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A poesia concreta tem como particularidade a subverso da poesia como resultado apenas da palavra escrita, utilizando, portanto, como parte de sua construo subjetiva o elemento visual: na disposio das letras, na unio entre texto e imagem para sua completa significao (como nas histrias em quadrinhos) e nos jogos de palavras que se apoiam em recursos nem sempre s visuais, como as aliteraes (repetio do mesmo som consonantal) e as assonncias (repetio do mesmo som voclico)
No te amo mais Estarei mentindo dizendo que Ainda te quero como sempre quis Tenho certeza que Nada foi em vo Sinto dentro de mim que Voc no significa nada No poderia dizer mais que Alimento um grande amor Sinto cada vez mais que J te esqueci! E jamais usarei a frase Eu te amo! Sinto, mas tenho que dizer a verdade tarde demais... (autor desconhecido)
N N N N N N
A a
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O qu Que no o que no pode ser que No o que no pode Ser que no O que no pode ser que no o que no Pode ser Que no O que no pode ser que No o que no pode ser Que no o que O que? O que? O que? Que no o que no pode ser que no Arnaldo Antunes
O Pulso
E o corpo ainda pouco Assim... Reumatismo, raquitismo, cistite, disritmia Hrnia, pediculose, ttano, hipocrisia Brucelose, febre tifide, arteriosclerose, miopia Catapora, culpa, crie, cimba, lepra, afasia... O pulso ainda pulsa E o corpo ainda pouco Ainda pulsa Ainda pouco Pulso, pulso, pulso, pulso Assim... Arnaldo Antunes
Nome aos bois Garrastazu Stalin Erasmo Dias Franco Lindomar Castilho Nixon Delfim Ronaldo Bscoli Baby Doc Papa Doc Mengele Doca Street Rockfeller Afansio Dulcdio Wanderley Bosquila Pinochet Gil Gomes Reverendo Moon Jim Jones General Custer Flvio Cavalcante Adolf Hitler Borba Gato Newton Cruz Srgio Dourado Idi Amin Plnio Correia de Oliveira Plnio Salgado Mussolini Truman Khomeini Reagan Chapman Fleury