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Emergências ambientais

Por: Enfª.Ana Paula S. Cruz


Profª. Especialista
Faculdade São Lucas
INTERMAÇÃO
• Emergência médica aguda causada por
falência dos mecanismos
termorreguladores do corpo.
• Ocorre durante ondas de calor
prolongadas, principalmente quando
acompanhadas por umidade elevada.
Pessoas de risco:
• As não aclimatizadas ao calor;
• Pessoas idosas e muitos jovens;
• As incapazes de cuidar de si
mesmas;
• Com doenças crônicas e
debilitantes;
• As que tomam determinados
medicamentos (p.ex.:
tranqüilizantes fortes,
anticolinérgicos, diuréticos).
Intermação por esforço
• Ocorre em indivíduos
saudáveis durante
atividades
desportivas ou de
trabalho (p.ex.:
exercício perante
calor extremo e
umidade).
• Observação:
– Muitas mortes ligadas ao calor ocorrem nos
idosos, porque o sistema circulatório é
incapaz de compensar o estresse imposto
pelo calor.
– As pessoas idosas apresentam capacidade
diminuída para transpirar, bem como um
mecanismo de sede diminuído para
compensar o calor.
Histórico e achados diagnósticos:
• A intermação causa lesão térmica em
nível celular, resultando em lesão
disseminada para o coração, fígado, rim e
coagulação sanguínea.
Sinais e sintomas:
• Disfunção profunda do SNC:
– Confusão, delírio, comportamento bizarro,
coma.
• Temperatura elevada (40,6ºC ou mais);
• Pele seca e quente;
• Anidrose (ausência de suor);
• Taquipnéia;
• Hipotensão;
• Taquicardia.
Tratamento:
• Reduzir a alta temperatura;
• Estabilização da oxigenação usando o
ABC do suporte de vida básico;
• Remover as roupas do paciente, diminuir
temperatura para 39ºC.
Empregar seguintes métodos:
• Lençóis e toalhas frias ou banho contínuo
com esponja e água fria;
• Gelo aplicado no pescoço, virilha, tórax e
axilas, enquanto borrifa com água tépida;
• Cobertores de resfriamento;
• Lavagem gastrica com SF gelado, se a
temperatura não baixar;
• Imersão do paciente em uma banheira
com água fria (quando possível);
• Durante o resfriamento, o paciente é
massageado para promover a circulação
e manter a vasodilatação cutânea;
• Monitorar SSVV, principalmente
temperatura;
• Terapia de infusão intravenosa de SF ou
RL, CPM para repor perdas hídricas;
• Realizar balanço hídrico.
Promoção da saúde.
Evitando a Intermação.
• Aconselhar o paciente a evitar a reexposição
imediata a altas temperaturas;
• Enfatizar a importância de manter a ingesta
hídrica adequada, usar roupas largas e
reduzir a atividade no tempo quente;
• Aconselhar os atletas a monitorar as perdas
hídricas e a perda de peso durante as
atividades de trabalho ou exercício e a repor
líquidos.
• Aconselhar o paciente a usar uma
conduta para o condicionamento físico,
permitindo-lhe tempo suficiente para a
aclimatização;
• Direcionar os pacientes idosos frágeis
quem vivem em ambientes urbanos com
temperaturas ambientais elevadas para
locais onde haja disponibilidade de ar
condicionado.
Geladura
Conceito:
• É o trauma recorrente da exposição a
temperaturas congelantes e do
congelamento real dos líquidos
teciduais na célula e no espaço
intercelular.
• Resulta em lesão celular e vascular.
• A geladura varia desde o primeiro grau
(rubor e eritema) até o quarto grau
(destruição tissular profunda).
Partes mais afetadas:
• Pés.
• Mãos.
• Nariz
• Orelhas.
Histórico e achados diagnósticos:
• O membro congelado pode estar
endurecido, frio e insensível ao toque e
pode parecer esbranquiçado ou branco
mosqueado com tonalidade azulada.
• A coleta de dados deve incluir a
temperatura ambiente, duração da
exposição, umidade e a presença de
condições úmidas.
Tratamento:
• Restaurar a temperatura corporal normal;
• Remover roupas constritivas e jóias;
• Se membros inferiores afetados: não
permitir a deambulação.
• Institui-se o reaquecimento controlado;
• Membro colocado em uma com água
circulante a 37º a 40ºC por períodos de 30
a 40 minutos;
• Administrar analgésico para dor CPM.
Após aquecida:
• Proteger contra a lesão adicional e elevar o
membro para ajudar a controlar o edema;
• Colocar entre os dedos da mão ou pés afetados
gaze ou algodão esterilizado para evitar
maceração;
• Apoio para os pés para evitar contato com as
roupas de cama;
• Não romper as bolhas, principalmente quando
são hemorrágicas.
Medidas adicionais:
• Banho de turbilhão para o membro
afetado, para ajudar a circulação, debridar
o tecido necrótico e ajudar a evitar a
infecção.
• Escarotomia (incisão através da escara),
para evitar a lesão tissular adicional,
permitir a circulação normal e permitir a
movimentação articular.
• Fasciotomia para evitar a síndrome
compartimental.
• Depois do reaquecimento, a
movimentação ativa a cada hora dos
dedos afetados é encorajada para
promover a restauração máxima da
função e para evitar contraturas.

• Encorajar o paciente a evitar o tabagismo,


álcool e cafeína.
Hipotermia
Conceito:
• É uma condição em que a temperatura
central (interna) é de 35º C ou menos, em
conseqüência da exposição ao frio.
• A hipotermia acontece quando um
paciente perde a capacidade de manter a
temperatura corporal.
Pessoas de risco:
• Idosos;
• Lactentes;
• Com doenças concomitantes;
• Desabrigados;
• Vítimas de trauma.
– A ingestão de álcool aumenta a suscetibilidade
porque provoca vasodilatação sistêmica.
– As vítimas de trauma também estão em risco de
hipotermia decorrente do tratamento com líquidos
frios, oxigênio não aquecido e exposição durante o
exame.
Sinais e sintomas:
• Alterações fisiológicas • Tremor suprimido a uma
em todos os sistemas temperatura abaixo de
orgânicos, 32,2ºC (mecanismos de
• Deterioração progressiva auto-aquecimento do
com: corpo ineficaz),
– Apatia, • Batimentos cardíacos e
– Julgamento deficiente, pressão arterial podem
– Ataxia, estar tão fracos que os
– disartria, pulsos periféricos tornam-
– Sonolência, se indetectáveis,
– Edema pulmonar, • Irregularidades
– Anormalidades ácido- cardíacas,
básicas, • Hipoxemia e acidose
– Coagulopatia,
– Coma.
Tratamento:
• Reaquecimento central (interno) ativo,o
reaquecimento externo ativo e o reaquecimento
passivo ou espontâneo
– Reaquecimento central:
• Compreendem o bypass Cardio-Pulmonar,
• Administração de líquido aquecido,
• Oxigênio umidificado aquecido por ventilador,
• Lavagem peritoneal aquecida.
– Reaquecimento externo passivo:
• Inclui uso de cobertores quentes ou aquecedores sobre o
leito.
Cuidados de suporte
• Compressão cardíaca externa.
• Ventilação mecânica com pressão
término-expiratório e oxigênio umidificado
aquecido.
• Administração de líquidos endovenosos
aquecidos.
• Inserção de sonda vesical de demora para
monitorizar o estado hídrico.

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