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Chirlei A Ferreira
INTRODUÇÃO
Chirlei A Ferreira
Na clínica
ginecológica, pelo
menos uma vez na
vida, haverá uma
mulher com queixa
em relação a vulva
de diferentes formas:
Infecções,
Pruridos,
Corrimentos,
Condições pré-
malignas (as mais
comuns)
Neoplasias benignas
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ANATOMIA VULVAR
E DRENAGEM LINFÁTICA
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HISTÓRIA
Doenças sistêmicas que podem
ter manifestação vulvar:
Diabetes Melitus
Doença de Crohn
Dermatite atópica
Psoríase e outras doenças
dermatológicas
Incontinência urinária ou
diarréia crônica
Lesões vulvares secundárias
Determinadas hábitos:
Sabões íntimos,
Absorventes perfumados
Vestes de nylon ou apertadas
Medicação prévia:
Alguns medicamentos: ex -
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EXAME GINECOLÓGICO
INSPECÇÃO CUIDADOSA DA
VULVA
Sob boa luminosidade,
Se necessário utilizando recursos
para aumentar as lesões: lentes,
colposcópico
EXAME VAGINAL
Após introdução do espéculo além
da cérvix toda a parede vaginal e
intróito vaginal, sendo, necessário
para isso a rotação especular
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DIAGNÓSTICO
O diagnóstico definitivo
para lesões do trato genital
inferior requer biópsia,
Preferencialmente
direcionado pela
colposcopia utilizando ácido
acético a 5% ou pelo azul
de toluidina para
determinar o melhor local,
Anestesia local.
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QUEIXAS E LESÕES
MAIS COMUNS
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PRURIDO
CONCEITO:
Significa a sensação de irritação levando a um
desejo de coçar,
Na área vulvar é comumente usado para
descrever esse sintoma desconsiderando a
razão que está causando o fato,
Deve ser diferenciado da sensação de
“queimação”, que também é muito descrito
por várias mulheres.
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HIPERPLASIA DE
CÉLULAS ESCAMOSAS
CONCEITO:
CONCEITO
O termo é aplicado a lesões
do epitélio espessado e
hiperceratótico sem causa .
específica.
CLÍNICA:
A lesão pode ter uma
aparência de vermelho escuro
quando o grau de
hiperceratose é pequeno.
Outras vezes, apresenta
placas brancas bem definidas
freqüentemente associado a
liquenificação.
TRATAMENTO:
TRATAMENTO
Aplicação local com
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ULCERAS
VULVARES
A maioria das úlceras vulvares
são benignas, no entanto,
qualquer lesão persistente
deve ser biopsiada para excluir
malignidade.
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MASSAS
Massa vulvar deve ser diferenciada VULVARES
de protusão de órgãos como:
cistocele, retocele, prolapso
uterino, pólipo fibroso, inversão
uterina, cisto de Gardner.
CARATER NEOPLÁSICO
Benignos,
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LESÕES
NÃO NEOPLÁSICAS
CONGÊNITA:
Hipertrofia do clitóris
CISTOS DE RETENÇÃO:
Em conseqüência da obstrução
do ducto da glândula
CISTO DA GLANDULA DE
BARTHOLIN:
A mais comum tumoração vulvar
e na maioria dos casos é um cisto
do ducto e não da glândula. O
cisto contêm conteúdo mucoso.
Clinicamente aparece como uma
massa cística de tamanho
variado na parede posterior do
grande lábio. Pode se infectar e
tornar-se um abscesso.
O tratamento é a
MARSUPIALIZAÇÃO para criar uma
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CISTO DE
INCLUSÃO EPIDÉRMICA
CISTO DE INCLUSÃO
TRAUMÁTICA:
TRAUMÁTICA
Pode ocorrer pela estratificação do
epitélio escamoso que foi queimado
no qual a mucosa ou pele
permaneceu proliferando e
descamando formando um cisto de
inclusão. Geralmente são vistos em
casos de circuncisão clitoriana.
CISTO DE INCLUSÃO
EPITELIAL:
EPITELIAL
A maioria dos cistos epiteliais de
vulva estão relacionados com a
implantação traumática de
fragmentos de pele, que podem se
originar de origem remanescente
embriológico, os quais possuem
derme, ductos cistosébáceos
ocluídos.
