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Art 1º Fica o Poder Executivo autorizado a constituir uma empresa pública, na forma
definida no inciso Il do artigo 5º, do Decreto-lei número 200, de 25 de fevereiro de 1967,
alterado pelo Decreto-lei número 900, de 29 de setembro de 1969, denominada Empresa
Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária - INFRAERO, vinculada ao Ministério da Aeronáutica.
Parágrafo único. A INFRAERO terá sede e foro na Capital Federal e o prazo de sua
duração será indeterminado.
Art 2º A INFRAERO terá por finalidade implantar, administrar, operar e explorar industrial
e comercialmente a infra-estrutura aeroportuária que lhe for atribuída pelo Ministério da
Aeronáutica.
Art. 2o A INFRAERO terá por finalidade implantar, administrar, operar e explorar industrial
e comercialmente infraestrutura aeroportuária, que lhe for atribuída pela Secretaria de Aviação
Civil da Presidência da República. (Redação dada pela Medida Provisória nº 527, de 2011).
III - gerir a participação acionária do Governo Federal nas suas empresas subsidiárias;
XII - promover e coordenar junto aos órgãos competentes as medidas necessárias para
instalação e permanência dos serviços de segurança, polícia, alfândega e saúde nos
aeroportos internacionais, supervisionando-as e controlando-as para que sejam fielmente
executadas;
a) a totalidade das ações e créditos que a União tenha ou venha a ter em empresas
correlatas ou afins com a infra-estrutura aeroportuária;
Art 7º O pessoal dos Quadros da Empresa será admitido por concurso ou prova de
habilitação em regime empregatício subordinado à legislação trabalhista e às normas
consignadas no Regulamento do Pessoal da Empresa.
Art 11. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
EMíLIO G. MÉDICI
Antônio Delfim Netto
J. Araripe Macêdo
João Paulo dos Reis Velloso
João Paulo dos Reis Velloso
CAPÍTULO I
Art. 1o Fica criada a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, entidade integrante da
Administração Pública Federal indireta, submetida a regime autárquico especial, vinculada ao
Ministério da Defesa, com prazo de duração indeterminado.
Parágrafo único. A ANAC terá sede e foro no Distrito Federal, podendo instalar unidades
administrativas regionais.
Art. 2o Compete à União, por intermédio da ANAC e nos termos das políticas
estabelecidas pelos Poderes Executivo e Legislativo, regular e fiscalizar as atividades de
aviação civil e de infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária.
Art. 5o A ANAC atuará como autoridade de aviação civil, assegurando-se-lhe, nos termos
desta Lei, as prerrogativas necessárias ao exercício adequado de sua competência.
II – representar o País junto aos organismos internacionais de aviação civil, exceto nos
assuntos relativos ao sistema de controle do espaço aéreo e ao sistema de investigação e
prevenção de acidentes aeronáuticos;
III – elaborar relatórios e emitir pareceres sobre acordos, tratados, convenções e outros
atos relativos ao transporte aéreo internacional, celebrados ou a ser celebrados com outros
países ou organizações internacionais;
VIII – promover, junto aos órgãos competentes, o cumprimento dos atos internacionais
sobre aviação civil ratificados pela República Federativa do Brasil;
XXXV – reprimir infrações à legislação, inclusive quanto aos direitos dos usuários, e
aplicar as sanções cabíveis;
XXXVII – contratar pessoal por prazo determinado, de acordo com a legislação aplicável;
§ 4o Sem prejuízo do disposto no inciso X do caput deste artigo, a execução dos serviços
aéreos de aerolevantamento dependerá de autorização emitida pelo Ministério da Defesa.
CAPÍTULO II
Seção I
Da Estrutura Básica
Art. 9o A ANAC terá como órgão de deliberação máxima a Diretoria, contando, também,
com uma Procuradoria, uma Corregedoria, um Conselho Consultivo e uma Ouvidoria, além das
unidades especializadas.
Art. 10. A Diretoria atuará em regime de colegiado e será composta por 1 (um) Diretor-
Presidente e 4 (quatro) Diretores, que decidirão por maioria absoluta, cabendo ao Diretor-
Presidente, além do voto ordinário, o voto de qualidade.
§ 1o (VETADO)
Art. 18. O Ouvidor será nomeado pelo Presidente da República para mandato de 2 (dois)
anos.
Seção II
Art. 21. Ficam criados, para exercício exclusivo na ANAC, os empregos públicos de nível
superior de Regulador, de Analista de Suporte à Regulação, os empregos públicos de nível
médio de Técnico em Regulação e de Técnico de Suporte à Regulação, os Cargos
Comissionados de Direção – CD, de Gerência Executiva – CGE, de Assessoria – CA e de
Assistência – CAS, e os Cargos Comissionados Técnicos – CCT, constantes do Anexo I desta
Lei. (Vide Medida Provisória nº 269, de 2005)
Art. 21. Ficam criados, para exercício exclusivo na ANAC, os Cargos Comissionados de
Direção - CD, de Gerência Executiva - CGE, de Assessoria - CA e de Assistência - CAS, e os
Cargos Comissionados Técnicos - CCT, nos quantitativos constantes da Tabela B do Anexo I
desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 11.292, de 2006)
Parágrafo único. As gratificações a que se refere o caput deste artigo serão pagas
àqueles militares designados pela Diretoria da ANAC para o exercício das atribuições dos
cargos de Gerência Executiva, de Assessoria, de Assistência e Cargos Comissionados
Técnicos da estrutura da ANAC e extinguir-se-ão gradualmente na forma do § 1 o do art. 46
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.292, de 2006)
Art. 24. Na estrutura dos cargos da ANAC, o provimento por um servidor civil, de Cargo
Comissionado de Gerência Executiva, de Assessoria, de Assistência e de Técnico, implicará o
bloqueio, para um militar, da concessão de uma correspondente Gratificação de Exercício em
Cargo de Confiança e de Gratificação de Representação pelo Exercício de Função, e vice-
versa.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO DECISÓRIO
Art. 27. As iniciativas ou alterações de atos normativos que afetem direitos de agentes
econômicos, inclusive de trabalhadores do setor ou de usuários de serviços aéreos, serão
precedidas de audiência pública convocada e dirigida pela ANAC.
Art. 28. Ressalvados os documentos e autos cuja divulgação possa violar a segurança do
País, o segredo protegido ou a intimidade de alguém, todos os demais permanecerão abertos à
consulta pública.
CAPÍTULO IV
Art. 29. A ANAC fica autorizada a cobrar taxas pela prestação de serviços ou pelo
exercício do poder de polícia, decorrentes de atividades inerentes à sua missão institucional,
destinando o produto da arrecadação ao seu custeio e funcionamento. (Vide Medida Provisória
nº 269, de 2005)
Art. 29. Fica instituída a Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC.(Redação dada
pela Lei nº 11.292, de 2006)
§ 3o Os valores da TFAC são os fixados no Anexo III desta Lei. (Incluído pela Lei nº
11.292, de 2006)
Art. 29-A. A TFAC não recolhida no prazo e na forma estabelecida em regulamento será
cobrada com os seguintes acréscimos: (Vide Medida Provisória nº 269, de 2005) (Incluído pela
Lei nº 11.292, de 2006)
II - multa de mora de 20% (vinte por cento), reduzida a 10% (dez por cento) caso o
pagamento seja efetuado até o último dia do mês subseqüente ao do seu vencimento; e
CAPÍTULO V
DAS RECEITAS
IX – rendas eventuais; e
Art. 34. A alínea a do parágrafo único do art. 2o, o inciso I do art. 5o e o art. 11 da Lei no
6.009, de 26 de dezembro de 1973, passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 2o ..................................................................................
a) por tarifas aeroportuárias, aprovadas pela Agência Nacional de Aviação Civil, para aplicação
em todo o território nacional;
....................................................................................." (NR)
"Art. 5o ..................................................................................
I – do Fundo Aeronáutico, nos casos dos aeroportos diretamente administrados pelo Comando
da Aeronáutica; ou
....................................................................................." (NR)
"Art. 11. O produto de arrecadação da tarifa a que se refere o art. 8 o desta Lei constituirá receita
do Fundo Aeronáutico." (NR)
Art. 35. O Poder Executivo regulamentará a distribuição dos recursos referidos no inciso I
do art. 1o da Lei no 8.399, de 7 de janeiro de 1992, entre os órgãos e entidades integrantes do
Sistema de Aviação Civil na proporção dos custos correspondentes às atividades realizadas.
Art. 36. Fica criado o Quadro de Pessoal Específico, integrado por servidores regidos
pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
§ 1o O Quadro de que trata o caput deste artigo tem caráter temporário, ficando extintos
os cargos nele alocados, à medida que ocorrerem vacâncias.
§ 2o O ingresso no Quadro de que trata este artigo será feito mediante redistribuição,
sendo restrito aos servidores que, em 31 de dezembro de 2001, encontravam-se em exercício
nas unidades do Ministério da Defesa, cujas competências foram transferidas para a ANAC.
§ 2o O ingresso no quadro de que trata este artigo será feito mediante redistribuição,
sendo restrito aos servidores que, em 31 de dezembro de 2004, se encontravam em exercício
nas unidades do Ministério da Defesa cujas competências foram transferidas para a ANAC.
(Redação dada pela Lei nº 11.292, de 2006)
§ 3o (VETADO)
Art. 37. A ANAC poderá requisitar, com ônus, servidores e empregados de órgãos e
entidades integrantes da Administração Pública.
Art. 39. Nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal, fica a ANAC
autorizada a efetuar a contratação temporária do pessoal imprescindível à implantação de suas
atividades, por prazo não excedente a 36 (trinta e seis) meses, a contar de sua instalação.
§ 1o (VETADO)
Art. 40. Fica a ANAC autorizada a custear as despesas com remoção e estada dos
profissionais que, em virtude de nomeação para Cargos Comissionados de Direção, de
Gerência Executiva e de Assessoria dos níveis CD I e II, CGE I e II, CA I e II, e para os Cargos
Comissionados Técnicos, nos níveis CCT IV e V e correspondentes Gratificações Militares,
vierem a ter exercício em cidade diferente de seu domicílio, conforme disposto em norma
específica estabelecida pela ANAC, observados os limites de valores estabelecidos para a
Administração Pública Federal direta.
Art. 40. Aplica-se à ANAC o disposto no art. 22 da Lei no 9.986, de 18 de julho de 2000.
(Redação dada pela Lei nº 11.314 de 2006)
Art. 41. Ficam criados 50 (cinqüenta) cargos de Procurador Federal na ANAC, observado
o disposto na legislação específica.
Art. 42. Instalada a ANAC, fica o Poder Executivo autorizado a extinguir o Departamento
de Aviação Civil – DAC e demais organizações do Comando da Aeronáutica que tenham tido a
totalidade de suas atribuições transferidas para a ANAC, devendo remanejar para o Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão todos os cargos comissionados e gratificações,
alocados aos órgãos extintos e atividades absorvidas pela Agência.
Art. 43. Aprovado seu regulamento, a ANAC passará a ter o controle sobre todas as
atividades, contratos de concessão e permissão, e autorizações de serviços aéreos, celebrados
por órgãos ou entidades da Administração direta ou indireta da União.
Art. 44-A. Fica o Poder Executivo autorizado a remanejar, transpor, transferir e utilizar
para a ANAC as dotações orçamentárias aprovadas em favor das unidades orçamentárias do
Ministério da Defesa, na lei orçamentária vigente no exercício financeiro da instalação da
ANAC, relativas às funções por ela absorvidas, desde que mantida a mesma classificação
orçamentária, expressa por categoria de programação em seu menor nível, conforme definido
na lei de diretrizes orçamentárias, inclusive os títulos, descritores, metas e objetivos, assim
como o respectivo detalhamento por esfera orçamentária, grupos de despesas, fontes de
recursos, modalidades de aplicação e identificadores de uso. (Vide Medida Provisória nº 269,
de 2005) (Incluído pela Lei nº 11.292, de 2006)
Art. 45. O Comando da Aeronáutica prestará os serviços de que a ANAC necessitar, com
ônus limitado, durante 180 (cento e oitenta dias) após sua instalação, devendo ser celebrados
convênios para a prestação dos serviços após este prazo.
§ 2o (VETADO)
§ 2o (VETADO)
Art. 50. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão à conta do Orçamento
da ANAC.
TÍTULO I
Introdução
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
CAPÍTULO II
Disposições de Direito Internacional Privado
II - as aeronaves de outra espécie, quando em alto mar ou região que não pertença a
qualquer Estado.
Art. 4° Os atos que, originados de aeronave, produzirem efeito no Brasil, regem-se por
suas leis, ainda que iniciados no território estrangeiro.
Art. 6° Os direitos reais e os privilégios de ordem privada sobre aeronaves regem-se pela
lei de sua nacionalidade.
Art. 7° As medidas assecuratórias de direito regulam-se pela lei do país onde se encontrar
a aeronave.
Art. 8° As avarias regulam-se pela lei brasileira quando a carga se destinar ao Brasil ou for
transportada sob o regime de trânsito aduaneiro (artigo 244, § 6°).
Art. 9° A assistência, o salvamento e o abalroamento regem-se pela lei do lugar em que
ocorrerem (artigos 23, § 2°, 49 a 65).
Parágrafo único. Quando pelo menos uma das aeronaves envolvidas for brasileira, aplica-
se a lei do Brasil à assistência, salvamento e abalroamento ocorridos em região não submetida
a qualquer Estado.
Art. 10. Não terão eficácia no Brasil, em matéria de transporte aéreo, quaisquer
disposições de direito estrangeiro, cláusulas constantes de contrato, bilhete de passagem,
conhecimento e outros documentos que:
TÍTULO II
Do Espaço Aéreo e seu Uso para Fins Aeronáuticos
CAPÍTULO I
Do Espaço Aéreo Brasileiro
Art. 11. O Brasil exerce completa e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima de
seu território e mar territorial.
I - a navegação aérea;
II - o tráfego aéreo;
IV - a aeronave;
V - a tripulação;
Art. 13. Poderá a autoridade aeronáutica deter a aeronave em vôo no espaço aéreo
(artigo 18) ou em pouso no território brasileiro (artigos 303 a 311), quando, em caso de
flagrante desrespeito às normas de direito aeronáutico (artigos 1° e 12), de tráfego aéreo
(artigos 14, 16, § 3°, 17), ou às condições estabelecidas nas respectivas autorizações (artigos
14, §§ 1°, 3° e 4°, 15, §§ 1° e 2°, 19, parágrafo único, 21, 22), coloque em risco a segurança da
navegação aérea ou de tráfego aéreo, a ordem pública, a paz interna ou externa.
