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Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)

AmpOps - Amplificador Operacional ideal v1 V+

vd v0
Os amplificadores operacionais de uso geral são
amplificadores de tensão controlados por tensão. v2
V-
Têm impedância de entrada elevada (normalmente
superior a 1MΩ), impedância de saída baixa (inferior a
Fig. 1 – Amplificador Operacional ideal
100Ω) e ganho de tensão elevado (acima de 105). I1=0 e i2=0

v0
O amplificador operacional ideal é um amplificador
Vsat+
com correntes de entrada nulas, a que corresponde
impedância de entrada infinita, com ganho de tensão
diferencial infinito, com a característica de
v0
transferência representada na figura 2.

Vsat-
Os amplificadores reais aproximam-se bastante do
amplificador ideal nas baixas frequências. Fig. 2 - Característica de transferência
do AmpOp ideal

Electrónica II - Curso de Engenharia Electrotécnica Luís Veríssimo, Setembro de 2002


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AmpOps - Montagem inversora


i2
R2
A montagem inversora consiste em um AmpOp e duas resistências:
a resistência R2 ligada entre a saída e a entrada inversora, de forma R1
i1
a aplicar realimentação negativa no circuito; a resistência R1 é
Vi Vo
colocada entre a fonte de sinal e a entrada inversora e a entrada AO
não-inversora do AmpOp é colocada à massa.
Considerando o AmpOp como ideal, vd=0 e que as correntes de
polarização são nulas, pode concluir-se que a corrente em R1 é igual
à corrente em R2, em valor absoluto. Fig. 1 – Montagem inversora
 vi
i1 = R
 − v i + R 1 i1 = 0  1
v0
  vo vo v v R
 − v o + R2 i2 = 0 i 2 = ⇔ =− i ⇔ Af = o = − 2 Vsat+
i + i = 0  R2 R2 R1 vi R1
1 2 i 2 = − i1


vi
A característica de transferência vo(v i) está representada na fig. 2,
onde se observa que os valores de vo estão compreendidos entre Vsat-
Vsat- e Vsat+.
A montagem inversora é caracterizada por ter uma resistência de Fig. 2 – Característica de transferência
entrada Rif=R1 e uma resistência de saída nula, Rof=0. da montagem inversora

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AmpOps - Montagem não-inversora


A montagem não-inversora consiste em um AmpOp e duas Vi Vo
resistências de acordo com o esquema da figura. AO

Considerando que o AmpOp é ideal, vd=0, e que as correntes de


polarização são nulas, pode concluir-se que a corrente em R1 é igual i1 i2
à corrente em R2. R2
R1
 vi
 i1 = R
 − v i + R 1 i1 = 0  1

  vo vo v
 − v o + R 2 i 2 + R1 i 1 = 0  i1 = ⇔ = i Fig. 1 – Montagem não-inversora
− i + i = 0  R1 + R 2 R1 + R 2 R1
 1 2
 i2 = i1

 v0
vo R + R2 R
Af = = 1 ⇔ Af = 1+ 2 Vsat+
vi R1 R1

A característica de transferência vo(v i) está representada na fig. 2, vi


onde se observa que os valores de vo estão compreendidos entre
Vsat- e Vsat+. Vsat-

A montagem inversora é caracterizada por ter uma resistência de


entrada infinita, Rif=∞ e uma resistência de saída nula, Rof=0. Fig. 2 – Característica de transferência
da montagem não-inversora

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AmpOps - Montagem não-inversora com duas


entradas (somador não-inversor)

Uma montagem não-inversora pode ter várias entradas, como mostra Va Ra


a figura. A relação entre a tensão na saída, vo, e as tensões nas
entradas, va e vb, pode obter-se utilizando o teorema da sobreposição.
Pode concluir-se que a tensão vo pode ser dada pela expressão: Vb Vo
Rb AO
R2 Rb Ra
vo = ( 1 + )( va + vb )
R1 Ra + Rb Ra + Rb
R2
R1
No caso particular em que as resistências são todas iguais,
R1=R2=Ra=Rb=R, obtém-se a seguinte expressão para vo:

vo = va + vb Fig. 1- Montagem não-inversora com


duas entradas

Ou seja, a tensão na saída é a soma das tensões nas


entradas o que leva a que a montagem também seja
designada por somador não-inversor.

