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NEOLIBERALISMO E O
DIREITO NO BRASIL
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1) GLOBALIZAÇÃO E NEOLIBERALISMO
2) MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL E DIREITO BRASILEIRO
2.1) DIREITO CONSTITUCIONAL
2.2) DIREITO ADMINISTRATIVO
2.3) DIREITO DO TRABALHO
2.4) DIREITO TRIBUTÁRIO
2.5) DIREITO PROCESSUAL
2.6) DIREITO CIVIL
2.7) DIREITO DO CONSUMIDOR
3) CONCLUSÕES
BIBLIOGRAFIA
4
INTRODUÇÃO
base em Zygmunt Baumann, Anthony Giddens e Celso Furtado faz-se uma leitura sócio-
econômica do processo de globalização. Ainda em âmbito de cogitações históricas,
anuncia-se a perspectiva de Francis Fukuyama, para quem o triunfo do neoliberalismo
anuncia a concepção hegeliana de fim da história, temperada pelo vaticínio
nietzschiniano do último homem.
Enunciam-se as bases conceituais da globalização, que o
estudo reputa como frágeis. Opõe-se modernidade e pós-modernidade, vinculando-se esta
última ao processo de globalização. Nesse sentido, questiona-se a crítica radical da razão,
a deslegitimização do conhecimento e a aporia gerada pela crise das grandes narrativas.
Mas não seria a globalização mero capítulo de uma grande narrativa, como concebida
por Jean-François Lyotard, em estudo apresentado ao governo canadense1 ?
Avalia-se o conceito marxista de determinismo econômico, a
presumir o avanço das relações entre capital e trabalho, em desfavor deste último.
Sucintamente o trabalho compara as etapas do capitalismo, com ênfase nas fases
comercial, industrial, financeira e globalizada.
O livro finca âncoras epistemológicas em Antonio Negri e
em Michael Hardt, fiando-se nas concepções de poder no livro Império para mapear o
modelo de submissão imposto ao Brasil, com análise dos posteriores reflexos em nosso
direito. O trabalho faz ligeira referência a Louis Althusser, a Gilles Delleuze, a Felix
Guattari e a Joseph Stiglitz, com o objetivo de demonstrar ações contrárias à
globalização, centrando-se mais tarde nos modelos de contra-hegemonia propostos por
Boaventura de Sousa Santos.
Estudam-se os chamados atores globais, com especial
atenção no FMI. Com base em texto de Perry Anderson o trabalho traça os contornos do
neoliberalismo, com indicações dos pensamentos de Hayek e de Miltom Friedman.
Indica-se o programa neoliberal. Faz-se apertada imagem dos modelos de Reagan e de
Thatcher. Descreve-se o Consenso de Washington e as medidas neoliberais de maior
alcance, a exemplo de movimentos de privatização. Faz-se referência mais demorada à
direita norte-americana, aficionada que é do ideário neoliberal. Estudam-se os reflexos da
inexistência do Estado de bem-estar social no que toca ao desenvolvimento de práticas
1
LYOTARD, Jean-François. The Postmodern Condition: a Report on Knowledge, p. 37 e ss.
7
2
ANDERSON, Perry. Afinidades Seletivas, p. 175.
3
LEFF, Enrique. Ecologia, Capital e Cultura, p. 259 e ss.
8
4
ROUANET, Sérgio Paulo. Mal-Estar na Modernidade, p. 118.
5
ROUANET, Sérgio Paulo. As Razões do Iluminismo, p. 195.
6
CROOK, Clive. Globalisation and its Critics, in The Economist, 27 de setembro de 2001.
7
HELLER, Agnes e FEHÉR, Frenc. A Condição Política Pós-Moderna, p. 23.
8
TOURAINE, Alain. Crítica da Modernidade, p. 361.
9
ARRUDA JR., Edmundo L. de. Introdução à Sociologia Jurídica Alternativa, p. 95 e ss.
10
1. GLOBALIZAÇÃO E NEOLIBERALISMO
10
IANNI, Octavio. Teorias da Globalização, p. 14.
11
IANNI, Octavio. op.cit., p. 197.
12
SANTOS, Mílton. Para uma outra Globalização – do Pensamento Único à Consciência Universal, p.
18 e ss.
13
SANTOS, Milton. op.cit., p. 65.
14
GIDDENS, Anthony. A Terceira Via, p.38.
15
CHESNAIS, François. A Mundialização do Capital, p. 23.
11
poder triádico16, representado pelos Estados Unidos da América, pelas nações européias
que então processavam um movimento unificador de economias e pelo Japão. Modelos
políticos foram definitivamente cooptados por interesses financeiros. Trata-se da história
do capitalismo em permanente expansão imperialista17, centrado oportunisticamente em
plano supra-nacional18, em momento de expansão e de reorientação19.
O imaginário ligado à globalização remete-nos a várias
nuances também metafóricas20. Tem-se o globo enquanto figura astronômica, e de difícil
aceitação por parte do catolicismo dominante no medievo, período de formação de uma
tradição jurídica ocidental instruída pela vertente romanística21 e oxigenada pelo
desenvolvimento do capitalismo22. Pensa-se um mundo protagonista de uma história que
avança23 na realização de projeto de civilização libertadora24 . Trata-se de uma nova onda
que redimensiona o espaço25, explicitando o geomorfismo de uma aldeia global. Na base
de todo esse movimento está o desenvolvimento extensivo e intensivo do capitalismo no
mundo26. Alavanca-se a politização das relações, dado que aos empresários é facultado o
pleno domínio do poder de negociação; as empresas detém papel central na configuração
da economia e da própria sociedade27.
Percebe-se uma globalização em termos tecnológicos, na
medida em que a cibernética delineia fluxo de informações28 que altera regimes de
produção e de consumo. Do ponto de vista político a globalização recontextualiza a
soberania, acenando com modelos democráticos que prenunciam novo equilíbrio de
forças e que é marcadamente muito sutil29. Culturalmente, intercâmbios modelam o
paradoxo de uma destruição criativa30, prenhe de sonhos, pesadelos e ceticismo31,
16
CHESNAIS, François. op.cit., loc. cit.
17
LÊNIN, V.I.U. O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo, p. 366 e ss.
18
MELLO, Alex Fiuza de. Marx e a Globalização, p. 197 e ss.
19
IANNI, Octavio. A Sociedade Global, p. 55.
20
IANNI, Octavio. Teorias da Globalização, p. 11 e ss.
21
BERMAN, Harold J. Law and Revolution, The Formation of the Western Legal Tradition, p. 85 e ss.
22
TIGAR, Michael E. Law and the Rise of Capitalism, p. 61 e ss.
23
ANDERSON, Perry. O Fim da História- de Hegel a Fukoyama, p. 81 e ss.
24
POPPER, Karl. The Open Society and Its Enemies, v. 2, p. 27 e ss.
25
TOFLER, Alvin. The Third Wave, p. 125 e ss.
26
IANNI, Octavio. A era do globalismo, p. 35.
27
BECK, Ulrich. O que é globalização? , p. 14.
28
JAMESON, Fredric. A Cultura do Dinheiro, p. 17.
29
HELD, David Democracy and Global Order, p. 80 e ss.
30
COWEN, Tyler. Creative Destruction, p. 17.
12
31
TOMLINSON, John. Globalization and Culture, p. 71 e ss.
32
TOMLINSON, John. Cultural Imperialism, p. 134 e ss.
33
HIRST, Paul e THOMPSON, Grahame. Globalização em Questão, p. 20.
34
BAUMAN, Zygmunt. Globalização- As Consequências Humanas, p. 82.
35
PORTER, Roy. Enlightenment, Britain and the Creation of the Modern World, p. 397 e ss.
36
SANTOS, Milton. A Aceleração Contemporânea : Tempo, Mundo e Espaço, in SANTOS, Milton et
allii, Fim de Século e Globalização, p. 18.
37
GIDDENS, Anthony. A Terceira Via, p. 75.
38
BENAYON, Adriano. Globalização versus Desenvolvimento, p. 127.
39
FURTADO, Celso. O Capitalismo Global, p. 26.
40
SCHAFF, Adam. História e Verdade, p. 111.
13
41
STEGER, Manfred B. Globalization- a very short introduction, p. 20.
42
HESPANHA, António M. Panorama Histórico da Cultura Jurídica Européia, p. 46.
43
BENJAMIN, Walter. Illuminations, p. 261.
44
WHITE, Hayden. Metahistory- The Historical Imagination in Nineteenth-Century Europe, p. 81 e ss.
45
BREISACH, Ernst. Historiography- Ancient, Medieval & Modern, p. 205 e ss.
46
IGGERS, Georg G. Historiography in the Twentieth Century- from Scientific Objectivity to the
Postmodern Challenge, p. 139.
47
FUKUYAMA, Francis. The End of History and the Last Man.
48
FUKUYAMA, Francis.. op.cit., p. 39 e ss.
49
COULTER, Ann. Treason, Liberal Treachery from the Cold War to the War on Terrorism, p. 145 e
ss.
50
ROMSFELD, Donald H. Transforming the Military, in Foreign Affairs, May/June/2000, p. 20 e ss.
51
HIRSH, Michael. Bush and the World, in Foreign Affairs, October/2002, p. 18 e ss.
14
52
MOORE, Michael. Stupid White Men, p. 163 e ss.
53
HELD, David e MCGREW, Anthony. Prós e Contras da Globalização, p. 70 e ss.
54
WALLERSTEIN, Immanuel. Geopolítica, política de classe e a atutal desordem mundial, in DOS
SANTOS, Theotonio (coord.), Os Impasses da Globalização, p. 20.
55
CASTILLO, Adolfo. Participación Ciudadana y estrategias frente a la globalización, in ARELLANO,
Fernando (ed.), Globalización, Seattle y estrategias ciudadanas, p. 69.
15
56
HOFFMANN, Stanley. Clash of Globalizations, in Foreign Affairs, July/August/2002, p. 108.
57
GIDDENS, Anthony. As Consequências da Modernidade, p. 61 e ss.
