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Departamento de turismo
Ouro Preto
2009
ANNA CAROLINA FERREIRA DUARTE
Ouro Preto
2009
ANNA CAROLINA FERREIRA DUARTE
COMISSÃO EXAMINADORA
____________________________________________
Profa Msc. Kerley dos Santos Alves (Orientadora)
Universidade Federal de Ouro Preto
____________________________________________
Prof Msc. Rodrigo Burkowski
Universidade Federal de Ouro Preto
____________________________________________
Prof Msc. Everaldo Batista Costa
Universidade Federal de Ouro Preto
A minha família, em especial à
minha mãe pelo grande
incentivo e pelo exemplo de
força e determinação.
AGRADECIMENTO
À minha Orientadora Prof. KERLEY SANTOS pelo incentivo, simpatia,
presteza e grande paciência no auxílio às atividades e discussões sobre o
andamento e normatização desta Monografia de Conclusão de Curso.
RESUMO
O setor de turismo, nos dias de hoje, tem que lidar com a inserção da internet
nos canais de distribuição. Dentro deste panorama, as operadoras e agências
de viagem vêm demonstrando que esse é um recurso fundamental para
evolução do processo de turismo como todo. Inserida neste contexto, a CVC de
Belo Horizonte tem se apresentado sempre disposta a trabalhar em conjunto
com as novas tecnologias, não contrariando a tendência da inserção da
internet no mercado turístico. Diante disso, este trabalho se propõe analisar
como o processo de distribuição do produto turístico, pela operadora de turismo
CVC, é influenciado pela internet, bem como os efeitos de sua inserção nesse
ambiente. Para isso, o presente estudo se valeu da pesquisa bibliográfica e
aplicação de entrevista que buscou informações e dados relevantes ao tema
abordado junto a operadores de turismo, como forma de demonstrar o
funcionamento (vantagens e desvantagens) do uso da internet no processo de
distribuição do turismo. Foi possível concluir que a distribuição dos produtos
turísticos foi afetada pela popularização da internet e que os intermediários da
cadeia turística precisam se adaptar a essa nova tendência de mercado.
ABSTRACT
Nowadays, the tourism sector has to deal with the insertion of the Internet in the
distribution channels. In this context, the operators and travel agencies have
been demonstrating that this is a basic resource for the tourism process
evolution. Inserted in this context, the CVC from Belo Horizonte has always
been willing to work together with the new technologies, not opposing the trend
of the internet insertion into the tourist market. Therefore, this assignment
proposes to analyze how the process of distribution of the tourist product, by the
operator of tourism CVC, is influenced by the Internet, as well as the effects of
its insertion in this environment. For this, the present study has a bibliographical
research and application of interviews that searched excellent information and
relevant data to the dealt subject with the tourism operators, as a way to
demonstrate the operation (advantages and disadvantages) of the use of the
Internet in the process of the tourism distribution. It was possible to conclude
that the distribution of tourism was affected by the popularity of the Internet and
intermediaries in the tourism industry must adapt to this new market trend.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
APÊNDICE
INTRODUÇÃO
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Para tanto, foi realizada uma entrevista com gerente geral das lojas da
CVC BH, Francis Jacqueline Batista Pereira, por meio de uma abordagem
qualitativa, por meio de roteiro de entrevista semi-estruturada, de caráter
qualitativo, que procurou coletar dados e informações relevantes para a análise
e consecução dos objetivos propostos. Compreende-se que o estudo teórico e
analítico do tema proposto seja de grande importância para a compreensão da
importância que o setor de viagens possui na contribuição do desenvolvimento
do mercado de viagens em Minas Gerais, mais especificamente em Belo
Horizonte.
