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OS 12 CAMINHOS DA SIMPLICIDADE / AS 12 LETRAS SIMPLES

8/7/2002 Benjamin Mandelbaum


1. Relembrando cada uma das 2 sefirot do caminho.
2. Nomes do Caminho.
3. A Letra do Caminho: Sentido Literal , Sefer Yetzirá.
4. O Arquétipo do Caminho.
5. Meditação da Simplicidade Diagonal com o Lê Chai Olamim.

12 som Nº Sefer significado arquétipo Cami nho


simples Yetzirá literal
h heh 5 fala janela o bobo/o Keter-Chochmá
louco
v vav 6 imaginação prego, gancho o mago Keter-Biná
z zain 7 movimento espada, armadura a lua Netzach-Malkut
x cheth 8 visão medo,cerca,cinta o eremita Hessed-Tiferet
u teth 9 audição cobra o imperador Chochmá-Tiferet
y yod 10 ação mão a morte Tiferet-Netzach
l lamed 30 coito aguilhão o sol Hod-Yesod
n nun * 50 olfato peixe a estrêla Netzach-Yesod
C samec 60 sono esteio o diabo Tiferet-Hod
i ayin 70 agressão olho o enamorado Biná-Tiferet
j tsade * 90 paladar anzol a fôrça Guevurá-Tiferet
q qoph 100 riso símio, o julgamento Hod-Malkut

Le Chai Olamim= O Vivificador da Eternidade dos Mundos= Pertencem ao Eterno (no


Sidur CJB)
Presente no Sefer Yetzirá “Shel Hai Olamim”1:9 p. 96 e nos Salmos.Le= o,a,para,de
Chai= vivo, vivente Olamim= não tem no dic, Olam=Mundo, Olamot=( masc) Mundos,
Humanidade Olami= mundial, eterno.
As colunas são aritmologicamente homólogas 1=10=100=1000

a K=k=@ w
B=b L T
G M=,
D n =]
h C
v i
z P = p ={
x J =/
u Q
y r
(modéstia)
a U
Adéret= manto ( sidur Téches = solenidade,
cjb cerimônia P
majestade) (ordem) Pedút = (redenção),
Emuná= fé, crença, Tôhar = purificar, resgaste
confiança depurar, [como em pidiot a
( devoção) purgar ben=
(limpidez) resgaste do
` primogênito]
Biná= Compreensão, Y Peêr = formosura (
Ben Ia Yichud = unicidade beleza)
(inteligência) Yir’á = veneração,
Brachá= Benção temor, j
medo Tzvi = esplendor, glória
b Tzedek = justo
Gaavá= Altivez ( K
orgulho) Kéter= coroa Q
Guedulá= Grandeza Cavód= honra, respeito Kryiá = chamado[como
em
d L Kyiá Torá]
Daat=conhecimento ( Lechach = doutrina Kedushá = sagrado
saber) Libuv = encanto
Dibur=expressão, fala r
(palavra) M Chon = felicidade
Meluchá = Reino= Chomemut = elevado
c malchut
Hod= esplendor, glória Memshalá = domínio, w
Hadar= magnificiência governo Shir = canção
Shevar= elogiar,
e N enaltecer
Váad= união Nói= enfeite [ como em aleinu
Vaticut=perpetuidade (formosura) leshabehá
Netzáh = eternidade
z (firmeza) T
Zoch = pureza, Tehilá = louvar, fama,
limpidez, C renome
clarividência. Ssigu’i = (grandeza) Tiferet = beleza
Zohar = esplendor Sségev , com shin =
(elevação)
x
Cháyil =tropa,exército,
força,vigor, (
valor) i
Chóssen = poder, força Óz = coragem com
força
opulência,riqueza, Haanavá = humildade
TARÔ JUDAICO
0. Louco Davi com Avimelech
1. Mago Yetro, Moisés
2. Sacerdotisa Sara (profetisa), Débora
3. Imperatriz Ester
4. Imperador Davi
5. Hierofante Cohanim, Baal Shem Tov
6. Amante Davi e Betsabá, Ruth
7. Carro Merkavá
8. Justiça Tzadik, Yom Din, Pinchás, Salomão
9. Eremita Shimon B. Yochai ( Zohar)
10. Roda Guilgulim, José, o Sonho do Faraó,Saga dos 40 anos no Deserto
11. Força Davi, sua estrela e Golias, Sansão Nazarin
12. Enforcado Severa Glória, Exílio, Espera Messiânica
13. Morte Anjo da Morte
14. Temperança Anjo da Guarda, Vida
15. Dia-Bolo Narash, Satã, Jó
16. Torre Sodoma, Babel, Bezerro de ouro
17. Estrêla Descendência de Abrãao, Esperança do Povo
18. Lua Calendário, Rosh Chodesh, Lilith, Idishe Mame
19. Sol* Shemesh-Neshamá, Adão e Eva,Casais PaMatriarcais,
20. Julgamento† Jonas, Yom Din Final, Era Messiânica I, Teshuvá, Conversão
21. Mundo Ezequiel, Chaiot Kodesh, Era Messiânica II,

*
Genesis, Osser Or u Borer Rosher

Apocalipse= Revelação
Hêi=c
• Keter=Coroa Chochmá= Sabedoria
• Coroa da Sabedoria e Sabedoria da Coroação
• A letra h , a fala e a janela na coroa da sabedoria e na sabedoria da coroaçào
• arquétipo do louco/bobo. Quando o Rei Davi se fez passar por.
• Colocar o desenho da letra no caminho entre o topo da cabeça e o parietal direito,
meditar no nome do caminho. Cantar a parte do Le Chai Olamim Hod= esplendor,
glória e Hadar= magnificiência .
Colocada no caminho de Keter = Coroa, de cor branca no topo da cabeça e
Chochmá= Sabedoria de cor cinza na têmpera direita é a coroação da sabedoria ou a
sabedoria da coroa. Coroa que se coloca sobre os rolos da Torá, presente divino da
Sabedoria.
Hêi, corresponde a nossa letra E, é símbolo de sopro, que é som e que se faz
palavra. Também é uma interjeição que significa eis aqui . Como artigo definido preside
a designação dos seres e coisas. Assim, por exemplo, db = gad, que é felicidade vira a
felicidade quando coloca-se hei=c na frente ficando hagad=dbc. Incorporando-se outro
hei c na palavra temos Hagadá cdbc significando mito ou meta-história contendo a
felicidade dbc. Portanto, para entrarmos neste território mítico só com a felicidade do
passaporte místico, com todos riscos que implica como na parábola do PRDS, um morre,
um enlouquece, um fica céptico e um ilumina-se.
Hêi=c é o sopro divino que insuflou de vida ao barro adâmico do primeiro
humano, feito à imagem e semelhança divina. Hêi está duplamente presente no
TetraGRaMa. É a letra que fecunda o casal pamatriarca judaico Abrão e Sarai
transformando-se em Abraão , o pai dos povos, e Sarah, realizando assim o milagre da
fecundidade, através do sopro divino advindo pelo anjo Gabriel .
No Zoar é lembrada, como Yod que já pertencem e não vale separar-se do
Tetragrama YHVH , como o representante literal do Corpo Divino que fazendo-nos à sua
imagem e semelhança colocamos meditativamente no corpo humano de pé:
y Yod=Cabeça 10Hêi h =Braços v Vav=Coluna 20 Hêi h = Pernas.

