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Center for Research and Prevention of Injuries-CEREPRI

Department of Hygiene, Epidemiology and Medical Statistics, School of Medicine, Athens University
M. Asias 75 Street, 115 27 Athens-GREECE
tel: +30 210 7462187, fax: +30 7462105
eunese@med.uoa.gr; www.euroipn.org/cerepri
Translated by Prof. Constança Paúl , University of Porto,
Institute of Biomedical Sciences Abel Salazar, Portugal
ISBN: 978-960-89383-4-2

Ficha de factos: Prevenção de Quedas nos Idosos


. Segurança nos Idosos – Lesões Acidentais
Factos
Lesões Acidentais
nos Idosos Todas as lesões
Os cidadãos seniores da UE-27 e na EEA contabilizam um total de cerca de 105000 casos de
lesões fatais por ano, dos quais 85000 são catalogados como não intencionais e 20000 como
As quedas são a principal intencionais1-3
causa de lesão entre os Na UE-27 existe uma variação muito grande na ocorrência de mortes por lesão nos idosos. A
idosos, seguida de: Hungria tem a taxa de mortalidade mais elevada seguida da República Checa, França,
Finlândia e Dinamarca. Pelo contrário, a Bulgária, Grécia, Espanha, Reino Unido e Alemanha
têm as taxas mais baixas2
- Acidentes de viação
As mortes por lesão são apenas a ponta do iceberg. Na UE diariamente 15000 idosos sofrem
- Queimaduras e incêndios uma lesão suficientemente grave para terem de procurar cuidados médicos, destes, 5500 vão
- Afogamentos para hospitais e 275 acabam por morrer, e ainda centenas nunca regressam a casa por
- Envenenamento necessitarem de ir para um lar.
A proporção de idosos na UE está a aumentar, o que terá um efeito imediato no impacto das
lesões nesta faixa etária.1
Boas práticas baseadas
na evidência mostram Quedas
que é possível reduzir as Na UE-27 ocorrem perto de 40.000 mortes de idosos devido a quedas4,5
lesões nos idosos em 38 Os idosos com mais de 80 anos têm uma taxa de mortalidade devido a quedas 6 vezes mais
% através de métodos alta do que os idosos entre os 65 e os 79 anos. Isto acontece por caírem mais vezes mas
com custos eficazes. A também por serem mais frágeis4
redução de lesões pode A variação da taxa de mortalidade devido a quedas na UE-27 é a mais elevada comparada
melhorar a qualidade de com outros tipos de lesões. A Bulgária, Espanha e Grécia têm as taxas mais baixas (< 15) e a
vida e reduzir os gastos Hungria, Republica Checa e Finlândia têm as taxas mais altas (> 100). Esta discrepância
dos serviços de saúde demonstra o elevado potencial para a prevenção.
devido a lesões nesta As lesões nos idosos geram elevados custos para a Saúde. Um dos principais custos dos
faixa etária. hospitais prende-se com fracturas especialmente fracturas da anca.6
A vasta maioria dos países da UE-27 e EEA parecem estar a assistir a uma redução nas
taxas de mortalidade por afogamento na última década (4%)7,8

Distribuição geográfica das taxas de mortalidade por afogamento nos idosos na UE-27 e EEA2

75th-100th EU percentile
50th-74th EU percentile
25th-49th EU percentile
0th-24th EU percentile
Countries with less than
1,000,000 inhabitants

“convite às pessoas
idosas para uma vida
melhor e mais segura”
Fonte: Base de dados da OMS sobre mortalidade, média dos últimos 3 anos disponíveis para cada país (circa 2002-2004)
ajustado por CEREPRI
Taxas de mortalidade ajustada pela idade para mortes por quedas por 100 000 idosos na UE-273
(dados para o Chipre e Liechtenstein não disponíveis)
Bulgaria 8.6
Spain* 13.5
Greece 13.6
Romania 17.3
Sweden* 22.9
UK* 23.2
Iceland 23.2
Estonia 25.9
Portugal* 27.5
Slovakia 29.3
Netherlan 32.2
Lithuania 33.4
France* 37.3
Germany* 39.3
Luxembou 41.9
Ireland 46.3
Latvia 51.3
Austria 56.7
Belgium 57.8
Poland 59.3
Denmark* 68.8
Italy 72.9
Norway* 79.5
Slovenia 85.1
Malta* 93.9
Finland 97.1
Czech 120.2
Hungary 165,5
0 50 100 150 200
Fonte: Base de dados da OMS sobre mortalidade, média dos últimos 3 anos disponíveis para cada país (circa 2002-2004)
ajustado por CEREPRI

