que os filhos são biologicamente nossos, mas socialmente de toda a comunidade." Abílio Almeida Presidente da Confap (Confederação Nacional das Associações de Pais) Presidente da CONFAP e o 3º Milénio
2. De facto, é inacreditável que alguém, e muito menos o presidente do órgão de cúpula das associações de pais, possa proferir tais declarações num Estado democrático. Mas, infelizmente, é mesmo verdade,…
3. Nestes termos, o MOVE insiste no seu apelo às associações e federações filiadas na CONFAP que promovam o mais rapidamente possível a substituição de Albino Almeida por uma pessoa que realmente defenda os interesses de todos os pais, nomeadamente o seu direito inalienável de educar os seus filhos.. Columbine – EUA - 2000
Dois estudantes disparam contra
colegas e professora de liceu, matando doze colegas e professora, suicidando-se, de seguida. O caso provoca, nos EUA, uma discussão intensa sobre a escola e a família:
«Onde estavam os pais?» -
perguntaram alguns, intrigados. «Como será que dois adolescentes conseguiram reunir um tal arsenal nos seus próprios quartos sem que pai ou a mãe reparassem nisso?». Rockdale – EUA – Outubro de 2000
Surto de sífilis desvenda
comportamentos sexuais de adolescentes que se inspiram em canais codificados.
Adolescentes de 13 anos, entre as quais o
sexo em grupo era banal, inspiravam-se nos canais codificados, e um número significativo de crianças tinha mais de 50 parceiros. A PBS, em Outubro de 2000, relatou o caso em As crianças perdidas do Condado de Rockdale.
«De acordo com os realizadores foi a
profunda solidão daquelas crianças que as levou a procurar uma família de ‘substituição’ na companhia dos seus pares. A solidão que estas crianças experimentam ultrapassa o simples facto de serem deixadas sozinhas.
Os seus pais, mesmo em casa,
parecem desligados.
Estes pais certamente reprovam o sexo em
grupo, as doenças transmitidas sexualmente ou matar colegas. Um estudo da Fundação Kaiser, publicado pouco depois da difusão do programa revela que dois terços das crianças têm um televisor no seu quarto e que 58% dos pais aceitam ter o televisor ligado durante o jantar».
Kay S. Hymowitz (City Journal Inverno de 2000)
Há sete ou oito anos li as conclusões de um estudo feito por Laurinda Alves investigadores americanos sobre a quantidade de tempo que os pais (homens) passavam com os seus filhos e fiquei impressionada. Qualquer coisa como vinte minutos por mês.
Quase o mesmo tempo que
demoram a atar os sapatos e a fazer o nó da gravata, se o tempo que gastam com estes gestos banais também fosse contabilizado e somado em cada mês. Mário Cordeiro, pediatra, disse recentemente, que muitas birras e até problemas mais graves poderiam ser evitados se os pais conseguissem largar tudo quando chegam a casa para se dedicarem inteiramente aos seus filhos durante dez minutos. "Ao fim do dia os filhos têm tantas saudades dos pais e têm uma expectativa tão grande em relação ao momento da sua chegada a casa que bastava chegar, largar a pasta e o telemóvel e ficar exclusivamente disponível para eles para os saciar. Passados dez minutos, eles próprios deixam os pais naturalmente e voltam para as suas brincadeiras». Caso Esmeralda A mãe biológica, em situação económica precária, confiou a sua filha, Esmeralda, a Luís Gomes, quando a criança tinha três meses de idade. O pai biológico na altura não se interessou pela sorte da sua filha. Mais tarde veio reclamar a guarda da sua filha. O pai adoptivo recusou e foi condenado a 6 anos de prisão preventiva. Não se conhece o paradeiro de Esmeralda Outros exemplos Rita, 9 anos à sua catequista: “Eu não quero vir mais à missa, porque os meus pais não vêm comigo”.