O Talmud ensina que sábio é que aprende com todos. Os Salmos proclamam as
obras do Senhor feitas com muita sabedoria. Seu arquétipo é o louco ou o bobo. A
loucura aparente que Davi se faz passar é o que o salva da fúria de Avimelech, segundo a
tradição nos revela. Lembremos que Davi é o pai de Salomão coroado o Rei da
Sabedoria. Não podemos levar nada a sério demais, nem a nós mesmos, nem a própria
concepção humana de D”S, como diz o provérbio idish ”O homem pensa e D”S ri”. Rir
também é o melhor dos remédios. O Tarô como jogo simbólico pode ser revelador do
encontro do inconsciente pessoal com o coletivo reverberando o inconsciente cósmico.
Seu aspecto lúdico é revelado nele mesmo consagrando a figura do Louco ou Bobo como
iniciador do processo nesta caminhada entre o precipício da doença mental e a inspiração
criativa. Que possamos usar a Árvore da Vida como norteador destas passagens.
Colocando a letra no caminho, cantemos o nigun-mantra Le Chai Olamim da
letra h de Hod= esplendor, glória e Hadar= magnificiência.
WAW V
Benjamin Mandelbaum

1. Relembrando cada uma das 2 sefirot do caminho.KETER-BINÁ


2. Nomes do Caminho:.COROA DA COMPREENSÃO/
COMPREENSÃO DA COROA
3. A Letra do Caminho: Sentido Literal PREGO, GANCHO, ESTACA
Sefer Yetzirá. IMAGINAÇÃO
4. Arquétipo do Caminho.MAGO
5. Meditação da Simplicidade Diagonal com o Lê Chai Olamim.
VÁAD=UNIÃO
VATICUT=PERPETUIDADE

A letra waw se escreve com ela mesma 2 waw juntos, V V. Sozinha ela é a
conjunção coordenadora conectiva e , sendo pois um elemento de ligação, uma espécie
de enganchador, como mostra o ideograma do Sinai na forma de um gancho que derivou
no ypsilon. Gancho que une 2 pontos, pólos, elementos, coisas ou idéias.
No Zohar tem o mesmo destino do Hêh, o de formar o TetraGRaMa , o YHWH.
Nele, waw une os dois Hêi na integração unitária do Yod. Na representação corporal do
TetraGRaMa tem a sua localização na coluna vertebral, unindo os dois costados, lados
direito e esquerdo, perfilando-se como a própria coluna central da Árvore da Vida, com o
centro do centro que é Tiferet, pois como ela Waw é seis. Em Gênesis, ao final de cada
dia D”S exclama Bom, mas no dia sexto acrescenta um Muito Bom. Dispõpe da Sua
criação ao homem, Adam Kadmom, primevo andrógino, é o Seu querido, em hebraico
Dod, escrito como David, o ungido, onde o waw está entre dois dalet.
O homem sendo animal ereto se entorta com o seu próprio desequilíbrio
extremista das colunas da direita e da esquerda, em função da maior abertura e exposição
sensório perceptiva que implica ao ficar de pé, como uma estaca é o waw. O homem tem
como missão se aprumar, com a coluna ereta, como recomendam as mais diversas
variantes das práticas meditativas. Ereto como o waw, para realizar a sua função mágica
de unir os quatro elementos, conectando com o seu coração o de cima como debaixo,
assim na terra como no céu, tal como simboliza a Estrela de David , de 6 pontas,
desempenhando seu papel de waw. A linha vertical ou o próprio número 1 , bem como o
próprio desenho do waw, simbolizam o homem, ser que une em si o mais sublime
celestial com o mais aquerôntico hediondo, unificando (ichud-váad ) o céu com a terra.
Ligando o topo da cabeça à têmpora esquerda está o caminho Keter-Biná, aí
usamos nossa imaginação, que é o sentido esotérico que o Sefer Yetzirá dá a letra waw,
passando a ter a compreensão da coroa, ou seja, do peso que ela implica ao colocá-la na
cabeça. Moisés reluta em colocá-la, ele que ficara gago na infância será o porta-voz. Ele
que aprendera com o sogro Yetro os segredos da magia usará seu cajado, ora
transformando-o em cobra que engolirão as dos magos do Faraó ora erguido aos céus nas
proclamações dos santos nomes milagrosamente abrindo o mar, ora se abrindo em flor
como escolhido, ora vertendo água da pedra.
Meditemos com o Le Chai Olamim: VÁAD=UNIÃO
VATICUT=PERPETUIDADE
U teth
Benjamin Mandelbaum