Todos os anos 1 em cada 10 idosos são tratados por um Para mulheres com mais de 55 anos e homens com mais de
médico devido a uma lesão, o que totaliza 8 milhões de 65 anos, a mortalidade específica da idade e as taxas de
lesões na UE-27 e EEA2 admissão em hospitais por lesão aumentam
As quedas são a principal causa de lesões nos idosos;4,9,10 exponencialmente com a idade. > 1/3 das mulheres sofre de
Em vários países da EU as quedas representam ~75% de uma ou mais fracturas devidas à osteoporose na sua vida, a
todos os doentes que necessitam de cuidados médicos2 maioria causada por uma queda13
Os adultos mais velhos são hospitalizados por lesões As quedas têm vários componentes causais incluindo o estada
relacionadas com quedas, 5 vezes mais do que por lesões da osteoporose relacionado com condições climáticas e
de qualquer outro tipo11 nutricionais, qualidade da residência e padrões de mobilidade3
Idade é um grande factor de risco para lesões por queda. ~25% das pessoas que sofrem quedas sofrem lesões que
30% das pessoas com mais de 65 anos e 50% daqueles reduzem a mobilidade e independência e que aumentam o
com mais de 80 anos caem todos os anos12 risco de morte prematura. As taxas de quedas entre os
Os adultos mais velhos que caem uma vez têm uma residentes de instituições são muito mais altas do que os
probabilidade 2 ou 3 vezes superior de cair outra vez que residem na comunidade12,14,15
durante o ano seguinte12 ~50% das quedas dos idosos ocorrem dentro da sua própria casa16

Distribuição de lesões por queda nos idosos por local6


Indicadores proporcionais: Áustria Dinamarka França Grécia
Local da Queda N % N % N % N %
Dentro de casa 640 46,2 6943 37,1 6102 54,8 12336 40.2
Quarto 246 17,8 3930 21 1524 13,7 3770 12.3
Cozinha 110 7,9 252 1,3 286 2,6 2053 6.7
Casas de banho 86 6,2 873 4,7 289 2,6 1480 4.8
Outros dentro de casa 198 14,3 1888 10,1 4003 35,9 5033 16.4
À volta da casa 159 11,5 4132 22,1 678 6,1 7661 25.0
Rua, pavimento 286 20,6 3286 17,6 1647 14,8 6652 21.7
Área de quinta(cultivo/animais) 5 0,4 4 0 9 0,1 778 2.5
Hospital ou lar 117 8,5 2597 13,9 - - 868 2.8
Zonas comerciais ou serviços 33 2,4 379 2 1091 9,8 920 3.0
Outros ou não especificado 144 0,4 1360 7,3 1598 14,4 1479 4.8
Total 1384 100 18701 100 11125 100 30694 100.0

Fonte: Base de dados de Lesões na Áustria, Dinamarca, França (~2003) e Grécia (1996-2003); apresentados no Portal de Estatísticas de lesões CEREPRI
RESULTADO FACTORES DE RISCO PARA QUEDAS
NOS IDOSOS
Cada vez mais pessoas estão a viver para lá dos 80 e 90
anos. No entanto os mais velhos especialmente os idosos Os factores de risco para quedas podem ser divididos em três
mais fracos são mais vulneráveis a lesões por queda categorias: factores intrínsecos (ou individuais), factores
particularmente dentro e à volta de casa. As consequências extrínsecos (ou ambientais) e exposição ao risco12
de uma lesão por queda acidental podem reduzir
significativamente a qualidade de vida de um idoso.17 Factores de risco intrínsecos
Além da possibilidade de morte, os idosos podem ficar com  Historial de quedas
incapacidade permanente e/ou ter um longo e dispendioso
 Idade
processo de reabilitação. Podem também necessitar do apoio e
intervenção de vários serviços públicos como assistência  Sexo feminino
médica, protecção social, alojamento, educação e reabilitação1
 Viver sozinho
As lesões são uma das grandes causas de incapacidades a
 Medicação psicotrópica
longo prazo que têm um impacto profundo nas vidas dos
familiares ou dos cuidadores1  Tomar vários medicamentos (mais de quatro)
Os custos per capita (os custos absolutos divididos pelo  Doenças crónicas
número de habitantes do país) são o produto da incidência
de lesões e o custo médio por doente vítima de lesão. Este  obstrução pulmonar crónica
valor aumenta exponencialmente nas faixas etárias mais  depressão e
velhas devido à maior incidência de quedas e elevados
custos por doente.6  artroses

