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Qualidade Total
A qualidade total é uma decorrência da aplicação da melhoria contínua.
Enquanto a melhoria contínua é aplicável no nível operacional, a qualidade
total estende o conceito de qualidade para toda a organização,abrangendo
todos os níveis organizacionais, desde o pessoal de escritório e chão de fábrica
até a cúpula em um envolvimento total. A melhoria contínua e a qualidade
total são abordagens incrementais para obter excelência em qualidade dos
produtos e processos. O objetivo é fazer acréscimos de valor continuamente.
O gerenciamento da Qualidade Total (Total Quality Management – TQM)
é um conceito de controle que atribui às pessoas, e não somente aos gerentes
e dirigentes a responsabilidade pelo alcance de padrões de qualidade. A
qualidade total está baseada no empoderamento (empowerment) das pessoas.
Conceito: Empowerment significa proporcionar aos funcionários as habilidades
e a autoridade para tomar decisões que tradicionalmente
eram dadas aos gerentes. Significa também a habilitação dos funcionários para
resolverem os problemas dos clientes sem consumir tempo para aprovação do
gerente.
Terceirização (Outsourcing):
É uma decorrência da filosofia de qualidade total. Ocorre quando
uma operação interna da organização é transferida para outra
organização que consiga fazê-la melhor e mais barato.
A terceirização representa uma transformação de custos fixos em
variáveis.
Downsizing (Enxugamento)
A qualidade total provocou o enxugamento (downsizing) dos
Departamentos de Controle de Qualidade e sua descentralização para
o nível operacional. Ele promove redução de níveis hierárquicos e
enxugamento organizacional para reduzir as operações ao essencial
(core business) do negócio e transferir o acidental para terceiros que
saibam fazê-lo melhor e mais barato (terceirização).
Produtividade:
Para Deming, o programa de melhoria contínua deve basear-se
em 14 pontos para a produtividade gerencial:
1) Criar e publicar para todas as pessoas os objetivos e propósitos da
empresa quanto à melhoria do produto ou serviço. A alta direção deve
demonstrar constantemente seu total apoio ao programa.
2) A alta administração e todas as pessoas devem aprender e adotar a
nova filosofia: não mais conviver com atrasos, erros e defeitos no
trabalho.
3) Conhecer os propósitos da qualidade, para melhorar os processos e
reduzir custos.
4) Suspender a prática de fazer negócios apenas na base do preço.
5) Melhorar sempre e constantemente o sistema de produção e serviços,
identificando e solucionando problemas.
6) Instituir treinamento no trabalho.
7) Ensinar e instituir liderança para conduzir as pessoas na produção.
8) Eliminar o medo de errar. Criar confiança e um clima para inovação.
9) Incentivar grupos e equipes para alcançar os objetivos e propósitos
da empresa.
10) Demolir as barreiras funcionais entre departamentos.
11) Eliminar exortações à produtividade sem que os métodos não
tenham sido providenciados.
12) Remover as barreiras que impedem as pessoas de orgulhar-se de
seu trabalho.
13) Encorajar a educação e o auto-aperfeiçoamento de cada pessoa.
14) Garantir a ação necessária para acompanhar essa transformação.
O Ciclo PDCA
Reengenharia
A Reengenharia é uma espécie de reorganização onde a estrutura
organizacional é redesenhada, substituindo processos antigos por outros
inteiramente novos e revolucionários. Caracteriza-se por ser uma ação
radical, sem preocupar-se com os limites impostos por
órgãos/departamentos, baseando-se na tecnologia de informação.
A reengenharia não se confunde com a melhoria contínua:
pretende criar um processo inteiramente novo e baseado na TI e não o
aperfeiçoamento gradativo e lento do processo atual.
Conseqüências:
1 - Desaparecimento dos departamentos.
2- As equipes são orientadas para os processos e para os clientes.
3- Os antigos departamentos com suas funções típicas são substituídos
por uma complexa rede de equipes de processos;
4– Achatamento da estrutura, na medida em que órgãos deixam de
existir;
5– Trabalho multidimensional – a ênfase volta-se para a
responsabilidade global e coletiva;
6– Maior autonomia, favorecendo a criatividade e motivando o
trabalhador;
7 – Mudança na medida de avaliação, da atividade realizada para os
resultados obtidos e o valor criado;
8 - Os gerentes passam a ser instrutores e educadores dotados de
habilidades interpessoais, em vez de supervisores de ação.
1. Gráfico de Pareto
Constitui uma das ferramentas utilizadas no controle de qualidade
e foi inicialmente definido por Joseph Juran em 1950. Na sua base está o
Princípio de Pareto que refere que um pequeno número de causas
(geralmente 20%) é responsável pela maioria dos problemas
(geralmente 80%).
Pareto observou que na detecção de 20% das causas que dão
origem a 80% dos efeitos que o Diagrama de Pareto se revela uma
ferramenta muito eficiente.O Diagrama de Pareto diz que, em muitos
casos, a maior parte das perdas que se fazem sentir são devidas a um
pequeno número de defeitos considerados vitais (vital few).
O Diagrama de Pareto é um gráfico de barras que ordena as
freqüências das ocorrências, da maior para a menor, permitindo a
priorização dos problemas. Mostra ainda a curva de percentagens
acumuladas. Sua maior utilidade é a de permitir uma fácil visualização e
identificação das causas ou problemas mais importantes, possibilitando
a concentração de esforços sobre os mesmos.
É uma forma de descrição gráfica em que se procura identificar quais
itens são
responsáveis pela maior parcela dos problemas. A Curva ABC parte do
mesmo princípio, dividindo em classes de acordo com as prioridades.