1. Relembrando cada uma das 2 sefirot do caminho. CHOCMÁ-TIFERET


2. Nomes do Caminho. SABEDORIA DA BELEZA(VERDADE)/ BELEZA
(VERDADE) DA SABEDORIA
3. A Letra do Caminho: Sentido Literal COBRA Sefer Yetzirá AUDIÇÃO.
4. Arquétipo do Caminho REI DAVID
5. Meditação da Simplicidade Diagonal com o Lê Chai Olamim.
TÉCHES= solenidade, cerimônia (ordem)
TÔHAR = purificar, depurar, purgar (limpidez)
O Caminho conecta a têmpora direita, de cor cinza, com o centro do tronco, de cor
amarela. A verdadeira beleza ou a bela verdade tem em si sabedoria. A verdadeira
sabedoria tem beleza. A bela sabedoria tem verdade...
A letra Teth, na forma da palavra Teth significa literalmente cobra. O próprio
desenho da letra, seu ícone, U, tem a forma de uma serpente. Várias outras culturas tem a
figura do Ourobóros , uma cobra mordendo sua cauda, esta figura também está presente
na literatura cabalística e que estaria sintetizada na letra Teth. Simboliza nesta imagem
contorcionista a conexão do fim com o princípio, o número 9 finda o ciclo, noves fora
nada, para se abrir no 10, que é igual a 1. Só D”S atemporal não tem princípio nem fim.
Para nós temporais não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe.
A serpente rastejante, também pode ser representada subindo a Árvore da Vida, do pó
de Malkut alça até a sexualidade de Yesod, que é o próprio 9, daí serpenteia, tal como a
representação do Oriente da Kundalini, para Tiferet até mais adiante chegar em
Chochmá. Este é nosso caminho da transcedência, na nossa missão cabalista de
reunificação, no caminho da redenção.
Em Gênesis, na abundância de Sua bondade, a cada dia findo, D”S dizia Tov = b v
u = Bom/ Belo. A Árvore do Conhecimento também é chamada do Bem = Tov e Rá =
Mal, que portanto, já estava presente desde o paraíso. O mundo manifesto é polar, como
Chocmá que é o número 2. Assim temos Luz e Sombra, dia e noite, superior e inferior,
positivo e negativo, realizado e irrealizado. O paradoxo da polaridade da im-perfeição é
de assim se fazer maravilhas frente ao seu contrário, desidentificar-se do agressor, pois o
mal se alimenta do mal e amplificar a maravilha, contrapor-se , diferenciar o sobre
humano do humano, dialogando sabiamente com o diferente. Polaridade da própria
consciência, que é ao mesmo tempo um dom e um fardo, na dialética do livre arbítrio,
como no dizer de Sartre sobre a condenação do homem à liberdade. O desenho do Teth u
não se fecha . Do imperfeito fazer-se perfeito para ser mais-que-perfeito, superar-se a si
mesmo ir além de Tiferet para se nutrir da sabedoria de Chochmá, sabendo que a
perfeição absoluta para além de toda antinomia esta na unidade de D”S.
Moisés chegou a ver D”s de perfil, ou de costas. Nos Salmos 31,20 o Rei David, o
ungido imperador em cuja descendência está o Messias, nos ensina que : “ Grandiosa é a
abundância de sua bondade que a ocultaste aos que Te temem “.
Meditemos com o Lê Chai Olamim, reinando com TÉCHES= solenidade,
cerimônia (ordem) e TÔHAR = purificar, depurar, purgar (limpidez).
i AYIN
Benjamin Mandelbaum

1. Relembrando cada uma das 2 sefirot do caminho. BINÁ-TIFERET


2. Nomes do Caminho. COMPREENSÃO DA BELEZA/COMPREENSÃO DA VERDADE/
BELEZA DA COMPREENSÃO/ BELEZA DA VERDADE
3. A Letra do Caminho: AYIN Sentido Literal OLHO Sefer Yetzirá AGRESSÃO
4. Arquétipo do Caminho DAVID E BETSABÁ
5. Meditação da Simplicidade Diagonal com o Lê Chai Olamim.
ÓZ = coragem com força e HAANAVÁ = humildade
A letra i se pronuncia com a palavra Ayin =] y i que quer dizer literalmente olho. Está
localizada no caminho entre Biná na têmpora esquerda, de cor preta, e Tiferet, de cor amarela no
centro do tronco. Compreensão é mais que entendimento, como se este ficasse como o en introduzido
na palavra compressão dando compreensão, como entendimento compresso. Aprendemos a ver a
beleza que se apresenta na verdadeira compreensão superior.
No Zoar a letra Ayin se apresenta ao Criador propondo-se para ser a iniciadora do livro
sagrado e argüi que ela é a inicial da palavra Haanavá = humildade= h v N i , onde ainda h v N
= naweh = belo. Visto porém por um outro olho= ayin = i , é lembrada pelo Criador que deve ter
esta mesma humildade ver-ificando que compõe a inicial da palavra falta = avon = ] v i , tão
reconhecida no pedido de perdão no Yom Kipur.
Perdão pedido com lágrimas no olhar , onde damah=lágrima= i M D, palavra que pode ser
desconstruída e reconstruída nas letras e palavras que a forma. Assim, outra forma de se ver sua
composição é dam=sangue= *,D no olho=ayin= i, ou ainda vemos que damah=lágrima= i M D
também é M matriz do conhecimento = i D , outra visão da palavra damah=lágrima= i M D é ad =
D i = indo até a matriz da letra M como retorno às águas primevas, pois M. =maim = água , que
está presente por sua vez na lágrima.O Ayin sendo olho nos remete ao tema do mau olhado ou do olho
grande que está presente na palavra in-veja. Esta é sempre parcial, pois omite a relação
custo/benefício. Só se inveja o benefício não o custo. Assim, Cain= ] y Q , palavra parecida com
Ayin, tem inveja de seu irmão, cuja fumaça do sacrifício subira aos céus enquanto que o dele não,
apontando para a escolha e aceitação Divina do oferecimento de Abel, Caim sente-se pessoalmente
rejeitado e não apenas seu ofertório, ficando também com ciúmes de D”S. A Cabala diz que Abel
doara sua parte animal em sacro ofício enquanto que Caim apenas a sua parte vegetal. Ao invés de
questionar-se, em busca da verdadeira compreensão, sobre a essência da escolha de sua renúncia
sacrificial , Caim impulsivamente nivela por baixo e assassina o irmão, aparecendo pela primeira vez
na Torá a palavra pecado, que literalmente quer dizer desvio do alvo, qual seja o de se elevar, como a
fumaça do holocausto. A inveja em si não é pecado pois ela aponta para a falta que é o espaço aberto
para o desejo poder brotar. Se dizem que a inveja é uma merda, cabe a nós deixá-la ao fogo do sol
para transformar-se, como no Tikun corretivo, em adubo. Transformando in-veja em ad-miração
construiremos um mundo melhor.
A escolha do enamorado caído de amor é de olhos abertos na compreensão da beleza e
verdade do coração, tal como acontece com a escolha amorosa de Ruth, a convertida que dela advirá o
Messias a partir da própria casa de Davi. Ele mais uma vez está presente como arquétipo judaico
deste caminho pela escolha que realiza no amor com Betsabá e em seu próprio nome Dodi = querido,
cantado no Lechá Dodi.
Olho por olho foi um crescimento jurídico fundamental na história da humanidade, na
contenção do desejo de vingança. Para que haja justiça é preciso de humildade e de coragem com
força como no Le Chai Olamim Óz = coragem com força Haanavá = humildade

*
m é éé uma letra que no final da palavra tem outra forma= ,
x HEITH
Benjamin Mandelbaum