58
GIDDENS, Anthony. Modernidade e Identidade, p. 70 e ss.
59
TOURAINE, Alain. Crítica da Modernidade, p. 113 e ss.
60
SILVA, Jair Ferreira da. O que é Pós-Moderno, p. 24.
61
CASSIRER, Ernst. The Philosophy of Enlightenment, p. 93 e ss.
62
CASSIRER, Ernst. op.cit., p. 275 e ss.
63
KRAMNICK (ED.), Isaac. The Portable Enlightenment Reader, p. 314 e ss.
64
RICHARD, Carl J. The Founders and the Classics, p. 53 e ss.
65
ECO, Umberto. The Name of the Rose.
66
CALVINO, Italo. Seis Propostas para o Próximo Milênio, p. 13 e ss.
67
HARVEY, David. Condição Pós-Moderna, p. 46.
68
SMART, Barry. A Pós-Modernidade, p. 49.
69
HABERMAS, Jurgen. O Discurso Filosófico da Modernidade, p. 467.
70
LYOTARD, Jean-François. The Postmodern Condition : A Report on Knowledge, p. 37.
71
HABERMAS, Jurgen. Legitimation Crisis, p. 33 e ss.
16
72
HABERMAS, Jurgen. The Structural Transformation of the Public Sphere, p. 27 e ss.
73
McCARTHY, Thomas. The Critical Theory of Jurgen Habermas, p. 291 e ss.
74
CONNOR, Steven. Cultura Pós-Moderna, Introdução às Teorias do Conhecimento, p. 23.
75
JAMESON, Fredric. Postmodernism or, the Cultural Logic of Late Capitalism, p. 347.
76
RENTON, David. Marx on Globalization, p. 103.
77
HUNT, E.K. History of Economic Thought, A Critical Perspective, p. 24.
78
DONGHI, Halperin. História da América Latina, p. 11.
79
FAUSTO, Boris. História do Brasil, p. 43 e ss.
80
PRADO JÚNIOR, Caio. História Econômica do Brasil, p. 56 e ss.
81
HOBSBAWN, Eric. The Age of Capital- 1848-1875, p. 270 e ss.
82
HOBSBAWN, Eric. The Age of Empire- 1875-1914, p. 56 e ss.
83
SAID, Edward W. Orientalismo, o Oriente como invenção do Ocidente, p. 60 e ss.
84
GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina, p. 189 e ss.
85
SEN, Amartya. Desenvolvimento como Liberdade, p. 109 e ss.
17
86
NEGRI, Antonio e HARDT, Michael. Empire.
87
NEGRI, Antonio e HARDT, Michael. op.cit., p. XI. Tradução e versão livre do autor. (...) Empire is (...)
the sovereign power that governs the world.
88
NEGRI, Antonio e HARDT, Michael. op.cit., p. XII.
89
NEGRI, Antonio e HARDT, Michael. op.cit., p. 10.
90
NEGRI, Antonio e HARDT, Michael. op.cit., p. 11.
91
NEGRI, Antonio e HARDT, Michael. op.cit., p. 6.
92
PETRAS, James e VELTMEYER, Henry. Hegemonia dos Estados Unidos no Novo Milênio, p. 17.
93
ALTHUSSER, Louis. Aparelhos Ideológicos de Estado, p. 66 e ss.
94
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. A Thousand Plateaus: Capitalism and Schizophrenia, p. 25.
95
PETRAS, James e VELTMEYER, Henry. op.cit., p. 68.
18
96
ANDERSON, Perry. Afinidades Seletivas, p. 175/176.
97
ANDERSON, Perry, op.cit., p. 175.
98
MINDA, Gary. Postmodern Legal Movements, p. 110 e ss.
99
UNGER, Roberto Mangabeira. The Critical Legal Studies Movement, p. 1. Tradução e versão livre do
autor. The critical legal studies movement has undermined the central ideas of modern legal thought and
put another conception of law in their place. This conception implies a view of society and informs a
practice of politics.
100
UNGER, Roberto Mangabeira. Knowledge and Politics, p. 3. Tradução e versão livre do autor. Thys
system of ideas is indeed the guard that watches us over the prison-house.
101
UNGER, Roberto Mangabeira. Law in Modern Society, p. 49.
19
102
UNGER, Roberto Mangabeira, False Necessity, p. xviii. Tradução e versão livre do autor. It is a second
way, given that only one way, softened or not, is now on offer in the world.
103
BOXBERGER, Gerald e KLIMENTA, Harald. As Dez Mentiras da Globalização, p. 9.
104
STIGLITZ, Joseph E. Globalization and Its Discontents, p. 23 e ss.
105
CHOSSUDOVSKY, Michel. A Globalização da Pobreza, Impactos das Reformas do FMI e do Banco
Mundial, p. 11.
106
FRIEDMAN, Milton. Capitalism and Freedom, p. 22 e ss.
107
HAYEK, F.A. The Road to Serfdom, p. 199 e ss.
108
SCHUMPETER, Joseph A. Capitalism, Socialism and Democracy, p. 232 e ss.
109
VON MISES, Ludwig. Liberalismo- Segundo a Tradição Clássica, p. 21.
20
110
WEBER, Max. Ensaios de Sociologia, p. 229 e ss.
111
FREUND, Julien. Sociologia de Max Weber, p. 170.
112
SOUZA, Jessé de. Patologias da Modernidade, p. 51.
21
113
ANDERSON, Perry. Balanço do Neoliberalismo, in Emir Sader (org.), Pós-Neoliberalismo, As
Políticas Sociais e o Estado Democrático, p. 9.
114
DOBB, Maurice. A Evolução do Capitalismo, p. 386.
115
POPPER, Karl. The Open Society and its Enemies, vol. 1, p. 138 e ss.
116
POPPER, Karl. The Open Socety and its Enemies, vol. 2, p. 27.
117
POPPER, Karl. op.cit., p. 81.
118
HEILBRONER, Robert L. The Wordly Philosophers, p. 278.
22
119
HUNT, E.K. History of Economic Thought, A Critical Perspective, p. 464.
120
KEYNES, John Maynard O Fim do Laissez-Faire, in Tamás Szmrecsányi (org.), Economia,, p. 106 e
ss.
121
ANDERSON, Perry. op.cit., loc.cit
122
HAYEK, F. The Road to Serfdom, p. 28.
123
HAYEK, F. op.cit., p. 29.
124
HAYEK, F. op.cit., p 31.
125
HAYEK, F. op.cit, p.75.
126
HAYEK, F. op.cit., p. 218.
23
homem, ao ser humano, deve ser garantido o direito de escolha, de optar pela profissão,
pela atividade econômica, elegendo dentre as várias formas de vida, a que melhor lhe
parece127.
Esta liberdade, fomentada por um Estado garantidor do
exercício de atividades econômicas, formata os exatos contornos de uma organização
política desejável. Ao Estado exige-se apenas que não interrompa, não incomode e não
limite. O Estado, na perspectiva de Hayek, apenas assiste ao livre jogo do mercado,
olimpicamente, promovendo a livre concorrência e garantindo aos mais aptos a vitória no
jogo do capitalismo.
127
HAYEK, F. op.cit., p. 18.
128
ANDERSON, Perry. op.cit., p. 10.
129
ANDERSON, Perry. op.cit.,loc.cit.
130
HOFFMANN, Fernando. Estado, Neoliberalismo, Globalização e Economia, in Revista da Faculdade
de Direito Universidade Universidade Federal do Paraná, 2001, p. 175.
24
O homem livre não perguntará o que seu país pode fazer por
ele nem o que ele pode fazer por seu país. Ele perguntará ‘ o
que eu e meus compatriotas podemos fazer por meio de
nosso governo’ para nos ajudar diminuir nossas
responsabilidades pessoais, para conquistarmos nossos
objetivos e propósitos, e acima de tudo, para proteger nossa
liberdade ?134
131
HUNT, E.K. History of Economic Thought, p. 464.
132
FRIEDMAN, Miltom. Capitalism and Freedom, p. 7 e ss.
133
FRIEDMAN, Miltom. op.cit., p. 8.
134
FRIEDMAN, Miltom. op.cit., p. 2. Versão livre do autor. Thre free man will ask neither what his
country can do for him nor what he can do for his country. He will ask rather “ What can I and my
compatriots do through government” to achieve our several goals and purposes, and above all, to
protect our freedom ?
135
ANDERSON, Perry. op.cit, loc.cit.
25
136
ANDERSON, Perry. op.cit., p. 11.
137
RUTLAND, Robert Allen. The Republicans, from Lincoln to Bush, p. 239 e ss.
138
SCHULMAN, Bruce J. The Seventies, p. 193 e ss.
139
ANDERSON, Perry. op.cit., p. 11.
26
140
BRENER, Jayme. O Mundo Pós-Guerra Fria, p. 97 e ss.
141
WALLERSTEIN, Immanuel. Geopolítica, Política de Classe e a Atual Desordem Mundial, in
Theotonio dos Santos (coord.), Os Impasses da Globalização, p. 20.
27
142
COULTER, Ann. Treason, p. 285 e ss.
143
MOORE, Michael. Stupid White Men, p. 16 e 17.
144
ARRIGHI, Giovanni. O Longo Século XX, p. 318.
145
ANDERSON, Perry. op.cit, p. 15.
146
ANDERSON, Perry. op.cit. p. 19.
28
147
CORREAS, Óscar. El Êxito del Neoliberalismo, in Direito e Neoliberalismo, Elementos para uma
Leitura Interdisciplinar, p. 3.
148
Quadro cronológico organizado a partir de YERGIN, Daniel e STANISLAW, Joseph, The
Commanding Heights, the Battle for the World Economy, p. 419 e ss.
29
149
CAMPOS, Roberto. A Lanterna na Popa, p. 25.
150
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 62.
151
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 77.
152
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 91.
153
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 159.
154
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 191.
155
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 237.
156
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 555.
157
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 1063.
158
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 1191.
159
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 1198.
160
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 1199.
35
161
CAMPOS, Roberto. O Século Esquisito, p. 190.