Dessa forma, este trabalho tem como objetivo geral, analisar como o
processo de distribuição do produto turístico, pela operadora CVC é
influenciado pela internet e como objetivos específicos:
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Dessa forma, o fluxo de bens e serviços faz com que as pessoas tenham
suas necessidades por produtos e serviços atendidas. Para isso, elas precisam
ter ao alcance a tais produtos por canais de distribuição, que os disponibilizem
em locais onde podem ser encontrados e consumidos; esses produtos devem
ter características que atendam as necessidades e desejos daqueles que os
consumarão; deverão ter sido apreçados e divulgados para as pessoas por
meio de sistemas de comunicação adequados. Isso remete de forma resumida
os 4 Ps do mix de marketing: Preço, Produto, Praça e Promoção, que conforme
Kotler(2007):
Preço é a quantia de dinheiro que os clientes têm que pagar para obter o
produto.
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Os serviços estão por toda a parte, desde uma visita ao médico até um
almoço em algum restaurante ou a hospedagem num hotel. De acordo com
Hoffman e Bateson, existem quatro características principais que distinguem
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Tennis Clube I e Minas Tennis Clube II, Itaú Power, Walmart. Existem também
lojas Montes Claros, Ipatinga, Divinópolis, Anchieta, Itauna, Manhuaçu e
Barreiro.
A loja virtual é uma loja independente das lojas físicas onde todo o
atendimento é online, desde a consulta dos pacotes até as transações
financeiras. O site possui informações sobre os roteiros oferecidos tais como,
quais os serviços inclusos, fotos, vídeos, disponibilidade de lugares, preços,
formas de pagamento, dentre outras. Já o atendimento pessoal, na loja, as
operações ocorrem da mesma forma, contudo existe a presença do operador
que garante uma maior assistência.
A CVC BH iniciou a comercialização de pacotes pela internet há quatro
meses e por este motivo ainda não existem pesquisas realizadas sobre a
relação ao uso da internet pelos usuários de Minas Gerais. A loja virtual está se
expandindo superando as expectativas da empresa.
O histórico da empresa CVC mostra que a comercialização dos pacotes
turísticos via site é uma oportunidade de crescimento nas vendas, porém como
isso é um fato novo na história do Brasil, muitas pessoas ainda possuem o
receio de se efetuar uma compra de um produto intangível pela internet. Mas a
tendência é que cada vez mais as pessoas percam esse medo e comecem a
utilizar a rede online para realizar esse tipo de transação.
precisa ser muito bem formatado para que as pessoas consigam ter acesso a
tais produtos com mais facilidade. Por meio da entrevista, ficou evidente que a
Operadora CVC utiliza os elementos do mix de marketing da seguinte maneira:
Preço: A entrevistada cita que o principal lema da CVC é “A CVC oferece
pacotes que cabem no bolso de qualquer brasileiro”, ou seja, ela usa o preço
dos pacotes na própria promoção de marketing
Produto: O pacote de viagens é exatamente a junção dos serviços turísticos,
transporte, hospedagem, alimentação e entretenimento.
Praça: esse é um outro elemento muito forte que a CVC usa, pois ela possui
mais de 370 lojas no Brasil e 19 lojas somente em Belo Horizonte. Desse
modo, a CVC possui uma grande distribuição da sua rede, buscando sempre
uma maior disponibilidade para atingir um público mais abrangente.
Promoção: A CVC utiliza praticamente todos os canais de mídia, como jornais,
televisão, rádio e internet, para atingir o seu público-alvo. Bem como outdoors,
folhetos ilustrativos e uma revista com as ofertas dos pacotes, distribuídas nas
próprias lojas.
A entrevistada reforçou que “As lojas da CVC são todas padronizadas,
desde a vitrine, imobiliário, uniformes dos funcionários até o atendimento. A
única coisa que se diferencia é o tamanho da loja.”