CAPÍTULO II
Do Tráfego Aéreo
§ 4° A utilização do espaço aéreo brasileiro, por qualquer aeronave, fica sujeita às normas
e condições estabelecidas, assim como às tarifas de uso das comunicações e dos auxílios à
navegação aérea em rota (artigo 23).
Art. 15. Por questão de segurança da navegação aérea ou por interesse público, é
facultado fixar zonas em que se proíbe ou restringe o tráfego aéreo, estabelecer rotas de
entrada ou saída, suspender total ou parcialmente o tráfego, assim como o uso de determinada
aeronave, ou a realização de certos serviços aéreos.
§ 2° A falta de garantia autoriza o seqüestro da aeronave e a sua retenção até que aquela
se efetive.
Art. 17. É proibido efetuar, com qualquer aeronave, vôos de acrobacia ou evolução que
possam constituir perigo para os ocupantes do aparelho, para o tráfego aéreo, para instalações
ou pessoas na superfície.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição, os vôos de prova, produção e demonstração
quando realizados pelo fabricante ou por unidades especiais, com a observância das normas
fixadas pela autoridade aeronáutica.
Art. 18. O Comandante de aeronave que receber de órgão controlador de vôo ordem para
pousar deverá dirigir-se, imediatamente, para o aeródromo que lhe for indicado e nele efetuar o
pouso.
Art. 19. Salvo motivo de força maior, as aeronaves só poderão decolar ou pousar em
aeródromo cujas características comportarem suas operações.
Art. 20. Salvo permissão especial, nenhuma aeronave poderá voar no espaço aéreo
brasileiro, aterrissar no território subjacente ou dele decolar, a não ser que tenha:
Art. 21. Salvo com autorização especial de órgão competente, nenhuma aeronave poderá
transportar explosivos, munições, arma de fogo, material bélico, equipamento destinado a
levantamento aerofotogramétrico ou de prospecção, ou ainda quaisquer outros objetos ou
substâncias consideradas perigosas para a segurança pública, da própria aeronave ou de seus
ocupantes.
Art. 22. Toda aeronave proveniente do exterior fará, respectivamente, o primeiro pouso ou
a última decolagem em aeroporto internacional.
Art. 24. Os aeroportos situados na linha fronteiriça do território brasileiro poderão ser
autorizados a atender ao tráfego regional, entre os países limítrofes, com serviços de infra-
estrutura aeronáutica, comuns ou compartilhados por eles.
TÍTULO III
Da Infra-Estrutura Aeronáutica
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
CAPÍTULO II
Do Sistema Aeroportuário
SEÇÃO I
Dos Aeródromos
Art. 30. Nenhum aeródromo civil poderá ser utilizado sem estar devidamente cadastrado.
Art. 32. Os aeroportos e heliportos serão classificados por ato administrativo que fixará as
características de cada classe.
Art. 33. Nos aeródromos públicos que forem sede de Unidade Aérea Militar, as esferas de
competência das autoridades civis e militares, quanto à respectiva administração, serão
definidas em regulamentação especial.
SEÇÃO II
Da Construção e Utilização de Aeródromos
Art. 34. Nenhum aeródromo poderá ser construído sem prévia autorização da autoridade
aeronáutica.
Art. 35. Os aeródromos privados serão construídos, mantidos e operados por seus
proprietários, obedecidas as instruções, normas e planos da autoridade aeronáutica (artigo 30).
Art. 37. Os aeródromos públicos poderão ser usados por quaisquer aeronaves, sem
distinção de propriedade ou nacionalidade, mediante o ônus da utilização, salvo se, por motivo
operacional ou de segurança, houver restrição de uso por determinados tipos de aeronaves ou
serviços aéreos.
SEÇÃO III
Do Patrimônio Aeroportuário
§ 2º Quando a União vier a desativar o aeroporto por se tornar desnecessário, o uso dos
bens referidos no parágrafo anterior será restituído ao proprietário, com as respectivas
acessões.
SEÇÃO IV
Da Utilização de Áreas Aeroportuárias
VI - aos órgãos públicos que, por disposição legal, devam funcionar nos aeroportos
internacionais;
Parágrafo único. A utilização das áreas aeroportuárias no caso deste artigo sujeita-se à
licitação prévia, na forma de regulamentação baixada pelo Poder Executivo.
Art. 42. À utilização de áreas aeroportuárias não se aplica a legislação sobre locações
urbanas.
SEÇÃO V
Das Zonas de Proteção
Parágrafo único. As restrições a que se refere este artigo são relativas ao uso das
propriedades quanto a edificações, instalações, culturas agrícolas e objetos de natureza
permanente ou temporária, e tudo mais que possa embaraçar as operações de aeronaves ou
causar interferência nos sinais dos auxílios à radionavegação ou dificultar a visibilidade de
auxílios visuais.
Art. 44. As restrições de que trata o artigo anterior são as especificadas pela autoridade
aeronáutica, mediante aprovação dos seguintes planos, válidos, respectivamente, para cada
tipo de auxílio à navegação aérea:
CAPÍTULO III
Do Sistema de Proteção ao Vôo
SEÇÃO I
Das Várias Atividades de Proteção ao Vôo
V - de busca e salvamento;
VI - de inspeção em vôo;
I - fixo aeronáutico;
II - móvel aeronáutico;
III - de radionavegação aeronáutica;
IV - de radiodifusão aeronáutica;
SEÇÃO II
Da Coordenação de Busca, Assistência e Salvamento
Art. 51. Todo Comandante de navio, no mar, e qualquer pessoa, em terra, são obrigados,
desde que o possam fazer sem risco para si ou outras pessoas, a prestar assistência a quem
estiver em perigo de vida, em conseqüência de queda ou avaria de aeronave.
Art. 53. A obrigação de prestar socorro, sempre que possível, recai sobre aeronave em
vôo ou pronta para partir.
Art. 55. Cessa a obrigação de assistência desde que o obrigado tenha conhecimento de
que foi prestada por outrem ou quando dispensado pelo órgão competente do Ministério da
Aeronáutica a que se refere o artigo anterior.
Art. 57. Toda assistência ou salvamento prestado com resultado útil dará direito à
remuneração correspondente ao trabalho e à eficiência do ato, nas seguintes bases:
b) o perigo passado pela aeronave socorrida, seus passageiros, sua tripulação e sua
carga;
c) o tempo empregado, as despesas e prejuízos suportados tendo em conta a situação
especial do assistente.
Art. 58. Todo aquele que, por imprudência, negligência ou transgressão, provocar a
movimentação desnecessária de recursos de busca e salvamento ficará obrigado a indenizar a
União pelas despesas decorrentes dessa movimentação, mesmo que não tenha havido perigo
de vida ou solicitação de socorro.
Art. 59. Prestada assistência voluntária, aquele que a prestou somente terá direito à
remuneração se obtiver resultado útil, salvando pessoas ou concorrendo para salvá-las.
Art. 61. Se o socorro for prestado por diversas aeronaves, embarcações, veículos ou
pessoas envolvendo vários interessados, a remuneração será fixada em conjunto pelo Juiz, e
distribuída segundo os critérios estabelecidos neste artigo.
§ 3° Os interessados que deixarem fluir o prazo estabelecido no § 1° sem fazer valer seus
direitos ou notificar os obrigados, só poderão exercitá-los sobre as importâncias que não
tiverem sido distribuídas.
Art. 62. A remuneração não excederá o valor que os bens recuperados tiverem no final
das operações de salvamento.
Art. 63. O pagamento da remuneração será obrigatório para quem usar aeronave sem o
consentimento do seu proprietário ou explorador.
CAPÍTULO IV
Do Sistema de Segurança de Vôo
SEÇÃO I
Dos Regulamentos e Requisitos de Segurança de Vôo
Art. 67. Somente poderão ser usadas aeronaves, motores, hélices e demais componentes
aeronáuticos que observem os padrões e requisitos previstos nos Regulamentos de que trata o
artigo anterior, ressalvada a operação de aeronave experimental.
SEÇÃO II
Dos Certificados de Homologação
§ 1° Qualquer pessoa interessada pode requerer o certificado de que trata este artigo,
observados os procedimentos regulamentares.
§ 4° A manutenção, no limite de até 100 (cem) horas, das aeronaves pertencentes aos
aeroclubes que não disponham de oficina homologada, bem como das aeronaves
mencionadas no § 4°, do artigo 107, poderá ser executada por mecânico licenciado pelo
Ministério da Aeronáutica.
Art. 71. Os certificados de homologação, previstos nesta Seção, poderão ser emendados,
modificados, suspensos ou cassados sempre que a segurança de vôo ou o interesse público o
exigir.
Parágrafo único. Salvo caso de emergência, o interessado será notificado para, no prazo
que lhe for assinado, sanar qualquer irregularidade verificada.
CAPÍTULO V
Sistema de Registro Aeronáutico Brasileiro
SEÇÃO I
Do Registro Aeronáutico Brasileiro
Art. 72. O Registro Aeronáutico Brasileiro será público, único e centralizado, destinando-se
a ter, em relação à aeronave, as funções de:
II - reconhecer a aquisição do domínio na transferência por ato entre vivos e dos direitos
reais de gozo e garantia, quando se tratar de matéria regulada por este Código;
III - atos autênticos de países estrangeiros, feitos de acordo com as leis locais, legalizados
e traduzidos, na forma da lei, assim como sentenças proferidas por tribunais estrangeiros após
homologação pelo Supremo Tribunal Federal;
II - a inscrição:
III - a averbação na matrícula e respectivo certificado das alterações que vierem a ser
inscritas, assim como dos contratos de exploração, utilização ou garantia;
V - a anotação de usos e práticas aeronáuticas que não contrariem a lei, a ordem pública
e os bons costumes.
Art. 75. Poderá ser cancelado o registro, mediante pedido escrito do proprietário, sempre
que não esteja a aeronave ou os motores gravados, e com o consentimento por escrito do
respectivo credor fiduciário, hipotecário ou daquele em favor de quem constar ônus real.
Parágrafo único. Nenhuma aeronave brasileira poderá ser transferida para o exterior se
for objeto de garantia, a não ser com a expressa concordância do credor.
SEÇÃO II
Do Procedimento de Registro de Aeronaves
Art. 77. Todos os títulos levados a registro receberão no Protocolo o número que lhes
competir, observada a ordem de entrada.
Art. 78. O número de ordem determinará a prioridade do título, e esta a preferência dos
direitos dependentes do registro.
Art. 79. O título de natureza particular apresentado em via única será arquivado no
Registro Aeronáutico Brasileiro, que fornecerá certidão do mesmo, ao interessado.
Art. 80. Protocolizado o título, proceder-se-á aos registros, prevalecendo, para efeito de
prioridade, os títulos prenotados no Protocolo sob número de ordem mais baixo.
Art. 81. No Protocolo será anotada, à margem da prenotação, a exigência feita pela
autoridade aeronáutica.
Art. 82. Cessarão automaticamente os efeitos da prenotação se, decorridos 30 (trinta) dias
do seu lançamento no Protocolo, não tiver o título sido registrado por omissão do interessado
em atender às exigências legais.
Art. 83. Em caso de permuta, serão feitas as inscrições nas matrículas correspondentes,
sob um único número de ordem no Protocolo.
Art. 84. O Diário de Bordo será apresentado ao Registro Aeronáutico Brasileiro para
autenticação dos termos de abertura, encerramento e número de páginas.
Parágrafo único. O Diário de Bordo deverá ser encadernado e suas folhas numeradas,
contendo na primeira e na última, respectivamente, o termo de abertura e encerramento com o
número de suas páginas, devidamente autenticados pelo Registro Aeronáutico Brasileiro.
Art. 85. O Registro Aeronáutico Brasileiro assentará em livro próprio ex officio ou a pedido
da associação de classe interessada os costumes e práticas aeronáuticas que não contrariem
a lei ou os bons costumes, após a manifestação dos órgãos jurídicos do Ministério da
Aeronáutica.
CAPÍTULO VI
Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
§ 1° (Vetado).
§ 3° (Vetado).
§ 4° (Vetado).
§ 5° (Vetado).
§ 6° (Vetado).
Art. 88. Toda pessoa que tiver conhecimento de qualquer acidente de aviação ou da
existência de restos ou despojos de aeronave tem o dever de comunicá-lo à autoridade pública
mais próxima e pelo meio mais rápido.
Parágrafo único. A autoridade pública que tiver conhecimento do fato ou nele intervier,
comunica-lo-á imediatamente, sob pena de responsabilidade por negligência, à autoridade
aeronáutica mais próxima do acidente.
Art. 89. Exceto para efeito de salvar vidas, nenhuma aeronave acidentada, seus restos ou
coisas que por ela eram transportadas, podem ser vasculhados ou removidos, a não ser em
presença ou com autorização da autoridade aeronáutica.
Art. 90. Sempre que forem acionados os serviços de emergência de aeroporto para a
prestação de socorro, o custo das despesas decorrentes será indenizado pelo explorador da
aeronave socorrida.
Parágrafo único. Caso o explorador não disponha de recursos técnicos ou não providencie
tempestivamente a remoção da aeronave ou de seus restos, a administração do aeroporto
encarregar-se-á dessa providência.
Art. 92. Em caso de acidentes aéreos ocorridos por atos delituosos, far-se-á a
comunicação à autoridade policial para o respectivo processo.
Parágrafo único. Para o disposto no caput deste artigo, a autoridade policial, juntamente
com as autoridades aeronáuticas, deverão considerar as infrações às Regulamentações
Profissionais dos aeroviários e dos aeronautas, que possam ter concorrido para o evento.
Art. 93. A correspondência transportada por aeronave acidentada deverá ser entregue, o
mais rápido possível, à entidade responsável pelo serviço postal, que fará a devida
comunicação à autoridade aduaneira mais próxima, no caso de remessas postais
internacionais.
CAPÍTULO VII
Sistema de Facilitação, Segurança da Aviação Civil e Coordenação do Transporte Aéreo
SEÇÃO I
Da Facilitação do Transporte Aéreo
SEÇÃO II
Da Segurança da Aviação Civil
Art. 95. O Poder Executivo deverá instituir e regular a Comissão Nacional de Segurança
da Aviação Civil.
c) o policiamento;
SEÇÃO III
Da Coordenação do Transporte Aéreo Civil
CAPÍTULO VIII
Sistema de Formação e Adestramento de Pessoal
SEÇÃO I
Dos Aeroclubes
Art. 97. Aeroclube é toda sociedade civil com patrimônio e administração próprios, com
serviços locais e regionais, cujos objetivos principais são o ensino e a prática da aviação civil,
de turismo e desportiva em todas as suas modalidades, podendo cumprir missões de
emergência ou de notório interesse da coletividade.