TRATAMENTO:
Geralmente são pequenos e
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HIDROCELE
DO CANAL DE NUCK
ORIGEM:
Durante o desenvolvimento do
ligamento redondo, no qual se
insere o grande lábio, é
normalmente acompanhado por
peritônio, que pode
posteriormente poderá ser
obliterado, formando uma bolsa
denominada canal de NUCK .
Raramente, se não for obliterado,
a coleção de líquido seroso irá
acumular formando uma hidrocele
no canal de NUCK.
CLÍNICA:
Forma alongada, como um área
edemaciada na porção superior do
grande lábio podendo se estender
para o canal inguinal, o que leva a
ser confundido com hérnia
inguinal.
TRATAMENTO:
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ENDOMETRIOMA
ORIGEM:
Origem desconhecida, há
várias teorias incluindo:
lesão congênita,
metaplasia celômica,
implantação endometrial
, verdadeiro crescimento
tumoral.
CLINICA:
Pequeno cisto contendo
sangue oriundo epitélio
endometrial que
aumenta durante o
período menstrual.
TRATAMENTO:
Em caso de dor, deve ser
retirado cirurgicamente.
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TUMORES
BENIGNOS
CÍSTICOS
Tumores císticos benignos são muito
raros
SÓLIDOS
LIPOMA:
LIPOMA raramente é encontrado,
surge do tecido subcutâneo do tecido
vulvar e freqüentemente se torna
pediculado. Seu tratamento é a excisão
cirúrgica.
FIBROMA:
FIBROMA é também pouco comum,
mas quando presente é pediculado
como o lipoma mas com a consistência
mais firme. Sua origem é do
crescimento do tecido fibroso
conjuntivo da vulva. Seu tratamento é a
excisão cirúrgica pois ocasionalmente
pode se tornar sarcomatoso.
PAPILOMA DE CÉLULAS
ESCAMOSAS:
ESCAMOSAS é geralmente uma lesão
única, pequena, formada por papilas de
epitélio escamoso estratificado com
uma conexão vascular. Sua
vascularização não se diferencia de:
condilomas causados por HPV os quais
são comumente múltiplos, polipóide,
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NEVUS
CONCEITO:
Nevo pigmentado ocorre na
vulva como em qualquer
outro lugar do corpo, mas sua
atividade juncional pode levar
ao maior risco para
transformação maligna mais
comum nessa região.
TRATAMENTO:
Biópsia excisionaldeveria ser
realizada em todas as lesões
pigmentadas da vulva para
avaliação histológica do
tecido.
Essas lesões devem ser
tratada com criocirurgia ou
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LESÕES PRÉ-MALIGNAS
E MALIGNAS
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NEOPLASIA
INTRA-EPITELIAL (VIN)
As neoplasia intra-
epiteliais vulvares
(VIN) foram
classificados após 1998
pela ISSVD em
escamosas e não
escamosas.
ESCAMOSAS
VIN inclui três graus: I, II e
III
Têm sido formalmente
conhecidas como:
Distrofia hipertrófica com
atipias.
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NEOPLASIA
INTRA-EPITELIAIS ESCAMOSAS
CONCEITO
São classificados em três graus: VIN I, VIN
II, VIN III.
São formalmente conhecidas como DISTROFIA
HIPERPLASICAS COM ATIPIAS.
As características histológicas e a terminologia
de VIN e sua graduação são análogos a
neoplasia intra-epitelial cervical – NIC, embora
têm menor potencial maligno.
Comumente ocorre em pacientes mais jovens,
quase 50% dos casos em pacientes abaixo de
41 anos.
SINTOMAS
Um terço dos casos são assintomáticas,
entretanto VIN freqüentemente esta presente
o prurido vulvar.
AVALIAÇÃO
As lesões freqüente crescem acima da pele
circunvizinha com a superfície áspera.
COLORAÇÃO
É variável.: branco devido a queratinização,
vermelha devido ao epitélio fino, ou marrom
escuro devido ao depósito de melanina nas
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NEOPLASIA
INTRA-EPITELIAIS NÃO
DOENÇA DE PAGET
ESCAMOSAS
CONCEITO
Condição incomum, similar a encontrada
na mama
CLINICA
Prurido é a queixa mais freqüente e está
freqüentemente presente como uma lesão
em placa circundada por bordas achadas
e é descamativa.
DIAGNÓSTICO
Deve ser feito através da biópsia.