162
CAMPOS, Roberto. op.cit., p.192.
163
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 192/193.
36
164
CAMPOS, Roberto. Antologia do Bom Senso, p. 71.
165
CAMPOS, Roberto. op.cit., loc.cit.
166
CAMPOS, Roberto. Antologia do Bom Senso, p. 327.
167
CHOSSUDOVSKY, Michel. op.cit. p. 28 e ss.
37
168
CADERMATORI, José. Chile, el Modelo Neoliberal, p. 117 e ss.
169
LARRAÍN, Jorge, Identidad Chilena, p. 162 e ss.
170
CHESNAIS, François. Tobin or not Tobin ?, p. 39 e ss.
171
CHOSSUDOVSKY, Michel. op.cit., p. 47 e ss.
38
172
LIMA, Abili Lázaro Castro de. Globalização Econômica, Política e Direito, p. 159.
173
PERROUX, François. O Capitalismo, p. 12.
174
SAMPSON, Anthony. Os Credores do Mundo, p. 160.
175
SABBI, Alcides Pedro. O que é a questão da dívida externa, p. 66 e ss.
176
BOTTOMORE (ED.), Tom. Dicionário do Pensamento Marxista, p. 160.
177
HORKHEIMER, Max e ADORNO, Theodor. Dialectic of Enlightenment, p. 120 e ss.
178
WIGGERSHAUS, Rolf. The Frankkfurt School- its History, Theories and Political Significance, p.
66 e ss.
179
ASSOUN, Paul-Laurent. A Escola de Frankfurt, p. 56 e ss.
39
que a sociedade administrada produz uma massa acrítica e manipulável (...) nela ocorre
a extinção do sujeito cognoscente, do sujeito responsável180.
180
MATOS, Olgária C. F. Os Arcanos do Inteiramente Outro- a Escola de Frankfurt- a Melancolia e a
Revolução, p. 15.
181
SLOTERDIJK, Peter. Critique of Cynical Reason, p. 76 e ss.
182
HORKHEIMER, Max. Eclipse of Reason, p. 3.
183
ARENDT, Hannah. On Violence, p. 44.
184
ARENDT, Hannah. The Origins of Totalitarism, p. 460 e ss.
185
SANTOS, Boaventura de Souza. A Globalização e as Ciências Sociais, p. 72 e ss.
186
GILLISPIE, Alexander. International Environmental Law Policy and Ethics.
40
187
ARRIGHI, Giovanni. O Longo Século XX, p. 337 e ss.
188
TILLY, Charles. Coerção, Capital e Estados Europeus, p. 166 e ss.
189
SANTOS, Boaventura de Souza. op. cit., p. 43.
190
FARIA, José Eduardo. Direito e Economia na Democratização Brasileira, p. 15.
191
ARNAUD, André-Jean. O Direito entre Modernidade e Globalização, p. 157.
41
192
ARNAUD, André-Jean. e DULCE, María José Farinas. Introdução à Análise dos Sistemas Jurídicos,
p. 352.
193
GOMES, Luiz Flávio e BIANCHINI, Alice. O Direito Penal na Era da Globalização, p. 25 e ss.
194
GOMES, Luiz Flávio e BIANCHINI, Alice. op.cit., p. 32.
195
NEGRI, Antonio e HARDT, Michael. op. cit., p. 5.
196
OLSSON, Giovanni. Relações Internacionais e seus Atores na Era da Globalização, p. 150 e ss.
42
197
KENNEDY, Paul. The Rise and Fall of the Great Powers, p. 347 e ss.
198
ZOLO, Danilo. Cosmopolis, p. 43.
199
HUNTINGTON, Samuel P. The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order, p. 183 e ss.
200
PIOVESAN, Flavia. Direitos Humanos e Globalização, artigo in Carlos Ari Sundfeld e Oscar Vilhena
Vieira (coord.), op.cit., p. 195 e ss.
43
201
NUSDEO, Fábio. Curso de Economia, Introdução ao Direito Econômico, p. 365.
202
DERANI, Cristiane. Direito Ambiental Econômico, p. 141.
203
BROWN, Lester R. Eco-Economy, p. 233 e ss.
204
MODÉ, Fernando Magalhães. Tributação Ambiental- a Função do Tributo na Proteção ao Meio
Ambiente, p. 95 e ss.
205
LEFF, Enrique. Epistemologia Ambiental, p. 59 e ss.
206
GILLESPIE, Alexander. International Environmental Law Policy and Ethics, p. 150 e ss.
207
LEITE, José Rubens Morato. Dano Ambiental : do Individual ao Coletivo Extrapatrimonial, p. 85 e
ss.
208
COELHO, Luiz Fernando. Saudades do Futuro, p. 33.
44
209
COUTO, Ronaldo Costa. História Indiscreta da Ditadura e da Abertura, p. 343 e ss.
210
Não obstante a posição de Manoel Gonçalves Ferreira Filho, para quem não teria havido uma ruptura
revolucionária e consequentemente o texto de 1988 decorreria de um poder constituinte derivado.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional, p. 27.
211
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional, p. 95.
45
substanciais, como a provar a admoestação de Marx, o filósofo de Trier, para quem tudo
que é sólido desmancha no ar, tudo que é sagrado será profanado212. A globalização
poderia ter promovido a realização concreta de um Estado cosmopolita, num sentido
habermasiano213; mas não o fez.
Percebem-se também efeitos da globalização em âmbito da
construção da problemática cidadania brasileira. É que, (...) a redução do papel do
Estado como fonte de direitos e como arena de participação, e o deslocamento da nação
como principal fonte de identidade coletiva214 promovem um descentramento dos pólos
de referência. Migrações conceituais entre esferas públicas e privadas bem ilustram a
assertiva, de modo que temas historicamente vinculados ao Estado, como segurança
pública, suscitam soluções que apontam para um pluralismo jurídico promovido dentro
das regras do jogo.
A justiça fica deslocada para os justiceiros que apresentam
programas noticiosos de televisão, nos quais apelam para o drama, banalizando a
violência, pintando as infrações com as tintas da tara, da inconsequência, de uma
criminologia lombrosiana muito fora de moda. São estes os verdadeiros mal feitores,
exploradores de modelos irracionais de representação social215. E ainda fazem votos,
povoando o legislativo algumas vezes com certa escória, que faz da malignidade
mefistofélica perene um modo de vida.
O Estado periférico atende às determinações do Império, a
entendermos este último como um conjunto de forças que orquestra o desenvolvimento
do capitalismo, a partir dos Estados Unidos, de alguns países da União Européia e do
Japão, de acordo com o pensamento de Michael Hardt e de Antonio Negri216. O fim das
soberanias e o nascimento de um modelo político único217, sacudindo as estadolatrias e as
teorias estadocêntricas218, promovendo uma americanização que marca a globalização
212
A famosa frase de Karl Marx é título do livro de Marshall Berman, All That is Solid Melts into Air,
obra que se propõe, entre outros, a problematizar o modernismo e a modernização.
213
FARIAS, Flávio Bezerra de. A Globalização e o Estado Cosmopolita- as Antinomias de Jurgen
Habermas, p. 89 e ss.
214
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil, o Longo Caminho, p. 225.
215
SANTOS, Boaventura de Sousa. A Crítica da Razão Indolente contra o Desperdício da Experiência, p.
197 e ss.
216
HARDT, Michael e NEGRI, Antonio. Empire, p. 183 e ss.
217
RICUPERO, Rubens. O Brasil e o Dilema da Globalização, p. 27 e ss.
218
BORON, Atílio A. Estado, Capitalismo e Democracia na América Latina, p. 243 e ss.
46
cultural219, sugere um estilo político que por falta de identificação mais apurada, carrega
o epíteto de pós-moderna.
E a imaginarmos um Estado pós-moderno220, presumimos
também um direito constitucional com feição pós-moderna. No sentir de Canotilho, um
direito constitucional pós-moderno seria um direito pós-intervencionista, caracterizado
por ser processualizado, dessubstantivado, neo-corporativo e ecológico221. Uma
constituição afinada com a pós-modernidade teria cariz reflexivo, garantindo mudanças a
partir da construção de rupturas222.
E dada uma carência de efeitos normativos e jurídicos,
processa-se uma concepção de constituição simbólica, plurívoca e autopoiética223. A
globalização exige intervenções rápidas, efetivas, pelo que se podem questionar
concepções que fracionavam as normas constitucionais quanto à aplicabilidade224,
recurso retórico que justificava a não efetividade de normas relegadas à condição de
programáticas ou de efeito contido.
Ameaçada por condição que a relega a mero documento
simbólico, intimidada por um reducionismo que a equipolaria ao hino nacional ou a
bandeira, a constituição vive uma crise, aprofundada pela proliferação de emendas
constitucionais e pela dúvida quanto à convocação de uma nova constituinte. O
constitucionalismo e os constitucionalistas poderiam aproveitar essas aporias e
ambivalências, assimilando a mudança de paradigmas, mediante a implementação de
soluções normativas criativas, repensando-se a função do Direito nas sociedades
modernas225.
219
BRUNNER, José Joaquim. Globalización Cultural y Posmodernidad, p. 151 e ss.
220
FARIAS, Flávio Bezerra de. O Estado Capitalista Contemporâneo- para a Crítica das Visões
Regulacionistas, p. 45 e ss.
221
CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito Constitucional, p. 13.
222
CANOTILHO, J.J. Gomes. op.cit., p. 14.
223
NEVES, Marcelo. A Constitucionalização Simbólica, p. 53 e ss.
224
SILVA, José Afonso da. Aplicabilidade das Normas Constitucionais, p. 35 e ss.
225
UNGER, Roberto Mangabeira. Law in Modern Society, p. 134 e ss.
47
globalizado, que em meados da década de 1980 tomava as feições que hoje o marcam.
Assim,
Os estudiosos de Direito Constitucional aqui e alhures não
buscarão no novo texto lições sobre arquitetura institucional,
sistema de governo ou balanço de poderes. Em
compensação, encontrarão abundante material anedótico.
