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Produção de Páginas Web


Profa. Cristina Ramos (cristina.ramos@unip.br)

Web Standards
Tim Berners-Lee’s sonha para sua invenção, a World Wide Web, um espaço de uso
comunitário onde compartilha-se informações de trabalho, lazer e socialização.
Como desenvolvedores Web criando sites corporativos, sociais e educacionais, nós
transformamos este sonho em realidade.
Mas, nesta época de crescimento avassalador, a Web necessita de orientação para
desenvolver seu pleno potencial. As Web standards são estas orientações. As
standards asseguram que todos tenham acesso às informações e também tornam o
processo de desenvolvimento Web mais rápido e mais agradável.
Conformidade com as standards facilitam o acesso a Web aos usuários portadores
de necessidades especiais. Pessoas cegas podem se valer de leitores de páginas
Web. Pessoas com reduzido grau de visão podem rearranjar as páginas web e
aumentar o tamanho para facilitar a leitura. E, pessoas usando dispositivos
portáteis podem navegar tão facilmente quanto aquelas em grandes workstations.
Existem muitas razões práticas para que os desenvolvedores Web estejam
engajados com as standards. Por exemplo: motores de busca encontrarão maior
facilidade na indexação do site. O uso de código específico para determinado
browser frequentemente duplica ou triplica o trabalho de criação das páginas Web e
ainda não contempla futuros novos tipos de mídia. Esta situação só assume este
aspecto caótico, pelo não uso das standards.
Alguns temem as standards por acreditar que elas impõem limites. Na verdade,
elas eliminam muito do trabalho tedioso de desenvolvimento Web, proporcionando
ao desenvolvedor mais tempo e maior flexibilidade para livre criação. As standards
compatibilizam documentos Web tanto para aplicações futuras quando para
tecnologias passadas.
Muitos usos da Web, inclusive aqueles que hoje em dia não passam de sonhos, não
serão possíveis ou serão bem mais difíceis sem uma total compatibilidade com as
standards. Atualmente os sistemas e software amplamente usados, são
universalmente aceitos, mas, quem sabe o que está por vir no futuro? Amarrar-nos
à tecnologias proprietárias significa entregar nosso futuro ao sabor do sucesso ou
insucesso de um fornecedor. Confiar em standards de abrangência universal,
proporcionará a sobrevivência da Web, motivando a continuação de inovações ao
ritmo atual.
Fonte: http://www.maujor.com/w3ctuto/faqwsp.html

A evolução dos browsers


Os primeiros browsers (1990-1994)
• Tim Berners-Lee criou o primeiro navegador, chamado WorldWideWeb, em
1990. Ele ainda o introduziu como ferramenta entre os seus colegas do
CERN em Março de 1991. Os primeiros navegadores trabalhavam
unicamente em modo texto.
• A Web, entretanto, só explodiu realmente em popularidade com a
introdução do NCSA Mosaic, que era um navegador gráfico (suportava
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imagens em oposição a navegadores de modo texto). A versão 1.0 do


Mosaic foi lançada em 1993.
• Para ter uma idéia de como eram os primeiros navegadores:
http://dejavu.org/emulator.htm

O domínio do Netscape (1994-1997)


• Marc Andreesen, o líder do projeto Mosaic na NCSA – National Center for
Supercomputing Applications, demitiu-se para formar a companhia que seria
conhecida mais tarde como Netscape Communications Corporation. A
Netscape lançou o seu produto líder Navigator em Outubro de 1994, e este
tornou-se o mais popular navegador no ano seguinte.
• Em 1995 a Microsoft, que até então havia ignorado a Internet, entrou na
briga com o seu Internet Explorer, comprado às pressas da Splyglass Inc
(licenciadora do Mosaic).

