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MESTRE DAS SOMBRAS

PARTE VII

“Mensageiro”

No papiro antigo chamado “A profetiza Ísis para seu filho”. Ísis


revela como obteve de um anjo o segredo da transmutação alquímica e
da obtenção do ouro alquímico através da união dos opostos, no
momento favorável.
O lema escrito no portal do Oráculo de Delfos ( s ea t )
“Conhece-te a ti mesmo”. Esta incompleto e poucas pessoas sabem
que a frase inteira é uma pergunta e uma resposta: Conhece-te a ti
mesmo e conhecerás o universo e os deuses. Mas como vou conhecer
a mim mesmo? Entrando em contato com o mensageiro.
Introdução

O grande xamã sabe que cedo ou tarde teria que empreender


uma grande jornada em busca do conhecimento, encontrando um
caminho de poder, atravessando, desertos e florestas imensas em
busca do grande espírito, o xamã sabe que sem a ajuda das forças
superiores (aliados) jamais retornaria com vida desta demanda.
Um dia cheio de coragem, munido de uma tocha e um bastão
afundou-se na parte mais densa da floresta. Passaram-se muitos dias e
noites e avistou uma clareira e achou um caminho, o caminho até a
morada dos deuses.
Para compreender a linguagem do caminho é necessário uma
viagem semelhante, uma tocha, um bastão, um homem de vontade e a
ajuda de forças superiores (aliados). Para chegar ao “outro lado” é
preciso caminhar dias e noites, afundar-se no bosque e conhecer seus
obstáculos.
O caminho é cheio de esfinges, anagramas e códigos, as árvores
tornam-se enigmas, a matéria é única e está por toda parte, conhecida
de todos e por todos desconhecida. Os pássaros transformaram-se em
estranhos alfabetos.
Antigos construtores e outros que outrora cruzaram este caminho
de poder deixaram escritos nele suas contribuições pessoais. Escrita
falada desenhada ou moldada, na linguagem do bosque, linguagem
verde não mostra, ela revela, é alegórica e teatral, porque seus atores
personificam o inanimado, como o sonhador imita a realidade ou a
criança vive a fantasia.
Inscrições rupestres em pedras cravadas no solo estão presentes
por todo o caminho, círculos de pedra, obeliscos, estátuas, portais e
ruínas de castelos medievais.
Mestres de luz e sabedoria têm passagens através da terra em
todas as direções, compreendendo a estrutura da matéria, não sentiria
que isso é algo tão incrível, pois os mestres ao caminhar usam certos
raios e deixam à abertura atrás deles e o caminho permanece, são
grandes seres que fizeram brilhar os caminhos para a humanidade até
a luz.
Por isso a linguagem do caminho é chamada a linguagem do
coração, linguagem muda a linguagem dos anjos, ela pode ser
meticulosamente estudada, mas sua chave é recebida somente quando
procurada com vontade, as coisas do caminho são somente para quem
caminha.
Desenvolvimento

Existem quatro caminhos de grande importância para os homens


que buscam a fé: caminho de Jerusalém, caminho de Roma, e o
caminho de Santiago.
O caminho de Roma, é a via que leva ao túmulo de São Pedro,
são assim chamados romeiros, o caminho de Jerusalém, é a via que
leva ao túmulo de Jesus Cristo (Santo Sepulcro), são chamados
palmeiros, e o caminho de Santiago ou rota Jacobea, é a via que leva
ao túmulo do apóstolo Tiago, são chamados peregrinos.
Após a primeira cruzada, a Igreja percebeu a necessidade de
fundar ordens de monges militares, eram cavaleiros encarregados da
segurança dos peregrinos, contra saqueadores e assaltantes, com o
objetivo único de manter os caminhos da fé abertos a todos.
Para defender o caminho de Jerusalém, o Papa Honório II,
autorgou a condição de ordem em 1127, “A ordem dos pobres
cavaleiros de Cristo”, concedendo um hábito branco com uma cruz
templária vermelha no peito, os membros fizeram votos de pobreza
pessoal, obediência e castidade. A ordem desenvolveu uma estrutura
básica e se organizou numa hierarquia composta de sacerdotes,
soldados e burgueses, passaram a se chamar “Cavaleiros templários”
inicialmente o seu sustento provinha de doações dos nobres.
Para a defesa da peregrinação no caminho de Santiago, o Papa
Honório III, juntamente com a ajuda de doações de nobres espanhóis,
autorgou em 1170, “A ordem de Santiago da espada” originada da
necessidade de proteger os peregrinos que se dirigiam ao túmulo de
Santiago, com o objetivo de auxiliar os pobres e fazer guerra aos
muçulmanos, concedeu um hábito branco e uma cruz espatária ou
espada crucífera como símbolo da ordem.

