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O infarto hemorrágico periventricular ou hemorragia intra-parenquimatosa: 10% dos RNs

sobreviventes à HPV/IV.

Leucomalacia periventricular: lesão isquêmica da substância branca ao redor dos ventrículos, é


comum em RNs falecidos com grau moderado de HPV. Causa mais frequente e grave de paralisia
cerrebral em prematuros sobreviventes. Fatores de risco: IG 27-30 semanas, trabalho de parto
maior que 12 horas e infecção intra-uterina.

Necrose neuronal pontina pode ocorrer em decorrência de lesões hipóxico-isquêmicas.

Diagnóstico

USG craniana, realizar do quinto ao sétimo dia de vida. Como pode progredir em 20 a 40%,
repetir em duas semanas para determinar a extensão máxima da lesão. Se o grau da hemorragia
for 1 ou exame normal, repetir em um mês de vida. Se for Graus superiores, repetir a cada
semana para avaliar a evolução da dilatação ventricular. Repetir o exame com 35 a 36 semanas
para buscar lesões sequelares.

TC ou RM são bem sensíveis, mas difíceis de serem realizadas em prematuros.

Dosagem de interleucina-6 no líquido amniótico > 20.000pg/ml tinham maior frequencia de


HPV e LPV.

Tratamento preventivo

Medidas pré-natais: prevenção da prematuridade, detecção precoce de mulheres com risco de


parto prematuro, medidas toolíticas agressivas. Transporte de gestantes para centros
especializados em partos de alto risco diminui a incidencia de HPV do que o transporte de
prematuros.

Administração de Vitamina K em trabalho de parto prolongado, melhora a atividade da


protrombina.

Corticosteróides para induzir a maturação pulmonar, maturação dos vasos da matriz ou inibição
da síntese de prostaglandinas.

Parto cesáreo.

Medidas pós-natais: ressuscitação agressiva evitando fatores como hipercarbia, soluções


hipertônicas, infusões rápidas de volume leva a queda da HPV.

Correção e prevenção de distúrbios hemodinâmicos, assincronia da ventilação mecânica,


sucção traqueal, manobras. Usar sedativos e curalizantes.
Correção dos distrúrbios de coagulaçãopelo uso de plasma fresco congelado precoce.
Prematuros com plaquetopenia não se benceficiam de transfusões plaquetárias para prevenção de
HPV.

Uso de fenobarbital pós-natal pode diminuir o metabolismo cerebral e diminuir a gravidade da


HPV.

Uso de etansilato, estabiliza os delicados vasos da matriz germinativa, inibe a síntese de


prostaglandinas e assim diminui o fluxo sanguineo cerebral basal, diminuindo a incidencia geral e
as hemorragias graves.

A vitamina E antioxidante pode eliminar radicais livres, porém ainda não é recomendado.

Indometacina atua inibindo a síntese de prostaglandinas, levando a um decréscimo no fluxo


sanguíneo cerebral e evitando as oscilações de pressão. Favorece o fechamento do ducto
arterioso, acelera a maturação da delicada microvasculatura da matriz germinativa, reduz os
radicais livres. Recomenda-se o seu uso profilático em RNs com menos de 1300 gramas com inicio
nas primeiras 6 a 11 horas de vida. ( 0,1 mg/kg IV, 24/24 horas, duas ou mais vezes.

Tratamento da Hidrocefalia Pós-Hemorrágica

Quando a hidrocefalia é comunicant, as ´punções lombares repetidas têm sido empregadas


associadas a controle por USG de crânio, resolve em 1-6 semanas. Uso de acetazolaminda ou de
furosemida para diminuir a produção de LCR.Derivação ventriculoperitoneal com interposição de
válvulas.

Para hidrocefalia não comunicante, ventriculostomia, pois a absorção está patente só é


necessário direcionar o líquido do ventrículo para o espaço subaracnóide através de
ventriculoscópicos.

Prognóstico

Os casos mais graves estão associados às lesões hipóxico-isquêmicas, hidrocefalia pós-


hemorrágica, infarto periventricular hemorrágic.

Cerca de 50% dos RNs com HPV/IV grau IV apresentam deficit cognitivos, motores variados e a
longo prazo maior deficit se comparado a grau I e II.

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