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AmpOps - Montagem inversora com duas


entradas (somador inversor)

Uma montagem não-inversora pode ter várias entradas,


Va Ra Rf
como mostra a figura. A relação entre a tensão na saída, vo,
e as tensões nas entradas, va e vb, pode obter-se utilizando
o teorema da sobreposição. Pode concluir-se que a tensão
vo pode ser dada pela expressão: Vb Vo
Rb AO
Rf Rf
vo = − ⋅ va + ⋅ vb
Ra Rb

No caso particular em que as resistências são todas iguais,


R1=R2=Ra=Rb=R, obtém-se a seguinte expressão para vo: Fig. 1- Montagem inversora com duas
entradas
vo = −( va + vb )

Ou seja, a tensão na saída, à parte o sinal, é a soma das


tensões nas entradas o que leva a que a montagem também
seja designada por somador não-inversor.

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AmpOps – o amplificador diferença (subtractor)


R2
O circuito da figura permite obter uma tensão de saída
proporcional à diferença das tensões de entrada v2-v1: R1
V1
R2 R4 R Vo
v0 = − ⋅ v1 + ( 1 + 2 ) ⋅ v2 AO
R1 R3 + R4 R1 V2
R3
R4 R2 R2
Se = tem-se v0 = ⋅ ( v2 − v1 ) R4
R3 R1 R1

Fig. 1 – Amplificador diferença ou subtractor


Se R1 = R2 = R3 = R4 = R tem-se v0 = v 2 − v1

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AmpOps – o amplificador de instrumentação

Num circuito diferença a resistência de entrada “vista”


por uma fonte de sinal entre as duas entradas V1 R4
apresenta um valor normalmente baixo (Ri=R1+R3) e AO1
se for necessário regular o seu ganho há que ajustar R3
R2
duas das resistências do circuito, mantendo a mesma Vo
AO 3
proporção entre elas. R1
R2
O amplificador de instrumentação, sendo do mesmo R3
tipo do circuito diferença em que a saída é R4
AO 2
proporcional à diferença de tensão entre as suas V2
entradas, permite resolver aquelas duas limitações: a
resistência de entrada é teoricamente infinita e o
ganho é regulávelpor ajuste de uma única Fig. 1 – Amplificador de instrumentação
resistência, a resistência R1 do circuito da figura 1.

Pode demonstrar-se que a tensão à saída do amplificador de instrumentação é dada por:

R4  2 R2 
vo = ⋅ 1 +  ⋅ (v2 − v1 )
R3  R1 

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Integrador / Diferenciador

• A configuração inversora com


impedâncias genéricas Z1 e Z2 Z2

Se na montagem inversora as
vi(f) Z1
resistências R1 e R2 forem substituídas v o(f)
por impedâncias Z1 e Z2, a função de AO ideal
transferência do circuito é dada por:

Z2
Vo ( ω ) = − .Vi ( ω )
Z1 Fig.1 - A configuração inversora com
impedâncias genéricas Z1, na entrada, e Z2,
na realimentação negativa.

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O integrador sem perdas - estudo na frequência


C
Vi R
Se a impedância Z1 for substiuída por uma Vo
resistência, R, e a impedância Z2 por um AOideal
condensador, C, obtém-se:
1
j ωC Vo ( ω ) 1
Vo ( ω ) = − .Vi ( ω ) =− Fig. 1 – Circuito integrador sem perdas
R Vi ( ω ) jω RC

Vo ( ω ) 1
T(ω ) = = Vo
Vi ( ω ) ωRC Vi (dB)

O ganho do amplificador é inversamente proporcional à


frequência:
-20dB / década

i) ω → 0 ⇒Vo →∞
Vi
ii ) ω → ∞ ⇒VoVi → 0 f

Fig. 2 – Resposta de amplitude do


integrador sem perdas

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O integrador sem perdas - estudo no tempo


C
Pode concluir-se que, tendo em conta as leis de Kirchoff e
a lei do condensador, o circuito realiza a função vi(t) R
matemática de integração: v o(t)
AOideal
1 t
RC ∫0
vo ( t ) = − vi ( t )dt

Fig. 1 – Circuito integrador sem perdas


Isto é, o circuito providencia na sua saída uma tensão, vo(t),
proporcional ao integral no tempo da tensão de entrada, vi(t),
precedido do sinal (-), tal como em todos os circuitos do tipo
C
configuração inversora. O integrador sem perdas também é
R
conhecido como integrador de Miller.
Num circuito integrador sem perdas a resposta no tempo a uma AO
onda sinusoidal é também uma onda sinusoidal enquanto que
para uma onda rectangular na entrada a resposta que se obtém
na saída é uma onda do tipo triangular.
Fig. 1 – Resposta no tempo: formas de
onda sinusoidal e rectangular