Durante um período de quase dois séculos, as Ordens de


cavaleiros foram a maior organização Militar-Religiosa do mundo. Suas
atividades já não estavam restritas aos objetivos iniciais. Os soldados
templários recebiam treinamento bélico; combatiam ao lado dos
cruzados na Terra Santa; conquistavam terras; administravam
povoados; extraíam minérios; construíam castelos, catedrais, moinhos,
alojamentos e oficinas; fiscalizavam o cumprimento das leis e
intervinham na política européia.

Construíram uma rede de castelos e fortalezas pelas vias dos


quatro caminhos, todas elas eram interligadas por mensageiros
especializados, as mensagens eram enviadas em códigos postais com
selos e carimbos. Houve até mesmo a criação de um sistema
semelhante ao dos bancos monetários atuais.
Ao iniciar a viagem para a Terra Santa, o peregrino trocava seu
dinheiro por uma carta de crédito nominal que lhe era restituída em
qualquer posto templário. Assim, seus bens estavam seguros da ação
de saqueadores.

Mantendo uma força de mais de cinco mil cavaleiros combatentes,


além dos 20 mil em funções não-militares e de 100 mil dependentes e
auxiliares. O ingresso nas Ordens era muito procurado, sobretudo pelos
nobres e pessoas que desejam dedicar suas vidas à ciência, além de
aprimorarem o conhecimento em medicina, astronomia e matemática.
Sua força armada é principalmente uma plataforma de testes para o
desenvolvimento de novas tecnologias militares.

Mesmo cavaleiros combatentes tendem a ter sólidos


conhecimentos de física e química, além de engenharia militar. Entre os
não-combatentes há também astrônomos, historiadores e professores.
Com o passar do tempo desenvolveram uma ritualística particular
independente, o poder dos “Cavaleiros” tornou-se maior que a
Monarquia e a Igreja.
Conclusão

Os combates eram sempre freqüentes e na juventude temos muita


coragem pra combater, mas ainda não sabemos lutar. Depois de muito
esforço aprendemos a lutar, mas já não temos mais coragem para
combater. Imensa alegria esta no coração de quem está lutando,
porque para os guerreiros não importa nem a vitória e nem a derrota,
importa apenas combater e por conta do medo, e da falta de
adversários à altura nos voltamos contra nós e combatemos a nós
mesmos, passamos a ser nosso pior inimigo.

Existem duas forças espirituais bem próximas de um guerreiro


estas forças têm entre elas uma relação própria e pessoal (o anjo e o
mensageiro). O anjo é a sua armadura e o mensageiro é a sua espada,
uma armadura protege em qualquer circunstância, mas uma espada
pode cair em meio ao combate, matar um amigo ou voltar-se contra o
próprio dono. “Uma espada serve para quase tudo, menos para sentar-
se em cima dela.”
O anjo guardião protege e não existe necessidade de uma
invocação direta, o mensageiro também é um anjo e é responsável pela
ligação entre você e as esferas superiores e inferiores, é uma força livre
e rebelde, representado por Hermes (o mensageiro dos deuses).

Quando o deixamos solto sua tendência é dissipar-se, quando


mandamos embora perdemos ensinamentos importantes, quando
ficamos fascinados pelo seu poder, ele nos afasta do combate.
Quando ainda não reconhecemos o mensageiro ele costuma
manifestar-se na pessoa mais próxima, são sempre três as clássicas
tentações: ameaça (medo), promessa (interesse) e sensibilidade
(pena). A solidão do caminho é a principal arma, pois vai obrigar a
materialização do mensageiro.
A maneira certa de proceder é entrar em contato com o
mensageiro tentando fazer amizade, através de sonhos, visões, ou do
ritual do mensageiro. Pedindo sua ajuda quando necessário e ouvindo
seus conselhos, mas nunca deixando que ele dite as regras do jogo.
Portanto é necessário que você tenha um objetivo específico
(dúvida ou pergunta) e que você conheça seu rosto e seu nome, este
nome é secreto e não deve jamais ser conhecido por ninguém.

Índio sombra que surge (Maio de 1971)


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