1. Relembrando cada uma das 2 sefirot do caminho: HESSED-TIFERET


2. Nomes do Caminho: GRAÇA DA VERDADE/VERDADE DA GRAÇA
3. A Letra do Caminho: Sentido Literal , MEDO,CERCA,CINTA Sefer Yetzirá VISÃO
4. Arquétipo do Caminho. O EREMITA, SHIMON B. YOCHAI ( autor do Zohar).
5. Meditação da Simplicidade Diagonal com o Lê Chai Olamim.
CHÁYIL = tropa, exército, força, vigor,( valor).
CHÓSSEN = poder, força , opulência, riqueza.
A letra x pronuncia-se HEITH e escreve-se T y x , palavra que significa
barreira, cerco ou ainda vivente quando lê-se hayat =T y x, pois Rhai=y x é referente
a vida ( como na Árvore da Vida e Le Chai Olamim ) + T = sinal, donde T y x, sinal
de vida ou seja vivente . Por outro lado, podemos desconstruir e reconstruir a palavra T
y x em T x = Terror, medo, espanto do Yod y , a letra que sintetiza o TetraGRaMa,
o Santo Nome de D”S. Ser temente não é estabelecer uma relação paranóica, auto-
referente e persecutória na relação com D”S, mas sim temê-Lo, tanto no sentido
reverencial quanto do temor a Sua Grandeza, Sua Alta Voltagem, mas sobretudo no
sentido de temer desapontar o Amado, não pelo medo de perder Seu Amor, que é infindo,
mas de desagrá-Lo . Este temor está representado pelos Querubins, tanto na guarda do
Éden, com sua espada flamejante,quanto na Arca da Aliança, como cerca ou como cinta,
o sentido literal da palavra Heith, que é protetora dos Mandamentos, estes, desejosos de
serem acatados, nos reconduzirão, no seu cumprimento à reunificação divina com o
paraíso perdido. Assim, ao invés de perseguição de D”S temos a Sua sagrada aliança,
como diz o salmista “Confia no senhor e tem bom ânimo”.
Na apresentação das letras, como está no Zohar, é lembrado da inconveniência de
se iniciar a Torá com esta letra por ser a inicial da palavra Heth = a u x = pecado. Pecar
é literalmente errar a meta, o alvo, como diz Boff é não querer crescer. Heth surge pela 1a
vez na Bíblia no episódio de Caim e Abel. A palavra Heth pode ser des/reconstruída
como a u x = x a = ahr = irmão + Teth= u = cobra, ou seja irmão da cobra. Assim,
no Tikun, nosso caminho da correção dos desvios, devemos assumir nossa irmandade
perdida, somos seus verdadeiros guardiões. Ao invés da exclusão projetiva do mal, a sua
inclusão transformadora, como diz o rabi Bonder, ao invés do exorcismo o endorcismo.
Na Árvore da Vida corporal seu caminho está entre o ombro direito, hessédico, de
cor azul rei e o centro do tronco, no coração tiférico de cor amarelo ouro. Graça,
compaixão, misericórdia e abundância da beleza, da verdade, do amor e reciprocamente
beleza, verdade e amor da graça, compaixão, misericórdia e abundância.
O eremita sabe se recolher, mais que se isolar e desenvolve sua visão do exterior
para o interior na sua caverna existencial, tal com fez o autor do Zohar, rabi Shimon B.
Iochai, desenvolvendo as virtudes da simplicidade como a solitude, discrição, prudência e
paciência, ciência da paz, filha da esperança que sempre se alcança.
Meditemos cantando o Lê Chai Olamim, onde CHÁYIL = tropa, exército, força,
vigor,( valor) e CHÓSSEN = poder, força , opulência, riqueza.
j TSADE
Benjamin Mandelbaum

Relembrando cada uma das 2 sefirót do caminho. GUEVURÁ-TIFERET


Nomes do Caminho. FORÇA DA VERDADE (BELEZA)
VERDADE (BELEZA) DA FORÇA
A Letra do Caminho: j TSADE Sentido Literal ANZOL, Sefer Yetzirá. PALADAR
O Arquétipo do Caminho. A FÔRÇA- SANSÃO.
Meditação da Simplicidade Diagonal com o Lê Chai Olamim.
TZVI = ESPLENDOR, GLÓRIA TZEDEK = JUSTO

O ideograma arcaico da letra tem a figura de um arpão. Tsadi* é o anzol para


pescar D”S nos homens. Esta letra tem uma forma distinta no fim da palavra, como em
/i Etz= Árvore, como na da Vida. Despertemos nosso paladar para saborear seus frutos.
A Fôrça† está em Sansão, mais que nos músculos, em seus cabelos‡, ungidos por
D”S. São antenas celestiais. Ele, no ventre materno, foi prometido à D”S e zelado com
prescrições e proscrições, tal como a bebida. Seu trágico fim fala da dupla traição consigo
mesmo e da deslealdade de Dalila tanto como expressão da dissociação con-jugal
(mesmo jugo) na patologia do ataque ao vínculo, quanto como forma de dissociação
matéria-espírito ou ruptura da associação da imagem com a semelhança. Mas D”S é Leal.
A palavra Tselem= ,L J = Imagem está presente na criação de Adam à imagem
e semelhança Divina. Após a criação D”S achou ‘não bom’ a solidão parva do Adam
Andrógino. Adormece-o e do seu lado, de seu Tsela= costado = i L J e não de sua
costela, surge distinguida Eva. Costado à imagem e semelhança divina. Por outro lado,
iLJ também quer dizer coxo, na medida que um lado sem o outro é coxo. Almas
umbilicais que se buscam gêmeas, como David e Betsabá. O “não bom” é antes da
distinção, agora o bom pode aparecer. Desconstruindo a palavra i L J temos L J =
Tsel = sombra e i = Ayin = olho. Só 2 olhos frontais dão a noção de profundidade,
como a interação de 2 pontos de vista, o da direita com o da esquerda, Chochmá com
Biná, masculino com feminino.
“O homem é como uma sombra que foge e desaparece” diz Jób (14,2) mas, como
ela re-vela a Luz Divina. Sombra reveladora, como o negativo do positivo, a falta da
presença, o ativo do passivo, o feminino do masculino, o ying do yang, mas sobretudo da
interação transicional, na franja da penumbra, dessas dualidades. O Diabo como sombra
de D”S é nosso irmão, mais velho e ciumentíssimo, que nos prova mas ensina, tenta mas
fortalece, como a pedra obstáculo que se empurra. Somos assim a sombra da sombra,
que é L J L J = Tsiltsal = ressonância, daí TsiltseleY = címbalos cantada no Halelú-Ya.
Cantemos colocando o Ayin no seu caminho do ombro direito ao centro do
tronco, onde Tzvi, o esplendor e glória do Tzadik, o justo, tem sua força no coração.

