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INTRODUÇÃO

A educação em Atenas contrastava acentuadamente com a educação em Esparta.


Sendo que em Atenas se destacava a formação intelectual e em Esparta se deteve uma
formação guerreira e autoritária.

A EDUCAÇÃO EM ATENAS

O processo educacional em Atenas era o que mais próximo estava do humanismo


pedagógico. Segundo “a sociedade ateniense era marcada pela democracia, pois o
homem livre tinha que saber se expressar e opinar em relação às discussões políticas.”
Alem da prática da educação física, a educação musical também tinha grande valor.
Orientava os alunos na prática de corrida, salto, lançamento de disco, de dardo e na
luta.
Já a educação musical era ministrada pelo citarista; professor de cítara. E além do
aluno aprender a arte da música, ele também aprendia a técnica do canto e da
declamação de poesias, técnicas que geralmente eram acompanhadas por instrumentos
musicais.
A estrutura educacional em Atenas a princípio era organizada de forma que, os
meninos iniciavam aos sete anos onde estes eram acompanhados de um pedagogo,
onde praticavam então aulas de educação física e música.
O ensino da leitura e da escrita recebia menor atenção, mas, com o passar do tempo, a
educação ateniense foi modificando-se e então a formação intelectual teve um
reconhecimento maior.
A partir desse ponto a educação dividiu-se em três níveis, elementar; geralmente
concluído aos treze anos, secundário; para aqueles que tinham melhores condições
financeiras (já que o governo não interferia no sistema educacional e as escolas não
eram gratuitas), o mais pobres saíam em busca de um ofício e o ensino superior;
ministrado somente pelos sofistas, dentre os quais, podemos citar Sócrates, Platão e
Aristóteles. Infelizmente, não se tem uma informação precisa sobre a transição entre o
ensino secundário e o ensino superior.
Outro acontecimento importante na vida de um ateniense era o recrutamento para
treino militar durante 24 meses para todos os jovens quando completavam dezoito
anos.
A educação feminina baseava-se apenas nos afazeres domésticos e, assim como os
escravos, não tinham autonomia sócio - politica, estando sempre sob as ordens dos
homens, diferente da educação feminina espartana como veremos a seguir.

A EDUCAÇÃO EM ESPARTA

Categoricamente diferente da educação praticada em Atenas, todo o sistema


educacional espartano estava sob responsabilidade do governo e com subordinação
integral aos interesses do Estado. “A educação espartana era voltada para guerra,
visando a formação de bons soldados e cidadãos leais. Esta sociedade militarizada
privilegiava a formação física e militar sob o desenvolvimento do espírito e do intelecto.
Seu principal objectivo era a intervenção na guerra e a manutenção da segurança da
cidade, talvez por isso, a valorização da preparação física fosse tão amplamente
divulgada.
A educação começava em casa, realizada pela família sob fiscalização severa do Estado,
teríamos então um regime disciplinar rigoroso, onde a preocupação era a formação
física da criança, a obediência às autoridades, o respeito pelos mais velhos, o
patriotismo e a coragem inabalável diante do perigo.
Aos sete anos, as crianças passavam a pertencer ao Estado, eram mandadas ao exército,
onde recebiam educação e aprendiam as artes da guerra e desporto, a única diferença
entre meninos e meninas, é que as meninas não dormiam nos quartéis e sim, em suas
casas, onde recebia aulas de educação sexual tendo a mãe como tutora.
A educação espartana masculina, como dita anteriormente começava aos sete anos,
onde os meninos permaneciam em quartéis, em pequenos grupos de acordo com as
faixas etárias.
A aprendizagem tornava-se cada vez mais rigorosa, tanto que, aos 12 anos eram
abandonados a própria sorte em penhascos da região, contando apenas um com os
outros, permaneciam lá, nus e sem comida, para que assim, criassem resistência ao frio
e para que aprendessem a pescar e caçar, respectivamente.
Dos dezoito aos trinta anos, retornavam a Esparta e eram considerados cidadãos de
segunda classe, sem direito a voto como exemplo.
Aquele que conseguisse permanecer vivo até os trinta anos poderia retornar ao quartel,
obtendo todos os direitos de um cidadão espartano, que além do voto, incluía o direito
a ter relações sexuais com mulheres (já que até os trinta anos só permitiam relações
entre homens) e o direito de casar.
Caso a mulher não conseguisse engravidar, a mesma era devolvida a família e o
espartano poderia então, “casar” com um homem do exército, mas se a mulher
conseguisse engravidar, poderiam casar com ela, mesmo com o casamento o espartano
retornava ao quartel e só retornava aos sessenta anos, para assim, viver com suas
esposas.
As mulheres espartanas tinham mais privilégios que as mulheres atenienses, pois,
frequentavam os quartéis a partir dos sete anos de idade e lá praticavam exercícios
físicos e eram educadas para a guerra.
Com a chegada da primeira menstruação, começavam a receber aulas práticas de sexo,
onde eram usados escravos para tal fim, sendo que na prática, o coito interrompido
servia para que não engravidassem de hilotas “escravos”.
Com a chegada da maioridade, por volta dos vinte anos, a mulher espartana pedia
autorização para casar, mas, a mesma deveria passar por um teste de fertilidade,
usando um hilota como reprodutor, caso a mulher conseguisse engravidar, ao dar a luz
a criança era morta e a mulher obtinha o direito de casar, mas, caso não conseguisse era
mandada aos quartéis para lutar em guerras do mesmo modo que os homens.

CONLCUSÃO

Podemos verificar então que, a educação ateniense e espartana diferencia – se em


vários aspectos, desde a educação infantil, até o comportamento social do indivíduo ao
atingir idade mais avançada.
Em um aspecto geral, a educação actual se enquadraria mais a educação ateniense;
voltada ao intelectual, do que a educação espartana; voltada ao físico e a força.

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