As mulheres apesar de contabilizarem apenas 45% do total de  Mobilidade reduzida e balanço


lesões por queda elas contabilizam 59% dos custos. Isto  Medo de cair
verifica-se principalmente porque as lesões sofridas por
mulheres mais velhas requerem um elevado nível de cuidados.6  Deficiências nutricionais
 Falta de vitamina D
Distribuição de lesões por queda nos idosos por consequência16  Dificuldades cognitivas, demência
 Visão reduzida (cataratas, glaucoma, etc.)
Áustria Dinamarka França Grécia
Outcome  Problemas com os pés (joanetes deformidades dos dedos, úlceras, etc.)
% % % %
Examinados 0,1 12,1 2,3 6,0  Historial de enfartes, doença de Parkinson
Tratados 2,8 23,4 22,6 22,6
Tratados e seguidos 56,3 34,8 36,8 45,6  Infecções graves/doença (infecções urinárias, gripe, etc)
Hospitalizados 40,8 29,7 35,5 25,5
Felecidos 0 0 0,5 0,3 Factores de risco extrínsecos
Não especificados 0 0 2,3 0
Total 100 100 100 100  Riscos ambientais (fraca iluminação, pisos escorregadios,
superfícies irregulares)
Tempo mediano de
8 dias 6 dias 6 dias 12 dias
estadia  Calçado e vestuário não apropriado
 Bengalas ou andarilhos não apropriados
Fonte: Base de dados de Lesões na Áustria, Dinamarca, França  Quedas ao entrar e sair de autocarros, solavancos nos autocarros e
(~2003) e Grécia (1996-2003); apresentados no Portal de comboios como peão ou condutor; quedas de bancos, cadeiras,
Estatísticas de lesões CEREPRI12 cama, escadotes, telhados, árvores, etc; usar ferramentas, etc.