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O integrador com perdas


R2
• Estudo na frequência
C
R1
Vi Vo
AO3

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O integrador com perdas


R2

• Estudo no tempo
C
v i(t) R1
vo(t)
AO

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O diferenciador sem perdas R


- estudo na frequência C
Vi Vo
Trocando a posição do condensador com a resistência no integrador AO
sem perdas obtém-se o circuito diferenciador sem perdas.
A função de transferência no domínio da frequência obtém-se
substituindo Z1 por 1/jwC e Z2 por R: Fig. 1 – Circuito diferenciador sem perdas
Vo ( ω )
T (ω ) = = − j ωRC
Vi ( ω )
Para a resposta em amplitude tem-se: Vo
Vi (dB)
T ( ω ) = ωRC

O ganho do circuito é directamente proporcional á frequência: 20dB / década

i ) ω → 0 ⇒ T (ω ) → 0
ii ) ω → ∞ ⇒ T ( ω ) → ∞

O circuito diferenciador é pouco utilizado, ao contrário do circuito


integrador, já que a sua característica de amplitude (fig. 2) é
f
proporcional à frequência e isso faz com que o ruído de alta
frequência venha muito amplificado podendo sobrepor-se ao Fig. 2 – Resposta em frequência do
próprio sinal. diferenciador sem perdas

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O diferenciador sem perdas R


- estudo no tempo
vi(t) C
vo(t)
AO

Fig. 1 – Circuito diferenciador sem perdas

dvi ( t )
vo ( t ) = − RC ⋅
dt
R

C
AO

Fig. 2 – Resposta no tempo do diferenciador sem


perdas: onda sinusoidal e onda triangular

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O diferenciador com perdas


R2
• Estudo na frequência
R1 C
Vi Vo
AO

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O diferenciador com perdas


R2
• Estudo no tempo
v i(t) R1 C
vo(t)
AO

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AmpOps – tensão de desvio de entrada

Devido às assimetrias no circuito interno dos amplificadores VOS

operacionais, para que a tensão à saída de um AmpOp seja AO não AO


nula, torna-se necessário colocar na sua entrada uma tensão ideal ideal

diferencial de valor vD=VOS; esta tensão é designada por tensão


de desvio de entrada ou tensão residual de entrada.
Fig. 1 – Esquema equivalente do AmpOp
Nos AmpOps de uso geral o máximo valor de |VOS| situa-se com tensão de desvio de entrada
entre 1 e 5mV.
Como mostra a figura 1, o AmpOp não ideal pode ser
representado por um esquema equivalente constituído por um
AmpOp ideal com uma fonte de tensão dc de valor VOS colocada VOS
VO
na entrada não-inversora. AO ideal

Numa montagem inversora, ou não-inversora, com entrada


nula, com o esquema equivalente da figura 2, pode facilmente
R1 R2
concluir-se que a relação entre a tensão na saída vo e a tensão
VOS é dada pela expressão: Fig. 2 – Efeito da tensão de desvio de
entrada numa montagem inversora
R2 ou não-inversora
vo = −( 1 + ) ⋅ VOS
R1

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AmpOps – ganho diferencial e ganho


de modo comum
vd
Para um amplificador diferencial (exemplo do 2

AmpOp) excitado com tensões v1 e v2 nas suas v1


duas entradas é conveniente considerar as AO
componentes diferencial e de modo comum, de v2
vd
2
v1 v2
acordo com o esquema representado na figura 1, vc

e que são dadas pelas expressões seguintes:


v1 + v2 Fig. 1 – Componentes diferencial e de modo comum
vD = v1 − v 2 e vC = num amplificador diferencial
2
A tensão na saída do AmpOp é dado por:
vo = AD v D + ACv C

onde AD é o ganho diferencial do AmpOp e AC é o ganho de modo comum. No AmpOp ideal tem-se
AC =0 e AD à∞. No AmpOp real AC ≠0 e AD tem valor finito, normalmente com valor elevado, e define-se
uma relação entre estes dois ganhos, a razão de rejeição de modo comum, RRMC, expressa em dB:

Ad
RRMC = 20 ⋅ log
Ac
Nos AmpOps de uso geral o RRMC apresenta valores tipicamente entre os 80 e os 100dB.