*
Não corresponde a uma exata palavra y D J tal como Tet u, mas, corresponde a D J = costado, braço e y D J , onde y sendo
o representante do TetraGRaMa significaria braço Divino, tal como o braço esquerdo justo= Q D J = Tsedek da Árvore da Vida.

O arquétipo da Fôrça aqui poderia ser, mais uma vez, David. Quer pela força de sua estrêla- escudo protetor, pela coragem de agir
com coração, pela força corajosa de vencer o Golias, pela força espiritual de expulsar com sua música os demônios de Saul, quer pela
força de seus exércitos = Tsevaot e que é um dos Nomes de D”S

Como as Peyot dos Hassidim
y YÖD
Benjamin Mandelbaum
1. Relembrando cada uma das 2 sefirot do caminho. TIFERET-NETZACH
2. Nomes do Caminho. BELEZA-VERDADE DA VITÓRIA-ETERNIDADE
/ VITÓRIA-ETERNIDADE DA BELEZA-VERDADE
3. A Letra do Caminho: y YOD . Sentido Literal MÃO, Sefer Yetzirá AÇÃO.
4. Arquétipo do Caminho. O ANJO DA MORTE
5. Meditação da Simplicidade Diagonal com o Lê Chai Olamim.
YICHUD = UNICIDADE. YIR’Á = VENERAÇÃO, TEMOR, MEDO.
A letra Yöd = y é escrita D y que pronunciada Yad , com a vogal a ao invés de
o , forma a palavra Yad = D y que literalmente significa mão. Yöd no final da palavra
indica o pertencimento da primeira pessoa , meu, minha. Ex. Dodi= meu/minha Amado/a.
Estamos no caminho que une o centro cardíaco com o quadril direito, conjugando
o amarelo de Tiferet com o verde de Netzach. Tiferet tem vários nomes , Verdade, Beleza
e Amor entre êles e Netzach também, como Perpetuidade, Eternidade, Vitória e
Sentimento. Portanto possibilita esta união várias combinações intercambiantes: Verdade
Eterna, Beleza Eterna, Amor Eterno, Vitória da Verdade, da Beleza e do Amor.
Atento e forte o arquétipo deste caminho nos coloca sem tempo de temer a
Inominada Morte, mostra paradoxalmente a diferença entre a temporal imortalidade e a
eternidade atemporal imemorial, pois o oposto de morte é nascimento e ambos pólos
pertencentes a vida. O que alguns chamam de morte a lagarta chama de borboleta.
Composta pela letra Yöd a palavra y x = Hai é Vida. Como diz o salmista: “Grandes
são as obras do Senhor, são feitas com muita sabedoria” e a vida seu bem maior. Nas
orações diárias louva-se o Revivicador dos Mortos= Merrayê Hametim, com a ação
vitoriosa da vida que se presentifica na eternidade no advindo messiânico do Mundo
Vindouro.
David na travessia do vale da Morte nada teme naquele que o fortalece. O sentido
do verdadeiro temor ser o de D”S deve ser entendido, para além do nexo persecutório
paranóico, na própria temática amorosa de se temer desagradar o/a meu/minha Amado/a,
o Dodi, cantado no Ani le Dodi Vê Dodi Li = Eu para o/a meu/minha Amado/a e
meu/minha Amado/a para mim.
Na escolha da letra iniciadora da Torá está escrito no Zohar “É suficiente para ti
haver sido marcado e gravado em Mim Mesmo, lhe disse o Santo - bendito seja- e ser o
ponto de partida de toda Minha vontade. Não convêm separar-te do Meu nome.” O
sagrado TetraGRaMa YHWH. Nele enquanto o Yöd é a primeira letra, representado sua
abreviação minimalista equivalente ao germem, detentor do conhecimento do nome
completo, a mão Yad simboliza a ação deste conhecimento. O ser humano digitalizou
com a oponência do polegar a sua ação criadora. D”S disse: “ Vós sois deuses , uns
Elohim “ Salmos 82,6.
Invertendo Yad = D y temos y D = Dai = Basta. Um dos nome Divinos
é Shaday= y D w = Aquele ( o fogo ) que nos Basta. Assim o Yöd está presente nos
nomes divinos: ShadaY, ElohYm, AdonaY, YHWH , Y ,YY , Yh, AdonaY Tzevaot,
ElohaY.
Meditemos nos firmando com as sefirot, seus nomes, cores e localização com o
nigun-mantra do Lê Chai Olamim YICHUD = UNICIDADE e YIR’Á = VENERAÇÃO,
TEMOR, MEDO.
C SAMEC
• Relembrando cada uma das 2 sefirot do caminho. TIFERET-HOD
• Nomes do Caminho. BELEZA (VERDADE) DA GLÓRIA (PODER) // GLÓRIA
(PODER) DA BELEZA (VERDADE)
• A Letra do Caminho: Sentido Literal= ESTEIO Sefer Yetzirá=SONO
• Arquétipo do Caminho. Dia-Bolo Narash, Satã, Jó
• Meditação da Simplicidade Diagonal com o Lê Chai Olamim.
SSIGU’I = GRANDEZA SSÉGEV (COM SHIN) = ELEVAÇÃO

Samech =@M C , é o que sustenta, o que dá apoio, o esteio. Diz o salmista “O


Senhor sustenta aos que cambaleam ” passagem rezada na oração matinal “Somech
Noflim*”. Esta sustentação da letra samech é lembrada no Zoar no encontro das letras, em
suas petições de iniciarem a Torá, frente ao Criador, o qual lhe responde que “É
precisamente em função de seu destino ( amparador ) que deves permanecer em seu
lugar, pois se saíres para operar a criação do mundo o que sucederia com os que estão a
ponto de cair posto que se apoiam em ti?” .
Samech C é a inicial da palavra Sod= Secreto= D v C . Ela é a letra final que
compõe a palavra PaRDeS , o pomar da Árvore da Vida no Édem, a qual dá origem as
palavras paradiso e paraíso, e que tem em seu nome as 4 letras iniciais dos 4 níveis de
leitura: P’shat= ordinário, o aparente do aparente, a percepção literal, Remez= vestígio, o
oculto do aparente, alusão e metonímia, Derash= extraído , metafóra simbólica, o oculto
do aparente e Sod= secreto , o mítico e místico oculto do oculto, que conectam-se com as
sefirót da coluna da suavidade, central da Árvore da Vida , que respectivamente são :
Malkut, Yesod, Tiferet e Kether. Por outro lado, o fundamento que é Yesod = D v C y
é Sod do Yod, ou seja o segredo de Yod, que sendo a letra síntese do TetraGRaMa,
YWHW , significa o segredo Divino, que tem na revelação da sexualidade o mistério da
volúpia pois como sabemos a sexualidade é um Dom divino.
Escada†= , L C= sulam , como no sonho da Escada de Jacob, fala –nos de
ascensão. Daí que a Sulamita que nos canta os Cânticos mostrar que o amor é uma
ascese, uma ascensão ao Senhor. Como o Sinai = y n y C , que na sua humildade
engrandece, SSIGU’I = GRANDEZA, sua pequenez para servir de apoio para Moisés se
elevar cabalando o recebimento da Torá.
Os obstáculos chamados de Satã são para servir como degraus neste caminho,
como o sono, esteio do descanso, que ao mesmo tempo que nos tiram da vigília da
atenção necessária nos abrem o portal dos sonhos, os quais nos reencaminham a religação
superna numa suprarealidade, daí a assembléia dos sonhos que se realiza na madrugada
de Shavuot, embarcando-se na Merkavá, a Carruagem do profeta, o poeta da fé, Ezequiel,
para o recebimento cabalístico dos segredos da Torá.
Colocando a cor amarela no centro do tronco e a laranja no quadril esquerdo
cantemos meditando o LeChai Olamim aprendendo a fazer dos obstáculos a escada de
nossa elevação.