Essa padronização é uma outra estratégia de marketing usada pela
CVC, pois muitas empresas se utilizam desse artifício para criar um único
ambiente para todas as lojas, criando assim uma associação entre cada loja
com a marca da empresa. Assim sendo, a operadora CVC padroniza os
uniformes dos funcionários, o tipo de atendimento, as vitrines e o ambiente
como todo. Com isso, os clientes se sentirão da mesma forma em qualquer loja
da CVC. Assim a empresa previne-se de alguns problemas, como a
desassociação entre o produto e a marca CVC e as diferenças de
interpretações entre os funcionários.
início a comercialização desses pacotes via internet. Hoje a loja virtual é uma
loja totalmente independente das lojas físicas. Ou seja, todas as etapas entre o
despertar do interesse do internauta e a efetiva compra do pacote, são feitas
virtualmente. O atendimento pode ser via chat ou via telefone, utilizado
principalmente para esclarecer as dúvidas dos internautas. No site existem
todas as informações sobre os pacotes, bem como, vídeos e fotos ilustrativas
dos hotéis, passeios e cidades que os pacotes oferecem
A CVC possui um sistema próprio de comunicação interna e de vendas,
denominado Systur. Esse sistema funciona como um meio de comunicação
online entre a operadora e os agentes de viagens que vendem os pacotes da
CVC. Além do Systur, a CVC utiliza também os sistemas de GDS Amadeus e o
Sabre e os sistemas das C&A aéreas.
A entrevistada afirma que “Apesar dos custos altos para manter todos
esses sistemas, o alto volume de vendas compensam esses custos.”
Tudo isso, reflete claramente, que a CVC conseguiu aliar a internet para
melhorar as suas vendas. Dessa forma, ela consegue unir as vantagens de um
site de turismo - como comodidade, disponibilidade 24 horas por dia, a
antecipação da vivência turística através de vídeos, áudios e fotos – com as
vantagens de uma loja física – segurança e atendimento pessoal e
personalizado. E a operadora CVC também se utiliza do site para fazer sua
própria propaganda virtual, caracterizando-se na nova tendência do marketing,
o marketing virtual. Apesar disso, a operadora também identifica uma ameaça
ao setor de agência de viagens, que é exatamente a comercialização online
dos produtos turísticos com preços menores comparados aos preços
fornecidos pelos agentes. Isso demonstra nitidamente a falta de
conscientização e sensibilidade dos produtores da cadeia turística em relação
aos agentes de turismo.
Apesar da identificação dessa ameaça, não haverá, pelo menos pelos
próximos anos, a substituição da agência de viagens pela agência virtual. A
maioria das pessoas valorizam o atendimento pessoal e personalizado que
somente as lojas físicas são capazes de fazer. Isso proporciona uma sensação
maior de segurança para o cliente. E, infelizmente, a rede global de
computadores contém muitas fraudes e farsas, que podem causar danos
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
além de criar uma loja virtual que cresce em faturamento. Mas ela realiza os
dois tipos de atendimentos, virtual e pessoal, suprindo os dois mercados que
possuem públicos distintos.
Também foi possível concluir que o mercado turístico é bastante flexível
já que a lógica da intermediação (produtor – operador – agência – consumidor)
pode ser reajustada de diferentes formas. O produtor pode comercializar seus
serviços diretamente ao consumidor final ou ele pode vender seus produtos e
serviços para as agências e operadoras. As operadoras por sua vez podem
comercializar seus próprios pacotes turísticos para os turistas, sem a
intermediação da agência de viagens. Essa relação pode ocasionar alguns
problemas na cadeia turística, por exemplo, quando o fornecedor vende seus
produtos e serviços com preços iguais no varejo e no atacado. Pois, dessa
forma, o cliente achará mais vantajoso comprar diretamente desse fornecedor,
por conta do preço, dispensando os intermediários.
O estudo realizado foi apenas uma pequena contribuição para os futuros
estudos relacionados a utilização da internet pelos intermediários turísticos no
Brasil. Os principais limites foram a impossibilidade de generalizar as
informações para os outros operadores e agente de viagens, pois utilizou-se
somente um estudo de caso e também porque as informações coletadas foram
embasadas na opinião de um só operador. É preciso que se realizem
pesquisas que colham as percepções dos outros membros da cadeia turística e
também as percepções dos consumidores finais.
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REFERÊNCIAS
APÊNDICE A
Roteiro da entrevista realizada com a Gerente Geral das lojas CVC BH, Francis
Jacqueline Batista Pereira.