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Relatório - FIS411

Experiência 04
“Capacitância e Capacitores”

Universidade Feral de Itajubá


Aluno: Maurício Faria de Oliveira
Matrícula: 13290 Curso: ECO
Professor: Farnézio

( índice )
( página 02 ) índice
( página 03 ) introdução
( página 06 ) procedimento experimental
( página 06 ) .. objetivos
( página 06 ) .. material utilizado
( página 06 ) .. procedimento
( página 07 ) .. dados obtidos
( página 08 ) análise de dados
( página 12 ) .. cálculo de incertezas
( página 16 ) conclusões
( página 16 ) bibliografia

( introdução )

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( definições )

.. capacitor

Um Capacitor ou Condensador é um componente que


armazena energia num campo elétrico, acumulando um desequilíbrio
interno de carga elétrica.
Capacitores são comumente usados em fontes de energia
onde elas suavizam a saída de uma onda retificadora completa ou
metade.
Por causa de os capacitores passarem sinais de Corrente
Alternada mas bloquearem Corrente Contínua, eles são
freqüentemente usados para separar componentes de AC e DC de um
sinal. Este método é conhecido como acoplamento AC.
Capacitores também são usados na correção de fator de
potência. Tais capacitores freqüentemente vêm como três
capacitores conectados como um carga de três fases. Geralmente, os
valores desses capacitores são dados não em farads, mas em
potência reativa em volts-amps reativos (var).

Figura 1 – Esquema de um Capacitor

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.. capacitância

Capacitância é a propriedade que estes dispositivos têm de


armazenar energia elétrica sob a forma de um campo eletrostático é
chamada de capacitância ©, e é medida pelo quociente da
quantidade de carga (Q) armazenada pela diferença de potencial ou
voltagem (V) que existe entre as placas:

Pelo Sistema Internacional (SI), um capacitor tem a


capacitância de um Farad (F) quando um Coulomb de carga causa
uma diferença de potencial de um Volt (V) entre as placas. O Farad é
uma unidade de medida considerada muito grande para circuitos
práticos, por isso, são utilizados valores de capacitâncias expressos
em microfarads (μF), nanofarads (nF) ou picofarads (pF).
A equação acima é exata somente para valores de Q muito
maiores que a carga do elétron (e = 1.602·10-19C). Por exemplo, se
uma capacitância de 1 pF fosse carregada a uma tensão de 1 µV, a
equação perderia uma carga Q = 10-19C, mas isto seria impossível já
que seria menor do que a carga em um único elétron. Entretanto, as
experiências e as teorias recentes sugerem a existência de cargas
fracionárias.
A capacitância de uma capacitor de placas paralelas
constituído de dois eletrodos planos idênticos de área A separados à
distância constante d é aproximadamente igual a:

onde:
- C é a capacitância em farads
- e0 é a permissividade eletrostática do vácuo
-εr é a constante dielétrica relativa do isolante.

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( visão geral )

Os formatos típicos consistem em dois eletrodos ou placas que


armazenam cargas opostas. Estas duas placas são condutoras e são
separadas por um isolante ou por um dielétrico. A carga é
armazenada na superfície das placas, no limite com o dielétrico.
Devido ao fato de cada placa armazenar cargas iguais, porém
opostas, a carga total no dispositivo é sempre zero.
Os elétrons não podem passar diretamente através do dielétrico de
uma placa do capacitor para a outra. Quando uma voltagem é
aplicada a um capacitor através de um circuito externo, a corrente
flui para uma das placas, carregando-a, enquanto flui da outra placa,
carregando-a, inversamente. Em outras palavras, quando a voltagem
ou tensão que flui por um capacitor muda, o capacitor será carregado
ou descarregado. A fórmula corrente é dada por