A guerra dos Browsers (1997-1999)


• Isso marcou o começo da Guerra dos Browsers, que foi a luta pelo mercado
dessas aplicações entre a gigante Microsoft e a companhia menor
largamente responsável pela popularização da Web, a Netscape.
• Essa disputa colocou a Web nas mãos de milhões de usuários ordinários do
PC, mas também mostrou como a comercialização da Web podia arruinar os
esforços de padronização. Tanto a Microsoft como a Netscape
deliberadamente incluíram extensões proprietárias ao HTML em seus
produtos, e tentaram ganhar superioridade no mercado através dessa
diferenciação. A disputa terminou em 1998 quando ficou claro que a
tendência no declínio do domínio de mercado por parte da Netscape era
irreversível. Isso aconteceu, em parte, pelas ações da Microsoft no sentido
de integrar o seu navegador com o sistema operacional e o empacotamento
do mesmo com outros produtos por meio de acordos OEM; a companhia
acabou enfrentando uma batalha legal em função das regras antitruste do
mercado norte-americano.
• A Netscape respondeu liberando o seu produto como código aberto, criando
o Mozilla. O efeito foi simplesmente acelerar o declínio da companhia, por
causa de problemas com o desenvolvimento do novo produto. A companhia
acabou comprada pela AOL no fim de 1998. O Mozilla, desde então, evoluiu
para uma poderosa suíte de produtos Web com uma pequena mas firme
parcela do mercado (Firefox).

O domínio do Explorer (1999-2003)


• IE5: Lançado em março de 1999, foi introduzido o suporte à linguagem XML,
XSL, o formato MHTML e mais algumas coisas. O Internet Explorer 5 é
encontrado no Windows 98 SE e no Windows 2000. Em julho de 2000, é
lançado o Internet Explorer 5.5, juntamente com o Windows ME.
• IE6: Lançado em agosto de 2001, juntamente com o Windows XP. Nessa
versão há um melhor suporte ao CSS level 1, DOM level 1 e SML 2.0.
Setembro de 2002 é lançado o Service Pack 1 (SP1) para correção de bugs e
em agosto de 2004 é lançado o segundo Service Pack (SP2), oferecendo
maior segurança, apesar de depois dessa inovação ainda haver muitas
falhas de segurança.
• Em 2003, a Microsoft anunciou que o Internet Explorer não seria mais
disponibilizado como um produto separado, mas seria parte da evolução da

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plataforma Windows, e que nenhuma versão nova para o Macintosh seria


criada.

Navegadores alternativos
• O Opera, um navegador rápido e pequeno, popular principalmente em
computadores portáteis e em alguns países da Europa, foi lançado em 1996
e permanece um produto de nicho no mercado de navegadores para os
computadores pessoais ou PCs.
• O Lynx Browser permanece popular em certos mercados devido à sua
natureza completamente textual.
• Apesar do mercado para o Macintosh ter sido tradicionalmente dominado
pelo Internet Explorer e pelo Netscape Navigator, o futuro parece pertencer
ao próprio navegador da Apple, o Safári, que é baseado no mecanismo de
renderização KHTML, parte do navegador de código aberto Konqueror. O
Safári é o navegador padrão do Mac OS X.

A 2ª Guerra dos Browsers? (2003 -)


• A Microsoft parece ter se livrado definitivamente do Netscape, mas não dos
engenheiros que criaram o navegador. Em 2003, nasce a Fundação Mozilla –
uma organização, inicialmente, sem fins lucrativos–criada pelos antigos
programadores do Netscape. Em outubro de 2004, a Mozilla lança um
navegador batizado de Firefox –um software livre, gratuito e aberto,
elaborado por colaborações.
• O Firefox ganha o mercado integrando as evoluções de internautas –como o
sistema de abas que facilita a navegação e o de buscas, integrado à barra
do navegador. Os internautas adotaram rapidamente a ferramenta.
• Após um longo período de “hibernação”, a Microsoft lançou seu mais recente
navegador, o IE7 (Internet Explorer 7) –a versão 6 datava de outubro de
2001.
• A versão 7 do Explorer foi inspirada nas inovações desenvolvidas pelo
Mozilla, e o Explorer finalmente adota um sistema de navegação por abas,
leitor de fluxo RSS, novo sistema de gestão de seu histórico e de favoritos.
• A crescente polêmica sobre os seus defeitos de segurança (conhecidos como
bugs) dotou-o da reputação de ser um software inseguro e desatualizado. A
União Européia recentemente aplicou pesadas multas sobre a Microsoft
devido ao fato desta não deixar remover o Internet Explorer de seus
sistemas. Recentemente o CERT, equipe dos Estados Unidos que monitora
ameaças digitais, recomendou que os internautas deixem de usar o Internet
Explorer até que duas falhas graves sejam corrigidas.

