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Charpy e Izod

Os ensaios de impacto foram desenvolvidos para se prever o comportamento de fraturas. Por


exemplo, sob algumas circunstâncias metais normalmente dúcteis fraturam abruptamente e
com muito pouca deformação plástica (fratura frágil).
As condições desses ensaios são escolhidas para representar as condições mais severas para
ocorrência da fratura:
1-Deformação a uma temperatura relativamente baixa.
2-Elevada taxa de deformação
3-Estado de tensão triaxial que pode ser introduzido pela presença de um entalhe.

O choque ou impacto representa um esforço de natureza dinâmica, porque a carga é aplicada


repentina e bruscamente.
No impacto, a força aplicada e a velocidade de aplicação são importantes.
O ensaio de impacto consiste em medir a quantidade de energia absorvida pelo corpo-de-
prova submetido a um choque de valor conhecido.

O método mais comum é o do choque, desferido por uma massa em oscilação.


O equipamento consta de martelo pendular. O pêndulo é elevado a uma posição, onde
adquire uma energia potencial.
Ao cair, ele se choca no seu percurso com o corpo de prova, que se rompe.
A sua trajetória continua até certa altura, que corresponde à posição final, onde o pêndulo
apresentará outro nível de energia.

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A diferença entre as energias inicial e final corresponde à energia absorvida pelo corpo-de-
prova.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de energia é o joule (N x m), mas pode
ser dada em kgf X m, kgf X cm ou kgf X mm.
A máquina é dotada de uma escala, que indica as posições extremas do pêndulo, inicial e
final.

A fórmula para o cálculo da energia potencial (Ep) é:


Ep = m X g X h, onde:
m = massa
g = aceleração da gravidade
h = altura

No ensaio de impacto, a massa do martelo e a aceleração da gravidade são conhecidas. A


altura inicial também é conhecida. A única variável desconhecida é a altura final, que é obtida
pelo ensaio.
O mostrador da máquina registra a diferença entre a altura inicial e a altura final, após o
rompimento do corpo de prova, numa escala com a unidade de medida de energia adotada.

Corpos de prova:

Utilizam-se duas classes de corpos de prova com entalhe: o Charpy e o Izod.


Há um tipo especial para ferros fundidos e ligas não ferrosas fundidas sob pressão. Esses
corpos de prova seguem especificações baseadas na norma americana E-23 da ASTM.
Os corpos de prova Charpy compreendem três subtipos (A, B e C), de acordo com a forma do
entalhe:

As diferentes formas de entalhe são necessárias para assegurar que haja ruptura do corpo de
prova, mesmo dos materiais mais dúcteis.
Quando a queda do martelo não provoca a ruptura do corpo de prova, o ensaio deve ser
repetido com outro tipo de corpo de prova, que apresente entalhe mais severo, de modo a
garantir a ruptura. Dos três tipos apresentados, o C é o entalhe mais severo.

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O corpo de prova Izod:

Os resultados dos ensaios Charpy e Izod são resultados qualitativos, não fornecendo um valor
qualitativo.

A energia medida é um valor relativo e serve apenas para comparar resultados obtidos nas
mesmas condições de ensaio.
Para chegar a conclusões confiáveis é recomendável fazer o ensaio em pelo menos três
corpos-de-prova.
Em condições de temperatura diversas, os resultados deste ensaio variam sensivelmente.

Temperatura de transição:

Na figura acima vemos fotografias das superfícies de fratura de corpos-de-prova um aço A36
que foram submetidos à ensaio Charpy em diversas temperaturas, conforme indicado.

A temperatura baixa é um fator de extrema importância no comportamento frágil dos metais.


É chamada temperatura de transição, ou região de transição o intervalo de temperatura na qual o material
evolui de um comportamento frágil para um comportamento dúctil, aumentando a tenacidade.

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