Onde I é a corrente fluindo na direção convencional, e dV/dt é o


tempo derivativo da voltagem ou tensão.
No caso de uma tensão contínua (DC ou também designada
CC) logo um equilíbrio é encontrado, onde a carga das placas
correspondem à tensão aplicada pela relação Q=CV, e nenhuma
corrente mais poderá fluir pelo circuito. Logo a corrente contínua (DC)
não pode passar. Entretanto, correntes alternadas (AC) podem: cada
mudança de tensão ocasiona carga ou descarga do capacitor,
permitindo desta forma que a corrente flua. A quantidade de
"resistência" de um capacitor, sob regime AC, é conhecida como
reatância capacitiva, e a mesma varia conforme varia a frequência do
sinal AC. A reatância capacitiva é dada por:

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Onde:
- XC = reatância capacitiva, medida em ohms
- f = freqüência do sinal AC, em Hertz – Hz
- C = capacitância medida em Farads F

É denominada capacitância pois o capacitor reage a mudanças


na tensão, ou diferença de potencial.
Desta forma a reatância é proporcionalmente inversa à
freqüência do sinal. Como sinais DC (ou CC) possuem freqüência igual
a zero, a fórmula confirma que capacitores bloqueiam completamente
a corrente aplicada diretamente, após um determinado tempo, em
que o capacitor está carregando. Para correntes alternadas (AC) com
freqüências muito altas a reatância, por ser muito pequena, pode ser
desprezada em análises aproximadas do circuito.

A impedância de um capacitor é dada por:

cujo j é o número imaginário.


Portanto, a reatância capacitiva é o componente imaginário
negativo da impedância.

Em um circuito sintonizado tal como um receptor de rádio, a


freqüência selecionada é uma função da indutância (L) e da
capacitância (C) em série, como dado em

Essa é a freqüência na qual a ressonância ocorre, em um


circuito RLC em série.

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( associação de capacitores )

Num circuito de condensadores montados em paralelo [blue]


todos estão sujeitos à mesma diferença de potencial (voltagem). Para
calcular a sua capacidade total (Ceq):

A corrente que flui através de capacitores em série é a


mesma, porém cada capacitor terá uma queda de voltagem
(diferença de potencial entre seus terminais) diferente. A soma das
diferenças de potencial (voltagens) é igual a diferença de potencial
total. Para conseguir a capacitância total:

Um diagrama com vários capacitores, conectados pelas


pontas, em seqüência, com a mesma quantidade de corrente
atravessando cada um

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Na associação mista de capacitores, tem-se capacitores
associados em série e em paralelo. Nesse caso, o capacitor
equivalente deve ser obtido, resolvendo-se o circuito em partes,
conforme a sua configuração. Por isso, calcule, antes associação de
capacitores em série para após efetuar o cálculo dos capacitores em
paralelo.

( procedimento experimental )

( objetivos )
medir carga de capacitores por corrente
verificar a capacitância
verificar a combinação de capacitores

( material utilizado )
capacisores
multímetro
fonte de tensão
placas para montagem de circuitos
cabos e conectores

( procedimento )
.. descarregar capacitor
Montar circuito ‘fonte de tensão, chave e capacitor’ em
série;
Adicionar voltímetro em paralelo ao capacitor;
.. carregar capacitor

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Montar circuito ‘fonte de tensão e capacitor’ em série;
Adicionar chave em paralelo ao capacitor;
Adicionar voltímetro em paralelo ao capacitor;

( dados obtidos )

( tabela 1 )
Tensão lida no descarregamento do capacitor de 470 F

T [s] 0 30 60 90 120
V [V] 10,0 7,4 5,4 4,1 3,1
Tabela 1 - Tensão lida no descarregamento do capacitor de 470µ F

( tabela 2 )
Valores correspondentes para medidas de voltagem longa

Medida V(V) I (mA)


1 1,0 0,10
2 2,0 0,25
3 5,0 0,55
4 8,0 0,85
5 10,0 1,05

( tabela 3 )
Voltagem e corrente em circuito com resistores em série

Tensão (V) V 10k (V) V 15k (V) Vtotal I (mA)