*
Somos da queda caídos, com calça de veludo como túnica de pele deixando a bunda fora, irmãos do Diabo, humanos que realizam
obras angélicas e demoníacas

A palavra esqueleto se deriva de escada.
n NUN
Benjamin Mandelbaum

• Relembrando cada uma das 2 sefirot do caminho. NETZACH-YESOD


• Nomes do Caminho. VITÓRIA DO FUNDAMENTO-FUNDAMENTO DA VITÓRIA
POSSE DO PRAZER- PRAZER DA POSSE.
• A Letra do Caminho: Sentido Literal PEIXE, Sefer Yetzirá OLFATO.
• O Arquétipo do Caminho A ESTRÊLA, O ARCO-ÍRIS, ESPERANÇA DO POVO,
DESCENDÊNCIA DE ABRÃAO.
• Meditação da Simplicidade Diagonal com o Lê Chai Olamim
NÓI= ENFEITE (FORMOSURA), NETZACH = ETERNIDADE (FIRMEZA)

Nun distingue-se em gênesis como a inicial da palavra Nequevá = h b Q n= fêmea que


está presente intrinsecamente no primevo Adam Kadmon e será distinguida do seu lado
colocando-a ao seu lado. Por outro lado, Nequevá = h b Q n é o Nun= n= peixe, símbolo
fálico, que adentra até o ventre= quovah= h b Q .
Nun inicia o nome de Noé=Noah= x n. Ele é a décima linhagem de Adam, como 10=1
malkutianamente a décima sefirá retoma ao um ketérico, ocorrendo com Noé a primeira
reciclagem* global do planeta, repovoando-o com a nova descendência†, e reafirmando a criação
após o arrependimento Divino de Sua própria criação anterior. Trata-se do primeiro Tikun Olam
= correção do mundo. Se até D”s se arrepende e realiza sua Teshuvá= retorno, porque nós não ?
Momento de limitação guevurótico no acerto do mundo tirando o excesso do seu gigantismo‡. O
nome de Noé origina-se de Consolar = , x n = Niham. É o filho que consola o pai do
arrependimento de sua criação, no célebre ‘onde foi que eu errei?, mas o Criador sabe fazer a
correção do desvio do alvo do pecado humano. É feita a purificação pela água através do dilúvio
e o peixe=Nun= ] v n é o único animal que, obviamente, não foi preciso que Noé§ leva-se
para dentro da barca. Assim, o peixe**, símbolo da fertilidade, está presente na primeira
ressurreição do mundo.
A pomba = Ioná = h n v y é enviada por Noé, após o corvo que revoa e não retorna,
para por à prova o fim do dilúvio, trazendo a paz com o ramo da oliveira da . Com este término
novo pacto da aliança enfeita coloridamente o céu , D”S promete com firmeza a eternidade do
Seu amor de não repetir tal tragédia†† e reafirma o primeiro mandato da gênese do mundo de
crescer (frutificar= pru) e multiplicar (=vru). A pomba = Ioná = h n v y é o nome do profeta
Jonas = h n v y , lido na parashá do arrependimento do Yom Kipur, por outro lado, Nun= ]
v n = peixe por sua vez evoca-nos aquele que o engoliu.
Acreditar no nosso faro, feeling do olfato, é manter a estrêla, chama acessa da esperança,
sabendo que depois da tempestade vem a bonança. Meditemos com a Árvore da Vida colorindo
de verde a sefirá Netzach no quadril direito e de roxo em Yesod no sexo, colocando a letra Nun
em seu caminho e cantemos o Le Chai Olamim com Nói= enfeite (formosura) e Netzach =
eternidade (firmeza). Com fé e tranquilidade o nosso caminho vai florescer.

*
O inferno judaico é chamado de Geena e é concebido gélicamente como uma usina de reciclagem cósmica.

Noé tem 3 filhos, sendo um deles Sem que dará origem aos povos semitas, como os árabes e judeus.

Irresponsabilidade possessiva do prazer fundamentalista, fruto incestuoso dos seres angelicais com os terrenos
§
Noé embora justo e temente, não busca convencer seus conterrâneos isolando-se com os seus na construção da arca e por esta falta
de generosidade não é agraciado com o patriarcado do povo judaico como o foi posteriormente Abraão reconhecido pela sua
hospitalidade generosa.
**
Presente na ceia no Rosh Hashaná e no ritual do Taschlich da purificação.
††
O risco agora é nosso com nosso gigantismo poluidor criador do buraco de ozônio.
z ZAIN

• Relembrando cada uma das 2 sefirot do caminho. NETZACH-MALKUT


• Nomes do Caminho. ETERNIDADE DO REINO-REALIDADE-REAL
SENTIMENTO-POSSE DA MATÉRIA
• A Letra do Caminho: Sentido Literal ESPADA, ARMADURA, Sefer Yetzirá.
MOVIMENTO
• Arquétipo do Caminho. O LUZEIRO LUA
• Meditação da Simplicidade Diagonal com o Lê Chai Olamim. ZOCH = PUREZA,
LIMPIDEZ,CLARIVIDÊNCIA. ZOHAR = ESPLENDOR

