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Introdução...................................................................................................................................

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1. O Fundo Garantidor de Crédito e suas peculiaridades. ..........................................................2
Fontes de Consulta .....................................................................................................................6

Introdução
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O presente trabalho tem o objetivo de estabelecer, segundo as fontes de

consulta disponíveis na internet, a definição de Fundo Garantidor de Crédito, a sua

finalidade, o seu objeto de atuação, a sua importância, os tipos de garantias que ele

oferece, a quem ele se destina e quais os valores e condições para sua realização.

Mesmo com todos os esforços que as autoridades econômicas vem fazendo

para que o sistema financeiro esteja sempre, ou quase sempre, estável, vez por

outra essa estabilidade se mostra frágil e afugenta os investidores. Assim, em face

às constantes incertezas no mercado financeiro, os investidores passaram a investir

somente mediante garantias de que haveria pelo menos um retorno mínimo àquele

investido.

Esse movimento levou às autoridades, em todo o mundo, a criarem um

instrumento legal de prevenção e proteção ao crédito desses investidores contra

instituições financeiras com “saúde” frágil.

1. O Fundo Garantidor de Crédito e suas peculiaridades.

No Brasil não foi diferente e em 31/08/1995 o Conselho Monetário Nacional,

por meio da Resolução número 2.197, autorizou a criação de uma entidade que se

destinaria a instituição de mecanismos e instrumentos de proteção do crédito dos

investidores, correntista e poupadores perante às instituições financeiras:

“Art. 1.º - Fica autorizada a constituição de entidade privada, sem fins lucrativos,

destinada a administrar mecanismo de proteção a titulares de créditos contra instituições

financeiras.”.

Então, em novembro de 1995, cria-se o Fundo Garantidor de Crédito – FGC,

uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito

privado, que tem por objetivos prestar garantia de créditos contra instituições dele

associadas, nas hipóteses de decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou


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falência da associada; e de reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado

de insolvência da associada, permitindo a recuperação de crédito ou deposito

mantidos em dada instituição financeira, disposto em:

“Art. 2.º - O FGC tem por objeto prestar garantia de créditos contra as instituições
associadas, referidas no art. 6.º, nas hipóteses de:
I - decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência de instituição
associada;
II - reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência de
instituição associada que, nos termos da legislação em vigor, não estiver sujeita aos regimes
referidos no inciso I;
III - ocorrência de situações especiais, não enquadráveis nos incisos I e II, mediante
prévio entendimento entre o Banco Central do Brasil e o FGC.”
As instituições participantes obrigatória do FGC são os bancos múltiplos, os

bancos comerciais, os bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a

Caixa Econômica Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento,

as sociedades de crédito imobiliário, as companhias hipotecárias e as associações

de poupança e empréstimo, em funcionamento em todo o território nacional:

“Parágrafo 1.º - As instituições financeiras que recebem depósitos à vista, a prazo e em

contas de poupança, e as associações de poupança e empréstimo serão associadas da

entidade e dela participarão como contribuintes.”

Já as cooperativas de crédito não participam do FGC e, portanto, não gozam

de sua proteção:

“Parágrafo 2.º - Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as cooperativas de


crédito e as seções de crédito das cooperativas.”
Segundo o próprio site da instituição, o FGC deve contribuir para proteger o

pequeno investidor, promover a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e evitar

crise bancaria sistêmica.

As instituições financeiras participantes contribuem com uma porcentagem dos

depósitos para a manutenção do FGC, que de acordo com a da Resolução 3.400/06

do Conselho Monetário Nacional, está na ordem de 0,0125% ao mês sobre o


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montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia

do FGC em todo o sistema financeiro. O percentual de depósitos assegurados foi

fixado em 2% do saldo total dos dépositos garantidos.