(V)
5,0 1,9 3,0 5,0 0,20
10,0 3,8 5,8 10,0 0,40

( tabela 4 )
Voltagem e corrente em circuito com resistores em paralelo

Tensão (V) I 10k (mA) I 15k (mA) Itotal (mA) V (V)


2,0 0,20 0,10 0,35 2,0

9
5,0 0,45 0,30 0,75 5,0

( tabela 5 )
Resistências no Sistema

Valor 10 15 Série Paralelo


teórico
Valor 10,0 15,0 24,0 6,5
medido

( análise de dados )

Utilizando a lei de Ohm, construímos as tabela 6 e 7.

( tabela 6 )
Valores teóricos em medidas de voltagem curta

V (V) I (mA) R (kΩ )


1,0 0,10 10,0
2,0 0,20 10,0
5,0 0,50 10,0
8,0 0,85 9,41
10,0 1,05 9,52
Valor médio da resistência 9,79

( tabela 7 )
Valores teóricos em medidas de voltagem longa

V (V) I (mA) R (kΩ )


1,0 0,10 10,0
2,0 0,25 8,00
5,0 0,55 9,09
8,0 0,85 9,41
10,0 1,05 9,52
Valor médio da resistência 9,20

1
0
Com base nas tabelas 6 e 7 podemos construir os gráficos da
tensão em função da corrente.

( gráfico 1 )
Linearização em medidas de voltagem curtas
Lei de Ohm

Lei de Ohm

( gráfico 2 )
Linearização para medidas de voltagem longas

0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 0,55 0,6 0,65 0,7 0,75 0,8 0,85 0,9 0,95 1 1,05
Corrente I (mA)

1
1
( tabela 8 )
Voltagem, corrente e resistências em circuito com resistores em série

V (V) Fonte V(V) no I (mA) R (kΩ )


R
R10K Vt 5,0 1,9 0,20 9,5
Vt 10,0 3,8 0,40 9,5
Valor médio da resistência de 10kΩ : <R10K> = 9,5 kΩ
R15K Vt 5,0 3,0 0,20 15,0
Vt 10,0 5,8 0,40 14,5
Valor médio da resistência de 15kΩ : <R15K> = 14,7 kΩ

Em série:

R Eq =R 10 K R15 K

Tensão na fonte de 5,0: Req = 9,5 + 15 = 24,5 kΩ


Tensão na fonte de 10,0: Req = 9,5 + 14,5 = 24,0 kΩ

Valor médio da resistência equivalente dos resistores em série:

<Req> = 24,2 kΩ

1
2
( tabela 9 )
Voltagem, corrente e resistências em circuito com resistores em
paralelo
V (V) Fonte V(V) total I (mA) R (kΩ )
R10K Vt 2,0 2,0 0,20 10,0
Vt 5,0 5,0 0,450 11,1
Valor médio da resistência de 10kΩ : <R10K> = 10,5 kΩ
R15K Vt 2,0 2,0 0,100 20,0
Vt 5,0 5,0 0,300 16,6
Valor médio da resistência de 15kΩ : <R15K> = 18,3 kΩ

Em paralelo:
1 1 1
= 
REq R 10 K R15 K

Tensão na fonte de 2,0 Req = 1/11,1+1/10,0 = 5,3 kΩ


Tensão na fonte de 5,0 Req = 1/11,6+1/20,0 = 9,1 kΩ

Valor médio da resistência equivalente dos resistores em


paralelo:
<Req> = 7,2 kΩ

Podemos calcular, ainda, os valores das resistências das


combinações em série e em paralelo:

Resistência equivalente em série:


RS = R10k + R15k = 10,0 + 15,0
RS = 25,0 [KΩ]

Resistência equivalente em paralelo:


RParalelo = (R10k x R15k) / ( R10k + R15k)
RParalelo = 6,0 [KΩ]

1
3
( cálculo de incertezas )

Tensão

.. fundo de escala: 25 V
.. menor divisão: 0,5 V
.. menor distancia: 0,5 mm
.. divisor de interpolação: 2

