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Cláudia Fulgêncio
Foi a partir da era industrial, com o êxodo da população rural para a cidade, que surgiu
o conceito de “espaço verde urbano”, como espaço que tinha por objectivo recriar a
presença da natureza no meio urbano. No século XIX os espaços verdes funcionavam
como locais de encontro, de estadia ou de passeio público.
É esta a lógica que ainda hoje se mantém. Os espaços verdes urbanos, quer públicos
quer privados, assumem uma crescente importância nas políticas regionais e
municipais, procurando-se uma lógica de contínuo vivificador de todo o tecido urbano
e de ligação ao espaço rural envolvente.
Padrões recomendados para a estrutura verde urbana
Cada ser humano tem necessidade de uma quantidade média de oxigénio igual à que
pode ser fornecida por uma superfície foliar de 150 m2. Tendo por base esta
superfície, o valor global considerado desejável para a estrutura verde urbana é de 40
m2/habitante.
Esta estrutura deverá ser constituída por duas subestruturas, para as quais se
apontam as seguintes dimensões: estrutura verde principal – 30 m2/habitante e
estrutura verde secundária – 10 m2/habitante.
A estrutura verde principal engloba os espaços verdes localizados nas áreas de maior
interesse ecológico ou nas mais importantes para o funcionamento dos sistemas
naturais (vegetação, circulação hídrica e climática, património paisagístico, etc.). Com
esta estrutura pretende-se assegurar a ligação da paisagem envolvente ao centro da
cidade e o enquadramento das redes de circulação viária e pedonal, por integração
dos espaços que constituem os equipamentos colectivos verdes de maior dimensão e
de concepção mais naturalista.