SEÇÃO II
Da Formação e Adestramento de Pessoal de Aviação Civil
Art. 99. As entidades referidas no artigo anterior só poderão funcionar com a prévia
autorização do Ministério da Aeronáutica.
SEÇÃO III
Da Formação e Adestramento de Pessoal Destinado à Infra-Estrutura Aeronáutica
CAPÍTULO IX
Sistema de Indústria Aeronáutica
CAPÍTULO X
Dos Serviços Auxiliares
§ 1° (Vetado).
§ 2° Serão permitidos convênios entre empresas nacionais e estrangeiras, para que cada
uma opere em seu respectivo país, observando-se suas legislações específicas.
Art. 105. Poderá ser instalado órgão ou Comissão com o objetivo de:
TÍTULO IV
Das Aeronaves
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 106. Considera-se aeronave todo aparelho manobrável em vôo, que possa sustentar-
se e circular no espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou
coisas.
CAPÍTULO II
Da Nacionalidade, Matrícula e Aeronavegabilidade
SEÇÃO I
Da Nacionalidade e Matrícula
Art. 110. A matrícula de aeronave já matriculada em outro Estado pode ser efetuada pelo
novo adquirente, mediante a comprovação da transferência da propriedade; ou pelo explorador,
mediante o expresso consentimento do titular do domínio.
§ 2° O contrato de compra e venda, a prazo, desde que o vendedor não reserve para si a
propriedade, enseja a matrícula definitiva.
SEÇÃO II
Do Certificado de Aeronavegabilidade
Art. 114. Nenhuma aeronave poderá ser autorizada para o vôo sem a prévia expedição do
correspondente certificado de aeronavegabilidade que só será válido durante o prazo
estipulado e enquanto observadas as condições obrigatórias nele mencionadas (artigos 20 e
68, § 2°).
CAPÍTULO III
Da Propriedade e Exploração da Aeronave
SEÇÃO I
Da Propriedade da Aeronave
I - por construção;
II - por usucapião;
Art. 116. Considera-se proprietário da aeronave a pessoa natural ou jurídica que a tiver:
III - adquirido por usucapião, por possuí-la como sua, baseada em justo título e boa-fé,
sem interrupção nem oposição durante 5 (cinco) anos;
§ 2º Caso a inscrição e a matrícula sejam efetuadas por possuidor que não seja titular da
propriedade da aeronave, deverá delas constar o nome do proprietário e a averbação do seu
expresso mandato ou consentimento.
Art. 117. Para fins de publicidade e continuidade, serão também inscritos no Registro
Aeronáutico Brasileiro:
§ 1° Ocorre o abandono da aeronave ou de parte dela quando não for possível determinar
sua legítima origem ou quando manifestar-se o proprietário, de modo expresso, no sentido de
abandoná-la.
SEÇÃO II
Da Exploração e do Explorador de Aeronave
Art. 122. Dá-se a exploração da aeronave quando uma pessoa física ou jurídica,
proprietária ou não, a utiliza, legitimamente, por conta própria, com ou sem fins lucrativos.
I - a pessoa jurídica que tem a concessão dos serviços de transporte público regular ou a
autorização dos serviços de transporte público não regular, de serviços especializados ou de
táxi-aéreo;
Art. 124. Quando o nome do explorador estiver inscrito no Registro Aeronáutico Brasileiro,
mediante qualquer contrato de utilização, exclui-se o proprietário da aeronave da
responsabilidade inerente à exploração da mesma.
§ 2° Provando-se, no caso do parágrafo anterior, que havia explorador, embora sem ter o
seu nome inscrito no Registro Aeronáutico Brasileiro, haverá solidariedade do explorador e do
proprietário por qualquer infração ou dano resultante da exploração da aeronave.
CAPÍTULO IV
Dos Contratos sobre Aeronave
SEÇÃO I
Do Contrato de Construção de Aeronave
Parágrafo único. O contrato referido no caput deste artigo deverá ser submetido à
fiscalização do Ministério da Aeronáutica, que estabelecerá as normas e condições de
construção.
Art. 126. O contratante que encomendou a construção da aeronave, uma vez inscrito o
seu contrato no Registro Aeronáutico Brasileiro, adquire, originariamente, a propriedade da
aeronave, podendo dela dispor e reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua.
SEÇÃO II
Do Arrendamento
Art. 127. Dá-se o arrendamento quando uma das partes se obriga a ceder à outra, por
tempo determinado, o uso e gozo de aeronave ou de seus motores, mediante certa retribuição.
Art. 128. O contrato deverá ser feito por instrumento público ou particular, com a
assinatura de duas testemunhas, e inscrito no Registro Aeronáutico Brasileiro.
I - a fazer uso da coisa arrendada para o destino convencionado e dela cuidar como se
sua fosse;
SEÇÃO III
Do Fretamento
Art. 133. Dá-se o fretamento quando uma das partes, chamada fretador, obriga-se para
com a outra, chamada afretador, mediante o pagamento por este, do frete, a realizar uma ou
mais viagens preestabelecidas ou durante certo período de tempo, reservando-se ao fretador o
controle sobre a tripulação e a condução técnica da aeronave.
Art. 134. O contrato será por instrumento público ou particular, sendo facultada a sua
inscrição no Registro Aeronáutico Brasileiro (artigos 123 e 124).
SEÇÃO IV
Do Arrendamento Mercantil de Aeronave
Art. 137. O arrendamento mercantil deve ser inscrito no Registro Aeronáutico Brasileiro,
mediante instrumento público ou particular com os seguintes elementos:
§ 2° Poderão ser aceitas, nos respectivos contratos, as cláusulas e condições usuais nas
operações de leasing internacional, desde que não contenha qualquer cláusula contrária à
Constituição Brasileira ou às disposições deste Código.
CAPÍTULO V
Da Hipoteca e Alienação Fiduciária de Aeronave
SEÇÃO I
Da Hipoteca Convencional
Art. 138. Poderão ser objeto de hipoteca as aeronaves, motores, partes e acessórios de
aeronaves, inclusive aquelas em construção.
§ 1° Não pode ser objeto de hipoteca, enquanto não se proceder à matrícula definitiva, a
aeronave inscrita e matriculada provisoriamente, salvo se for para garantir o contrato, com base
no qual se fez a matrícula provisória.
Art. 139. Só aquele que pode alienar a aeronave poderá hipotecá-la e só a aeronave que
pode ser alienada poderá ser dada em hipoteca.
Art. 140. A aeronave comum a 2 (dois) ou mais proprietários só poderá ser dada em
hipoteca com o consentimento expresso de todos os condôminos.
Art. 141. A hipoteca constituir-se-á pela inscrição do contrato no Registro Aeronáutico
Brasileiro e com a averbação no respectivo certificado de matrícula.
Art. 143. O crédito hipotecário aéreo prefere a qualquer outro, com exceção dos
resultantes de:
SEÇÃO II
Da Hipoteca Legal
Art. 144. Será dada em favor da União a hipoteca legal das aeronaves, peças e
equipamentos adquiridos no exterior com aval, fiança ou qualquer outra garantia do Tesouro
Nacional ou de seus agentes financeiros.
Art. 145. Os bens mencionados no artigo anterior serão adjudicados à União, se esta o
requerer no Juízo Federal, comprovando:
§ 1° A conversão da moeda estrangeira, se for o caso, será feita pelo câmbio do dia,
observada a legislação complementar pertinente.
§ 3° Do valor do crédito previsto neste artigo será deduzido o valor das aeronaves
adjudicadas à União, cobrando-se o saldo.
§ 7° Se o preço alcançado no leilão não for superior ao crédito da União, poderá esta
optar pela adjudicação a seu favor.
I - da hipoteca legal;
Parágrafo único. Os atos jurídicos, de que cuida o artigo, produzirão efeitos ainda que não
levados a registro no tempo próprio.
SEÇÃO III
Da Alienação Fiduciária
Art. 149. A alienação fiduciária em garantia de aeronave ou de seus motores deve ser feita
por instrumento público ou particular, que conterá:
Art. 150. A alienação fiduciária só tem validade e eficácia após a inscrição no Registro
Aeronáutico Brasileiro.
CAPÍTULO VI
Do Seqüestro, da Penhora e Apreensão da Aeronave
SEÇÃO I
Do Seqüestro da Aeronave
Art. 153. Nenhuma aeronave empregada em serviços aéreos públicos (artigo 175) poderá
ser objeto de seqüestro.
Parágrafo único. A proibição é extensiva à aeronave que opera serviço de transporte não
regular, quando estiver pronta para partir e no curso de viagem da espécie.
II - em caso de dano à propriedade privada provocado pela aeronave que nela fizer pouso
forçado.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II, não será admitido o seqüestro se houver
prestação de caução suficiente a cobrir o prejuízo causado.
SEÇÃO II
Da Penhora ou Apreensão da Aeronave
Art. 155. Toda vez que, sobre aeronave ou seus motores, recair penhora ou apreensão,
esta deverá ser averbada no Registro Aeronáutico Brasileiro.
TÍTULO V
Da Tripulação
CAPÍTULO I
Da Composição da Tripulação
Art. 156. São tripulantes as pessoas devidamente habilitadas que exercem função a bordo
de aeronaves.
§ 2° A função não remunerada, a bordo de aeronave de serviço aéreo privado (artigo 177)
pode ser exercida por tripulantes habilitados, independente de sua nacionalidade.
Art. 157. Desde que assegurada a admissão de tripulantes brasileiros em serviços aéreos
públicos de determinado país, deve-se promover acordo bilateral de reciprocidade.
Art. 158. A juízo da autoridade aeronáutica poderão ser admitidos como tripulantes, em
caráter provisório, instrutores estrangeiros, na falta de tripulantes brasileiros.
Parágrafo único. O prazo do contrato de instrutores estrangeiros, de que trata este artigo,
não poderá exceder de 6 (seis) meses.
CAPÍTULO II
Das Licenças e Certificados
Art. 161. Será regulada pela legislação brasileira a validade da licença e o certificado de
habilitação técnica de estrangeiros, quando inexistir convenção ou ato internacional vigente no
Brasil e no Estado que os houver expedido.
Parágrafo único. O disposto no caput do presente artigo aplica-se a brasileiro titular de
licença ou certificado obtido em outro país.
Art. 163. Sempre que o titular de licença apresentar indício comprometedor de sua aptidão
técnica ou das condições físicas estabelecidas na regulamentação específica, poderá ser
submetido a novos exames técnicos ou de capacidade física, ainda que válidos estejam os
respectivos certificados.
Parágrafo único. Do resultado dos exames acima especificados caberá recurso dos
interessados à Comissão técnica especializada ou à junta médica.
Art. 164. Qualquer dos certificados de que tratam os artigos anteriores poderá ser cassado
pela autoridade aeronáutica se comprovado, em processo administrativo ou em exame de
saúde, que o respectivo titular não possui idoneidade profissional ou não está capacitado para
o exercício das funções especificadas em sua licença.
CAPÍTULO III
Do Comandante de Aeronave
Art. 165. Toda aeronave terá a bordo um Comandante, membro da tripulação, designado
pelo proprietário ou explorador e que será seu preposto durante a viagem.
II - limites de vôo;
IV - fornecimento de alimentos.
Art. 167. O Comandante exerce autoridade inerente à função desde o momento em que
se apresenta para o vôo até o momento em que entrega a aeronave, concluída a viagem.
Parágrafo único. No caso de pouso forçado, a autoridade do Comandante persiste até que
as autoridades competentes assumam a responsabilidade pela aeronave, pessoas e coisas
transportadas.
Art. 168 Durante o período de tempo previsto no artigo 167, o Comandante exerce
autoridade sobre as pessoas e coisas que se encontrem a bordo da aeronave e poderá:
I - desembarcar qualquer delas, desde que comprometa a boa ordem, a disciplina, ponha
em risco a segurança da aeronave ou das pessoas e bens a bordo;
III - alijar a carga ou parte dela, quando indispensável à segurança de vôo (artigo 16, § 3º).
Art. 169. Poderá o Comandante, sob sua responsabilidade, adiar ou suspender a partida
da aeronave, quando julgar indispensável à segurança do vôo.
Art. 170. O Comandante poderá delegar a outro membro da tripulação as atribuições que
lhe competem, menos as que se relacionem com a segurança do vôo.
Art. 171. As decisões tomadas pelo Comandante na forma dos artigos 167, 168, 169 e
215, parágrafo único, inclusive em caso de alijamento (artigo 16, § 3°), serão registradas no
Diário de Bordo e, concluída a viagem, imediatamente comunicadas à autoridade aeronáutica.
Parágrafo único. No caso de estar a carga sujeita a controle aduaneiro, será o alijamento
comunicado à autoridade fazendária mais próxima.
Parágrafo único. O Diário de Bordo referido no caput deste artigo deverá estar assinado
pelo piloto Comandante, que é o responsável pelas anotações, aí também incluídos os totais
de tempos de vôo e de jornada.
TÍTULO VI
Dos Serviços Aéreos
CAPÍTULO I
Introdução
Art. 174. Os serviços aéreos compreendem os serviços aéreos privados (artigos 177 a
179) e os serviços aéreos públicos (artigos 180 a 221).
Art. 175. Os serviços aéreos públicos abrangem os serviços aéreos especializados
públicos e os serviços de transporte aéreo público de passageiro, carga ou mala postal, regular
ou não regular, doméstico ou internacional.
Art. 176. O transporte aéreo de mala postal poderá ser feito, com igualdade de tratamento,
por todas as empresas de transporte aéreo regular, em suas linhas, atendendo às
conveniências de horário, ou mediante fretamento especial.
CAPÍTULO II
Serviços Aéreos Privados
Art. 177. Os serviços aéreos privados são os realizados, sem remuneração, em benefício
do próprio operador (artigo 123, II) compreendendo as atividades aéreas:
I - de recreio ou desportivas;
§ 2° As aeronaves de que trata este artigo não poderão efetuar serviços aéreos de
transporte público (artigo 267, § 2°).
Art. 179. As pessoas físicas ou jurídicas que, em seu único e exclusivo benefício, se
dediquem à formação ou adestramento de seu pessoal técnico, poderão fazê-lo mediante a
anuência da autoridade aeronáutica.