µ = 0,5/2 = 0,25 V

.. erro sistemático residual


μ
ΛS = =0, 25=0, 13 V
2
.. erro estatístico
μ
ΛE = =0, 25 =0, 13 V
2

.. incerteza:
ΔV =ΛS ΛE=0, 26 V

Corrente

.. fundo de escala: 2,5 mA

1
4
.. menor divisão: 0,05 mA
.. menor distância: 0,5 mm
.. divisor de interpolação: 2

µ = 0,05/2 = 0,025 mA

.. erro sistemático residual:

μ
ΛS = =0, 025=0, 013 mA
2

.. erro estatístico:

μ
ΛE = =0, 025 =0, 013 mA
2

.. incerteza:

ΔI =ΛS ΛE=0, 026 mA

Resistência

Na medição indireta da resistência, temos as incertezas dadas


pela equação:

1
5

2 2
ΔR=
∂R
∂V  ΔV 
2
 
∂R
∂I
ΔI
2

COM:

∂ R ∂ V / I  1 R
= = =
∂V ∂V I V

∂ R ∂ V / I  V R
= =− 2 =−
∂I ∂I I I

Temos:

 
2 2
ΔR=
R
V
2
ΔV  −
 R
I
ΔI
2


2 2
ΔR= R
ΔV
V    −
ΔI
I

( tabela 10 )
Incertezas para a Resistência em Voltagem Curta
V (V) I (mA) R (kΩ ) Incerteza (kΩ )
1,0 0,10 10,0 + 3,68
2,0 0,20 10,0 + 1,84
5,0 0,50 10,0 + 0,73

1
6
8,0 0,85 9,41 + 0,42
10,0 1,05 9,52 + 0,34

( tabela 11 )
Incertezas para a Resistência em Voltagem Longa
V (V) I (mA) R (kΩ ) Incerteza (kΩ )
1,0 0,10 10,0 + 3,68
2,0 0,25 8,00 + 3,00
5,0 0,55 9,09 + 0,64
8,0 0,85 9,41 + 0,42
10,0 1,05 9,52 + 0,34

( tabela 12 )
Medidas e Incertezas: Resistores em Série
V(V) Fonte V(V) em I (mA) R (kΩ ) Incerteza
R (kΩ )
R10K Vt 5,0 1,9 0,200 9,5 + 1,79
Vt 10,0 3,8 0,400 9,5 + 0,89
R15K Vt 5,0 3,0 0,200 15,0 + 2,34
Vt 10,0 5,8 0,400 14,5 + 1,14

( tabela 13 )
Medidas e Incertezas: Resistores em Paralelo
V(V) V(V) no I (mA) R (kΩ ) Incerteza
Fonte sistema (kΩ )
R10K Vt 2,0 2,0 0,20 10,0 + 1,83
Vt 5,0 5,0 0,45 11,1 + 0,86
R15K Vt 2,0 2,0 0,10 20,0 + 0,67
Vt 5,0 5,0 0,30 16,6 + 1,68

( conclusões )

1
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A partir dos resultados obtidos em laboratório foi possível
verificar a linearidade existente, na teoria, entre corrente e tensão
em uma resistência, conforme o enunciado:
“A tensão e a corrente variam proporcionalmente, conforme a
resistência, constante na teoria, pela Lei de Ohm (V = R . I).”
Considerando as incertezas, erros de leitura e dos instrumentos,
foram obtidos, no laboratório, valores de resistência, tensão e
corrente semelhantes aos valores calculados teoricamente.
Verificando assim a influência dos instrumentos de medida nos
valores medidos.

( bibliografia )

F. W. Sears, Física II - Eletricidade e Magnetismo, Ao Livro


Técnico S/A,
Rio de Janeiro, 1964
Wikipedia - Multímetro, Amperímetro, Voltímetro e Ohmímetro,
Seção Circuitos. (www.wikipedia.org)

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