Que constituição no mundo tabela juros, oficializa o calote,
garante a imortalidade dos idosos, nacionaliza a doença e dá
ao jovem de dezesseis anos, ao mesmo tempo, o direito de
votar e de ficar impune nos crimes eleitorais ? Nosso título
de originalidade será criarmos uma nova teoria
constitucional : a do ‘progressismo arcaico”226.
226
CAMPOS, Roberto. O Século Esquisito, p. 198.
227
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 197.
228
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 192.
48
234
CAMPOS, Roberto. op.cit, p. 209.
235
TEMER, Michel. Constituição e Política, p. 115.
236
ANDRADE, A. Couto de. Constituinte- Assembléia Permanente do Povo, p. 19.
237
WOLKMER, Antonio Carlos. Ideologia, Estado e Direito, p. 62.
238
CAMPOS, Roberto. op.cit., loc.cit.
239
CUNHA, Paula Ferreira da. Para uma História Constitucional do Direito Português, p. 427.
240
COSTA, Mário Júlio de Almeida. História do Direito Português, p. 483.
50
241
SILVA, Nuno J. Espinosa Gomes da. História do Direito Português, p. 363.
242
CAMPOS, Roberto. op.cit., p. 210.
243
CAMPOS, Roberto. Antologia do Bom Senso, p. 301.
51
244
CAMPOS, Roberto. op.cit. , p. 322.
245
BACHOF, Otto. Normas Constitucionais Inconstitucionais?, p. 52 e ss.
52
247
SILVEIRA, Eduardo Teixeira. Globalização e Neoliberalismo: o direito de concorrência entre
empresas nacionais e transnacionais, in Revista de Direito Constitucional e Internacional, n. 40,
julho/setembro de 2002, p. 69.
248
ARAÚJO, Aloízio Gonzaga de Andrade. O Brasil e o Mundo Globalizado, in Revista da OAB, n. 65,
julho/dezembro de 1997, p. 13.
249
REICH, Norbert. Intervenção do Estado na Economia ( Reflexões sobre a Pós-Modernidade na Teoria
Jurídica ), artigo in Revista de Direito Público, n. 94, abril/junho de 1990, p. 266.
250
RAMOS, Elival da Silva. O Estado na Ordem Econômica, artigo in Revista de Direito Constitucional e
Internacional, n. 43, abril/junho de 2003, p. 56.
251
BONAVIDES, Paulo. Do Estado Liberal ao Estado Social, p. 39 e ss.
252
BONAVIDES, Paulo. A Globalização e a Soberania, Aspectos Constitucionais, artigo, in Revista TST,
Brasília, vol. 67, n. 1, jan/mar/ 2001, p. 127.
253
PAULA, Vera Cecília Abage de. Aspectos do Relativismo da Soberania : Contribuição ao Estudo,
artigo in Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, n. 33, 2000, p. 121.
56
pugna pela prevalência dos direitos humanos254. Nesse contexto, formata-se o redesenho
de nossa engenharia constitucional. Assim,
O século XXI chegou e a humanidade, além de não ter
conseguido conquistar o espaço cósmico, vem destruindo o
seu único habitat. No Brasil de contrastes, o direito
constitucional alcançou prestígio teórico com grandes
doutrinadores, mas vem dia a dia suportando o retalhamento
da Constituição e o esvaziamento dos direitos fundamentais
de forma tão nítida quanto assustadora255.
254
BERARDO, Telma. Soberania, um Novo Conceito, artigo in Revista de Direito Constitucional e
Internacional, n. 40, julho/setembro de 2002, p. 43.
255
FREIRE JÚNIOR, Américo Bedê. 2001 Uma Constituição no Espaço, artigo in Revista Tributária e de
Finanças Públicas, n. 40. setembro/outubro de 2001, p. 250.
256
TEMER, Michel. Revisão Facilitada da Constituição, artigo, Folha de São Paulo, 22 de outubro de
2003.
257
BEARD, Charles A. An Economic Interpretation of the Constitution of the United States, p. 253 e ss.
258
RUTLAND, Robert Allen. The Democrats- From Jefferson to Clinton, especialmente p. 202 e ss.
259
RUTLAND, Robert Allen. The Republicans- From Lincoln to Bush, especialmente p. 239 e ss.
260
POWE JR., Lucas A. The Warren Court and American Politics, p. 217 e ss.
261
SCALIA, Antonin. A Matter of Interpretation, p. 9.
262
GERBER, Scott Douglas. First Principles- the Jurisprudence of Clarence Thomas, p. 191 e ss.
263
O’CONNOR, Sandra Day. The Majesty of the Law- Reflections of a Supreme Court Justice, p. 237 e
ss.
57
277
AGUILAR, Fernando Herren. Direito Econômico e Globalização, in Carlos Ari Sundfeld e Oscar
Vilhena Vieira (coord.), Direito Global, p. 271.
278
VIEIRA, Oscar Vilhena. Realinhamento Constitucional, in Carlos Ari Sundfeld e Oscar Vilhena
Vieira, op.cit., pg. 13.
279
LEÃO, Adroaldo. Globalização e o Constitucionalismo Pós-Moderno, in Adroaldo Leão e Rodolfo
Pamplona Filho (coord.), Globalização e Direito, p. 7.
280
GOERTZEL, Ted G. Fernando Henrique Cardoso e a Reconstrução da Democracia no Brasil, p.163
e ss.
281
CHAGAS, Helena, Relações Executivo-Legislativo, in LAMOUNIER, Bolívar (org.), A Era FHC, um
Balanço, p. 335.
59
282
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo, p. 61.
283
BIONDI, Aloysio. O Brasil Privatizado, p. 38 e ss.
284
SUNDFELD, Carlos Ari. A Administração Pública na Era do Direito Global, in Carlos Ari Sundfeld e
Oscar Vilhena Vieira (coord.), op.cit., p. 164.
285
SUNDFELD, Carlos Ari. op.cit., p. 162.
286
LIMA, Abili Lázaro Castro de. Globalização Econômica, Política e Direito, p. 26.
61
287
HABERMAS, Jurgen. Direito e Democracia, entre Facticidade e Validade, v. II, p. 92.
288
LIMA, Abili Lázaro Castro de. op.cit., p. 269.
289
SCHWARTZ, Stuart B. Burocracia e Sociedade no Brasil Colonial, p. XV.
290
SALGADO (COORD.), Graça. Fiscais e Meirinhos- A Administração no Brasil Colonial, p. 25.
291
LIMA, Ruy Cirne. Princípios de Direito Administrativo, p. 26.
292
CAETANO, Marcelo. História do Direito Português, p. 226.
293
FAUSTO, Boris. História do Brasil, p. 63 e ss.
294
SODRÉ, Nelson Werneck. Panorama do Segundo Império, p. 272 e ss.
295
SILVA, Hélio. 1889: A República não Esperou o Amanhecer, p. 297 e ss.
296
SODRÉ, Nelson Werneck .Do Estado Novo à Ditadura Militar, p. 246 e ss.
297
CAMPOS, Roberto. O Século Esquisito, p. 189.
62
298
CAMPOS, Roberto. Antologia do Bom Senso, p. 319.
299
CAMPOS, Roberto. Lanterna na Popa, p. 1184.
300
OFFE, Claus. Problemas Estruturais do Estado Capitalista, p. 314.
301
LIMA, Abili Lázaro Castro de. op.cit., p. 236.
302
BURNHAM, William. Introduction to the Law and Legal System of the United States, p. 196.
303
FARNSWORTH, E. Allan An Introduction to the Legal System of the United States, p. 153.
304
JOHNS, Margaret Z. e PERSCHBACHER, Rex R. The United States Legal System, an Introduction,
p. 68.
305
POSNER, Richard A. Economic Analysis of Law, p. 10.
63
306
Folha de São Paulo, 8 de setembro de 2003, p. B1.
307
Folha de São Paulo, 8 de setembro de 2003, loc.cit.
308
Folha de São Paulo, 8 de setembro de 2003, loc.cit.
309
Folha de São Paulo, 8 de setembro de 2003, loc.cit.
310
TAVARES, André Ramos. Direito Constitucional Econômico, p. 320.
311
SOUTO, Marcos Jurena Villela. Agências Reguladoras, artigo in Revista Tributária e de Finanças
Públicas, n. 33, julho/agosto de 2000, p. 153.
64
312
SOUTO, Marcos Jurena Villela. op.cit., p. 157.
313
TAVARES, André Ramos. op.cit., p. 323 e 324.
65
314
RIGOLIN, Ivan Barbosa. O Servidor Público na Constituição de 1988, p. 81 e ss.
315
TAVARES, André Ramos. op.cit., p. 291.
66
316
KUMAR, Krisham. Da Sociedade Pós-Industrial à Pós-Moderna, p. 146.
317
BAUMAN, Zygmunt. O Mal-Estar da Pós-Modernidade, p. 41.
318
GOMES, Dinaura Godinho Pimentel. A Dignidade do Trabalhador no Cenário da Globalização
Econômica, artigo, in Revista LTr, v. 66, n. 12, dezembro de 2002.
67
319
GILLMAN, Howard. The Constitution Besieged, The Rise and Demise of Lochner Era Police Powers
Jurisprudence, p. 64 e ss.
320
SCHWARTZ, Bernard. A History of the Supreme Court, p. 193 e ss.
321
MORAES, Evaristo de. Apontamentos de Direito Operário, p. 23 e ss.
322
RUSSOMANO, Mozart Victor. Curso de Direito do Trabalho, p. 11.
323
Benedito Calheiros Bonfim, A Legislação Trabalhista e a Flexibilização, artigo in Revista de Direito
do Trabalho n. 108, p. 31.
324
GOMES, Dinaura Godinho Pimentel. op.cit., p. 66-12/1443.
325
SOUZA, Sérgio Alberto de. Direito, Globalização e Barbárie, p. 66 e ss.
326
DINIZ, José Janguiê Bezerra. O Direito e a Justiça do Trabalho diante da Globalização, p. 96 e ss.
