófica surgiu na Grécia (na Jônia, no século VI a. C.) quando alguns gregos,
´´admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera,
começaram a fazer perguntas´´ (CHAUÍ, 2006, p.25). Podemos resumir tais perguntas da seguinte
maneira:
Ao buscar resposta para essas perguntas, os gregos demonstraram que o mundo (o universo) e os seres
humanos, os acontecimento e as coisas da natureza, os acontecimentos e as ações dos Homens podem ser
conhecidos pela razão humana, e que a nossa própria razão tem o poder e a capacidade de conhecer-se a
si mesma.
Em suma, o ato de filosofar (e a filosofia em si) surgiu quando alguns, pensadores se deram conta de que
a verdade do mundo e dos seres humanos não era algo secreto, mágico ou misterioso, que precisasse ser
revelado pelos deuses para alguns eleitos, mas que podia ser conhecido por todos por meio da razão (do
raciocínio).
A Filosofia apresenta uma visão radicalmente oposta a do mito. ´´A mitologia exprimia na forma divina e
celestial todo o conjunto de relações, quer dos homens entre si, quer entre o homem e a natureza.´´
(ABRÃO, 1999, p.18) A mitologia narra uma sucessão de feitos e fenômenos dos deuses, da natureza e
dos seres humanos, sem a necessidade de explicação, pois, esta está dada pelo poder real.
Quando na Grécia deixa de existir um soberano com poderes divinos ocorre uma mudança, a saber: a
pólis (a cidade-estado grega) surge como uma criação da vontade humana, ou seja, os fatos do mundo
(que antes eram gestados ou pelo rei-divinizado ou pelo deus) perdem a base de compreensão e se tornam
problemas. Para resolvê-los, o homem-cidadão deve utilziar aquilo que desenvolveu ao criar a pólis: o
lógos (a razão).
Com vista a tudo que já foi mencionado e de modo breve, podemos definir filosofia como um modo de
pensar, uma postura diante do mundo. Não é simplesmente um amontoado de saberes pré-determinados e
fechados em si mesmos. É, antes de tudo, uma forma de pensar o mundo e as coisas além da pura
aparência. Podendo se voltar para qualquer tipo de objeto
A filosofia pode incomodar ao questionar certas verdades, o modo de ser das pessoas, das culturas e do
mundo.
O filósofo teoriza sobre tudo procurando responder não só o porquê das coisas mas, também, o como (o
funcionamento).
Ele se propõe a buscar o significado mais profundo dos fenômenos ao buscar o porquê, o como e o seu
significado na ordem do mundo humano. A filosofia vai além daquilo que é, para propor como poderia
ser: ´´...busca a verdade nas múltiplas significações do ser verdadeiro ... Busca, mas não possui o
significado e a substância da verdade única. Para nós, a verdade não é estática e definitiva, mas
movimento incessante, que penetra no infinito´´. (JASPERS, 1971, p.138)
ARTE...
Arte é um fazer
Em que se utiliza uma gama
muito variada de materiais,
Como a pedra, o corpo, a
voz,
Na criação de obras
relativamente duradouras, como
as catedrais, ou breves, como os
movimentos de uma dança,
Dando forma à multiplicidade
de experiências e valores
humanos,
Ampliando nossa consciência
De nós mesmos, do outro e do
mundo.
(Camargo,Luís, p.11 ,1989)
Postado por Primeiros passos - fundamentos filosóficos às 11:47 0 comentários
Outra dia, o jornal Folha de São Paulo mostrou que as vendedoras de cosméticos conseguiram algo
inimaginável: vender milhares de livros de porta em porta (isto numa época onde a internet se apresenta
como a dona da História). Este fato desvela um outro: nos tempos atuais, a vida cultural no mundo
ocidental tem sido transformada radicalmente pelas vozes da margem. O interior de uma cultura da
marginalidade (ou como diria Regina Casé, a cultura da periferia) nunca foi um espaço tão produtivo
quanto é agora, e isso não é simplesmente uma abertura, dentro dos espaços dominantes, à ocupação dos
de fora: pelo contrário, certamente, é o resultado de políticas culturais da diferença, de lutas em torno da
diferença, da produção de novas identidades e do aparecimento de novos sujeitos no cenário político e
cultural”.
Eu sei que uma prática pedagógica coerente com os dias de hoje deve ser pensada como uma relação ou
uma ação dialogada num espaço dinâmico-dialético. A escola deve se tornar uma oficina-escola, onde os
alunos irão (junto com o professor) produzir um conhecimento do mundo, sobre o mundo e para o
mundo. Esse novo espaço dará origem a um novo palco para os atores sociais agirem. Eles poderão
aprender de formas múltiplas, valorizando as suas vivências concretas e as experiências prévias para
construir novos caminhos e saberes.
Ronaldo Campos
Quantas vezes procuramos listas para saber qual é a melhor escola para matricularmos os nossos
filhos ou para escolher um curso superior? Vivemos uma época (marcada por uma pseudo ciência que
prega uma falsa objetividade e neutralidade), onde, tudo pode ser mensurado e classificado em
rankings. São infinitos os exemplos de listas: listas dos melhores discos, das melhores opções para
viajar e até das melhores escolas segundo o provão do MEC, do Enem...