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Estatísticas de uso de Browsers


Fonte: http://www.w3schools.com/browsers/browsers_stats.asp

W3C
"conduzir a Web ao seu pleno potencial"
• W3C significa World Wide Web Consortium
• W3C foi criado em 1994
• W3C foi criado por Tim Berners-Lee
• W3C foi criado pelo inventor da Web
• W3C trabalha para padronizar a Web
• W3C cria e mantêm os padrões Web (WWW Standards)
• W3C Standards são chamados de recomendações do W3C (W3C
Recommendations)

+ de 450 organizações associadas:


• IBM
• Microsoft
• America Online
• Apple
• Adobe
• Macromedia
• Sun Microsystems

3 institutos de pesquisa envolvidos:


• Massachusetts Institute of Technology EUA
• The French National Research Institute - Europa
• Keio University – Japão

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Objetivo:
Fazer com que o conteúdo desenvolvido dentro dos padrões possa ser visualizado
independentemente do equipamento, do tipo do navegador e da forma de conexão
do usuário com a internet.

Princípios:
1. Acesso Universal: O W3C define a Web como o universo de informação
acessível por rede. Atualmente este universo beneficia a sociedade através
da oferta de novas formas de comunicação entre humanos e oportunidades
de compartilhamento de conhecimento. Um dos primeiros objetivos do W3C
é tornar estes benefícios universais para todas as pessoas,
independentemente de hardware, software, infra-estrutura de rede,
linguagem nativa, cultura, localização geográfica ou capacidades mentais ou
físicas.
2. Web Semântica: As pessoas atualmente compartilham seu conhecimento
na Web em uma linguagem destinada a outras pessoas. Na Web Semântica,
seremos capazes de nos expressar de modo a que nossos computadores
possam nos interpretar e fazer as trocas. Assim, serão capazes de resolver
problemas que achamos aborrecidos e ajudar-nos a encontrar rapidamente
o que procuramos.
3. Confiabilidade: A Web é um meio de colaboração e não apenas uma
revista de leitura. Para promover um ambiente mais colaborativo, torna-se
necessário a existência de uma "Rede de Confiança" que garanta
confidencialidade, passe confiança e torne possível às pessoas tomar
responsabilidades por aquilo que está publicado na Rede.
4. Interoperabilidade: A W3C, uma organização neutra, sem interesses
comerciais, promove interoperabilidade através do desenvolvimento e
promoção de linguagens de computador abertas (não proprietárias) e
protocolos que evitam uma fragmentação do mercado que existia no
passado. Estes pontos são conseguidos através de consenso na indústria e
encorajamento de uma discussão em fórum aberto.
5. Evolução: O W3C visa a excelência técnica, porém está ciente que o que
conhecemos e necessitamos atualmente pode não ser suficiente para a
solução de problemas no futuro. Assim, luta para o desenvolvimento de uma
Rede que possa facilmente evoluir para uma Rede ainda melhor, sem quebra
de funcionalidades anteriores. Os princípios da simplicidade, modularidade,
compatibilidade e extensibilidade orientam todo o nosso desenvolvimento.
6. Descentralização: A descentralização é um princípio de sistemas
modernos, incluindo-se aqui as próprias sociedades. Em um sistema
centralizado toda a mensagem ou ação tem que passar por uma autoridade
central, originando gargalos sempre que o tráfego aumenta. Em conceito,
limitamos então a quantidade de pontos centrais na Rede para reduzir a
vulnerabilidade na Rede, como um todo. Flexibilidade é o elemento
necessário para sistemas distribuídos.
7. Melhor multimídia: Quem não gostaria de mais interatividade e uma
melhor mídia na Rede, incluindo-se aqui imagens que podem alterar seu
tamanho, som de qualidade, vídeo, efeitos tridimensionais e animação? O
processo de consenso no W3C não limita a criatividade de fornecimento de
conteúdo ou significa visualizações aborrecidas. O W3C escuta os usuários
finais e trabalho com o objetivo de fornecer bases sólidas para o
desenvolvimento de uma melhor multimídia através de linguagens a