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AmpOps – correntes de polarização de entrada


IB1
Há AmpOps em que as correntes de polarização de
AO não AO
entrada têm valores não nulos, IB1 e IB2. I B2 ideal ideal

Define-se corrente de polarização de entrada, IB: IB1 IB2

I +I
I B = B1 B2
2 Fig.1 – Correntes de polarização de entrada
E a corrente de desvio de entrada, IOS: I = I − I
OS B1 B2
R2 R2

A corrente de desvio IOS é devida a assimetrias vi R1 R1

na construção do AmpOp, sendo por isso uma AO não vo AO vo

variável aleatória. ideal ideal

Um amplificador não ideal, com correntes de R3 R3

entrada IB1 e IB2, pode ser representado por um


esquema equivalente com dois geradores de
Fig.2 – Efeito das correntes de polarização
corrente, como mostra a figura 1. de entrada
É possível efectuar a compensação das
correntes de polarização, fazendo com que as Pode concluir-se, para que o efeito das correntes
resistências equivalentes em série com os de polarização seja mínima, dever ter-se:
terminais de entrada do AmpOp sejam da
mesma ordem de grandeza. R3 = R1 // R2

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AmpOps – resposta em frequência


dB A( w) Nos Amplificadores Operacionais o ganho depende da
100 A0 frequência e raramente pode ser esquecida na análise de
circuitos com AmpOps.
80

-20dB / década
Um amplificador operacional de uso geral comporta-se como
60
uma rede passa-baixo de 1ª ordem, estudada no 1º capítulo,
40 cujo diagrama de amplitude está representado na figura 1. O
20
ganho em baixa frequência é A 0 (da ordem da centena de
milhar) e a frequência de corte a –3dB é da ordem de
0
10 102 103 104 105 106 f
unidades de Hertz (5 a 10 Hertz).
dB A(w)
Fig. 1 – Resposta em frequência de
amplificador operacional de uso geral 100 A0

80
Pode concluir-se que numa montagem inversora, ou não-
inversora, de ganho em malha fechada, Af, e frequência de 60
-20dB / década

corte a –3dB, f1, tem-se a seguinte relação:


40
A f ⋅ f1 = A 0 ⋅ f 0 = cte 20

Isto é, o produto do ganho pela largura de banda é 0


10 10 2 103 104 10 5 106 f
constante; é possível ter largura de banda elevada reduzindo o
ganho , ou inversamente, ter ganho elevado reduzindo a
largura de banda, mas não as duas coisas simultaneamente. Fig. 2 – Produto ganho largura de banda
(PGLB) num AmpOp de uso geral

Electrónica II - Curso de Engenharia Electrotécnica Luís Veríssimo, Setembro de 2002


Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)

AmpOps – taxa de inflexão (slew rate)

v0
A rapidez de variação da tensão na saída dos
ideal com slew rate
AmpOps tem um limite que não pode ser
excedido.
O valor máximo da derivada em ordem ao
tempo da tensão na saída é designada por ∆V
taxa de inflexão ou, em inglês, slew rate, SR

dv0
SR = t
dt máx
∆t

Fig.1 – Resposta ao impulso em degrau de um


A taxa de inflexão é habitualmente expressa em AmpOp com slew rate SR
µ s.
V/µ
Se, num circuito linear com um AmpOp, for aplicado
um impulso em degrau, idealmente a saída deveria
ser também em degrau; contudo, verifica-se que a
∆V
tensão na saída cresce linearmente com uma SR =
derivada que não excede o valor de SR ∆t

Electrónica II - Curso de Engenharia Electrotécnica Luís Veríssimo, Setembro de 2002


Departamento de Engenharia Electrotécnica (DEE)

AmpOps – taxa de inflexão (slew rate)


Tem interesse estudar o efeito da taxa de inflexão quando a um circuito linear com um AmpOp é
aplicada uma tensão alternada sinusoidal, com frequência f e amplitude máxima Vim.
A tensão na saída é:
vo ( t ) = Vom sin( 2π f t )

derivando, obtém-se dvo


= 2πf Vom . cos( 2π f t )
dt
dvo
Para não haver distorção causada pela taxa de inflexão é necessário que: = 2πf Vom < SR
dt máx

A frequência máxima, fmax, para que não se verifique


distorção quando a saída vo tem amplitude máxima
Vom é dada por: v0

2π f max Vom = SR

Quando ocorre distorção devida à taxa de inflexão, a


forma de onda sinusoidal na saída do AmpOp tende a
adquirir uma forma triangular como mostra a figura 2. Fig.2 – Distorção de um sinal sinusoidal na saída
de um AmpOp devido à taxa de inflexão

Electrónica II - Curso de Engenharia Electrotécnica Luís Veríssimo, Outubro de 2002

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