CAPÍTULO III
Serviços Aéreos Públicos
SEÇÃO I
Da Concessão ou Autorização para os Serviços Aéreos Públicos
Art. 181. A concessão somente será dada à pessoa jurídica brasileira que tiver:
I - sede no Brasil;
II - pelo menos 4/5 (quatro quintos) do capital com direito a voto, pertencente a brasileiros,
prevalecendo essa limitação nos eventuais aumentos do capital social;
§ 2° Pode ser admitida a emissão de ações preferenciais até o limite de 2/3 (dois terços)
do total das ações emitidas, não prevalecendo as restrições não previstas neste Código.
§ 3° A transferência a estrangeiro das ações com direito a voto, que estejam incluídas na
margem de 1/5 (um quinto) do capital a que se refere o item II deste artigo, depende de
aprovação da autoridade aeronáutica.
§ 4° Desde que a soma final de ações em poder de estrangeiros não ultrapasse o limite de
1/5 (um quinto) do capital, poderão as pessoas estrangeiras, naturais ou jurídicas, adquirir
ações do aumento de capital.
SEÇÃO II
Da Aprovação dos Atos Constitutivos e suas Alterações
Art. 184. Os atos constitutivos das sociedades de que tratam os artigos 181 e 182 deste
Código, bem como suas modificações, dependerão de prévia aprovação da autoridade
aeronáutica, para serem apresentados ao Registro do Comércio.
Parágrafo único. A aprovação de que trata este artigo não assegura à sociedade qualquer
direito em relação à concessão ou autorização para a execução de serviços aéreos.
II - que levem o adquirente a possuir mais de 10% (dez por cento) do capital social;
Art. 186. As empresas de que tratam os artigos 181 e 182, tendo em vista a melhoria dos
serviços e maior rendimento econômico ou técnico, a diminuição de custos, o bem público ou o
melhor atendimento dos usuários, poderão fundir-se ou incorporar-se.
§ 2° Embora pertencendo ao mesmo grupo societário, uma empresa não poderá, fora dos
casos previstos no caput deste artigo, explorar linhas aéreas cuja concessão tenha sido
deferida a outra.
SEÇÃO III
Da Intervenção, Liquidação e Falência de Empresa Concessionária de Serviços Aéreos
Públicos
Art. 187. Não podem impetrar concordata as empresas que, por seus atos constitutivos,
tenham por objeto a exploração de serviços aéreos de qualquer natureza ou de infra-estrutura
aeronáutica.
Art. 188. O Poder Executivo poderá intervir nas empresas concessionárias ou autorizadas,
cuja situação operacional, financeira ou econômica ameace a continuidade dos serviços, a
eficiência ou a segurança do transporte aéreo.
II - será requerida a falência, quando o ativo não for suficiente para atender pelo menos à
metade dos créditos, ou quando houver fundados indícios de crimes falenciais.
Art. 189. Além dos previstos em lei, constituem créditos privilegiados da União nos
processos de liquidação ou falência de empresa de transporte aéreo:
II - a quantia por que a União se haja obrigado, ainda que parceladamente, para
pagamento de aeronaves e produtos aeronáuticos, importados pela empresa de transporte
aéreo.
I - com a contribuição financeira da União, aval, fiança ou qualquer outra garantia desta ou
de seus agentes financeiros;
II - pagos no todo ou em parte pela União ou por cujo pagamento ela venha a ser
responsabilizada após o início do processo.
§ 1° A adjudicação de que trata este artigo será determinada pelo Juízo Federal, mediante
a comprovação, pela União, da ocorrência das hipóteses previstas nos itens I e II deste artigo.
§ 2° A quantia correspondente ao valor dos bens referidos neste artigo será deduzida do
montante do crédito da União, no processo de cobrança executiva, proposto pela União contra
a devedora, ou administrativamente, se não houver processo judicial.
Art. 191. Na expiração normal ou antecipada das atividades da empresa, a União terá o
direito de adquirir, diretamente, em sua totalidade ou em partes, as aeronaves, peças e
equipamentos, oficinas e instalações aeronáuticas, pelo valor de mercado.
SEÇÃO IV
Do Controle e Fiscalização dos Serviços Aéreos Públicos
Art. 192. Os acordos entre exploradores de serviços aéreos de transporte regular, que
impliquem em consórcio, pool, conexão, consolidação ou fusão de serviços ou interesses,
dependerão de prévia aprovação da autoridade aeronáutica.
Art. 193. Os serviços aéreos de transporte regular ficarão sujeitos às normas que o
Governo estabelecer para impedir a competição ruinosa e assegurar o seu melhor rendimento
econômico podendo, para esse fim, a autoridade aeronáutica, a qualquer tempo, modificar
freqüências, rotas, horários e tarifas de serviços e outras quaisquer condições da concessão ou
autorização.
Art. 194. As normas e condições para a exploração de serviços aéreos não regulares
(artigos 217 a 221) serão fixadas pela autoridade aeronáutica, visando a evitar a competição
desses serviços com os de transporte regular, e poderão ser alteradas quando necessário para
assegurar, em conjunto, melhor rendimento econômico dos serviços aéreos.
Parágrafo único. Poderá a autoridade aeronáutica exigir a prévia aprovação dos contratos
ou acordos firmados pelos empresários de serviços especializados (artigo 201), de serviço de
transporte aéreo regular ou não regular, e operadores de serviços privados ou desportivos
(artigos 15, § 2° e 178, § 2°), entre si, ou com terceiros.
Art. 195. Os serviços auxiliares serão regulados de conformidade com o disposto nos
artigos 102 a 104.
Art. 196. Toda pessoa, natural ou jurídica, que explorar serviços aéreos, deverá dispor de
adequadas estruturas técnicas de manutenção e de operação, próprias ou contratadas,
devidamente homologadas pela autoridade aeronáutica.
Art. 197. A fiscalização será exercida pelo pessoal que a autoridade aeronáutica
credenciar.
Art. 198. Além da escrituração exigida pela legislação em vigor, todas as empresas que
explorarem serviços aéreos deverão manter escrituração específica, que obedecerá a um plano
uniforme de contas, estabelecido pela autoridade aeronáutica.
Parágrafo único. A receita e a despesa de atividades afins ou subsidiárias não poderão ser
escrituradas na contabilidade dos serviços aéreos.
Art. 199. A autoridade aeronáutica poderá, quando julgar necessário, mandar proceder a
exame da contabilidade das empresas que explorarem serviços aéreos e dos respectivos
livros, registros e documentos.
Art. 200. Toda empresa nacional ou estrangeira de serviço de transporte aéreo público
regular obedecerá às tarifas aprovadas pela autoridade aeronáutica.
CAPÍTULO IV
Dos Serviços Aéreos Especializados
Art. 202. Obedecerão a regulamento especial os serviços aéreos que tenham por fim
proteger ou fomentar o desenvolvimento da agricultura em qualquer dos seus aspectos,
mediante o uso de fertilizantes, semeadura, combate a pragas, aplicação de inseticidas,
herbicidas, desfolhadores, povoamento de águas, combate a incêndios em campos e florestas
e quaisquer outras aplicações técnicas e científicas aprovadas.
CAPÍTULO V
Do Transporte Aéreo Regular
SEÇÃO I
Do Transporte Aéreo Regular Internacional
Art. 203. Os serviços de transporte aéreo público internacional podem ser realizados por
empresas nacionais ou estrangeiras.
§ 2° A designação de que trata este artigo far-se-á com o objetivo de assegurar o melhor
rendimento econômico no mercado internacional, estimular o turismo receptivo, contribuir para
o maior intercâmbio político, econômico e cultural.
Art. 205. Para operar no Brasil, a empresa estrangeira de transporte aéreo deverá:
Art. 206. O pedido de autorização para funcionamento no País será instruído com os
seguintes documentos:
III - relação de acionistas ou detentores de seu capital, com a indicação, quando houver,
do nome, profissão e domicílio de cada um e número de ações ou quotas de participação,
conforme a natureza da sociedade;
Art. 207. As condições que o Governo Federal achar conveniente estabelecer em defesa
dos interesses nacionais constarão de termo de aceitação assinado pela empresa requerente e
integrarão o decreto de autorização.
Parágrafo único. Um exemplar do órgão oficial que tiver feito a publicação do decreto e de
todos os documentos que o instruem será arquivado no Registro de Comércio da localidade
onde vier a ser situado o estabelecimento principal da empresa, juntamente com a prova do
depósito, em dinheiro, da parte do capital destinado às operações no Brasil.
Art. 208. As empresas estrangeiras autorizadas a funcionar no País são obrigadas a ter
permanentemente representante no Brasil, com plenos poderes para tratar de quaisquer
assuntos e resolvê-los definitivamente, inclusive para o efeito de ser demandado e receber
citações iniciais pela empresa.
Art. 209. Qualquer alteração que a empresa estrangeira fizer em seu estatuto ou atos
constitutivos dependerá de aprovação do Governo Federal para produzir efeitos no Brasil.
Art. 210. A autorização à empresa estrangeira para funcionar no Brasil, de que trata o
artigo 206, poderá ser cassada:
I - em caso de falência;
Art. 211. A substituição da empresa estrangeira que deixar de funcionar no Brasil ficará na
dependência de comprovação, perante a autoridade aeronáutica, do cumprimento das
obrigações a que estava sujeita no País, salvo se forem assumidas pela nova empresa
designada.
Art. 212. A empresa estrangeira, designada pelo governo de seu país e autorizada a
funcionar no Brasil, deverá obter a autorização para iniciar, em caráter definitivo, os serviços
aéreos internacionais, apresentando à autoridade aeronáutica:
b) as tarifas que pretende aplicar entre pontos de escala no Brasil e as demais escalas de
seu serviço no exterior;
Art. 213. Toda modificação que envolva equipamento, horário, freqüência e escalas no
Território Nacional, bem assim a suspensão provisória ou definitiva dos serviços e o
restabelecimento de escalas autorizadas, dependerá de autorização da autoridade aeronáutica,
se não for estabelecido de modo diferente em Acordo Bilateral.
Da Autorização de Agência de Empresa Estrangeira que Não Opere Serviços Aéreos no Brasil
Art. 214. As empresas estrangeiras de transporte aéreo que não operem no Brasil não
poderão funcionar no Território Nacional ou nele manter agência, sucursal, filial, gerência,
representação ou escritório, salvo se possuírem autorização para a venda de bilhete de
passagem ou de carga, concedida por autoridade competente.
§ 1° A autorização de que trata este artigo estará sujeita às normas e condições que forem
estabelecidas pelo Ministério da Aeronáutica.
§ 2° Não será outorgada autorização a empresa cujo país de origem não assegure
reciprocidade de tratamento às congêneres brasileiras.
SEÇÃO II
Do Transporte Doméstico
Art. 215. Considera-se doméstico e é regido por este Código, todo transporte em que os
pontos de partida, intermediários e de destino estejam situados em Território Nacional.
Parágrafo único. O transporte não perderá esse caráter se, por motivo de força maior, a
aeronave fizer escala em território estrangeiro, estando, porém, em território brasileiro os seus
pontos de partida e destino.
Art. 216. Os serviços aéreos de transporte público doméstico são reservados às pessoas
jurídicas brasileiras.
CAPÍTULO VI
Dos Serviços de Transporte Aéreo Não Regular
Art. 217. Para a prestação de serviços aéreos não regulares de transporte de passageiro,
carga ou mala postal, é necessária autorização de funcionamento do Poder Executivo, a qual
será intransferível, podendo estender-se por período de 5 (cinco) anos, renovável por igual
prazo.
III - que dispõe de aeronaves adequadas, pessoal técnico habilitado e estruturas técnicas
de manutenção, próprias ou contratadas;
Art. 219. Além da autorização de funcionamento, de que tratam os artigos 217 e 218, os
serviços de transporte aéreo não regular entre pontos situados no País, ou entre ponto no
Território Nacional e outro em país estrangeiro, sujeitam-se à permissão correspondente.
TÍTULO VII
Do Contrato de Transporte Aéreo
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Parágrafo único. O empresário, como transportador, pode ser pessoa física ou jurídica,
proprietário ou explorador da aeronave.
Art. 223. Considera-se que existe um só contrato de transporte, quando ajustado num
único ato jurídico, por meio de um ou mais bilhetes de passagem, ainda que executado,
sucessivamente, por mais de um transportador.
CAPÍTULO II
Do Contrato de Transporte de Passageiro
SEÇÃO I
Do Bilhete de Passagem
Art. 228. O bilhete de passagem terá a validade de 1 (um) ano, a partir da data de sua
emissão.
Art. 230. Em caso de atraso da partida por mais de 4 (quatro) horas, o transportador
providenciará o embarque do passageiro, em vôo que ofereça serviço equivalente para o
mesmo destino, se houver, ou restituirá, de imediato, se o passageiro o preferir, o valor do
bilhete de passagem.
Art. 231. Quando o transporte sofrer interrupção ou atraso em aeroporto de escala por
período superior a 4 (quatro) horas, qualquer que seja o motivo, o passageiro poderá optar pelo
endosso do bilhete de passagem ou pela imediata devolução do preço.
Art. 232. A pessoa transportada deve sujeitar-se às normas legais constantes do bilhete
ou afixadas à vista dos usuários, abstendo-se de ato que cause incômodo ou prejuízo aos
passageiros, danifique a aeronave, impeça ou dificulte a execução normal do serviço.
SEÇÃO II
Da Nota de Bagagem
§ 2° Poderá o transportador verificar o conteúdo dos volumes sempre que haja valor
declarado pelo passageiro.
CAPÍTULO III
Do Contrato de Transporte Aéreo de Carga
VI - a natureza da carga;
Art. 236. O conhecimento aéreo será feito em 3 (três) vias originais e entregue pelo
expedidor com a carga.
§ 3° A 3ª via será assinada pelo transportador e por ele entregue ao expedidor, após
aceita a carga.
Art. 238. Quando houver mais de um volume, o transportador poderá exigir do expedidor
conhecimentos aéreos distintos.
Art. 239. Sem prejuízo da responsabilidade penal, o expedidor responde pela exatidão das
indicações e declarações constantes do conhecimento aéreo e pelo dano que, em
conseqüência de suas declarações ou indicações irregulares, inexatas ou incompletas, vier a
sofrer o transportador ou qualquer outra pessoa.
Art. 240. O conhecimento faz presumir, até prova em contrário, a conclusão do contrato, o
recebimento da carga e as condições do transporte.