No Zoar a letra Zayin = ] y z lembra em seu pleito que ela inicia a palavra
zachor = r k z recordar* como em Ex,20,8, “recorda-te do descanso sabático”. D”S
lhe contrapõe que a letra† também tem a imagem da guerra pelo significado de um sabre
afiado.
Seu número é 7 remete-nos ao Shabat, que significa retraimento, Dia da Pausa
como um retraimento de D”S para que o homem nesta pausa se chegue à Ele.
Da mesma palavra r k z, com o ponto 0 = a vogal o temos zachor = r 0k
z = lembrar, trocando pela vogal a = f temos zachar= r k z = masculino e a palavra
lembrança é igual a palavra macho que se pronuncia com o ponto vocálico e e zecher=
r k z.
D”S após a criação de Adam Kadmon diz que não é bom que o homem esteja só,
separado de si mesmo. “Far-lhe-ei uma ajuda cara-a-cara”. Ajuda=Ezer= r z i que já
está implícita no episódio seguinte quando Adam nomea os seres do mundo, quando o
humano ganha a palavra, mas que ainda não visualisa frente a êle e que só após o sono de
Samech que ela é destacada do seu lado e posta à sua frente. Do Ish=homem= w a se
destaca do seu lado a mulher=Isha= h w a. As letras alef a e shin w que compõe a
palavra Ish se acrescenta um Hei h = Respiração Divina para se formar a mulher.
A palavra ‡Ezer= Ajuda=r z i tem como anagrama a palavra Zerá= ir z =
Semente. Como todas as almas já estão presentes na alma de Adam Kadmon a ajuda zerá
feminina está no estado de semente azer que será presentificada na figura da Isha que
ajudará o Ish a tomar contato consigo mesmo após a prova do fruto do conhecimento e se
conhecerem intimamente fecundando o sêmem-semente. Na palavra Azer= r z i
temos a letra Zayin exatamente no meio . É a espada da letra Zayin que divide o mal que
é a palavra Rah i r para dela extrair o bem , tal como é das trevas que extrai a luz,
mesmo que na forma da penumbrada que é para serem acessíveis aos nossos olhos
assombrados.

*
Nos festivais judaicos reza-se o Izhckor em lembrança aos mortos.

Semelhante a letra final nun n =].

Eli-ezer= Ajuda de D”S.
L LAMED
Benjamin Mandelbaum

• Relembrando cada uma das 2 sefirot do caminho. HOD-YESOD


• Nomes do Caminho.GLÓRIA DO FUNDAMENTO-FUNDAMENTO DA GLÓRIA-
PODER DO PRAZER-PRAZER DO PODER-PENSAMENTO DO PRAZER-PRAZER DO
PENSAMENTO- HONRA DO PRAZER-PRAZER DA HONRA.
• A Letra do Caminho: Sentido Literal AGUILHÃO, Sefer Yetzirá COITO.
• Arquétipo do Caminho. O SOL=SHEMESH CLAREZA TRIUNFO.
• Meditação da Simplicidade Diagonal com o Lê Chai Olamim.
LECHACH = DOUTRINA LIBUV = ENCANTO

A palavra instruir, ensinar, aprender em hebraico é escrita com a mesma base Lmd = D M L
, lido Limod quando se aprende ou estuda e Lamed quando se ensina e que é o nome próprio da letra L
. A pedagogia cabalística integra o receber e dar ao aprender e ensinar. O Talmud quer dizer estudo e
são textos com-sagrados pelos estudiosos Rabis. Por outro lado, a palavra Lamed também tem como
outro sentido literal o aguilhão, o condutor pastoral de bois que toca o animal indicando-lhe o
caminho, fazendo-o avançar. Assim, a Cabalá hebraica revela o sentido pedagógico de condutor da
aprendizagem. Agregando este significado ao sentido esotérico que nos ensina o Sefer Yetzirá sobre a
palavra-letra L a significa como coito, doce deleite do ato sexual prazeroso. Tais significações nos
remetem ao próprio sentido da palavra latina educar, que denota tanto a colocação no ducto, caminho,
quanto o segundo sentido da palavra educar derivada de duccere, doce. Endurecer sem a ternura
perder, onde mais uma vez vemos o suave equilíbrio dos pilares do rigor e da graça.
A letra Lamed compõe a palavra El = L a = preposição até , que indica direção. Assim,
mostra-nos que é em sua direção Superior que devemos seguir o nosso re-ligare, pois El = L a é um
dos sagrados nomes divinos, presente nos nomes dos Arcanjos presente nas nossas orações*, como
Rafael, o Médico Divino, Gabriel, o Herói Divino, Uriel, a Luz Divina e Daniel, a Justiça Divina.
Invertendo as letras temos a palavra Ló= a L que quer dizer não. Como ensinou Maimônides em sua
Teologia Apofática, podemos dizer sobre a negatividade existencial de D”S , que está em tudo mas
nada o contem, ou seja, é impossível reduzí-lo a qualquer objeto ou atributo, podemos dizer o que Ele
não é mas não o que é. Esta negação também está presente na linguagem bíblica nos mandamentos =
Mitzvot que indicam proibição, com o sentido negativado de L a, lido como Al = Não como em Al
Taasé = Não Farás.
A primeira letra da Torá é Beit = B , em Bereshit e a última é Lamed = L, na palavra Israel
juntas formam a palavra Lev = b L = coração, invertido é L b = Bal = não ou sentença de negação.
Seu valor numérico é 32 ( 30+2) como os 32 caminhos da sabedoria que compõem a Árvore da Vida.
É na casa = beit do coração=lev que se estuda=lamed a Torá e não com o coração.
Com Halel = L L h = Louvor colocando o foco no caminho coloquemos a letra L e
meditemos o aprendizado com o Le Chai Olamin. O LIBUV = ENCANTO da LECHACH =
DOUTRINA

*
Possa Michael, a energia do amor, estar a meu lado direito.
Possa Gabriel, a energia da coragem, estar a meu lado esquerdo
Possa Uriel, a energia da visão, estar a minha frente
Possa Rafael, a energia de cura, estar as minhas costas
Shechinat El -- Presença divina: Possa Tua energia estar a minha volta
Possa eu sentir a Tua Presença dentro de mim
Percebendo meu amor por Ti e teu amor por mim.
Q QOPH
Benjamin Mandelbaum