Aproximadamente 1/3 dos casos há uma
associação com adenocarcinoma da
glândula apócrina, e 20%
concomitantemente o câncer cervical está
presente.
TRATAMENTO
Excisão local ampla, comumente incluindo
vulvectomia, porque diferente do VIN III a
extensão histológica da doença de Paget
não possui seus limites visíveis.
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CARCINOMA
INVASOR VULVAR
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INCIDÊNCIA E ETIOLOGIA
Os tumores malignos de vulva são
incomuns, entretanto, nos últimos
anos sua incidência tem
aumentado alcançando valores de
8% dos tumores malignos do trato
genital inferior,
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TIPOS HISTOLÓGICOS
O tipo mais freqüentemente
observado em jovens está
relacionado com a infecção por
HPV e fumantes. Esta comumente
associado com neoplasia intra-
epitelial vulvar (VIN).
O carcinoma “in situ” (VIN III)
parece ser o fator de risco para a
progressão para o carcinoma
invasor se não tratado.
O tipo mais comum é visto em
mulheres idosas, não está
relacionado ao fumo ou ao HPV e a
ocorrência de VIN é incomum.
A maioria dos tumores são de
CELULAS ESCAMOSAS (92%),
outros: melanoma,
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CARCINOMA
DE CÉLULAS ESCAMOSAS
INCIDÊNCIA
corre principalmente em mulheres pós-
menopausa, com a média de idade de 65
anos.
-
SINTOMAS:
sintomas presentes de longa data, geralmente
PRURIDO antes da identificação da lesão.
Outros sintomas são: dor vulvar e
sangramento.
SINAIS:
DIAGA lesão pode estar ulcerada, pigmentada,
ou com aparência verrugosa. A maioria das
lesões se localizam no grande lábio, os
pequenos lábios são os próximos sítios mais
comuns,
Menos freqüentemente os clitóris ou o períneo
está comprometido,
Somente 5% são multifocais.
Os linfonodos podem estar comprometidos.
COLPOSCOPIA: a cérvix e a vagina devem ser
excluídas pela sua associação mais comum
das neoplasias escamosas do trato genital
inferior (CIN & VAIN)
DIAGNÓSTICO
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FORMAS DE
DISSEMINAÇÃO
Por contigüidade aos órgãos
adjacentes, tais como a vagina,
uretra e ânus. Disseminação
linfática, inicialmente, regional.
Metástase hematológica em locais
distantes: pulmão, fígado e ossos.
A DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA
Na maioria dos casos os linfonodos
metastáticos iniciais são os inguinais
localizados entre a fáscia de Camper
e a fáscia lata. Posteriormente os
femorais. O linfonodo de CLOQUET
que se situa no ligamento inguinal é
o nódulo mais cefálico do grupo
femoral. Após esses ocorre a
metastatização para o grupo ilíaco.
A incidência dos linfonodos
comprometidos são
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ESTADIAMENTO
Baseado na evolução clínica e da
disseminação dos linfonodos, sendo
limitada aos órgãos distantes.
O estadiamento clínico-cirúrgico (FIGO)
1988
T – tamanho do tumor
Tx – tumor primário não pode ser avaliado
T0 – tumor primário não evidente
Tis – carcinoma “in situ”
T1 –tumor interessando vulva ou períneo
<2 cm
T2 - tumor interessando vulva ou períneo
>2 cm
T3 - tumor comprometendo uretra e/ou
vagina e/ou ânus
T4 – tumor com comprometimento da
bexiga, ou reto, ou 1/3 superior da uretra
ou o tumor é fixo nos ossos pélvicos
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TRATAMENTO
Vulvectomia radical e dissecção em
bloco, com ou sem linfadenectomia .
Resulta em uma sobrevida de 5 anos de
aproximadamente 90% nos estágios 1 e
2 da doença.
Pós-operatório com irradiação externa
tem sido o tratamento de pacientes
com linfonodos positivos eliminando a
necessidade da linfadenectomia,
exceto, nos casos de que a metástase é
documentada na área inguinal.
Casos com envolvimento de uretra,
ânus, septo retovaginal, muitos centros
têm usando pré-operatório com
radioterapia seguindo posteriormente
para cirurgia mais conservadora.
Prognóstico : 5 anos de sobrevida de
90% para o estádio I e 15% para o
estádio IV. Pacientes com
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Obrigada,
Chirlei/2009
Chirlei A Ferreira