§ 2° Transcorrido o prazo estipulado no último aviso, sem que a carga tenha sido retirada,
o transportador a entregará ao depósito público por conta e risco do expedidor, ou, a seu
critério, ao leiloeiro, para proceder à venda em leilão público e depositar o produto líquido no
Banco do Brasil S/A., à disposição do proprietário, deduzidas as despesas de frete, seguro e
encargos da venda.
§ 2° O protesto por avaria será feito dentro do prazo de 7 (sete) dias a contar do
recebimento.
§ 3° O protesto por atraso será feito dentro do prazo de 15 (quinze) dias a contar da data
em que a carga haja sido posta à disposição do destinatário.
§ 4° Em falta de protesto, qualquer ação somente será admitida se fundada em dolo do
transportador.
TÍTULO VIII
Da Responsabilidade Civil
CAPÍTULO I
Da Responsabilidade Contratual
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 246. A responsabilidade do transportador (artigos 123, 124 e 222, Parágrafo único),
por danos ocorridos durante a execução do contrato de transporte (artigos 233, 234, § 1°, 245),
está sujeita aos limites estabelecidos neste Título (artigos 257, 260, 262, 269 e 277).
Art. 248. Os limites de indenização, previstos neste Capítulo, não se aplicam se for
provado que o dano resultou de dolo ou culpa grave do transportador ou de seus prepostos.
§ 1° Para os efeitos deste artigo, ocorre o dolo ou culpa grave quando o transportador ou
seus prepostos quiseram o resultado ou assumiram o risco de produzi-lo.
§ 2° O demandante deverá provar, no caso de dolo ou culpa grave dos prepostos, que
estes atuavam no exercício de suas funções.
§ 3° A sentença, no Juízo Criminal, com trânsito em julgado, que haja decidido sobre a
existência do ato doloso ou culposo e sua autoria, será prova suficiente.
Art. 249. Não serão computados nos limites estabelecidos neste Capítulo, honorários e
despesas judiciais.
Parágrafo único. Fica ressalvada a discussão entre aquele que pagou e os demais
responsáveis pelo pagamento.
Art. 251. Na fixação de responsabilidade do transportador por danos a pessoas, carga,
equipamento ou instalações postos a bordo da aeronave aplicam-se os limites dos dispositivos
deste Capítulo, caso não existam no contrato outras limitações.
SEÇÃO II
Do Procedimento Extrajudicial
Art. 252. No prazo de 30 (trinta) dias, a partir das datas previstas no artigo 317, I, II, III e
IV, deste Código, o interessado deverá habilitar-se ao recebimento da respectiva indenização.
Art. 253. Nos 30 (trinta) dias seguintes ao término do prazo previsto no artigo anterior, o
responsável deverá efetuar aos habilitados os respectivos pagamentos com recursos próprios
ou com os provenientes do seguro (artigo 250).
Art. 254. Para os que não se habilitarem tempestivamente ou cujo processo esteja na
dependência de cumprimento, pelo interessado, de exigências legais, o pagamento a que se
refere o artigo anterior deve ocorrer nos 30 (trinta) dias seguintes à satisfação daquelas.
Art. 255. Esgotado o prazo a que se referem os artigos 253 e 254, se não houver o
responsável ou a seguradora efetuado o pagamento, poderá o interessado promover,
judicialmente, pelo procedimento sumaríssimo (artigo 275, II, letra e, do CPC), a reparação do
dano.
SEÇÃO III
Da Responsabilidade por Dano a Passageiro
§ 1° Poderá ser fixado limite maior mediante pacto acessório entre o transportador e o
passageiro.
§ 2° Na indenização que for fixada em forma de renda, o capital par a sua constituição não
poderá exceder o maior valor previsto neste artigo.
Art. 258. No caso de transportes sucessivos, o passageiro ou seu sucessor só terá ação
contra o transportador que haja efetuado o transporte no curso do qual ocorrer o acidente ou o
atraso.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo se, por estipulação expressa, o
primeiro transportador assumir a responsabilidade por todo o percurso do transporte
contratado.
Art. 259. Quando o transporte aéreo for contratado com um transportador e executado por
outro, o passageiro ou sucessores poderão demandar tanto o transportador contratual como o
transportador de fato, respondendo ambos solidariamente.
SEÇÃO IV
Da Responsabilidade por Danos à Bagagem
Art. 261. Aplica-se, no que couber, o que está disposto na seção relativa à
responsabilidade por danos à carga aérea (artigos 262 a 266).
SEÇÃO V
Da Responsabilidade por Danos à Carga
Art. 262. No caso de atraso, perda, destruição ou avaria de carga, ocorrida durante a
execução do contrato do transporte aéreo, a responsabilidade do transportador limita-se ao
valor correspondente a 3 (três) Obrigações do Tesouro Nacional - OTN por quilo, salvo
declaração especial de valor feita pelo expedidor e mediante o pagamento de taxa
suplementar, se for o caso (artigos 239, 241 e 244).
Art. 263. Quando para a execução do contrato de transporte aéreo for usado outro meio
de transporte, e houver dúvida sobre onde ocorreu o dano, a responsabilidade do transportador
será regida por este Código (artigo 245 e Parágrafo único).
I - que o atraso na entrega da carga foi causado por determinação expressa de autoridade
aeronáutica do vôo, ou por fato necessário, cujos efeitos não era possível prever, evitar ou
impedir;
Art. 266. Poderá o expedidor propor ação contra o primeiro transportador e contra aquele
que haja efetuado o transporte, durante o qual ocorreu o dano, e o destinatário contra este e
contra o último transportador.
CAPÍTULO II
Da Responsabilidade por Danos em Serviços Aéreos Gratuitos
Art. 267. Quando não houver contrato de transporte (artigos 222 a 245), a
responsabilidade civil por danos ocorridos durante a execução dos serviços aéreos obedecerá
ao seguinte:
I - no serviço aéreo privado (artigos 177 a 179), o proprietário da aeronave responde por
danos ao pessoal técnico a bordo e às pessoas e bens na superfície, nos limites previstos,
respectivamente, nos artigos 257 e 269 deste Código, devendo contratar seguro
correspondente (artigo 178, §§ 1° e 2°);
III - no transporte gratuito realizado pelo Correio Aéreo Nacional, não haverá indenização
por danos à pessoa ou bagagem a bordo, salvo se houver comprovação de culpa ou dolo dos
operadores da aeronave.
CAPÍTULO III
Da Responsabilidade para com Terceiros na Superfície
III - a aeronave era operada por terceiro, não preposto nem dependente, que iludiu a
razoável vigilância exercida sobre o aparelho;
IV - houve culpa exclusiva do prejudicado.
§ 4° Tratando-se de aeronave mais leve que o ar, planador ou asa voadora, considera-se
em vôo desde o momento em que se desprende da superfície até aquele em que a ela
novamente retorne.
Parágrafo único. Entende-se por peso da aeronave o autorizado para decolagem pelo
certificado de aeronavegabilidade ou documento equivalente.
Art. 270. O explorador da aeronave pagará aos prejudicados habilitados 30% (trinta por
cento) da quantia máxima, a que estará obrigado, nos termos do artigo anterior, dentro de 60
(sessenta) dias a partir da ocorrência do fato (artigos 252 e 253).
§ 2° O saldo de 70% (setenta por cento) será rateado entre todos os prejudicados
habilitados, quando após o decurso de 90 (noventa) dias do fato, não pender qualquer
processo de habilitação ou ação de reparação do dano (artigos 254 e 255).
Art. 271. Quando a importância total das indenizações fixadas exceder ao limite de
responsabilidade estabelecido neste Capítulo, serão aplicadas as regras seguintes:
Art. 272. Nenhum efeito terão os dispositivos deste Capítulo sobre o limite de
responsabilidade quando:
II - seja o dano causado pela aeronave no solo e com seus motores parados;
III - o dano seja causado a terceiros na superfície, por quem esteja operando ilegal ou
ilegitimamente a aeronave.
CAPÍTULO IV
Da Responsabilidade por Abalroamento
Art. 274. A responsabilidade pela reparação dos danos resultantes do abalroamento cabe
ao explorador ou proprietário da aeronave causadora, quer a utilize pessoalmente, quer por
preposto.
I - aos limites fixados nos artigos 257, 260 e 262, relativos a pessoas e coisas a bordo,
elevados ao dobro;
Art. 279. O explorador de cada aeronave será responsável, nas condições e limites
previstos neste Código, pelos danos causados:
Parágrafo único. A pessoa que sofrer danos, ou os seus beneficiários, terão direito a ser
indenizados, até a soma dos limites correspondentes a cada uma das aeronaves, mas nenhum
explorador será responsável por soma que exceda os limites aplicáveis às suas aeronaves,
salvo se sua responsabilidade for ilimitada, por ter sido provado que o dano foi causado por
dolo ou culpa grave (§ 1° do artigo 248).
CAPÍTULO V
Da Responsabilidade do Construtor Aeronáutico e das Entidades de Infra-Estrutura Aeronáutica
Art. 280. Aplicam-se, conforme o caso, os limites estabelecidos nos artigos 257, 260, 262,
269 e 277, à eventual responsabilidade:
CAPÍTULO VI
Da Garantia de Responsabilidade
Art. 281. Todo explorador é obrigado a contratar o seguro para garantir eventual
indenização de riscos futuros em relação:
I - aos danos previstos neste Título, com os limites de responsabilidade civil nele
estabelecidos (artigos 257, 260, 262, 269 e 277) ou contratados (§ 1° do artigo 257 e parágrafo
único do artigo 262);
II - aos tripulantes e viajantes gratuitos equiparados, para este efeito, aos passageiros
(artigo 256, § 2°);
III - ao pessoal técnico a bordo e às pessoas e bens na superfície, nos serviços aéreos
privados (artigo 178, § 2°, e artigo 267, I);
IV - ao valor da aeronave.
Art. 284. Os seguros obrigatórios, cuja expiração ocorrer após o inicio do vôo,
consideram-se prorrogados até o seu término.
Art. 285. Sob pena de nulidade da cláusula, nas apólices de seguro de vida ou de seguro
de acidente, não poderá haver exclusão de riscos resultantes do transporte aéreo.
Art. 286. Aquele que tiver direito à reparação do dano poderá exercer, nos limites da
indenização que lhe couber, direito próprio sobre a garantia prestada pelo responsável (artigos
250 e 281, Parágrafo único).
CAPÍTULO VII
Da Responsabilidade Civil no Transporte Aéreo Internacional
Art. 287. Para efeito de limite de responsabilidade civil no transporte aéreo internacional,
as quantias estabelecidas nas Convenções Internacionais de que o Brasil faça parte serão
convertidas em moeda nacional, na forma de regulamento expedido pelo Poder Executivo.
TÍTULO IX
Das Infrações e Providências Administrativas
CAPÍTULO I
Dos Órgãos Administrativos Competentes
Art. 288. O Poder Executivo criará órgão com a finalidade de apuração e julgamento das
infrações previstas neste Código e na legislação complementar, especialmente as relativas a
tarifas e condições de transporte, bem como de conhecimento dos respectivos recursos.
(Vetado).
CAPÍTULO II
Das Providências Administrativas
I - multa;
II - suspensão de certificados, licenças, concessões ou autorizações;
Art. 290. A autoridade aeronáutica poderá requisitar o auxílio da força policial para obter a
detenção dos presumidos infratores ou da aeronave que ponha em perigo a segurança pública,
pessoas ou coisas, nos limites do que dispõe este Código.
Art. 291. Toda vez que se verifique a ocorrência de infração prevista neste Código ou na
legislação complementar, a autoridade aeronáutica lavrará o respectivo auto, remetendo-o à
autoridade ou ao órgão competente para a apuração, julgamento ou providência administrativa
cabível.
Art. 295. A multa será imposta de acordo com a gravidade da infração, podendo ser
acrescida da suspensão de qualquer dos certificados ou da autorização ou permissão.
Art. 296. A suspensão será aplicada para período não superior a 180 (cento e oitenta)
dias, podendo ser prorrogada uma vez por igual período.
Art. 297. A pessoa jurídica empregadora responderá solidariamente com seus prepostos,
agentes, empregados ou intermediários, pelas infrações por eles cometidas no exercício das
respectivas funções.
Art. 298. A empresa estrangeira de transporte aéreo que opere no País será sujeita à
multa e, na hipótese de reincidência, à suspensão ou cassação da autorização de
funcionamento no caso de não atender:
d) tripulação ou carga;
e) despacho;
f) imigração;
g) alfândega;
h) higiene;
i) saúde.
CAPÍTULO III
Das Infrações
Art. 299. Será aplicada multa de (vetado) ate 1.000 (mil) valores de referência, ou de
suspensão ou cassação de quaisquer certificados de matrícula, habilitação, concessão,
autorização, permissão ou homologação expedidos segundo as regras deste Código, nos
seguintes casos:
Art. 301. A suspensão poderá ser por prazo até 180 (cento e oitenta) dias, prorrogáveis
por igual período.
Art. 302. A multa será aplicada pela prática das seguintes infrações:
d) utilizar ou empregar aeronave sem os documentos exigidos ou sem que estes estejam
em vigor;
i) manter aeronave estrangeira em Território Nacional sem autorização ou sem que esta
haja sido revalidada;
o) realizar vôo com peso de decolagem ou número de passageiros acima dos máximos
estabelecidos;
p) realizar vôo com equipamento para levantamento aerofotogramétrico, sem autorização
do órgão competente;
s) realizar vôo por instrumentos com aeronave não homologada para esse tipo de
operação;
u) realizar vôo solo para treinamento de navegação sendo aluno ainda não habilitado para
tal;
p) exceder, fora dos casos previstos em lei, os limites de horas de trabalho ou de vôo;
f) explorar qualquer modalidade de serviço aéreo para a qual não esteja devidamente
autorizada;
i) ceder ou transferir ações ou partes de seu capital social, com direito a voto, sem
consentimento expresso da autoridade aeronáutica, quando necessário (artigo 180);
p) deixar de transportar passageiro com bilhete marcado ou com reserva confirmada ou,
de qualquer forma, descumprir o contrato de transporte;
t) efetuar troca de transporte por serviços ou utilidades, fora dos casos permitidos;
u) infringir as Condições Gerais de Transporte, bem como as demais normas que dispõem
sobre os serviços aéreos;
w) deixar de apresentar nos prazos previstos o Resumo Geral dos resultados econômicos
e estatísticos, o Balanço e a Demonstração de lucros e perdas;
x) deixar de requerer dentro do prazo previsto a inscrição de atos exigidos pelo Registro
Aeronáutico Brasileiro;
c) alterar projeto de tipo aprovado, da aeronave ou de outro produto aeronáutico, sem que
a modificação tenha sido homologada pela autoridade aeronáutica;
f) construir campo de pouso sem licença, utilizar campo de pouso sem condições
regulamentares de uso, ou deixar de promover o registro de campo de pouso;
CAPÍTULO IV
Da Detenção, Interdição e Apreensão de Aeronave
Art. 303. A aeronave poderá ser detida por autoridades aeronáuticas, fazendárias ou da
Polícia Federal, nos seguintes casos:
IV - para verificação de sua carga no caso de restrição legal (artigo 21) ou de porte
proibido de equipamento (parágrafo único do artigo 21);
§ 3° A autoridade mencionada no § 1° responderá por seus atos quando agir com excesso
de poder ou com espírito emulatório. (Renumerado do § 2° para § 3º com nova redação pela
Lei nº 9.614, de 1998) (Regulamento)
Art. 304. Quando, no caso do item IV, do artigo anterior, for constatada a existência de
material proibido, explosivo ou apetrechos de guerra, sem autorização, ou contrariando os
termos da que foi outorgada, pondo em risco a segurança pública ou a paz entre as Nações, a
autoridade aeronáutica poderá reter o material de que trata este artigo e liberar a aeronave se,
por força de lei, não houver necessidade de apreendê-la.