O limite de cobertura estipulado é de R$60.000,00, ou seja, o FGC garante a

recuperção de até R$60.000,00 por pessoa contra a instituição finaceira alvo de

algum tipo de problema; sendo os cônjuges considerados pessoas distintas,

indepenedente do regime de casamento praticado, por iso poderão receber até

R$60.000,00 cada um. É bom frisar que este limite é o valor máximo de cobertura

garantido pelo FGC mesmo que um titular tenha investimentos em instituições

diferentes, pois os valores a serem cobertos serão identificados mediante o CPF ou

CNPJ, assim, esse titular receberá somente até R$60.000,00, como descrito em:

“Parágrafo 2.º - O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição


associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
será garantido até o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). (Valor alterado para R$ 60.000,00,
conforme Resolução 3.400, do CMN, de 06.09.2006)
Parágrafo 3.º - Para efeito da determinação do valor garantido dos créditos de cada
pessoa, devem ser observados os seguintes critérios:
I - titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito estiver registrado na escrituração
da instituição associada ou aquele designado em título por ela emitido ou aceito;
II - devem ser somados os créditos de cada credor identificado pelo respectivo Cadastro
de Pessoas Físicas (CPF)/Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) contra todas as
instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro;
III - os cônjuges são considerados pessoas distintas, seja qual for o regime de bens do
casamento...”
Dentro do leque de produtos oferecidos pelas instituiçoes finaceiras, os

depósitos garantidos são os que seguem:

“Art. 2.º - São objeto da garantia proporcionada pelo FGC os seguintes créditos: ( Nova
redação dada pela Resolução 3.400, do CMN, de 06.09.2006)
I. Os depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio;
II. Depósitos em conta corrente de depósito para investimento;
III. Depósitos de poupança;
IV. Depósito a prazo com ou sem emissão de certificado;
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V. Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e


controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviço de pagamentos de
salários, vencimentos, aposentadorias e similares,
VI. Letras de câmbio,
VII. Letras imobiliárias,
VIII. Letras hipotecárias,
IX. Letras de crédito imobiliário.”

Os depósitos abaixo relacionados não são cobertos pela garantia do FGC,

conforme descrito no parágrafo 1º:

“ I - os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou levantados no


exterior;

II - as operações relacionadas a programas de interesse governamental instituídos por lei;

III - os depósitos judiciais;

IV - os depósitos a prazo autorizados a compor o Nível II do Patrimônio de Referência - PR, de


que trata a Resolução 2.837 de 30 de maio de 2001.”

Assim, o Fundo Garantidor de Crédito funciona como um mecanismo que

busca manter a estabilidade do mercado. Segundo Antonio Carlos Bueno, diretor

executivo do FGC, “o Fundo garantidor dá segurança ao investidor”. Ele diz ainda

“que desde o agravamento da crise econômica internacional em setembro do ano

passado, o FGC injetou cerca de R$5,7 bilhões no mercado brasileiro para resolver

o problema de liquidez”. Bueno afirma que o “FGC tem tomado medidas e criado

programas que buscam a recuperação da economia brasileira, como o Depósito a

Prazo com Garantia Especial (DPGE), tipo de aplicação autorizada pelo Conselho

Monetário Nacional (CMN), por meio da qual o FGC garante depósitos por aplicador

e instituição até o limite de R$ 20 milhões. Com esse mecanismo, todas as

instituições financeiras se colocaram no mesmo patamar de segurança; elas vão se

diferenciar apenas quanto à remuneração do investimento”.


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Fontes de Consulta

1. RESOLUÇÃO 2.197, DO CMN, DE 31.08.1995

2. RESOLUÇÃO 3.400, DO CMN, DE 06.09.2006

3. Site do Fundo Garantidor de Crédito: www.fgc.org.br/

4. Site do Bacen: www.bcb.gov.br/?FGCFAQ

4. Artigo “ Fundo garantidor dá segurança ao investidor” publicado no Diário do

Nordeste Negócios de 30.04.2009.

5. site de economia do provedor Terra: www.fiancenter.terra.com.br/index.cfm/1502

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