Na classe A ficam os itens mais importantes, na B os intermediários e na
C os menos importantes.
ATENÇÃO
1. Método
2. Matéria-prima
3. Mão-de-obra
4. Máquinas
5. Medição
6. Meio ambiente
3. Histograma
Um histograma é uma representação gráfica da distribuição
de freqüências de determinados eventos, normalmente um gráfico de
barras verticais.
É uma ferramenta básica e comum da análise estatística, que todo
estudante acostuma a chamar de gráfico de barras. O histograma é um
gráfico composto por retângulos justapostos em que a base de cada um
deles corresponde ao intervalo de classe e a sua altura à respectiva
freqüência. Por exemplo, suponha que pequenos furtos venham
ocorrendo em uma loja de departamento e que a empresa identifique o
período do mês e do dia em que há maior incidência do fato. Nesse
caso, o histograma pode ser uma ferramenta de qualidade utilizada para
se fazer essa identificação
4. Folhas de verificação.
As folhas de verificação são fichas onde estão definidos quais os
dados necessários que devem ser recolhidos para que qualquer pessoa
que a utilizar possa identificar corretamente quais os itens que devem
ser registrados e em que
altura e seqüência isso deverá ser feito de forma a evitar a avaliação de
parâmetros ou leituras que não interessam e apenas conduzem a perdas
de tempo.
As folhas de verificação não só facilitam a coleta de dados como
também a sua organização. Com base nelas será mais fácil
posteriormente encontrar dados que sejam necessários, assim como
fazer
estudos retrospectivos. Eles servem para a observação sistemática de
fenômenos, permitindo uma visualização de diversos fatores envolvidos
e seus padrões de comportamento.
5. Gráficos de Dispersão
O gráfico de dispersão constitui maneira de visualizar a relação
entre duas variáveis quantitativas. Através da coleta de dados aos
pares de duas variáveis (causa/efeito), busca-se checar a existência de
relação entre variáveis.
Usado quando você necessitar visualizar o que acontece com uma
variável quando outra variável se altera, para saber se as duas estão
relacionadas. O diagrama de dispersão não prova que uma variável
afeta a outra, mas torna claro se uma relação existe e em que
intensidade.
No exemplo ao lado, foi levantado quantas horas cada funcionário
tinha recebido de treinamento e quantos produtos cada um produziu
com defeito. Percebe-se que quanto maior a carga horária de
treinamento, menor a quantidade de produtos com defeito.
6. Fluxograma
Pode ser entendido como uma representação esquemática de um
processo, muitas vezes feita através de gráficos que ilustram de forma
descomplicada a transição de informações entre os elementos que o
compõem. Podemos entendê-lo, na prática, como a documentação dos
passos necessários para a execução de um processo qualquer. Muito
utilizada em fábricas e indústrias para a organização de produtos e
processos.
7. Carta de controle
É um tipo de gráfico em linha utilizado para avaliar e manter a
estabilidade do processo.Uma linha central e limites de controle,
superior e inferior, são
desenhados no gráfico. Os dados são coletados no decorrer do tempo e
os valores são plotados no gráfico. Ela é utilizada para o
acompanhamento durante um processo, determina uma faixa chamada
de tolerância limitada pela
linha superior (limite superior de controle) e uma linha inferior (limite
inferior de controle) e uma linha média do processo, que foram
estatisticamente determinadas.
Esses limites são determinados, considerando-se a operação
normal do processo e servem como guias para controlar o estado do
processo. Plotando as médias das amostras na carta, é possível verificar
se os pontos estão fora dos limites de controle ou se formam padrões
“não definidos”. Se qualquer desses casos ocorrer, o processo é dito
“fora de controle”.
As variações dentro dos limites de controle ou que não formam
padrões “não definidos” são variações normais do processo geradas por
causas aleatórias. Caso contrário, as variações são devidas a causas
específicas, que deveriam ser investigadas e eliminadas, tornando,
assim, o processo mais estável.
8. Kaizen
O Kaizen significa a busca do melhoramento contínuo em todos os
aspectos, refletindo na produtividade, na qualidade sem gasto ou com
mínimo investimento. O empregado pensa em desenvolver seu trabalho
melhorando-o sempre, continuamente, reduzindo custos para a empresa
e alimentando a idéia de mudanças positivas e continuadas.
O trabalho coletivo prevalece sobre o individual. O ser humano é
visto como o bem mais valioso das organizações, e deve ser estimulado
a direcionar seu trabalho para as metas compartilhadas da empresa,
atendendo suas necessidades humanas e se realizando por meio do
trabalho. Satisfação e responsabilidade são valores coletivos.
10. 5S ou Housekeeping
O 5S, ou housekeeping, também é uma filosofia que veio do Japão.
A origem do nome do programa vem das palavras japonesas:
ƒ Seiri = Seleção
ƒ Seiton = Organização
ƒ Seisoh = Limpeza
ƒ Seiketsu = Padronização
ƒ Shitsuke = Autodisciplina.
Esta é mais uma ferramenta da busca da melhoria contínua.
O objetivo do programa é trazer para o cotidiano de trabalho das
pessoas bons hábitos que se reflitam em maior produtividade e
qualidade de vida na organização.
Alterando-se a maneira pela qual os funcionários lidam com
situações corriqueiras, busca-se desenvolver uma nova cultura de
trabalho que favoreça a autodisciplina. Por esse motivo, a maioria dos
textos referentes à gestão da qualidade concorda que a mudança
deveria começar pela implementação dos
5S.