Recomendações Exposição ao risco

As lesões nos idosos geram elevados custos e deveriam ser  Alguns estudos sugerem que são as pessoas mais activas e as
uma prioridade em política do sistema público de saúde em mais inactivas que correm maiores riscos de quedas
toda a Europa.  Certas actividades parecem potenciar o risco de quedas, por
Os principais custos nos hospitais em toda a Europa são aumentar a exposição a situações de risco ambiental (pisos
escorregadios e/ou irregulares, áreas atulhadas, pavimentos
fracturas da anca, fracturas do joelho/canela, lesões
degradados), exaustão ou práticas incorrectas em sessões de
superficiais e feridas abertas e lesões no crânio/ cérebro. As exercício
causas e possíveis intervenções deste tipo de lesão devem
portanto ser mais investigados24
PREVENÇÃO DE QUEDAS SUMÁRIO de medidas preventivas
para lesões por queda
A prevenção de quedas pode ser conseguida através de uma
combinação de (intervenção multi-factorial)18-21:  Promover actividade física e treino do equilíbrio
 sensibilização e medidas de modificação de atitudes como  Rever a medicação
campanhas nos principais meios de comunicação,  Suplementos nutricionais
panfletos e vídeos
 Testar a visão e corrigi-la se necessário
 medidas de modificação de comportamentos tais como
treinos e exercícios, incentivos e recompensas  Rever os pés e o calçado
 medidas de modificações estruturais tais como alterações  Modificações em casa
ambientais e regulamentação  Promover equipamento de segurança
Baseado nos resultados de uma revisão de literatura
 Intervenções cognitivas e de comportamento
sistemáticas conduzida no âmbito da EUNESE22, existem
evidências fortes ou médias sobre a eficácia das seguintes
medidas para prevenir quedas e as suas consequências: CONSELHOS PARA IDOSOS
 exercícios específicos e programas de treino de equilíbrio:
como marcha rápida, exercícios mistos, osteofit, treino
Como prevenir quedas
crónico excêntrico, cuidados de enfermagem, exercício Devem-se considerar questões importantes para se
com retirada de medicação, tai-chi com um programa
manter em forma e evitar lesões.17
computorizado de treino equilíbrio, tábua de Freeman,
fisioterapia, tapete e exercícios de baixa intensidade.
 Mantenha-se em forma! Faça exercício
 prevenção e tratamento da osteoporose: como cálcio e regularmente. O exercício torna-o mais forte e
vitamina D, cálcio e exercício, cálcio e terapias de
melhore o equilíbrio e coordenação.
substituição hormonal, e alfacalcidol.
 medidas de segurança ambiental: criar um ambiente físico
 Participe em actividades sociais: Existem muitas
(incluindo casas, ruas e instituições) que minimizem o
risco de lesões por quedas e outras causas.
associações, centros de saúde, etc., em todos os
municípios onde pode conhecer outras pessoas e
 programas multi-facetados de prevenção de quedas: participar em variadas actividades sociais. As
utilizando uma combinação de intervenções – clínica,
actividades sociais aumentam a qualidade de vida e
educacional e ambiental – com o ênfase a variar conforme
as circunstâncias.
previnem a solidão.
 utilização de protectores de anca em idosos vulneráveis –
normalmente avaliado no cenário de uma instituição  Pense em nutrição e ingestão de líquidos: a sua
residencial supervisionada. dieta deve conter cálcio e vitamina D para reduzir o
 revisão periódica da medicação – especialmente de risco de fracturas. Leite, queijo e iogurtes são boas
medicamentos psicotrópicos já que estes estão associados a fontes de cálcio mas tente escolher versões com
efeitos secundários como confusão e instabilidade da baixo teor de gordura. Peixes gordos como
postura. sardinhas e atum e carne são boas fontes de
vitamina D. A vitamina D também é produzida pelo
Alimentos Ricos corpo ao sol, como tal andar ao sol além de ser um
Alimentos ricos em Vitamina D óptimo exercício também lhe dá vitamina D! Beba
em Vitamina D
Animal muitos líquidos quando fizer exercício. Beba 6 a 8
As bases de dados da USDA  peixes gordos copos de água por dia.
elaboradas nos anos 80  óleos de fígado de peixe
en u m er a m o s s e g u i n t e s  gema de ovo
 Cuide da sua medicação: Se toma medicamentos
alimentos como sendo ricos em  manteiga
Vitamina D. As quantidades são  leite enriquecido com vitamina D (mesmo os que se vendem sem receita médica),
para 100gr. Três porções de  fígado reveja-os periodicamente com o seu médico ou
arenque, ostras, peixe-gato, farmacêutico e pergunto sobre efeitos secundários
cavala ou sardinhas mais Vegetal uma vez que alguns o poderão por sonolento ou
porções generosas de manteiga,  vegetais com folhas verdes escuras tonto. Se toma muitos medicamentos por dia ou por
gema de ovo, banha de porco e  batatas doces semana utilize um organizador para evitar
duas colheres de chá de óleo de  papas de aveia
fígado de bacalhau contêm  óleos vegetais
confusões. Pode também perguntar como é que os
cerca de 4,000 IU de vitamina D  rebentos de alfalfa diferentes medicamentos interagem uns com os
— uma dieta muito rica!  salsa outros e se isso pode provocar efeitos não
Verifique o seu ambiente – Viva numa casa mais segura! Food Sources of Calcium

A maioria dos conselhos seguintes são do senso comum, apenas estão listados Miligramas de cálcio
Alimentos Porção
como lembrança: por porção

Lacticínios
Na casa de banho:
Leite (gordo) 1 chávena 291
 Mantenha o chão seco depois de tomar banho. Ou se possível ponha um tapete
Leite (magro) 1 chávena 302
de casa de banho mas bem seguro para reduzir as hipóteses de tropeçar nele
Leite de soja ou arroz fortificado 1 chávena 300
 Instalar corrimões de segurança
 Nunca usar bengaleiros (porta tolhas), tabuleiros para sabonete, prateleiras e Queijo Cheddar aprox. 30 grs 191
outros itens do género sem que estejam bem seguros á parede Queijo Mozzarella, meio-gordo aprox. 30 grs 207
 Adicionar tiras antiderrapantes à banheira/chuveiro Queijo Ricotta, gordo 1/2 chávena 257
 Se tiver falta de equilíbrio deve usar uma cadeira de chuveiro e um chuveiro de mão Queijo Suiço aprox. 30 grs 272
 Não tranque a porta da casa de banho Gelado 1/2 chávena 88
 Instale um telefone na casa de banho Iogurte gelado 1/2 chávena 104
 Instale um chuveiro de mão com uma mangueira extra-longa Iogurte, magro 1 chávena 345-415