I - nos casos do artigo 302, I, alíneas a até n; II, alíneas c, d, g e j; III, alíneas a, e, f e g; e
V, alíneas a a e;
§ 1° Efetuada a interdição, será lavrado o respectivo auto, assinado pela autoridade que a
realizou e pelo responsável pela aeronave.
Art. 306. A aeronave interditada não será impedida de funcionar, para efeito de
manutenção.
Art. 307. A autoridade aeronáutica poderá interditar a aeronave, por prazo não superior a
15 (quinze) dias, mediante requisição da autoridade aduaneira, de Polícia ou de saúde.
Parágrafo único. A requisição deverá ser motivada, de modo a demonstrar justo receio de
que haja lesão grave e de difícil reparação a direitos do Poder Público ou de terceiros; ou que
haja perigo à ordem pública, à saúde ou às instituições.
Art. 311. Em qualquer dos casos previstos neste Capítulo, o proprietário ou explorador da
aeronave não terá direito à indenização.
CAPÍTULO V
Da Custódia e Guarda de Aeronave
§ 3° No caso do parágrafo anterior, caberá ação regressiva contra o Poder Público cuja
autoridade houver agido com excesso de poder ou com espírito emulatório.
§ 1° Se, no prazo estabelecido neste artigo não for autorizada a entrega da aeronave, a
autoridade aeronáutica poderá efetuar a venda pública pelo valor correspondente, para ocorrer
às despesas com o depósito.
§ 2° Não havendo licitante ou na hipótese de ser o valor apurado com a venda inferior ao
da dívida, a aeronave será adjudicada ao Ministério da Aeronáutica, procedendo-se ao
respectivo assentamento no Registro Aeronáutico Brasileiro - RAB.
TÍTULO X
Dos Prazos Extintivos
Art. 316. Prescreve em 6 (seis) meses, contados da tradição da aeronave, a ação para
haver abatimento do preço da aeronave adquirida com vício oculto, ou para rescindir o contrato
e reaver o preço pago, acrescido de perdas e danos.
III - por danos emergentes no caso de abalroamento a partir da data da ocorrência do fato;
IX - do segurado contra o segurador, contado o prazo do dia em que ocorreu o fato, cujo
risco estava garantido pelo seguro (artigo 281);
Art. 318. Se o interessado provar que não teve conhecimento do dano ou da identidade do
responsável, o prazo começará a correr da data em que tiver conhecimento, mas não poderá
ultrapassar de 3 (três) anos a partir do evento.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica aos prazos definidos no
Código Tributário Nacional.
Parágrafo único. Ao término do prazo de 2 (dois) anos, a partir do primeiro ato, qualquer
interessado ou membro do Ministério Público, poderá requerer a imediata venda dos bens em
leilão público e o rateio do produto entre os credores, observadas as preferências e privilégios
especiais.
Art. 321. O explorador de serviços aéreos públicos é obrigado a conservar, pelo prazo de
5 (cinco) anos, os documentos de transporte aéreo ou de outros serviços aéreos.
TÍTULO XI
Disposições Finais e Transitórias
Art. 322. Fica autorizado o Ministério da Aeronáutica a instalar uma Junta de Julgamento
da Aeronáutica com a competência de julgar, administrativamente, as infrações e demais
questões dispostas neste Código, e mencionadas no seu artigo 1°, (vetado).
§ 1° (vetado).
§ 2° (vetado).
§ 3° (vetado).
JOSÉ SARNEY
Octávio Júlio Moreira Lima
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I
Dos Princípios
Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos
pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as
sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste
entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de
vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a
denominação utilizada.
II - produzidos no País;
§ 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu
procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
IV - custo adicional dos produtos e serviços; e (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 9o As disposições contidas nos §§ 5o e 7o deste artigo não se aplicam aos bens e aos
serviços cuja capacidade de produção ou prestação no País seja inferior: (Incluído pela Lei nº
12.349, de 2010)
Art. 4o Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a que
se refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento
estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde
que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo
formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública.
Art. 5o Todos os valores, preços e custos utilizados nas licitações terão como expressão
monetária a moeda corrente nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo cada
unidade da Administração, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de bens,
locações, realização de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte diferenciada
de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando
presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade
competente, devidamente publicada.
§ 1o Os créditos a que se refere este artigo terão seus valores corrigidos por critérios
previstos no ato convocatório e que lhes preservem o valor.
§ 2o A correção de que trata o parágrafo anterior cujo pagamento será feito junto com o
principal, correrá à conta das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos créditos a
que se referem. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 3o Observados o disposto no caput, os pagamentos decorrentes de despesas cujos
valores não ultrapassem o limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do que dispõe
seu parágrafo único, deverão ser efetuados no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados da
apresentação da fatura. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
Seção II
Das Definições
III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou
parceladamente;
V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo valor estimado seja superior
a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido na alínea "c" do inciso I do art. 23 desta Lei;
VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos
próprios meios;
VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer
dos seguintes regimes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por
preço certo e total;
d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com
ou sem fornecimento de materiais;
XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da Administração Pública, sendo para
a União o Diário Oficial da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, o que
for definido nas respectivas leis; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Seção III
Das Obras e Serviços
I - projeto básico;
II - projeto executivo;
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame
dos interessados em participar do processo licitatório;
§ 9o O disposto neste artigo aplica-se também, no que couber, aos casos de dispensa e
de inexigibilidade de licitação.
Art. 8o A execução das obras e dos serviços deve programar-se, sempre, em sua
totalidade, previstos seus custos atual e final e considerados os prazos de sua execução.
§ 2o O disposto neste artigo não impede a licitação ou contratação de obra ou serviço que
inclua a elaboração de projeto executivo como encargo do contratado ou pelo preço
previamente fixado pela Administração.
Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas seguintes formas: (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I - execução direta;
II - execução indireta, nos seguintes regimes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
d) tarefa;
e) empreitada integral.
Art. 11. As obras e serviços destinados aos mesmos fins terão projetos padronizados por
tipos, categorias ou classes, exceto quando o projeto-padrão não atender às condições
peculiares do local ou às exigências específicas do empreendimento.
Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão
considerados principalmente os seguintes requisitos: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
1994)
I - segurança;
Seção IV
Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais
especializados os trabalhos relativos a:
§ 2o Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-se, no que couber, o disposto no
art. 111 desta Lei.
Seção V
Das Compras
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e
indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e
responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.
§ 6o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do quadro geral em
razão de incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos casos de dispensa de licitação
previstos no inciso IX do art. 24. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Seção VI
Das Alienações
a) dação em pagamento;
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24
desta Lei;
d) investidura;
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação
de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma
de alienação;
§ 1o Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as
razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora,
vedada a sua alienação pelo beneficiário.
II - a pessoa natural que, nos termos da lei, regulamento ou ato normativo do órgão
competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e
exploração direta sobre área rural situada na Amazônia Legal, superior a 1 (um) módulo fiscal e
limitada a 15 (quinze) módulos fiscais, desde que não exceda 1.500ha (mil e quinhentos
hectares); (Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009)
§ 2o-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e
quinhentos hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite;
(Redação dada pela Lei nº 11.763, de 2008)
III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alínea
g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo. (Incluído
pela Lei nº 11.196, de 2005)
§ 3o Entende-se por investidura, para os fins desta lei: (Redação dada pela Lei nº 9.648,
de 1998)
II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de
imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas,
desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a
categoria de bens reversíveis ao final da concessão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á
à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 5% (cinco por cento) da
avaliação.
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da
autoridade competente, observadas as seguintes regras:
Capítulo II
Da Licitação
Seção I
Das Modalidades, Limites e Dispensa
Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada,
salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado.
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de
preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada,
deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: (Redação dada pela Lei nº
8.883, de 1994)
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da
Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou
totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais; (Redação dada pela
Lei nº 8.883, de 1994)
I - quarenta e cinco dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
a) concorrência, nos casos não especificados na alínea "b" do inciso anterior; (Incluída
pela Lei nº 8.883, de 1994)
b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço";
(Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)
III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea "b" do
inciso anterior, ou leilão; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
IV - cinco dias úteis para convite. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 4o Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o
texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
inqüestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
I - concorrência;
II - tomada de preços;
III - convite;
IV - concurso;
V - leilão.
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior
serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da
contratação:
I - para obras e serviços de engenharia: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº
9.648, de 1998)
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); (Redação
dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:(Redação dada pela Lei nº
9.648, de 1998)
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
1998)
§ 7o Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o
conjunto ou complexo, é permitida a cotação de quantidade inferior à demandada na licitação,
com vistas a ampliação da competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para
preservar a economia de escala. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto
na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma
obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que
possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
1998)
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na
alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei,
desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior
vulto que possa ser realizada de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou
normalizar o abastecimento;
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos
ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha
sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço
contratado seja compatível com o praticado no mercado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
1994)
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico
aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente
vantajosas para o Poder Público; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de
materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a
padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres,
mediante parecer de comissão instituída por decreto; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão
20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos,
sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na
forma da lei, como Agências Executivas. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art.
24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o
retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8 o desta Lei deverão ser comunicados,
dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial,
no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. (Redação dada pela Lei nº
11.107, de 2005)
Seção II
Da Habilitação
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente,
documentação relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
IV - regularidade fiscal.
Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistirá em:
I - cédula de identidade;
Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal, conforme o caso, consistirá em:
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio
ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;
§ 9o Entende-se por licitação de alta complexidade técnica aquela que envolva alta
especialização, como fator de extrema relevância para garantir a execução do objeto a ser
contratado, ou que possa comprometer a continuidade da prestação de serviços públicos
essenciais.
§ 4o Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumidos pelo licitante que
importem diminuição da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade financeira,
calculada esta em função do patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.
§ 3o A documentação referida neste artigo poderá ser substituída por registro cadastral
emitido por órgão ou entidade pública, desde que previsto no edital e o registro tenha sido feito
em obediência ao disposto nesta Lei.
III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 desta Lei por parte de cada
consorciado, admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de
cada consorciado, e, para efeito de qualificação econômico-financeira, o somatório dos valores
de cada consorciado, na proporção de sua respectiva participação, podendo a Administração
estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos
para licitante individual, inexigível este acréscimo para os consórcios compostos, em sua
totalidade, por micro e pequenas empresas assim definidas em lei;
Seção III
Dos Registros Cadastrais
Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública que
realizem freqüentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de habilitação, na
forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. (Regulamento)
Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, tendo-se em vista sua
especialização, subdivididas em grupos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada
pelos elementos constantes da documentação relacionada nos arts. 30 e 31 desta Lei.
§ 1o Aos inscritos será fornecido certificado, renovável sempre que atualizarem o registro.
Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou cancelado o registro do
inscrito que deixar de satisfazer as exigências do art. 27 desta Lei, ou as estabelecidas para
classificação cadastral.
Seção IV
Do Procedimento e Julgamento
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos,
convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica
da Administração. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de
licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto no art. 23,
inciso I, alínea "c" desta Lei, o processo licitatório será iniciado, obrigatoriamente, com uma
audiência pública concedida pela autoridade responsável com antecedência mínima de 15
(quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada, com a
antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos meios previstos
para a publicidade da licitação, à qual terão acesso e direito a todas as informações pertinentes
e a se manifestar todos os interessados.
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram-se licitações simultâneas aquelas
com objetos similares e com realização prevista para intervalos não superiores a trinta dias e
licitações sucessivas aquelas em que, também com objetos similares, o edital subseqüente
tenha uma data anterior a cento e vinte dias após o término do contrato resultante da licitação
antecedente. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da
repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação,
a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da
documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará,
obrigatoriamente, o seguinte:
VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que
serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições
para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;
a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do período
de adimplemento de cada parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do
período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento; (Redação dada
pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 1o O original do edital deverá ser datado, rubricado em todas as folhas e assinado pela
autoridade que o expedir, permanecendo no processo de licitação, e dele extraindo-se cópias
integrais ou resumidas, para sua divulgação e fornecimento aos interessados.
I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e
outros complementos;
§ 4o Nas compras para entrega imediata, assim entendidas aquelas com prazo de
entrega até trinta dias da data prevista para apresentação da proposta, poderão ser
dispensadas: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual
se acha estritamente vinculada.
§ 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade
na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data
fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e
responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o
do art. 113.
Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional, o edital deverá ajustar-se às diretrizes
da política monetária e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos competentes.
III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde
que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa,
ou após o julgamento dos recursos interpostos;
§ 6o Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo
decorrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o
responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios
previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente
nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
II - a de melhor técnica;
para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.
§ 6o Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão selecionadas tantas propostas quantas
necessárias até que se atinja a quantidade demandada na licitação. (Incluído pela Lei nº
9.648, de 1998)
Art. 46. Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados
exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na
elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia
consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e
projetos básicos e executivos, ressalvado o disposto no § 4o do artigo anterior. (Redação dada
pela Lei nº 8.883, de 1994)
IV - as propostas de preços serão devolvidas intactas aos licitantes que não forem
preliminarmente habilitados ou que não obtiverem a valorização mínima estabelecida para a
proposta técnica.