68
327
ROMAGNOLI, Umberto. Os Juristas do Trabalho ante a Globalização, artigo, in Diana de Lima e
Silva e Edésio Passos (coord.), Impactos da Globalização- Relações de Trabalho e Sindicalismo na
América Latina, p. 21 e ss.
328
PINTO, José Augusto Rodrigues. A Globalização e as Relações Capital/Trabalho, artigo in Adroaldo
Leão e Rodolfo Pamplona Filho (coord. ), op. cit., p. 104 e ss.
329
SOARES, Ronald. A Inconstitucionalidade do Salário Mínimo ( Salário Mínimo e Neoliberalismo),
artigo in Revista LTR, n. 64, p. 1255.
330
SOARES, Ronald. op.cit., pg. 1257.
69
331
SOARES, Ronald. op.cit., loc. Cit.
332
TAVARES, André Ramos. Direito Constitucional Econômico, p. 152.
333
SOARES, Ronald. op.cit., loc.cit.
70
334
SOARES, Ronald. op.cit., p. 1260.
335
CORREIA, Marcus Orione Gonçalves O Contrato Individual do Trabalho no Contexto Neoliberal:
Uma Análise Crítica, artigo in Revista LTR, n. 67, p. 426.
336
PASSOS, Edésio. Reflexões e Propostas sobre a Reforma Trabalhista e Sindical, artigo in Revista
LTR, v. 67, p. 519 e ss.
337
OLIVEIRA, Ribamar. Emprego, in LAMOUNIER, Bolívar (org.), A Era FHC- um Balanço, p. 99.
338
MANGANO, Octávio Bueno. Organização Sindical Brasileira, p. 8.
339
RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios de Direito do Trabalho, p. 24.
340
CORREIA, Marcus Orione Gonçalves. op.cit., p. 424.
71
tomarmos a circunstância como mais uma (entre outras no pretérito havidas) que ameaça
o vendedor da força de trabalho. Nesse sentido,
O processo de globalização, ao mesmo tempo em que
propicia a internacionalização do sistema produtivo de
serviços, começa a evidenciar a necessidade de se buscar, de
forma mais concreta, imediata e progressiva, a solução de
necessidades prementes para garantir a sobrevivência da
humanidade, que deixa de ser uma abstração, para se
converter numa realidade341.
341
GOMES, Dinaura Godinho Pimentel. Os Direitos Sociais no Âmbito do Sistema Internacional de
Normas de Proteção dos Direitos Humanos e seu Impacto no Direito Brasileiro: Problemas e
Perspectivas, artigo in Revista LTR, n. 67, p. 647.
342
FERRER, Aldo. Historia de la Globalización, p. 11.
343
LEITE, Roberto Basilone. Desregulamentação, Flexibilização e Reconstrução do Ordenamento
Trabalhista: o Trabalhador entre o Neoliberalismo e o Garantismo, artigo in Revista LTR, v. 66, p.
1413.
72
dignidade do ser humano345, embora não se perceba a assertiva de forma integral, dado
que,
(...) é urgente uma reforma da legislação, num contexto
reformista de todo o ordenamento legal brasileiro, que lhe
permita ombrear-se com as profundas e rápidas
transformações que marcaram o fenômeno social do século
XX e invadem com o mesmo ritmo vertiginoso o alvor do
século XXI346.
344
LEITE, Roberto Basilone. op.cit., p. 1414.
345
SUSSEKIND, Arnaldo. Atualização da Legislação Trabalhista, artigo in Revista LTR, v. 67, p. 135.
346
PINTO, José Augusto Rodrigues. As Opções Legislativas para uma Reforma Trabalhista e a
Legislação Setorial, artigo in Revista LTR, v. 67, p. 685.
347
GOYARD-FABRE, Simone. Os Princípios Filosóficos do Direito Político Moderno, p. 427.
348
PIOVESAN, Flavia e FREITAS JR., Antonio Rodrigues de. Direitos Humanos na Era da
Globalização : o Papel do 3º Setor, artigo in Revista de Direito do Trabalho, n. 105, p. 78 e ss.
349
MARINS, Benimar Ramos de Medeiros. As Transformações do Direito do Trabalho e do Princípio da
Irrenunciabilidade, artigo in Revista LTR, v. 66, p. 697.
350
Cardoso, Luciane. Códigos de Conduta, Responsabilidade Empresarial e Direitos Humanos dos
Trabalhadores, artigo in Revista LTR, v. 67, p. 917.
351
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Princípios do Direito do Trabalho e Direitos Fundamentais do
Trabalhador, artigo in Revista LTR, v. 67, p. 908.
73
352
FAUSTO, Francisco. A CLT Sexagenária, Folha de São Paulo, 10 de novembro de 2003, p. A3.
353
GOMES, Dinaura Godinho Pimentel. A Dignidade do Trabalhador no Cenário da Globalização
Econômica, Revista LTR, v. 66, p. 1436.
354
FILHO, José Soares. A Crise do Direito do Trabalho em Face da Globalização, artigo in Revista LTR,
v. 66, p. 1168.
74
engendra um cenário que substitui o mundo fracionado da guerra fria, que presenciou um
permanente conflito entre estruturas capitalistas e socialistas, com vitória daquelas
primeiras. Durante o conflito entre Estados Unidos e Rússia perguntava-se de que lado
estavam os demais países do mundo; hoje questiona-se o nível e a extensão de parceiros
comerciais355.
Concomitantemente, a proliferação dos negócios bancários
suscita uma perene especulação, uma inusitada movimentação de capitais, de contratos,
de empréstimos públicos e particulares, garantidos pelos governos dos países periféricos.
Em relação a esses últimos a atividade tributária passa a
desempenhar uma inusitada função. Na perspectiva clássica da ciência das finanças tinha-
se na arrecadação um mecanismo de absorção de valores para que o Estado desempenha-
se suas tarefas. Valores eram (ou deveriam ser) orientados para a segurança, saúde, infra-
estrutura. Variava-se de acordo com o modelo do Estado, que transcendia a função
clássica, quando formatado nos moldes keysenianos de bem-estar social.
É por essa razão que historicamente a atividade tributária
sempre se fez antipática, pela natural tendência dos contribuintes no sentido de
relacionarem custos e benefícios. E muitas vezes o desate dessa aritmética tão simples
fez-se em rebeliões e revoluções. O Egito antigo, o proto-estado de Israel dos tempos
bíblicos, a China das dinastias que se diziam mandatárias do céu, as póleis gregas do rico
Mediterrâneo, a república e o império dos romanos, o Islã que tributava os infiéis, o
modelo de servidão fiscal eslava que os russos conheceram no medievo, a Inglaterra
elisabeteana, as colônias britânicas na América, os inconfidentes das Minas Gerais, enfim
uma interminável lista de embates políticos com fundo e finalidades tributárias ilustram a
assertiva356.
355
FRIEDMAN, Thomas L. The Lexus and the Olive Tree, p. 10.
356
ADAMS, Charles. For Good and Evil, The Impact of Taxes on the Course of Civilizations.
75
357
UTZ, Stephen G. Tax Policy, An Introduction and Survey of the Principal Debates, p. 33.
358
CASTRO, Alexandre Barros. Trust e Off-Shore : Elisão ou Evasão Fiscal?, artigo in Revista
Tributária e de Finanças Públicas, v. 30, p. 110 e ss.
76
propósitos. Com isso, propôs um ajuste fiscal de médio prazo e algumas reformas,
visando promover o aumento da poupança nacional359 .
Nesse ambiente viceja também a Lei de Responsabilidade
Fiscal, Lei Complementar 101, de 4.5.2000, que sob pretexto de moralizar os gastos
públicos, engessa os aludidos empenhos. Nesse sentido, referida lei representa um marco
para a mudança da gestão fiscal do país (...) fixa limites para despesas com pessoal,
para dívida pública e também determina que sejam estabelecidas metas fiscais360.
No passado, por exemplo durante a guerra fria, havia espaço
de manobra, dado que suposto combate contra a ameaça comunista, a par de nossa
posição estratégica, possibilitavam uma concepção de geopolítica que nos favorecia.
Porém a situação já não é mais a mesma. A mantença de um serviço de dívida externa é
que dá os contornos ao sistema tributário nacional. De tal modo,
O modelo proposto garante, por uma lado o pagamento
pontual dos compromissos junto aos grandes bancos
internacionais, retirando, por outro, aqueles mesmos
recursos de sua destinação originária. É dizer, que
desmantela os serviços públicos quanto à saúde, educação,
segurança, infra-estrutura, tributa sobremaneira os menos
abastados, olvidando de aperfeiçoar a progressividade na
tributação sobre patrimônio e renda361.
359
RIBEIRO, Mária de Fátima. Os Acordos com o FMI e seus Reflexos no Sistema Tributário Nacional,
in SILVA, Roberto Luiz (org.), O Brasil e os Acordos Econômicos Internacionais, p. 179.
360
RIBEIRO, Mária de Fátima, op.cit., p. 183.
361
RONZANI, Guilherme Della Garza. O Estado Liberal Consttucional e seus Reflexos na Tributação-
Neoliberalismo e Reforma Tributária, artigo in Revista dos Procuradores da Fazenda Nacional, v. 5, p.
184.
77
362
RONZANI, Guilherme Della Garza. op.cit., p. 206.
363
ABRÃO, Carlos Henrique. Tributação x Globalização, artigo in Revista Tributária e de Finanças
Públicas, n. 50, p. 282 e 283.
364
ABRÃO, Carlos Henrique. op.cit., p. 284.
78
prevendo cinco alíquotas, substituindo-se as vinte e sete atuais legislações, que oxigenam
guerra fiscal que denuncia problemas de federalismo horizontal.
A CPMF- contribuição sobre as movimentações financeiras,
seria prorrogada até 2007 tornando definitivo o que nascera sob a égide da
provisoriedade. Impostos de importação e de exportação também incidiriam sobre
serviços, além de produtos, que hoje gravam em detrimento de eventual paradigma de
livre comércio.
