O estágio atual do Food Service nos Estados Unidos é um desenho acabado do futuro do mesmo setor no Brasil, à medida que novos investimentos estão sendo feitos por organizações mais formais, estruturadas e que amadurecem de forma consistente em sua atuação. É só uma questão de tempo.
Por Marcos Gouvêa de Souza (mgsouza@gsmd.com.br), diretor-geral da GS&MD – Gouvêa de Souza
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A realidade e as perspectivas do setor de Food Service – parte 2
O estágio atual do Food Service nos Estados Unidos é um desenho acabado do futuro do mesmo setor no Brasil, à medida que novos investimentos estão sendo feitos por organizações mais formais, estruturadas e que amadurecem de forma consistente em sua atuação. É só uma questão de tempo.
Por Marcos Gouvêa de Souza (mgsouza@gsmd.com.br), diretor-geral da GS&MD – Gouvêa de Souza
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O estágio atual do Food Service nos Estados Unidos é um desenho acabado do futuro do mesmo setor no Brasil, à medida que novos investimentos estão sendo feitos por organizações mais formais, estruturadas e que amadurecem de forma consistente em sua atuação. É só uma questão de tempo.
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A realidade e as perspectivas do setor de Food Service – parte 2
Marcos Gouvêa de Souza (mgsouza@gsmd.com.br), diretor-geral da GS&MD
– Gouvêa de Souza
O aumento da participação da alimentação fora do lar no total dos dispêndios
com alimentação nos Estados Unidos, superando novamente a marca dos 50%, como ocorreu em 2000, está condicionada à recuperação da economia norte-americana e do consumo, com a consequente retomada da tendência de ampliação da frequência aos restaurantes (classificados como operações com serviços completos – OSC) ou às lanchonetes, bares e similares (conhecidos como de operação com serviços limitados – OSL). Mas o estado de espírito do consumidor norte-americano ainda não se recuperou dos impactos financeiros e econômicos da crise recente e, ao contrário, a expectativa em 2011 é que o cenário piore para 50% da amostra de pesquisa da Technomic realizada em abril, muito acima dos 29% que avaliaram da mesma forma em dezembro de 2010. Os que entendem que a situação permanecerá como está representam 28% da amostra, enquanto em dezembro eram 34%. Os que acreditam que vai melhorar representam apenas 21% do total, contra 36% no final do ano passado. Entre os principais fatores de preocupação desses consumidores estão o preço dos combustíveis (53%), fator dramático para uma sociedade altamente motorizada; o crescimento dos preços dos alimentos (28%) e as finanças pessoais (também 28%). Como consequência dessas preocupações, o comportamento assumido dos consumidores tem sido a mudança dos hábitos e locais frequentados, sendo que 48% deles declaram que mudaram sua opção, preferindo ir a operações de serviços limitados, em vez das opções com serviço completo. Mais relevante tem sido o grupo (55% da amostra) que opta por frequentar o mesmo tipo de restaurante que frequentava antes, porém escolhendo itens mais baratos do cardápio. A questão do preço dos combustíveis tem forte impacto no comportamento de consumo de alimentos, evidentemente mais forte que na realidade brasileira, e afeta mais diretamente o setor de Food Service. Na mesma pesquisa realizada pela Technomic, 70% dos consumidores definiram que por conta do aumento do preço iriam consumir menos nas operações de serviços limitados ou completos, enquanto apenas 40% gastariam menos em supermercados. Pela representatividade e amadurecimento do setor de Food Service nos Estados Unidos, a medida constante do comportamento do consumidor e sua forma de reação ao cenário econômico se tornou um ponto fundamental para avaliação do comportamento futuro de todo o setor, mas também em particular a avaliação da demanda por itens específicos do cardápio e a preferência por determinados tipos, formatos ou marcas de operadores. Exemplo disso é que para um crescimento nominal de 0,5% em 2010 para todos os formatos de lojas de Food Service, as operações de serviços limitados cresceram 1,9% e as de serviço completo, mais afetadas, tiveram um desempenho negativo de 1,3%, retratando a mudança de comportamento do consumidor. As previsões nominais para 2011 são, respectivamente, de 3,5% e 1,5% e, acrescidas do desempenho previsto para bares e outras operações especializadas em bebidas, sinaliza um comportamento médio positivo de 2,6% para todo o ano. Mas é interessante observar que algumas marcas e formatos que melhor souberam entender as mudanças e ajustaram seu modelo, ou redesenharam seu negócio, têm um comportamento muito superior às médias do país, como é o caso da rede Five Guys, com perto de 750 lojas e vendas totais de US$ 625 milhões, que teve crescimento de 38% em 2010. Ou a rede Chipotle, inspirada na culinária mexicana, que alcançou vendas próximas de US$ 1,9 bilhão em suas 1084 lojas, com crescimento de 21% no ano passado. Como em todos os negócios, sempre existirão aqueles que, por estratégia e gestão diferenciada, apresentarão desempenho muito acima da média. O estágio atual do Food Service nos Estados Unidos é um desenho acabado do futuro do mesmo setor no Brasil, à medida que novos investimentos estão sendo feitos por organizações mais formais, estruturadas e que amadurecem de forma consistente em sua atuação. É só uma questão de tempo.
Obs: a Technomic está associada à GSMD – Gouvêa de Souza na análise,
interpretação e consultoria no setor de Food Service na América Latina e apoiou a delegação brasileira que participou na NRA – Show 2011 em Chicago. No próximo dia 10 de junho acontecerá no Centro Britânico, em São Paulo, o Fórum Food Service nas Redes Sociais.