António Pedro, 42 anos:
“Eu já não vou à missa há muito tempo, levo sempre o meu filho à catequese”
André (66) e Suzana (65):
“Nós somos cristãos mas não praticamos, a nossa filha e genro também não. Queremos que a nossa neta seja baptizada. Fomos falar com o padre, mas ele não aceita fazer o baptismo. Andreia, catequista: “Os pais demissionaram da transmissão da fé aos filhos. Depositam-nos na catequese e não se interessam de mais nada. Às vezes a catequese é no fim da missa, eles não vêm á missa. Trazem os filhos no fim da missa, vão embora e vêm buscá-los no fim da catequese. Os pais não são pais, são os taxistas dos filhos.” Samuel, animador de jovens: “A igreja virou um centro comercial. Os cristãos vão lá buscar o que necessitam, o que desejam, mas sem compromisso, sem exigências. E como o cliente tem sempre razão, também eles consideram que têm direito a tudo e nenhum dever.” DIÁLOGO EM GRUPOS
• 1) Quando éramos crianças, quem foi que
nos ensinou a rezar as primeiras orações? • 2) Como defino a minha fé? (grande, forte, fraca, incrédula, perplexa, convicta, comprometida na paróquia, desleixada, …) • 3) Que dificuldades encontro em viver a minha fé e transmiti-la aos meus filhos? • 4) Como vivo os sacramentos na minha vida familiar? • 5) Como vivo o meu compromisso de cristão/cristã, na Igreja? • 6) Quais os maiores desafios que enfrenta hoje uma família? • 7) Quais os momentos da vida da minha família que tenham sido mais gratificantes? • 8) Que tipo de educação cristã dou aos meus filhos? Novos desafios da família Produto das mudanças do país e do mundo. O conceito de familia muda (nucleares, extensas, monoparentais, separadas) Não existe um conceito único de familia Mas é na familia que se realiza todo o ciclo biológico humano: nascer, crescer, reproduzir-se, envelhecer, morrer. Que modelo de família seguir Manter relações com a comunidade que nos rodeia Favorecer a formação de valores para a transmissão da fé Educação dos filhos é em primeiro lugar da competência dos pais. Por isso também a educação cristã. Exemplo como pais no compromisso na igreja Exemplo dos pais Acompanhamento dos actos dos filhos: festas, desporto, escola, igreja Ajuda no discernimento e escolha de valores Disponibilidade para diálogo Interesse pela evolução física, intelectual, moral e espiritual Fé e vida Tentação de separação Comunidade cristã como uma empresa de prestação de serviços: peço – pago – exijo A fé como uma ONG Como fazer para interagir? Como mostrar a minha fé? Onde? Família cristã Oração em conjunto: pessoal ou comunitária Acções sociais e religiosas em conjunto Escolhas de vida dialogadas Lista de prioridades nos valores Responsabilização de todos, divisão de tarefas Liberdade no compromisso e exigência As crianças aprendem o que vivem … (de Dorothy Nolte)
Se vivem com críticas, aprendem a
condenar.
Se vivem com hostilidade, aprendem a
ser agressivas.
Se vivem com medo, aprendem a ser
apreensivas. Se vivem com pena, aprendem a sentir pena de si próprias.
Se vivem com o ridículo, aprendem a ser
tímidas.
Se vivem com inveja, aprendem a ser
invejosas.
Se vivem com vergonha, aprendem a
sentir-se culpadas. Se vivem com encorajamento, aprendem a ser confiantes.
Se vivem com tolerância, aprendem a ser
pacientes.
Se vivem com elogios, aprendem a
apreciar.
Se vivem com aceitação, aprendem a
amar. Se vivem com aprovação, aprendem a gostar de si próprias.
Se vivem com reconhecimento, aprendem
que é bom ter um objectivo.
Se vivem com partilha, aprendem a ser
generosas.
Se vivem com honestidade, aprendem a
ser verdadeiras. Se vivem com justiça, aprendem a ser justas.