Segundo o MEC, o ranking escolar só aprova 0,8% das cidades (Folha de São Paulo, 26 de abril de
2007). Segundo essa pesquisa, 1 (um) é o número de municípios nordestinos na lista de melhores
avaliados. A cidade é Alegre do Pindaré, no Maranhão. 81% dos mil piores avaliados são do nordeste.
E 15% dos mil piores avaliados estão no Norte. 11 é o número de municípios paulistas entre as 33
cidades do país com nota a partir de 5,7. 80% dos 239 municípios com nota maior ou igual a 5,0 estão
no sudeste. 18 % dos mesmos 239 estão na região Sul.
Para Fernando Haddad (Educação), segundo o jornal a Folha de São Paulo, de 24 de novembro de
2007, a “escola pública será sempre pior”. Ele fez tal afirmação ao comentar o resultado do Enem, em
que escolas particulares se saíram melhor. Ele afirmou “no dia em que a rede privada for pior do que
a pública, por definição, ela acabará, já que ninguém vai pagar para receber um ensino que pode obter
gratuitamente e com mais qualidade.” A impressão que temos é que a escola particular naturalmente
deve ser sempre a melhor. E a metodologia de avaliação que constrói esses ranking só vai demonstrar
o que já é conhecido por todos.
Mas nós não nos perguntamos qual a metodologia utilizada , quais os verdadeiros propósitos nas
entrelinhas de tais pesquisas... Ou por que o nordeste sempre é descrito como um lugar marcado pelo
atraso econômico e ate cultural... Por que a escola pública sempre é descrita negativamente...
A psicologa Rosaly Sayão, na sua coluna do jornal a Folha de São Paulo, do dia 12 de abril de 2007,
levanta uma questão que pode ser utilizada na solução desse problema: “Qual a importância de uma
ranking de escolas?”
Para a articulista da Folha, tais listas não possuem utilidade alguma e falam muito pouco sobre o valor
de uma escola ou o seu modo de funcionar, apesar de tais listas servirem para avaliar a qualidade do
ensino praticado.As escolas consideradas as tops de linha acreditam que o “bom” resultado obtido é a
prova de estão no caminho certo e que não há necessidade de rever as suas práticas pedagógicas. As
outras são pressionadas a conseguir resultados melhores. Será que o trabalho de uma escola se resume
(se reduz) ao sucesso dos alunos num determinado tipo de prova? Será que o aluno tem que estudar
para tirar uma nota boa na prova? A escola é só isto?
Segundo Sayão, a escola não é um empresa que precisa ser eficiente a qualquer custo. Enquanto
estrutura social, a instituição escolar possui finalidades muito mais importantes, que só podem ser
mensuradas uma ou duas décadas após o aluno sair de lá. Ou seja, além da transmissão do saber, a
escola deve ensinar o exercício da cidadania e promover a construção da autonomia do individuo.
O que significa formar um cidadão? Certamente, é ensinar e praticar valores coletivos e democráticos,
ensinar a conviver com a alteridade, a superar idéias preconcebidas e estereotipadas e, acima de tudo,
a usar o conhecimento em beneficio da maioria, ou seja, a sua felicidade (o seu bem estar) individual
não pode ser colocado acima do bem estar coletivo.
No atual contexto mundial, há dois caminhos: ou a perda gradual de um processo civilizatório ou a
redenção de um pais pela educação de qualidade. Qual caminho que escolheremos?
A transformação da escola da forma como queremos não passa por uma simples troca de
equipamentos, tecnologia, métodos ou fórmulas mágicas. Novamente, eu repito que a solução do
problema não é externa, mas está na relação pedagógica aluno-professor. É certo que um dos
caminhos mais indicados para essa nova empreitada está
Plano de Ensino
Curso: PEDAGOGIA
Disciplina: Fundamentos Filosóficos da Educação
Carga horária semanal: 4
Ano: 2008
Turma: PD03
Carga horária total:80
Ementa
Estudo da Filosofia tendo como objeto a educação, considerando os temas: cultura, trabalho, ciência e
valores a partir da realidade brasileira. Caracterização da reflexão e da prática filosófica. Grandes temas e
questões que mais diretamente incidem sobre o educacional: cultura, valores, experiências institucionais;
método e conteúdo em educação.
Objetivos específicos
Origem da Filosofia
Para que Filosofia?
O que a Filosofia pode fazer pela educação
A reflexão filosófica na educação
A relação entre filosofia e educação
Uma reflexão para a prática educativa em Paulo Freire
O pensar e a educação
O papel do diálogo na prática da filosofia em sala de aula
Metodologia
Aula expositiva dialogada, pequenos grupos, debate, seminário, vídeos, apresentações de pesquisas em
grupos, elaboração de planos de aulas, simulação de aulas,dinâmicas.
Recursos didáticos
Quadro negro
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