No quarto: Alimentos ricos em proteínas

 Levante-se lentamente depois de se sentar ou deitar. Sente-se na borda da Feijões cozinhados 1 chávena 90
cama ou cadeira até não sentir nenhuma tontura Rebentos de soja cozinhados 1/2 chávena 130
 Usar sapatos fortes solas finas anti-derrapantes Amêijoas aprox. 120 grs 100
 Melhorar a iluminação no quarto Caranguejo aprox. 90 grs 132
 Usar lâmpadas mais fortes, e possivelmente lâmpadas compactas Salmão enlatado (com espinhas) aprox. 90 grs 167
florescentes que gastam menos energia. Usar quebra-luz nos candeeiros Sardinhas enlatadas (c/espinhas) aprox. 90 grs 371
para reduzir o encandeamento
Tofu (Se o cálcio for mencionado
 Organizar as roupas de modo a estarem à mão na etiqueta)
1/2 chávena 434
 Colocar as roupas em gavetas nunca mais baixas que os joelhos nem mais
Húmus 1/2 chávena 66
altas que o peito
Amêndoas 1/2 chávena 188
 Não usar roupas demasiado longas nem demasiado largas
Vegetais
 Ter o telefone sempre à mão
Brócolos cozinhados 1/2 chávena 89
 Evitar o uso de tecidos escorregadios como lençóis de cetim
Verdes, cozinhados 1/2 chávena 74
 Instalar uma luz de presença nocturna
Couve, cozinhada 1/2 chávena 90
Escadas:
Espinafres, cozinhados 1/2 chávena 61
 Certifique-se de que os degraus são uniformes
Frutos
 Ter a certeza de que as escadas não são escorregadias
Ruibarbo 1/2 chávena 174
 Pintar os limites dos degraus de uma cor contrastante para se ver melhor. Por
exemplo se os degraus forem de madeira escura pintar uma risca de cor clara Figos secos 1/2 chávena 144
 Retirar todos os objectos em que se possa tropeçar (como papeis, livros, Laranja 1 92
roupas e sapatos) das escadas e sítios onde ande Sumo de laranja enriquecido com
1 chávena 300
cálcio
 Retirar tapetes pequenos ou usar fita adesiva de dupla face para evitar que
Cereais
eles escorreguem
Total Corn flakes/Total Sultanas
 Colocar corrimões seguros dos dois lados das escadas Bran
1 chávena 200
 Quando subir escadas mantenha pelo menos uma mão sempre no corrimão,
Papas de aveia 1 chávena 170
concentre-se naquilo que está a fazer e não se deixe distrair por sons. Nunca
carregue nada que lhe obstrua a vista do próximo degrau
CONSELHOS PARA CUIDADORES
Iluminação:
 O mais seguro é ter luz uniforme numa divisão. Adicione luz em zonas Cuidadores podem ajudar com informação,
escuras. Pendure cortinas leves em janelas e portas para reduzir a luz conselhos e estatísticas para os idosos com que
directa que possa encandear. contactam para prevenir quedas e lesões. Assim os
Casa: idosos podem:
 Eliminar obstáculos
 Manter os objectos que usa com frequência em armários onde chegue com  participar em actividades e vida social
facilidade e sem precisar de subir a um banco. Deixar sempre as gavetas dos  moverem-se sozinhos
armários fechadas para não tropeçar  viver na sua própria casa/apartamento
 Eliminar tapetes ou carpetes gastas ou dobradas  aproveitar a vida e ter liberdade, passear no jardim, ir
 Manter os números de emergência escritos em letra legível em todos os telefones ás compras, divertir-se com netos e bisnetos, viajar
 Usar um telefone portátil e ter por perto os números de emergência com o parceiro ou amigos e serem/sentirem-se úteis
 Por um telefone perto do chão para o caso de cair para os amigos, família e vizinhos.
CONSELHOS PARA PROFISSIONAIS Organizações não governamentais (ONGs) que prestam
serviços a idosos
Como ajudar os idosos a prevenir quedas12,22  incluir Tai Chi nas actividades oferecidas
 promover actividades de lazer que promovam o movimento
Os profissionais de saúde podem ajudar os idosos a prevenir
quedas mas também têm funções e responsabilidades Pessoal médico do departamento de emergências
especificas quando trabalham com pessoas que cairam.  verificar os principais factores de risco e implementar os
conselhos e reencaminhamento necessário
Especificamente  organizar o acompanhamento dos doentes mais velhos que
Geriatras (reumatologistas, cirurgiões ortopédicos, tenham sido vitimas de queda
médicos dos serviços de urgência)
 individualizar programas de reabilitação Equipas de cuidados de saúde primários
 rever o ambiente no hospital  incluir uma análise individual de risco no tratamento padrão
para os idoso mais frágeis
 identificar factores reversíveis e sugerir intervenções
 encorajar os doentes a ser mais activos fisicamente
baseadas na evidência
 investigar o risco de osteoporose e tratar conforme necessário  rever a medicação e actividade física dos residentes de
lares identificados como de risco
 considerar encorajar os doentes a usarem protectores de anca.
 investigar o risco de osteoporose e tratar conforme
Autoridades da Saúde necessário.
 implementar a avaliação do risco de queda para pacientes Gerentes e pessoal de lares para idosos
mais velhos que dêem entrada nos hospitais  organizar sessões de exercício ou opções de actividades
 desenhar um protocolo para rever factores de risco físicas para os residentes
reversíveis em indivíduos de elevado risco  rever as condições de segurança doo ambiente do lar
 fazer questões pertinentes em questionários para a recolha  analisar factores de risco reversíveis nos residentes depois
de dados de quedas
 estabelecer um serviço hospitalar especializado para  encorajar os residentes a usar protectores de anca
doentes externos vitimas de queda Departamentos/centros de desporto e actividades físicas
 apoiar o papel dos serviços de fisioterapia na reabilitação  facultar sessões de Tai Chi e outras actividades apropriadas
das vitimas de queda nas comunidades
 considerar a prevenção de quedas e fracturas como uma  treinar instrutores de exercícios especializados para a
estratégia conjunta. prevenção de quedas
 promover actividades de lazer que envolvam movimento