A recém criada CIDE- contribuição sobre a venda de
combustíveis- persistiria, com partilha posterior entre estados e municípios. Aqueles
ficariam com 18,75 % da arrecadação, esses últimos com 6,25 %. A COFINS,
contribuição para financiamento da seguridade social, deixaria de ser cumulativa,
deixando de incidir em todas as etapas da produção. A tributação internacional passa a
exigir maior fiscalização e empenho, especialmente em âmbito de preços de transferência
e seu controle fiscal365.
Cogita-se também de uma necessária tributação do comércio
eletrônico no plano internacional. Afinal,
O volume deste tipo de negócio ainda pode ser considerado
pequeno comparado com o comércio tradicional, mas é
muito difícil encontrar algum analista econômico que não
vislumbre grande crescimento para o setor nos próximos
anos e que não veja no desenvolvimento do setor uma
relação direta com o crescimento econômico em médio
prazo366 .
365
TÔRRES, Heleno. Direito Tributário Internacional, p. 161 e ss.
366
SILVA, Mário José. Tributação do Comércio Eletrônico no Plano Internacional- Uma Visão Geral,
artigo in Revista Tributária e de Finanças Públicas, n. 38, p.9.
367
DERZI, Misabel Abreu Machado. O Mercosul e a Refoma Tributária, Folha de São Paulo, 7 de
outubro de 2003.
79
368
CARVALHO, Patrícia. Harmonização do Direito Tributário no Mercosul, artigo in Revista Tributária
e de Finanças Públicas, v. 45, p. 18.
369
SOUZA, Edino Cezar Frânzio de. O Poder de Tributar do Estado no Cenário Econômico Atual, artigo
in Obsevatório Jurídico, Revista Consulex, n. 133, julho/2002, p. 44.
370
REIS, Antonio Carlos Nogueira. Tributação e Desenvolvimento, artigo in Revista Tributária e de
Finanças Públicas, v. 48, p. 149.
80
371
ICHIHARA, Yoshiaki. O que é Reforma Tributária?, artigo in Revista Tributária e de Finanças
Públicas, v. 49, p. 178.
372
HARADA, Kiyoshi. Possível Reforma Tributária, artigo in Revista Tributária e de Finanças Públicas,
v. 51, p. 141.
373
RONZANI, Guilherme Della Garza. op.cit., p. 206.
81
determinando uma feição procedimental mais ágil, marcada pela instrumentalidade e pela
crítica ao abstracionismo conceitual. A busca da celeridade promove discussões em torno
de eficácia a propósito da adoção de súmulas vinculantes. Perspectivas referentes a uma
nova percepção de tempo robustecem institutos promotores de tutelas cautelares,
justificativas dos novos matizes do agravo374 e da antecipação de tutela375.
A vulgarização do uso da internet torna a rede mundial de
computadores aliada de um ensaio de prestação de tutela jurisdicional mais rápida,
engendrando, por outro lado, problemas procedimentais de insuspeita complexidade. Um
processo civil coletivo reflete anseios de uma sociedade de massa que não pode
equacionar seus problemas judiciais por meio de um processo de cunho individual.
374
Lei 9139/95.
375
Lei 8952/94.
82
376
Diário Catarinense, 10 de outubro de 2003, a propósito das críticas do Presidente do Supremo Tribunal
Federal, Maurício Corrêa, em resposta a certa hostilidade do Presidente Luís Inácio Lula da Silva em
relação ao poder judiciário.
377
POSNER, Richard A. Law and Literature, p. 85 e ss.
378
BUENO, Carlos Scarpinella. Processo Civil e Globalização, artigo in Carlos Ari Sundfeld e Oscar
Vilhena Vieira (coord.), op.cit., p. 215.
379
MACIEL, Cláudio Baldino. Efetividade da Justiça, artigo in Folha de São Paulo, 8 de outubro de 2003.
83
380
WALD, Arnoldo e MARTINS, Ives Gandra. O Judiciário e a opinião pública, artigo in Folha de São
Paulo, 1º de outubro de 2003.
381
RAMOS, Saulo. Os sem-teto do Poder Judiciário, artigo in Folha de São Paulo, s.d.
382
ADORNO, Sérgio. Os Aprendizes do Poder, especialmente p. 91 e ss.
383
ZANCAN, Glaci. Quando “ O Processo “ se torna real, artigo in Folha de São Paulo, s.d.
384
CAPELLETTI, Mauro. Juízes Legisladores? , p. 31 e ss.
385
DINAMARCO, Cândido Rangel. A Instrumentalidade do Processo, p. 159.
386
COUTINHO, Luciano. Poder nacional e globalização : ideologia x fatos, artigo in Folha de São Paulo,
10 de outubro de 2003.
387
LOPES, João Batista. Efetividade do Processo e Reforma do Código de Processo Civil: como explicar
o paradoxo processo moderno- Justiça morosa?, artigo in Revista de Processo, n. 105, janeiro/março
de 2002, p. 128/138.
388
LOPES, João Batista. op. cit., p. 128.
84
389
CANTOR, Norman F. Imagining the Law, p. 212 e ss.
390
COX, Archibald. The Court and the Constitution, p. 44 e ss.
391
CURRIE, David P. The Constitution of the United States, A Primer for the People, p. 8 e 9.
392
SCHWARZ, Bernard. A History of the Supreme Court, p. 15/31.
393
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Súmula Vinculante: Desastre ou Solução? , artigo in Revista de
Processo, n. 98, abril/junho de 2000, p. 296.
85
efetividade no que toca à segurança jurídica, circunstância que pode redundar em mera
metáfora no mundo globalizado, carente a locução que é de construções legitimadoras em
âmbito pragmático, principalmente em terreno penal394.
A súmula vinculante poderia evitar a mencionada
insegurança jurídica e o descrédito do poder judiciário, e nesse sentido :
A lei é uma só (necessariamente vocacionada para
comportar um só único entendimento, no mesmo momento
histórico e nunca dois ou mais entendimentos
simultaneamente válidos,...) Todavia, no plano dos fatos,
decisões podem ser diferentes, porque os tribunais podem
decidir diferentemente. É comum haver duas ou mais
decisões, completamente diferentes, a respeito do mesmo
(mesmíssimo !!) texto, aplicáveis a casos concretos
idênticos395.
394
ANDRADE, Vera Regina Pereira de. A Ilusão da Segurança Jurídica, p. 169 e ss.
395
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. op.cit., p. 299.
396
BICKEL, Alexander M. The Least Dangerous Branch, The Supreme Court at the Bar of Politics, p.
29 e ss.
397
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. op.cit., p. 302.
398
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. op.cit., p. 306.
86
399
HOWARD, Philip K. The Death of Common Sense, especialmente p. 111 e ss.
400
HARVEY, David. A Condição Pós-Moderna, p. 185 e ss.
401
FREUND, Julien. Sociologia de Max Weber, p. 27.
402
POSNER, Richard A. Economic Analysis of Law, p. 10.
403
Essa é a lógica do capitalismo norte-americano, pretensamente impulsionado por uma ética pietista e
calvinista, conforme WEBER, Max. The Protestant Ethic and the Spirit of Capitalism, p. 17.
87
404
MARINONI, Luiz Guilherme. Efetividade do Processo e Tutela de Urgência, p. 37.
405
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Tutela Cautelar, p. 15.
406
OLIVEIRA, Carlos Alberto Álvaro de. A Ação Cautelar de Alimentos e a Nova Constituição, artigo in
Medidas Cautelares, Estudos em Homenagem ao Professor Ovidio A. Baptista da Silva, p. 61 e ss.
407
NERY JUNIOR, Nelson. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal, p. 87 e ss.
408
ROSAS, Roberto. Direito Processual Constitucional, p. 14 e ss.
409
FORNACIARI JÚNIOR, Clio. A Reforma Processual Civil (Artigo por Artigo), p. XIII.
410
MACHADO, Antônio Cláudio da Costa. A Reforma do Processo Civil Interpretada- artigo por artigo,
parágrafo por parágrafo, p. 15.
411
FREIRE, Reis. Principais Inovações no Direito Processual Civil Brasileiro, p. 17.
412
FREIRE, Reis. op.cit., p. 19.
88
413
MONACHESI, Juliana. Ciborgues da Resistência, artigo in Folha de São Paulo, Caderno Mais, 9 de
novembro de 2003.
414
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização- do pensamento único à consciência universal, p. 26.
415
MONTESQUIEU, Charles Louis de. Secondat Barão de. Do Espírito das Leis, p. 52 e ss.
416
LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História, Lições Introdutórias, p. 205 e ss.
417
HORKHEIMER, Max. Eclipse of Reason, p. 9.
89
418
UNGER, Roberto Mangabeira. Law in Modern Society, p. 64 e ss.
419
HABERMAS, Jurgen. Direito e Democracia- entre facticidade e validade, v. I, p. 139 e ss.
420
CARVALHO, Ivan Lira de. A Internet e o Acesso à Justiça, artigo in Revista de Processo, n. 100,
outubro/dezembro de 2000, p. 113.
421
CARVALHO, Ivan Lira de. op.cit., p. 117.
422
CARVALHO, Ivan Lira de. op.cit., loc.cit.
90
significar autorização nesse sentido423. Há, por fim, limites culturais, refletindo atitudes
de preconceito para com a cibernética, a par de barreiras materiais e econômicas,
decorrentes dos custos de acesso ao uso de computadores.
Refletindo uma sociedade massificada que exige um processo
de massa, proliferam mecanismos para discussão de direitos difusos e coletivos.
Interesses difusos abraçam uma série indeterminada e aberta de indivíduos424 . Interesses
coletivos são os pertinentes aos fins institucionais de determinada associação,
corporação ou grupo intermediário, decorrendo de um prévio vínculo jurídico que une
os associados425. Assim a indeterminidade é a característica fundamental dos interesses
difusos e a determinidade a daqueles que envolvem os coletivos426.