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Scalable Vector Graphics (SVG) e a Synchronized Multimedia Integration


Language (SMIL).

Benefícios de seguir os Web Standards:


• redução de custos de desenvolvimento
• redução de custos de manutenção
• redução de custos de hosting
• facilidade em manter-se a consistência visual entre documentos de um
mesmo site
• ampliação da audiência
• melhor experiência do usuário
• melhor posicionamento em ferramentas de busca
• garantia de viabilidade de qualquer documento da Web a longo prazo
• aumento na percepção de qualidade do trabalho produzido
• acessibilidade

Pontos negativos:
• curva de aprendizado acentuada
• problemas de incompatibilidade entre browsers
• alguns tipos de layout podem ser obtidos de forma muito mais fácil
utilizando-se tabelas ao invés de CSS

Padrões atuais:
• linguagens estruturais:
o Extensible Hypertext Markup Language (XHTML) 1.0
o XHTML 1.1
o Extensible Markup Language (XML) 1.0
• linguagens de apresentação:
o Cascading Style Sheets (CSS) Level 1
o CSS Level 2
o CSS Level 3

Website tradicional:
• layout baseado em tabelas
• camadas de apresentação junto com a camada de conteúdo
• códigos inválidos, inacessíveis e semanticamente incorretos

Website “Web Standards”


• layout baseado em containers (DIVs, tableless)
• uso de CSS para separação de conteúdo e apresentação
• marcação semanticamente correta
• código válido e acessível por humanos e por máquinas

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Glossário:
Web Semântica: projeto que visa melhorar as potencialidades da Web através da
criação de ferramentas e de padrões que permitam atribuir significados claros aos
conteúdos das páginas e facilitar a sua publicação e manutenção. As páginas
construídas usando a filosofia da Web Semântica passam a fazer parte de um meio
universal para a troca de informação. Dizemos que se trata de um meio universal
porque estas páginas podem ser lidas por humanos ou por máquinas e tanto podem
ser apresentadas graficamente (num monitor ou impressas em papel) como lidas
em voz alta por browsers capazes de sintetizar voz e podem ser apresentadas em
telefones móveis adequados.
XML(EXtensible Markup Language): uma metalinguagem, que é utilizada para
definir outras linguagens. XML é um subtipo de SGML (Standard Generalized
Markup Language - Linguagem Padronizada de Marcação Generica) capaz de
descrever diversos tipos de dados. Seu propósito principal é a facilidade de
compartilhamento de informações através da Internet.
XHTML (EXtensible HyperText Markup Language): uma aplicação XML, escrita
para substituir o HTML e nada mais é do que um HTML "puro, claro e limpo".
SVG (Scalable Vector Graphics): é um tipo de imagem vetorial, bidimensional,
baseado em XML.
SMIL (Synchronized Multimedia Integration Language): linguagem baseada
no XML, capaz de gerenciar a transmissão de arquivos multimídia (áudio, vídeo) por
streaming.

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