I - será feita a avaliação e a valorização das propostas de preços, de acordo com critérios
objetivos preestabelecidos no instrumento convocatório;
Art. 47. Nas licitações para a execução de obras e serviços, quando for adotada a
modalidade de execução de empreitada por preço global, a Administração deverá fornecer
obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e informações necessários para que
os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento do
objeto da licitação.
a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% (cinqüenta por cento) do
valor orçado pela administração, ou (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de
classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena
de nulidade.
Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou
cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por comissão permanente ou
especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores
qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração
responsáveis pela licitação.
§ 4o A investidura dos membros das Comissões permanentes não excederá a 1 (um) ano,
vedada a recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período
subseqüente.
§ 5o No caso de concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada
por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame,
servidores públicos ou não.
Art. 52. O concurso a que se refere o § 4o do art. 22 desta Lei deve ser precedido de
regulamento próprio, a ser obtido pelos interessados no local indicado no edital.
Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela
Administração, procedendo-se na forma da legislação pertinente.
§ 1o Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Administração para fixação
do preço mínimo de arrematação.
§ 3o Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito em até
vinte e quatro horas. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Seção I
Disposições Preliminares
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas
cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios
da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.
Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras,
serviços e compras.
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob
a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia
autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme
definido pelo Ministério da Fazenda; (Redação dada pela Lei nº 11.079, de 2004)
§ 2o A garantia a que se refere o caput deste artigo não excederá a cinco por cento do
valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalvado o
previsto no parágrafo 3o deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 5o Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos
quais o contratado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses
bens.
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos
respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde
que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua
duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e
condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; (Redação dada
pela Lei nº 9.648, de 1998)
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos
poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração.
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
Seção II
Da Formalização dos Contratos
Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as
quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato,
salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em
cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo
o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior
a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em
regime de adiantamento.
Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes,
a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da
dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas
contratuais.
§ 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que
couber:
§ 1o O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, quando
solicitado pela parte durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela
Administração.
Seção III
Da Alteração dos Contratos
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:
§ 7o (VETADO)
Seção IV
Da Execução dos Contratos
Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as
cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas conseqüências de
sua inexecução total ou parcial.
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra
ou serviço, para representá-lo na execução do contrato.
§ 3o O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo não poderá ser superior a
90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital.
Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes casos:
II - serviços profissionais;
III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alínea "a", desta Lei,
desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação
de funcionamento e produtividade.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento será feito mediante recibo.
Seção V
Da Inexecução e da Rescisão dos Contratos
Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as
conseqüências contratuais e as previstas em lei ou regulamento.
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo
superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da
ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo,
independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e
contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao
contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações
assumidas até que seja normalizada a situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução
de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais
naturais especificadas no projeto;
Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos
do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções
penais cabíveis. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)
I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos
incisos I a XII e XVII do artigo anterior;
II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde
que haja conveniência para a Administração;
§ 2o Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem
que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados
que houver sofrido, tendo ainda direito a:
I - devolução de garantia;
Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior acarreta as seguintes
conseqüências, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei:
IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à
Administração.
§ 1o A aplicação das medidas previstas nos incisos I e II deste artigo fica a critério da
Administração, que poderá dar continuidade à obra ou ao serviço por execução direta ou
indireta.
Seção I
Disposições Gerais
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos licitantes convocados nos
termos do art. 64, § 2o desta Lei, que não aceitarem a contratação, nas mesmas condições
propostas pelo primeiro adjudicatário, inclusive quanto ao prazo e preço.
Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem atos em desacordo com os preceitos
desta Lei ou visando a frustrar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas nesta
Lei e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal que seu
ato ensejar.
Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que simplesmente tentados, sujeitam os
seus autores, quando servidores públicos, além das sanções penais, à perda do cargo,
emprego, função ou mandato eletivo.
Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins desta Lei, aquele que exerce, mesmo
que transitoriamente ou sem remuneração, cargo, função ou emprego público.
§ 1o Equipara-se a servidor público, para os fins desta Lei, quem exerce cargo, emprego
ou função em entidade paraestatal, assim consideradas, além das fundações, empresas
públicas e sociedades de economia mista, as demais entidades sob controle, direto ou indireto,
do Poder Público.
§ 2o A pena imposta será acrescida da terça parte, quando os autores dos crimes
previstos nesta Lei forem ocupantes de cargo em comissão ou de função de confiança em
órgão da Administração direta, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista,
fundação pública, ou outra entidade controlada direta ou indiretamente pelo Poder Público.
Art. 85. As infrações penais previstas nesta Lei pertinem às licitações e aos contratos
celebrados pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios, e respectivas autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, e quaisquer outras
entidades sob seu controle direto ou indireto.
Seção II
Das Sanções Administrativas
§ 1o A multa a que alude este artigo não impede que a Administração rescinda
unilateralmente o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei.
§ 3o Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta,
responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos
eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a
prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I - advertência;
§ 1o Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta,
responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos
eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente.
§ 2o As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas
juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo
processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo anterior poderão também ser
aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em razão dos contratos regidos por esta Lei:
I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal
no recolhimento de quaisquer tributos;
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Administração em virtude
de atos ilícitos praticados.
Seção III
Dos Crimes e das Penas
Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de
observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:
Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o
caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem,
vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação:
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive
prorrogação contratual, em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos
celebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação ou
nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem
cronológica de sua exigibilidade, observado o disposto no art. 121 desta Lei: (Redação dada
pela Lei nº 8.883, de 1994)
Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
1994)
Art. 95. Afastar ou procura afastar licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude
ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou desiste de licitar, em razão
da vantagem oferecida.
Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação instaurada para aquisição ou
venda de bens ou mercadorias, ou contrato dela decorrente:
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, declarado inidôneo, venha a licitar
ou a contratar com a Administração.
Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta Lei consiste no pagamento de
quantia fixada na sentença e calculada em índices percentuais, cuja base corresponderá ao
valor da vantagem efetivamente obtida ou potencialmente auferível pelo agente.
§ 1o Os índices a que se refere este artigo não poderão ser inferiores a 2% (dois por
cento), nem superiores a 5% (cinco por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado com
dispensa ou inexigibilidade de licitação.
Seção IV
Do Processo e do Procedimento Judicial
Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada,
cabendo ao Ministério Público promovê-la.
Art. 101. Qualquer pessoa poderá provocar, para os efeitos desta Lei, a iniciativa do
Ministério Público, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e sua autoria, bem
como as circunstâncias em que se deu a ocorrência.
Art. 103. Será admitida ação penal privada subsidiária da pública, se esta não for
ajuizada no prazo legal, aplicando-se, no que couber, o disposto nos arts. 29 e 30 do Código de
Processo Penal.
Art. 104. Recebida a denúncia e citado o réu, terá este o prazo de 10 (dez) dias para
apresentação de defesa escrita, contado da data do seu interrogatório, podendo juntar
documentos, arrolar as testemunhas que tiver, em número não superior a 5 (cinco), e indicar as
demais provas que pretenda produzir.
Art. 108. No processamento e julgamento das infrações penais definidas nesta Lei, assim
como nos recursos e nas execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, subsidiariamente,
o Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal.
Capítulo V
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:
e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei; (Redação dada
pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 1o A intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas "a", "b", "c" e "e", deste artigo,
excluídos os relativos a advertência e multa de mora, e no inciso III, será feita mediante
publicação na imprensa oficial, salvo para os casos previstos nas alíneas "a" e "b", se
presentes os prepostos dos licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando poderá ser
feita por comunicação direta aos interessados e lavrada em ata.
§ 2o O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo terá efeito
suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de
interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.
§ 3o Interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes, que poderão impugná-
lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
§ 4o O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato
recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, nesse
mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, devendo, neste caso, a decisão ser
proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso, sob pena
de responsabilidade.
§ 5o Nenhum prazo de recurso, representação ou pedido de reconsideração se inicia ou
corre sem que os autos do processo estejam com vista franqueada ao interessado.
Capítulo VI
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 110. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta Lei, excluir-se-á o dia do início e
incluir-se-á o do vencimento, e considerar-se-ão os dias consecutivos, exceto quando for
explicitamente disposto em contrário.
Art. 112. Quando o objeto do contrato interessar a mais de uma entidade pública, caberá
ao órgão contratante, perante a entidade interessada, responder pela sua boa execução,
fiscalização e pagamento.
Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos
regidos por esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação
pertinente, ficando os órgãos interessados da Administração responsáveis pela demonstração
da legalidade e regularidade da despesa e execução, nos termos da Constituição e sem
prejuízo do sistema de controle interno nela previsto.
Art. 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a pré-qualificação de licitantes nas
concorrências, a ser procedida sempre que o objeto da licitação recomende análise mais detida
da qualificação técnica dos interessados.
§ 1o A adoção do procedimento de pré-qualificação será feita mediante proposta da
autoridade competente, aprovada pela imediatamente superior.
Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo, após aprovação da autoridade
competente, deverão ser publicadas na imprensa oficial.
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos,
ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.
V - cronograma de desembolso;
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas
ou fases programadas;
III - quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partícipe
repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno.
§ 4o Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão obrigatoriamente aplicados
em cadernetas de poupança de instituição financeira oficial se a previsão de seu uso for igual
ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de
mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos
verificar-se em prazos menores que um mês.
Art. 117. As obras, serviços, compras e alienações realizados pelos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário e do Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta Lei, no que
couber, nas três esferas administrativas.
Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder
Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite
superior a variação geral dos preços do mercado, no período. (Redação dada pela Lei nº 9.648,
de 1998)
Art. 121. O disposto nesta Lei não se aplica às licitações instauradas e aos contratos
assinados anteriormente à sua vigência, ressalvado o disposto no art. 57, nos parágrafos 1o, 2o
e 8o do art. 65, no inciso XV do art. 78, bem assim o disposto no "caput" do art. 5 o, com relação
ao pagamento das obrigações na ordem cronológica, podendo esta ser observada, no prazo de
noventa dias contados da vigência desta Lei, separadamente para as obrigações relativas aos
contratos regidos por legislação anterior à Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993. (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 125. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. (Renumerado por força do
disposto no art. 3º da Lei nº 8.883, de 1994)
ITAMAR FRANCO
Rubens Ricupero
Romildo Canhim
Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na
modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste
artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos
pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
Art. 2º (VETADO)
III - dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições referidas no inciso I
deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem
como o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade promotora da licitação, dos bens ou
serviços a serem licitados; e
§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de
cargo efetivo ou emprego da administração, preferencialmente pertencentes ao quadro
permanente do órgão ou entidade promotora do evento.
Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e
observará as seguintes regras:
III - do edital constarão todos os elementos definidos na forma do inciso I do art. 3º, as
normas que disciplinarem o procedimento e a minuta do contrato, quando for o caso;
VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com
preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e
sucessivos, até a proclamação do vencedor;
IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior,
poderão os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances
verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos;
X - para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço,
observados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros
mínimos de desempenho e qualidade definidos no edital;
XIII - a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em situação regular
perante a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
- FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, com a comprovação de que
atende às exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica e
econômico-financeira;
XVII - nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pregoeiro poderá negociar
diretamente com o proponente para que seja obtido preço melhor;
I - garantia de proposta;
Art. 6º O prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, se outro não estiver
fixado no edital.
Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o
contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar
o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na
execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido
de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será
descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o
inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas
previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.
Art. 10. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória nº 2.182-
18, de 23 de agosto de 2001.
Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços comuns, no âmbito da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de registro de
preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, poderão adotar a
modalidade de pregão, conforme regulamento específico.
II - quando o quantitativo total estimado para a contratação ou fornecimento não puder ser
atendido pelo licitante vencedor, admitir-se-á a convocação de tantos licitantes quantos forem
necessários para o atingimento da totalidade do quantitativo, respeitada a ordem de
classificação, desde que os referidos licitantes aceitem praticar o mesmo preço da proposta
vencedora.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da
Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.
§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o
exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as
decisões proferidas;
III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto
de consideração pelo órgão competente;
CAPÍTULO III
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
CAPÍTULO IV
DO INÍCIO DO PROCESSO
Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação
oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:
CAPÍTULO V
DOS INTERESSADOS
Art. 9o São legitimados como interessados no processo administrativo:
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam
ser afetados pela decisão a ser adotada;
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos,
ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.
CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi
atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
CAPÍTULO VII
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à
autoridade competente, abstendo-se de atuar.
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima
ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges,
companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem
efeito suspensivo.
CAPÍTULO VIII
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão
quando a lei expressamente a exigir.
§ 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o
local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de
funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.
Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo
adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à
Administração.
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável
pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco
dias, salvo motivo de força maior.
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante
comprovada justificação.
CAPÍTULO IX
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará
a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências.
II - finalidade da intimação;
§ 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de
recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado.
§ 5o As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais,
mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o
interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e
atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.
CAPÍTULO X
DA INSTRUÇÃO
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados
necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão
responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações
probatórias.
§ 1o O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à
decisão do processo.
Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos.
Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão
competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para
manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte
interessada.
§ 1o A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de
que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para
oferecimento de alegações escritas.
Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever
atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei.
Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em
documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão
administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos
documentos ou das respectivas cópias.
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar
documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações
referentes à matéria objeto do processo.
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá
ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada
necessidade de maior prazo.
Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos
técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o
órgão responsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de
qualificação e capacidade técnica equivalentes.
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar
providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias
reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de
terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem.
Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará
relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta
de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo à autoridade competente.
CAPÍTULO XI
DO DEVER DE DECIDIR
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos
administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico
que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos
interessados.
CAPÍTULO XIII
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua
finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato
superveniente.
CAPÍTULO XIV
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados
pela própria Administração.
CAPÍTULO XV
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de
mérito.
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas,
salvo disposição legal diversa.
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de
recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
§ 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no
prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente.
§ 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual período,
ante justificativa explícita.
Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor
os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar
convenientes.
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os
demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações.
I - fora do prazo;
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou
revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência.
Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada em violação de
enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão
competente para o julgamento do recurso, que deverão adequar as futuras decisões
administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas esferas
cível, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006).
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias
relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se
da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair
em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal.
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não
se suspendem.