A ação civil pública é mecanismo processual que se presta a
defender interesses difusos427, com o objeto de obter condenação em dinheiro ou ordem
para o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer428, servindo à defesa do meio
ambiente, do patrimônio cultural e dos consumidores. No que toca a específica defesa de
consumidor, prevê o Código de Defesa (artigos 91 a 100) uma ação de classe brasileira,
inspirada na class action do modelo norte-americano429, de muita utilização nas justiças
estaduais daquele país430.
O direito processual brasileiro também flerta com o amicus
curiae, o amigo da corte, que radica no friend of court do direito norte-americano431. O
amicus curiae é aquele terceiro interessado que protocola petição em ação em que não é
parte, mas em relação à qual tem proveito no desate432. Esse instituto (...) por sua
informalidade e peculiaridades, não guarda verossimilhança com nossa intervenção de
423
CARVALHO, Ivan Lira de. op. cit., p. 122 e ss.
424
PRADE, Péricles. Conceito de Interesses Difusos, p. 49.
425
PRADE, Péricles. op. cit., p. 43.
426
DELGADO, José Augusto. Interesses Difusos e Coletivos : Evolução Conceitual. Doutrina e
Jurisprudência do STF, artigo in Revista de Processo, n. 98, abril/junho de 2000, p. 79.
427
MAZZILLI, Hugo Nigro. A Defesa dos Interesses Difusos em Juízo, p. 24 e ss.
428
MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Ação Civil Pública, p. 26 e ss.
429
GRINOVER, Ada Pellegrini. Da Class Action for Damages à Ação de Classe Brasileira: os Requisitos
de Admissibilidade, artigo in Revista de Processo, n. 101, janeiro/março de 2001, p. 11/27.
430
CARP, Robert A. e STIDHAM, Ronald. Judicial Process in America, p. 312 e 313.
431
FARNSWORTH, E. Allan. An Introduction to the Legal System of the United States, p. 109.
432
Esse tipo de intervenção é comum em ações que discutem questões referentes às ações afirmativas.
SPANN, Girardeau A. The Law of Affirmative Action.
91
433
MACIEL, Adhemar Ferreira. Amicus Curiae : Um Instituto Democrático, artigo in Revista de
Processo, n. 106, abril/junho de 2002, p. 107.
434
PEREIRA, Milton Luiz. Amicus Curiae- Intervenção de Terceiros, artigo in Revista de Processo, n.
109, janeiro/março de 2003, p. 39.
435
REHNQUIST, William. The Supreme Court, p. 9.
436
POSNER, Richard A. An Affair of State, the Investigation, Impeachment, and Trial of President
Clinton.
437
DERSHOWITZ, Alan M. Supreme Injustice, How the High Court Hijaked Election 2000.
438
GIFIS, Steven H. Law Dictionary, p. 102.
92
439
GIDI, Antonio. Normas Transnacionais de Processo Civil, artigo in Revista de Processo, n. 102,
abril/junho de 2001, p. 184/196.
440
GIDI, Antonio. op.cit., p. 189.
441
GIDI, Antonio. op.cit., p. 195.
442
HAZARD JR., Geoffrey C. e TARUFFO, Michele. Normas Transnacionais de Processo Civil, artigo
in Revista de Processo n. 102, abril/junho de 2001, p. 201.
93
443
PRATA, Ana. A Tutela Constitucional da Autonomia Privada, p. 109 e ss.
444
PERLINGIERI, Pietro. Perfis do Direito Civil- Introdução ao Direito Civil Constitucional, p. 5.
445
BARROSO, Luís Roberto. Fundamentos Teóricos e Filosóficos do Novo Direito Constitucional
Brasileiro- pós-modernidade, teoria crítica e pós-positivismo, artigo in Revista Trimestral de Direito
Público, n. 29, p. 33.
446
LOBO, Paulo Luiz Netto. As Relações de Direito Civil nos Processos de Integração, artigo in Revista
da OAB, n. 66, julho/dezembro de 1997, p. 95 e ss.
94
Califórnia447. Trata-se de relação que suscita um nexo de causalidade entre ação micro e
efeito macro448. Problemas decorrentes de um grande números de efeitos que a
globalização promove, de difícil compreensão449, forçam o rompimento da dicotomia
entre direito público e privado, com reflexos conceituais e de cânone hermenêutico,
especialmente em relação a esse último, o direito privado, que regulamenta a autonomia
da vontade. É o caso de dúvidas vinculadas a questões de pessoas naturais, de
associações, de contratos, de sociedades nacionais e estrangeiras, de casamento.
Alterações conceituais exibem uma transformação de
paradigmas que supõe riscos e possibilidades450; luta o direito civil por nova raiz
antropocêntrica451 e conta nessa contingência com campos epistemológicos ancilares,
propiciadores do esboço de uma cartografia da transdisciplinaridade452 . O direito civil
de ambiente influenciado pela globalização não se isola em conteúdos normativos
estanques, e o índice sistemático do código pressupõe multivalência cultural para
compreensão de todos os assuntos que enfoca.
Temas instigantes de bioética já empolgaram a criação
literária e a imaginação artística, de uma certa forma anunciando problemas que a
contemporaniedade vive. A ciência desafia a evolução natural ( ou a complementa ) e a
difusão geográfica de suas técnicas promove questões de inquestionável projeção no
direito civil. Metodologicamente, e a propósito da referência à criação artística, a
apreensão do normativo por meio da literatura de ficção mediante a exploração de
caracteres típicos453 ou de criticismo literário de textos legais454 ou de reflexões a
propósito de um justo desejável455, articulam amplo campo especulativo.
Nesse sentido, necessária a referência a Robert Louis
Stevenson que em O Médico e o Monstro contrastou a candura do doutor Henry Jekyll
447
GAMBARO, Carlos Maria. Globalização das Economias – Análise do Pensamento de Guy Sormon,
artigo in Revista de Direito Constitucional e Internacional, n. 33, p. 46.
448
GAMBARO, Carlos Maria. op.cit., p. 50.
449
CAMPOS, Roberto. A Globalização e Nós, artigo in Folha de São Paulo, 20 de fevereiro de 2000.
450
FACHIN, Luiz Edson. Teoria Crítica do Direito Civil, p. 173.
451
FACHIN, Luiz Edson. op.cit., p. 174 e ss.
452
FACHIN, Luiz Edson. op.cit., p. 245 e ss.
453
WHITE, James Boyd. The Legal Imagination, p. 113 e ss.
454
BINDER, Guyora e WEISBERG, Robert. Literary Criticisms of Law, p. 201 e ss.
455
POSNER, Richard A. Law and Literature, p. 148 e ss.
95
com o desvario do senhor Edward Hyde456, aquele melancólico, este último maníaco, a
usarmos categorias alinhavadas por Michel Foucault457; o monstro nascera do médico, era
ele mesmo, e os caracteres insinuam limites éticos vinculados ao aproveitamento pelo
homem das descobertas científicas que faz.
Mary Shelley tocou em temas bioéticos em 1818, ano de sua
novela gótica Frankenstein , que retrata um cientista que ultrapassou os limites da ética e
da consciência moral458. O doutor Victor Frankenstein era um médico suíço que ainda
moço, fascinado pelos segredos do céu e da terra459 , sentindo-se como um Deus460,
elabora uma criatura, um monstro, cuja busca conduz a sua própria morte. A teratológica
figura sonhava em ser amada, era sensível à beleza da natureza, aos sentimentos
humanos. O monstro era desesperadamente só.
O romance retrata ambição, natureza humana, injustiças,
amizade, educação, destino. Demonstra que o homem pode artificialmente reproduzir a
vida, porém o ser que gera engendra o desconforto e o desajuste com o meio natural.
O problema ganha dimensão maior com a proliferação do uso
de tecnologias que a globalização e o maior contato entre as culturas e técnicas permite, a
exemplo de inseminação artificial, fecundação in vitro, doações de espermas, óvulos e
embriões461. Eduardo de Oliveira Leite investigou aspectos médicos, religiosos,
psicológicos, éticos e jurídicos que essa realidade prometaica estimula, questionando :
Os importantes processos ocorridos a partir da segunda
metade do século XX no setor das ciências da vida,
desafiaram pesquisadores, médicos e juristas, bem como a
opinião pública, com questões novas, graves e de difícil
resposta : pode-se e deve-se desenvolver tudo que é científica
e tecnicamente possível, em matéria de experiências sobre o
homem, de utilização do corpo humano e de procriação ? A
moral e o direito positivo estão suficientemente aptos a
enfrentar essas novas questões? Ou as novas técnicas estão a
456
STEVENSON, Robert Louis. O Médico e o Monstro, p. 18.
457
FOUCAULT, Michel. História da Loucura, p. 275. Citando H. Boerhaave e G. Van Swieten, Foucault
afirmou que A mania, portanto, não se distingue da melancolia a não ser por uma diferença de grau: é
a sequência natural desta, surge das mesmas causas e normalmente é curada pelos mesmos remédios.
458
SHELLEY, Mary. Frankenstein, especialmente p. 73: - Maldito ! Maldito criador ! Por que vivi ?
459
CAMPBELL, W. John. The Book of Great Books, p. 272.
460
E por essa razão o complemento do título original: O Moderno Prometeu. CAMPBELL, W. John.
op.cit., p. 276.
461
LEITE, Eduardo de Oliveira. Procriações Artificiais e o Direito, p. 50 e ss.
96
462
LEITE, Eduardo de Oliveira. op.cit., p. 131.
463
FERREIRA, Jussara Suzi Assis Borges Nasser. Bioética e Biodireito, artigo in Scientia Juris, v. 2/3, p.
41/63.
464
CABOCLO, José Liberato Ferreira. Ética e Tecnologia, artigo in José Eberienos Assad (coord.),
Desafios Éticos, p. 256 e ss.
465
MORISHITA, Renata de Carvalho. Breves Considerações sobre a Constitucionalização do Direito de
Família, artigo in Intertemas, Revista do Curso de Mestrado em Direito da Associação Educacional
Toledo de Presidente Prudente, vol. 1, p. 275.
97
466
GAMA, Guilherme Calmon Nogueira da. O Companheirismo- uma Espécie de Família, p. 68.