• Relembrando cada uma das 2 sefirot do caminho. HOD-MALKUT


• Nomes do Caminho.GLÓRIA / PODER/ PENSAMENTO/HONRA/JÚBILO da
REINO/REALIDADE/DOMÍNIO/DIVINA PRESENÇA
• A Letra do Caminho: Sentido Literal SÍMIO, BURACO DA AGULHA
Sefer Yetzirá RISO.
• Arquétipo do Caminho. O JULGAMENTO. YOM DIN PRÉ-MESSIÂNICO
• Meditação da Simplicidade Diagonal com o Lê Chai Olamim. KRYIÁ = chamado
[como em Kryiá Torá] KEDUSHÁ = sagrado.
A letra Q prenuncia em sua forma invertida a figura da letra q de nosso alfabeto. A
letra pronunciada quof forma a palavra {v Q que significa macaco. Além da já
popularizada figura dos 3 monos que fecham os ouvidos,boca e olhos, este animal tem
uma representação no inconsciente coletivo como nosso ancestral, ao mesmo tempo
bufão e sábio. É preciso reconhecer o valor do humor na expressão da sábia verdade.
Este animal está presente na lenda que narra o nascimento da vinha e do vinho, regado
pelo Diabo com o sangue do cordeiro, do macaco, do leão e do porco que farão as 4 fases
da embriagues. Daí o dito “In vino veritas”.
A Cabalá ensina que palavra verdade chamada emet = T M a é escrita com as
letras que são a inicial do alfabeto a , a do meio M e a final T, porque a verdade para ser
verdadeira tem que ser do início, meio ao fim. E a Torá é chamada (junto com Moisés)de
Torá Emet, a própria verdade. No Zohar é negado ao Q ser a inicial da Torá por compor,
junto com as demais letras shin e resh , a palavra mentira = sheker = r Q w.
Decompondo-a temos r w= príncipe e w r =pobre, assim, o príncipe pobre da verdade
é a mentira. Entretanto, é preciso lembrar de que ela é necessária como mecanismo de
sobrevivência* tanto através dos mimetismos biológicos quanto dos disfarces† do ego
social. Como diz os Provérbios: “Eu, a sabedoria, moro com astúcia (sagacidade) e
descubro conhecimento da perspicácia”. Lembremos das peripécias dos disfarces que o
povo judeu fez ao longo da história, acendendo as velas do Shabat escondidas no forno
do fogão ou no campo da linguagem através da criação de dialetos como o idish e o
ladino, a um ponto tal que se incorporou como figura de linguagem na expressão astuto,
sagaz, ladino.
É esta esperteza que tem Jacob para poder receber a benção de seu pai Isaac,
disfarçando-se de seu irmão Esaú através de uma pele peluda de animal, astúcia esta
incentivada por sua mãe e posteriormente consentida por Isaac pois não retira dele a
herança do povo proferida pela benção ao descendente primogênito. A alma é ética mas
amoral. D”S escreve certo, mas nosso estrabismo é que vê as linhas tortas
Tal como no Sol nos protegemos de sua luz direta também é em relação a Verdade
Divina. Como diz o salmista: ” Todas as palavras de Sua boca são justas, nada há nela de
falso nem tortuoso. Todas são claras para o sábio e retas para quem encontrou o
Conhecimento”. O disfarce da máscara da persona-lidade, no triângulo Yesod-Hod-
Netzach, é a penumbra da verdade tiférica do self que se deixa revelar no reino de
Malkut. Sem a metáfora, fenômeno transicional da linguagem entre o ser e o não ser, não

*
Quem não cola não sai da Escola, mas quem só cola não decola, só descola.

Como diz a canção: ‘eu só peço a D”S um pouco de malandragem pois sou criança e não conheço a
verdade ‘.
podemos nos aproximar da verdade. É um certo faz de conta da mentirinha, que não é
propriamente uma mentira, mas a sombra da verdade que se conta*. No nosso mundo
terreno malkutiano† vivemos a verdade relativa onde o que pode ser verdadeiro para um
lado pode não ser para o outro, formando pontos de vista que são as várias e múltiplas
vistas daquele ponto. É o princípio de incerteza da física quântica ou o impedimento de
chupar cana e assoviar simultaneamente. Estamos em Malkut-Maquom, O lugar da
multiplicidade revela que 10=1 equivalendo ao Um de Keter em seu lugar de absoluto.
A palavra quof = {v Q quer dizer também buraco da agulha‡ onde ainda temos
nela mesma quev= v Q = linha e pê, phê = P = p = { = abertura, bôca. A parábola
machadiana conta do diálogo entre a agulha e a linha, a primeira abrindo espaço e
caminho para a segunda passar e ficar com o mérito da obra, mas retida no pano enquanto
a agulha anônima permanece livre com o seu espaço próprio onde a linha lhe entra.
Esta letra está no caminho entre Hod e Malkut. Malkut també é chamada de Maquom
= ,vQ M = O Lugar. Nesta palavra o Quof está entre os 2 mem, o do início M e do final
, , no meios deles está v Q = quo , que significa linha, cordão. Como liga os dois
Mem = Maim = água , simboliza aqui o cordão umbilical que vincula as águas de cima
com as de águas de baixo, mencionada na criação do mundo. Por outro lado, a palavra
quom = ,v Q = levantar-se, endireitar-se, ressuscitar e como Ma é a palavra formada
por M que designa o objeto nos ensina que Maquon é O Lugar endireitado, levantado,
ressuscitado. É em D”S que ressuscitaremos nossa última morte no julgamento final.
Assim, a palavra Maquom integra a totalidade existencial e como D”S está em tudo, mas
nada o contem, por isso, Ele mesmo é chamado de O Lugar, a Maquom.
Não poderiamos deixar de mencionar que a letra quof é a inicial da palavra h L B
Q , que lida cabalá é a própria ciência oculta do receber e compartilhar, mas se for lida
quebala significa queixa. Como na parábola dos cotovelos invertidos é nosso livre
arbítrio esta escolha entre se queixar da falta, fazendo o inferno, ou receber na falta,
criando o céu. Desconstruindo h L B Q temos L B Q = cabel = Receber e h ( letra
presente 2 vezes no TetraGRaMa) significando respiração, nos fala então do primeiro
recebimento humano em Adão do sopro divino na sua constituição vital. Como cab = B
Q é recipiente sendo ainda uma medida de capacidade, e como h B Q = quobah =
ventre verificamos ( tornamos verdadeiros ) que a Cabalá é o grande receptáculo da
concepção divina da vida.
Colocando as cores e a localização corporal destas sefirot junto com a letra deste
caminho cantemos o Le Chai Olamim KRYIÁ = chamado KEDUSHÁ = sagrado.

*
Quem conta um conto aumenta um ponto.

Experimente imaginar a realidade sob a hegemonia de cada um dos 4 elementos.

A frase cristã sobre a necessidade de desapego e despojamento que diz ‘é mais fácil passar um camelo no
buraco da agulha do que um rico entrar no reino dos céus’ ao invés de camelo deve ser traduzida por corda
grossa de navio ganhando então sentido a expressão.

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