CAPÍTULO XVII
DAS SANÇÕES
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza
pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito
de defesa.
CAPÍTULO XVIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria,
aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei.
I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; (Incluído pela Lei nº
12.008, de 2009).
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 1.2.1999 e Retificado no D.O.U de 11.3.1999
0 PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84,
incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos
arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n°
8.429, de 2 de junho de 1992,
DECRETA:
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, que com este baixa.
ITAMAR FRANCO
Romildo Canhim
ANEXO
Seção I
Das Regras Deontológicas
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e
o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto,
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade
do ato administrativo.
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na
vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-
dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda
que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.
Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da
opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a
de uma Nação.
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor
em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie
de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de
desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.
XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores,
velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os
repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e
caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.
Seção II
Dos Principais Deveres do Servidor Público
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de
qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas
atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o
bem comum;
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens,
direitos e serviços da coletividade a seu cargo;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam
na adequada prestação dos serviços públicos;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao
trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao
interesse público, exigindo as providências cabíveis;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas,
abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público
e dos jurisdicionados administrativos;
Seção III
Das Vedações ao Servidor Público
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este
Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro
ou bem pertencente ao patrimônio público;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a
dignidade da pessoa humana;
CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
XVII -- Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos e respectivos
suplentes, poderá instaurar, de ofício, processo sobre ato, fato ou conduta que considerar
passível de infringência a princípio ou norma ético-profissional, podendo ainda conhecer de
consultas, denúncias ou representações formuladas contra o servidor público, a repartição ou o
setor em que haja ocorrido a falta, cuja análise e deliberação forem recomendáveis para
atender ou resguardar o exercício do cargo ou função pública, desde que formuladas por
autoridade, servidor, jurisdicionados administrativos, qualquer cidadão que se identifique ou
quaisquer entidades associativas regularmente constituídas. (Revogado pelo Decreto nº 6.029,
de 2007)
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com
ciência do faltoso.
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público
todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de
natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde
que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as
fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.
XXV - Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que qualquer cidadão houver de
tomar posse ou ser investido em função pública, deverá ser prestado, perante a respectiva
Comissão de Ética, um compromisso solene de acatamento e observância das regras
estabelecidas por este Código de Ética e de todos os princípios éticos e morais estabelecidos
pela tradição e pelos bons costumes. (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
II - pela Secretaria-Geral;
§ 1o ..........................................................................................
..................................................................................................
.........................................................................................” (NR)
II - a Imprensa Nacional;
III - o Gabinete;
IV - a Secretaria-Executiva; e
Art. 3o ..............…………......................................................
.............................................................................................
II - o Gabinete;
III - a Secretaria-Executiva;
..............................................................................................
II - o Gabinete;
“Art. 11-A. Ao Conselho de Aviação Civil, presidido pelo Ministro de Estado Chefe da
Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, com composição e funcionamento
estabelecidos pelo Poder Executivo, compete estabelecer as diretrizes da política relativa ao
setor de aviação civil.” (NR)
Parágrafo único A Secretaria de Aviação Civil tem como estrutura básica o Gabinete, a
Secretaria-Executiva e até três Secretarias;” (NR)
“Art. 25. ..........................................................................
........................................................................................
.......................................................................................
.......................................................................................
........................................................................................
XIV - ................................................................................
.......................................................................................
...........................................................................................
...........................................................................................
VI - do Ministério da Cultura: o Conselho Superior do Cinema, o Conselho Nacional de Política
Cultural, a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura e até seis Secretarias;
..........................................................................................
...................................................................................” (NR)
Parágrafo único. O quadro de servidores efetivos dos órgãos de que trata este artigo
será transferido para os Ministérios e órgãos que tiverem absorvido as correspondentes
competências.
Parágrafo único. No prazo de que trata o caput, o Ministério da Defesa prestará o apoio
administrativo e jurídico necessário para garantir a continuidade das atividades da Secretaria
de Aviação Civil.
...................................................................................” (NR)
“Art. 8o ...............................................................................
............................................................................................
............................................................................................
............................................................................................
...................................................................................” (NR)
“Art.11. ...............................................................................
...................................................................................” (NR)
...........................................................................................
Art. 8o O art. 1o da Lei no 8.399, de 7 de janeiro de 1992, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 1o ..............................................................................
...........................................................................................
§ 2o A parcela de vinte por cento especificada neste artigo constituirá o suporte financeiro do
Programa Federal de Auxílio a Aeroportos a ser proposto e instituído de acordo com os Planos
Aeroviários Estaduais e estabelecido por meio de convênios celebrados entre os Governos
Estaduais e a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.
Art. 9o Fica criado o cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da
Presidência da República.
Art. 11. Ficam criados, no âmbito da administração pública federal, os seguintes cargos
em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores destinados à Secretaria de
Aviação Civil:
I - dois DAS-6;
II - nove DAS-5;
VI - dezenove DAS-1.
Art. 13. A Tabela “a” do Anexo I da Lei no 11.526, de 4 de outubro de 2007, passa a
vigorar acrescida da seguinte linha:
Art. 14. O art. 2o da Lei no 11.458, de 19 de março de 2007, passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 2o A contratação de que trata esta Lei será de, no máximo, cento e sessenta pessoas,
com validade de até dois anos, podendo ser prorrogada por sucessivos períodos até 18 de
março de 2013.
§ 1o Prorrogações para períodos posteriores à data prevista no caput poderão ser autorizadas,
por ato conjunto dos Ministros de Estado da Defesa e do Planejamento, Orçamento e Gestão,
mediante justificativa dos motivos que impossibilitaram a total substituição dos servidores
temporários por servidores efetivos admitidos nos termos do art. 37, inciso II, da Constituição.
§ 3o Nenhum contrato de que trata esta Lei poderá superar a data limite de 1 o dezembro de
2016.” (NR)
Art. 15. Ficam criados, no Quadro de Pessoal do Comando da Aeronáutica, cem cargos
efetivos de Controlador de Tráfego Aéreo, de nível intermediário, integrantes do Grupo-Defesa
Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, código DACTA-1303.
Art. 16. Fica instituído o Fundo Nacional de Aviação Civil - FNAC, de natureza contábil,
vinculado à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República para destinação dos
recursos do sistema de aviação civil.
Cláusula revocatória
I - Os §§ 1o e 2o do art. 6o, e o item 6 da alínea “i” do inciso XII, ambos do art. 27, e o § 3o
do art. 29, todos da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003;
III - os incisos XXIII, XXVII e XLVII, do art. 8o, e o § 2o do art. 10 da Lei no 11.182, de 27
de setembro de 2005.
Vigência
Art. 18. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação, produzindo
efeitos financeiros, no tocante ao art. 5o, a contar da transferência dos órgãos ali referidos.
DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Nelson Jobim
Guido Mantega
Miriam Belchior
Antonio Palocci Filho
TÍTULO I
Da Educação
TÍTULO II
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
TÍTULO III
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a
garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e
modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que
forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para
peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo
gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente.
Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos
sete anos de idade, no ensino fundamental.
Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos
seis anos de idade, no ensino fundamental. (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005)
TÍTULO IV
III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à
escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva;
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a todos os
dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais.
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela Lei nº
10.709, de 31.7.2003)
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Incluído pela Lei nº
10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual
de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica.
VII - informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem
como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os
responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução
da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009)
Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis classificam-se nas seguintes
categorias administrativas: (Regulamento)
I - particulares em sentido estrito, assim entendidas as que são instituídas e mantidas por
uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não apresentem as
características dos incisos abaixo;
II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas
ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de professores e alunos que
incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade;
II – comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas
ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de pais, professores e alunos,
que incluam em sua entidade mantenedora representantes da comunidade; (Redação dada
pela Lei nº 11.183, de 2005)
II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas
ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas educacionais, sem fins lucrativos,
que incluam na sua entidade mantenedora representantes da comunidade; (Redação dada
pela Lei nº 12.020, de 2009)
III - confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas
ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação confessional e ideologia
específicas e ao disposto no inciso anterior;
CAPÍTULO I
I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;
II - educação superior.
CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Seção I
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais,
ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na
competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o
interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo
com as seguintes regras comuns:
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de
duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais,
quando houver;
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento
escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a seqüência do
currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino;
IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis
equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou
outros componentes curriculares;
Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar relação
adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do
estabelecimento.
Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional
comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma
parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da
economia e da clientela.
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; (Incluído pela Lei nº
10.793, de 1º.12.2003)
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver
obrigado à prática da educação física; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino
promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de
cada região, especialmente:
Seção II
Da Educação Infantil
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Seção III
Do Ensino Fundamental
Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito
na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito
na escola pública a partir dos seis anos, terá por objetivo a formação básica do cidadão
mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005)
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na
escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do
cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os
cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus
responsáveis, em caráter:
I - confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável,
ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas
respectivas igrejas ou entidades religiosas; ou
II - interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que se
responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa.
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de
trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência
na escola.
Seção IV
Do Ensino Médio
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três
anos, terá como finalidades:
Art. 36. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste Capítulo e as
seguintes diretrizes:
III - será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida
pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da
instituição.
Seção IV-A
Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste Capítulo, o ensino médio,
atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões
técnicas. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida nas
seguintes formas: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seu projeto pedagógico.
(Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível médio articulada, prevista no inciso I
do caput do art. 36-B desta Lei, será desenvolvida de forma: (Incluído pela Lei nº 11.741, de
2008)
Parágrafo único. Os cursos de educação profissional técnica de nível médio, nas formas
articulada concomitante e subseqüente, quando estruturados e organizados em etapas com
terminalidade, possibilitarão a obtenção de certificados de qualificação para o trabalho após a
conclusão, com aproveitamento, de cada etapa que caracterize uma qualificação para o
trabalho. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Seção V
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso
ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.
DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino regular
ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no
ambiente de trabalho. (Regulamento)
CAPÍTULO IV
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Art. 45. A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, públicas
ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização. (Regulamento)
Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no
mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames
finais, quando houver.
Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades, sem prejuízo
de outras, as seguintes atribuições:
Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Público gozarão, na forma da lei, de
estatuto jurídico especial para atender às peculiaridades de sua estrutura, organização e
financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus planos de carreira e do regime jurídico
do seu pessoal. (Regulamento)
Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocuparão setenta por cento dos
assentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e
modificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes.
Art. 57. Nas instituições públicas de educação superior, o professor ficará obrigado ao
mínimo de oito horas semanais de aulas.(Regulamento)
CAPÍTULO V
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de
educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos
portadores de necessidades especiais.
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a
conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir
em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
TÍTULO VI
Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos
diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase do
desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: (Regulamento)
I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;
II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e
outras atividades.
Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando
em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são: (Redação dada pela
Lei nº 12.014, de 2009)
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível
superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos
superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na
educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível
médio, na modalidade Normal. (Regulamento)
Art. 65. A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática de ensino
de, no mínimo, trezentas horas.
Art. 66. A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-
graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado.
Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por universidade com curso de doutorado
em área afim, poderá suprir a exigência de título acadêmico.
TÍTULO VII
Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas Constituições
ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências
constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.
§ 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes aos mínimos estatuídos neste
artigo, será considerada a receita estimada na lei do orçamento anual, ajustada, quando for o
caso, por lei que autorizar a abertura de créditos adicionais, com base no eventual excesso de
arrecadação.
§ 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios ocorrerá imediatamente ao órgão responsável pela educação,
observados os seguintes prazos:
I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada mês, até o vigésimo dia;
III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final de cada mês, até o décimo
dia do mês subseqüente.
§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a correção monetária e à
responsabilização civil e criminal das autoridades competentes.
I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando efetivada fora
dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou
à sua expansão;
Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela União ao
final de cada ano, com validade para o ano subseqüente, considerando variações regionais no
custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino.
Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida de modo a
corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão mínimo de qualidade
de ensino.
§ 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a fórmula de domínio público que
inclua a capacidade de atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo Estado, do
Distrito Federal ou do Município em favor da manutenção e do desenvolvimento do ensino.
§ 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e 2º, a União poderá fazer a
transferência direta de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado o número de
alunos que efetivamente freqüentam a escola.
Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no artigo anterior ficará condicionada ao
efetivo cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e Municípios do disposto nesta Lei, sem
prejuízo de outras prescrições legais.
Art. 77. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser
dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas que:
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para
a educação básica, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos,
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública de domicílio do educando,
ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão da sua rede local.
Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de
fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas integrados de ensino e
pesquisa, para oferta de educação escolar bilingüe e intercultural aos povos indígenas, com os
seguintes objetivos:
Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da
Consciência Negra’.(Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de
canais comerciais.
Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dos estágios
dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição.
Parágrafo único. O estágio realizado nas condições deste artigo não estabelecem
vínculo empregatício, podendo o estagiário receber bolsa de estágio, estar segurado contra
acidentes e ter a cobertura previdenciária prevista na legislação específica. (Revogado pela nº
11.788, de 2008)
Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica, admitida a equivalência de estudos,
de acordo com as normas fixadas pelos sistemas de ensino.
Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a titulação própria poderá exigir a abertura de
concurso público de provas e títulos para cargo de docente de instituição pública de ensino que
estiver sendo ocupado por professor não concursado, por mais de seis anos, ressalvados os
direitos assegurados pelos arts. 41 da Constituição Federal e 19 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.
TÍTULO IX
Art. 88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adaptarão sua legislação
educacional e de ensino às disposições desta Lei no prazo máximo de um ano, a partir da data
de sua publicação. (Regulamento)
§ 2º O prazo para que as universidades cumpram o disposto nos incisos II e III do art. 52
é de oito anos.
Art. 89. As creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas deverão, no
prazo de três anos, a contar da publicação desta Lei, integrar-se ao respectivo sistema de
ensino.
Art. 90. As questões suscitadas na transição entre o regime anterior e o que se institui
nesta Lei serão resolvidas pelo Conselho Nacional de Educação ou, mediante delegação deste,
pelos órgãos normativos dos sistemas de ensino, preservada a autonomia universitária.
Art. 92. Revogam-se as disposições das Leis nºs 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e
5.540, de 28 de novembro de 1968, não alteradas pelas Leis nºs 9.131, de 24 de novembro de
1995 e 9.192, de 21 de dezembro de 1995 e, ainda, as Leis nºs 5.692, de 11 de agosto de 1971
e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as demais leis e decretos-lei que as modificaram e
quaisquer outras disposições em contrário.