Rastreio de idosos com elevado risco de quedas


Seis perguntas podem indiciar ao cuidador, os idosos em elevado risco de quedas. Quantas
mais respostas afirmativas maior o risco de queda:

Sofreu alguma queda no último ano?


Toma mais de quatro medicamentos por dia?
Tem um diagnóstico de enfarte ou doença de Parkinson?
Tem problemas de equilíbrio?
Costuma parar de andar quando fala ou lhe falam?
Consegue levantar-se de uma cadeira à altura do joelho sem usar os braços?

Se houver 3 ou mais respostas afirmativas a pessoa que conhece ou de quem cuida tem
um risco relativamente elevado de queda e deveria ser avaliado/a por um médico (geriatra
ou de clínica geral) para avaliar medidas preventivas, rever a medicação, etc.17
CONSELHOS PARA POLITICOS

Um número de intervenções direccionadas para indivíduos já demonstraram que funcionam, embora não exista uma avaliação
séria de estratégias baseadas na população. Agências sociais e de saúde têm de trabalhar em conjunto para dar prioridade à
prevenção de quedas como parte da estratégia para promover o envelhecimento selvagem. Programas multidisciplinares
coerentes devem ser desenvolvidos a nível nacional, garantindo mecanismos de recolhe de dados que avaliam intervenções
por resultado e não por processo ou estrutura.12,24

Estratégias promissoras baseadas em evidências para a prevenção de lesões por quedas não intencionais nos idosos:
promover a actividade física e o treino de equilíbrio
rever medicações
modificar o ambiente dentro de casa
rastreio visual e modificação se necessário
intervenções cognitivas e comportamentais

Porque é necessário intervir na prevenção de lesões e promoção da segurança nos idosos na UE?1
As quedas são uma importante causa de morbilidade, incapacidade e mortalidade nos idosos
As quedas reduzem a duração e a qualidade da vida e representam um grande parte dos gastos na saúde
Os idosos lesionados têm uma elevada fatalidade e hospitalizações mais longas devido à sua co-morbilidade
Os idosos são mais vulneráveis por causa da sua fragilidade
A proporção de idosos na UE está a aumentar, o que terá um efeito imediato no peso /impacto das lesões nesta faixa
etária.
Esforços para prevenir lesões nos idosos têm sido limitados, inconsistentes e dispersos