467
MEAD, Margaret. Sexo e Temperamento, especialmente p. 267 e ss.
468
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Concubinato e União Estável, p. 60.
469
RIEZO, Barboza. Do Concubinato, p. 7.
470
FERREIRA, Sergio D’Andréa. O Direito e a Realidade Econômica Brasileira, artigo in Oliveiros
Litrento (coord.), Perspectivas Atuais do Direito, p. 167/180.
471
PRATA, Ana. op.cit., p. 13.
472
PERLINGIERI, Pietro. op.cit., p. 24.
473
BOBBIO, Norberto. Teoria do Ordenamento Jurídico, p. 81 e ss.
98
dignidade da pessoa humana474, conteúdo que no sistema global é definido por maioria
que qualifica força e deliberação internacional como referencial de unanimidade475.
De tal modo, o poder jurídico da vontade livre apresenta-se
como característica diferenciadora do negócio jurídico476 e o negócio jurídico deixa de
representar uma simples forma de troca de bens e passa a espelhar a realização de uma
liberdade econômica477 . O problema ( ou falso problema ) é que essa liberdade
econômica varia contingencialmente com a conformação da organização do sistema
capitalista, e nesse sentido o direito brasileiro torna-se vulnerável478 a influências
externas479, produzidas nos centros do sistema, esse hodierno espaço triádico invocado
por François Chesnais480.
Engessada por essas categorias que fracionam a existência
negocial em âmbito constitucional ou privado emerge uma onda típica de nossos tempos,
inconformada, muitas e inúmeras vezes em regime de desconfiança para com a ordem
neoliberal e identificada com o nome de sociedade civil global (global civil society)481,
traduzida em modelos de terceiro setor482.
Associações civis postulam interesses difusos, coletivos e
transindividuais, perfilando personalidades jurídicas matizadas por ongs- organizações
não governamentais. As ongs podem ser metaforicamente percebidas como ordens
mendicantes da contemporaniedade, conduzindo guerras justas sem armas, sem
violência, sem fronteiras, como os domicanos na baixa idade media e os jesuítas no inicio
da idade moderna483.
474
FACHIN, Luiz Edson. Sobre o Projeto do Código Civil Brasileiro: Crítica à Racionalidade
Patrimonialista e Conceitualista, separata do Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de
Coimbra, vol. LXXVI, p. 150.
475
CAMPILONGO, Celso Fernandes. Direito e Democracia, p. 102.
476
MALFATTI, Alexandre. Liberdade Contratual, artigo in Renan Lotufo (coord.), Cadernos de
Autonomia Privada, vol. 2, p. 16.
477
MALFATTI, Alexandre. op.cit, loc.cit.
478
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil, p. 186 e ss.
479
BRUM, Argemiro J. Desenvolvimento Econômico Brasileiro, p. 169 e ss.
480
CHESNAIS, François. A Mundialização do Capital, p. 36.
481
KALDOR, Mary. Global Civil Society, artigo in David Held e Anthony McGrew (ed.), The Global
Transformations Reader, p. 559 e ss.
482
VIANNA, Camillo Kemmer. Terceiro Setor: Do Direito Social às Associações Civis de Interesse
Público. Mimeo, trabalho de conclusão de curso, Universidade Norte do Paraná, Londrina. Orientação
de Eugênia Maria Veloso de Araújo Cunha.
483
NEGRI, Antonio e HARDT, Michael. Empire, p. 36.
99
484
Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002.
485
MARINHO, Josaphat. O Projeto do Novo Código Civil, artigo in Revista de Informação Legislativa, n.
146, abril/junho de 2000, p. 13.
486
REALE, Miguel. Visão Geral do Novo Código Civil, artigo in Revista de Direito Privado, n.9,
janeiro/março/2002, p. 12 e ss.
487
Código Civil, art. 53 : Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins
não econômicos.
488
ANDRADE, Fábio Siebeneichler de. Da Codificação- Crônica de um Conceito, p. 111 e ss.
489
BULL, Hedley. Beyond the States System? artigo in David Held e Anthony McGrew (ed.), op.cit., p.
577 e ss.
490
Código Civil, art. 1126 : É nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que
tenha no País a sede de sua administração.
100
491
Código Civil, art. 1134 : A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não pode, sem
autorização do Poder Executivo, funcionar no País, ainda que por estabelecimentos subordinados,
podendo, todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima
brasileira.
492
BENAYON, Adriano. Globalização versus Desenvolvimento, p. 150 e ss.
493
VIEIRA, Liszt. Cidadania e Globalização, p. 110.
494
CARBASSE, Jean-Marie. Manuel d’introdution historique au droit, p. 276.
101
francês o exemplo mais acabado495, envolvido por tom nitidamente conservador496 e que
alcançou também a tradição germânica497.
O pós-modernismo que oxigena as tendências jurídicas
globalizantes representa uma reação contra tendências generalizadoras e racionalizadoras
da modernidade498, indicativas da apropriação do conceito romano de público e
privado499, identificado nos códigos jusracionalistas500, também produzidos na periferia
do sistema501, porém moldados na continuidade da realidade jurídico-positiva de matiz
dogmática e legalista européia502, que sempre guardou traços da tradição canônica503.
A constitucionalização do direito civil torna-o menos
privado e mais público. A descodificação torna-o menos público e mais flexibilizado,
privatizando-o portanto. Assim, descrevendo movimento pendular, oscilando entre
referenciais hermenêuticos públicos e privados, o direito civil brasileiro do mundo
globalizado vive um tempo de profundas transformações práticas e conceituais.
495
BASDEVANT-GAUDEMET, Brigitte e GAUDEMET, Jean. Introduction Historique au Droit, XIIe-
XXe siècles, p. 359.
496
CAENEGEN, R. C. van. Uma Introdução Histórica ao Direito Privado, p. 7.
497
MOLITOR, Erich e SCHLOSSER, Hans. Perfiles de la Nueva Historia del Derecho Privado, p.103 e
ss.
498
HESPANHA, António M. Panorama Histórico da Cultura Jurídica Européia, p. 246.
499
ALVES, José Carlos Moreira. Direito Romano, v. I, p. 69. MEIRA, Silvio A. B. Instituições de Direito
Romano, p. 25. F. Mackelden, Manuel de Droit Romain, p. 75 e ss. FOIGNET, René. Manuel
Elementaire de Droit Romain, p. 22.
500
WIEACKER, Franz. História do Direito Privado Moderno, p. 365 e ss.
501
EYZAGUIRRE, Jaime. Historia del Derecho, p. 208.
502
BARCHET, Bruno Aguilera. Introducción a la Historia del Derecho, p. 113.
503
GILISSEN, John. Introdução Histórica ao Direito, p. 133 e ss.
102
504
FARIAS, Cristiano Chaves de. A Proteção do Consumidor na Era da Globalização, artigo in Adroaldo
Leão e Rodolfo Pamplona Filho (coord.), op.cit., p. 25 e ss.
505
CASTRO, Fabiana Maria Martins Gomes de. Sociedade de Risco e o Futuro do Consumidor, artigo in
Revista de Direito do Consumidor, n. 44, outubro/dezembro de 2002, p. 122 e ss.
506
Exemplo marcante é da empresa Nike, uma das maiores produtoras de sapatos de tênis do mundo, que
não produz sequer um cadarço. Segundo Claudio Henrique de Castro, seus quinze mil funcionários
direitos constituem-se em uma estrutura de estratégia mercadológica, desenvolvimento de produtos e
subcontratação de serviços de produção, com sua terceirização gerando noventa mil empregos indiretos.
DUPAS, Gilberto. Economia Global e Exclusão Social, p. 42, apud Claudio Henrique de Castro, A
Globalização : Definição, efeitos e possibilidades no Direito, p. 30.
507
BRAGA FILHO, Pedro. Globalização e a Teoria Geral dos Contratos, artigo in Adroaldo Leão e
Rodolfo Pamplona Filho (coord.), op.cit., p. 241 e ss.
508
BRAGA FILHO, Pedro. op.cit., p. 251.
509
GRAU, Eros Roberto. op.cit., p. 135 e ss.
510
VIDIGAL, Geraldo Camargo de. op.cit., p. 63 e ss.
103
511
FREITAS FILHO, Roberto. Os alimentos geneticamente modificados e o direito do consumidor a
informação, artigo in Revista de Informação Legislativa, Abril-Junho/2003, n. 158, p. 150.
512
Revista Veja, 29 de outubro de 2003, p. 98.
513
Revista Veja, 29 de outubro de 2003, p. 100 e ss.
104
514
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518
PEDERIVA,João Henrique. op.cit., p. 214.
105
519
POSNER, Richard A. Economic Analysis of Law, p. 10 e ss.
520
GRAU, Eros Roberto. op.cit., p. 216 e ss.
521
SOUZA, Miriam de Almeida. Direito do Consumidor e a Globalização, artigo in Adroaldo Leão e
Pamplona Filho (coord.), op.cit., p. 194.
522
SOUZA, Miriam de Almeida. op.cit., p. 194/195.
523
SOUZA, Miriam de Almeida. op.cit., p. 195.
524
POSNER, Richard A. Economic Analysis of Law, p. 111 e ss.
525
MACEDO JÚNIOR, Ronaldo Porto. Globalização e Direito do Consumidor, artigo in Carlos Ari
Sundfeld e Oscar Vilhena Vieira (coord.), op. cit., p. 225 e ss.
526
HOBSBAWN,Eric. The Age of Revolution, p. 42 e ss.
106
527
BENAYON, Adriano. Globalização versus Desenvolvimento, p. 32 e ss.
528
As aludidas tarefas são magistralmente retratadas por Charlie Chaplin no filme Tempos Modernos.
529
HUNT, E.K. History of Economic Thought, p. 204 e ss.
530
DEANE,Phillis. A Revolução Industrial, p. 159 e ss.
531
LOVELL, Mary. A Rage to Live, a Biography of Richard and Isabel Burton, especialmente p. 664 e
ss.
532
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533
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3. Conclusões
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