Estratégias propostas para a prevenção de lesões1


Dados precisos são um pré-requesito para a análise de necessidades e processos de avaliação e garantem um bom
retorno dos investimentos: Usar as fontes actuais (sistemas de vigilância de mortalidade e morbilidade por lesão) e a
harmonização de esforços para a recolha de dados ao nível da EU para monitorizar e produzir informação standard e
comparável na forma de indicadores claramente definidos e validados para a prevenção de lesões nos idosos em todo0s
os estados membros da EU e países da EEA.
Profissionais treinados podem fazer a diferença: Reforçar os esforços de capacitação dos profissionais cujo objectivo é
reduzir e prevenir lesões não intencionais entre os idosos independentes e aqueles que vivem em lares.
Prevenção passiva tem impactos mais imediatos e visíveis: Agindo localmente e permitindo ás comunidades que
desenvolvam e implementem planos de acção personalizados; focando intervenções de engenharia concretas e
prestando atenção para não instigar o medo nos idosos.
Criando sinergias e tentando sensibilizar para a possibilidade de prevenção de lesões incapacitantes nos idosos

O que podem os Governos fazer4


 dar prioridade em metas nacionais para a prevenção de lesões
 dar prioridade à prevenção de quedas e fracturas ao providenciar cuidados de saúde para os idosos
 dar prioridade a informação sobre promoção de saúde e politicas sobre actividade física nos idosos
 apoiar a inclusão de tópicos de prevenção de lesões em cursos de pré reforma
 apoiar treino reconhecido a nível nacional para formas adequadas de actividade física

Mensagens Chave4
Reduzir as lesões por queda para a taxa nacional mais baixa da UE
poderia prevenir quase 1000 mortes7

Intervenções eficazes incluem ma combinação de análise de risco seguido de modificações


ambientais e a promoção de actividade física e treino de equilibrio4

O sector da Saúde tem que trabalhar em conjunto com o sector da construção


Para reduzir o impacto das quedas4
Recomendações Politicas2
Recomendação nº 1
Cada estado membro da UE e EEA deve estabelecer planos de acção nacionais para a prevenção de lesões em idosos. As
metas devem ser definidas de maneira a ser possível verificar se foram cumpridas. Devem ser tomadas medidas de
prevenção, e devem estar disponíveis relatórios anuais. Um objectivo de missão interministerial liderada pelo ministério
responsável, pode facilitar uma acção coordenada nos diferentes países.
Recomendação nº 2
Cada estado membro da UE e EEA deve estabelecer sistemas de registo de lesões de maneira a produzir estatísticas válidas
e correctas sobre lesões. A Comissão Europeia deve garantir que estes sistemas. Com estes sistemas será possível comparar
estatísticas de todos os países Europeus, de maneira a monitorizar a situação das lesões, e para descobrir os factores
envolvidos nas lesões de modo a desenhar medidas preventivas.
Recomendação nº 3
Cada estado membro da UE e EEA deve reportar as fatalidades de idosos usando códigos comuns, garantindo a possibilidade
de comparar estatísticas sobre mortalidade em toda a Europa. A Organização Mundial de Saúde devia aumentar os seus
esforços para criar um entendimento comum sobre os sistemas de códigos e para controlar a qualidade das estatísticas.
Recomendação nº 4
Cada estado membro da UE e EEA, em conjunto com o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu deve definir um dia por
ano como o Dia da Segurança do Idoso. Se houver um dia em comum em toda a Europa, ajudará a sensibilizar as pessoas
para a importância da prevenção de lesões nos idosos.
Recomendação nº 5
Cada estado membro da UE e EEA deve esforçar-se por conduzir investigação sobre lesões em idosos para: compreender as
causas; desenvolver medidas preventivas; planear e implementar intervenções; e avaliar a eficiência de custos das intervenções.
Recomendação nº 6
Cada estado membro da UE e EEA deve desenvolver redes a nível central e local para promover a implementação de boas
práticas baseadas na evidência para reduzir as lesões em idosos.

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