O documento discute fatores de risco para doenças cardiovasculares, incluindo fatores modificáveis como hipertensão, diabetes, tabagismo e obesidade. Também aborda fatores de risco parcialmente modificáveis e não modificáveis. A fisioterapia pode acompanhar alterações nos fatores de risco e considerá-los na decisão terapêutica para melhorar a qualidade de vida do paciente.
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Aula 5 - Fatores de Risco Para Doenças Cardiovasculares
O documento discute fatores de risco para doenças cardiovasculares, incluindo fatores modificáveis como hipertensão, diabetes, tabagismo e obesidade. Também aborda fatores de risco parcialmente modificáveis e não modificáveis. A fisioterapia pode acompanhar alterações nos fatores de risco e considerá-los na decisão terapêutica para melhorar a qualidade de vida do paciente.
O documento discute fatores de risco para doenças cardiovasculares, incluindo fatores modificáveis como hipertensão, diabetes, tabagismo e obesidade. Também aborda fatores de risco parcialmente modificáveis e não modificáveis. A fisioterapia pode acompanhar alterações nos fatores de risco e considerá-los na decisão terapêutica para melhorar a qualidade de vida do paciente.
Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Unioeste Mestre em Cincias da Reabilitao UEL/Unopar Fisioterapia Aplicada Cardiovascular Introduo Conhecimento sobre fatores que interferem no mecanismo das doenas 1970 doenas coronarianas Correlao positiva entre fatores de risco e coronariopatias
Importncia da Fisioterapia Fatores de Risco Modificveis
Parcialmente modificveis causa direta
No modificveis Fatores de Risco Modificveis So aqueles que podem ser controlados com medicao, prtica de exerccios fsicos regulares e modificao de hbitos alimentares e dieta
Dislipidemia (Hipercolesterolemia) Diabetes mellitus Tabagismo Sedentarismo Hipertenso Arterial (HA) Obesidade Estresse Hipercolesterolemia Alto nvel de LDL (colesterol de baixa densidade) Baixo nvel de HDL (colesterol de alta densidade) Pode desencadear coronariopatia, angina pectoris e Infarto Agudo do Miocrdio (IAM) Causas dos distrbios lipdicos: DM (resistncia insulina provoca aumento da produo heptica de triglicrides) Hipotireoidismo (h diminuio na atividade dos receptores para LDL) Sndrome nefrtica e Insuficincia Renal Crnica trato gastrointestinal gordura alimentar
quilomcrons ao de lipase dos tecidos extra- hepticos quilomcrons remanescentes
Levados ao fgado
Se transforma em cidos graxos (colesterol, triglicerdeos) Ricos s em colesterol, sofrem liplise e so transferidos para HDL em parte
O que sobrou ~ 5% ricos em colesterol e APO II e APO III se dirigem novamente corrente sangunea sob a forma de VLDL Corrente sangunea
VLDL atinge os capilares do tecido muscular, sofrem hidrlise e perdem seus apos e transferido para o HDL Rapidamente removidos da circulao
as partculas remanescentes, bastante reduzidas de tamanho so denominadas IDL
Tecido adiposo e muscular IDL: uma parte catabolizada pelo fgado, outra permanece no plasma onde o seu componente triglicerdico se junta aos steres de colesterol LDL Quanto maior o metabolismo, mais HDL formado e mais LDL queimado
Uma parte do LDL volta ao fgado e uma outra se transforma em HDL Pode provocar aterognese (hiptese de Ross):
Agresso endotelial
Reteno de LDL no espao subendotelial e adeso leucocitria na superfcie endotelial
LDL sofre oxidao
Fagocitose
Liberao de citocinas
Migrao de plaquetas e interao entre outras clulas
MICROTROMBOS Hipercolesterolemia medida que o nvel de colesterol (LDL) vai aumentando, cresce tambm o risco de doena arterial coronariana
Nveis normais: 180mg/dL
Risco de DAC duplica quando passa de 200 a 250mg/dL Hipertenso Arterial Aumento dos nveis pressricos sanguneos Fator de risco independente, linear e contnuo para o desenvolvimento de doena cardiovascular Apresenta custos mdicos e socioeconmicos elevados, decorrentes principalmente de suas complicaes, tais como: doena cerebrovascular, doena arterial coronariana, insuficincia cardiaca, insuficincia renal crnica e doena vascular de extremidades
Mortalidade no Brasil: 27,4% das mortes so decorrentes de doenas cardacas 40% das mortes por AVE so por hipertenso 25% das mortes por doena coronariana Taxa de mortalidade aumentada nos indivduos com PA acima de 115X75mmHg Hipertenso Arterial Hospitalizaes Hipertenso Arterial Classificao: Primria ou essencial: 90% dos casos no se consegue evidenciar sua etiologia Secundria: cerca de 10% dos casos, de causas variveis, dentre elas: Origem endcrina: distrbios de tireoide, secreo inapropriada de ADH, DM, hiperaldosteronismo, tumores de ovrios e testculos Origem renal: glomerulonefrite crnica, tumores segregantes de renina, nefrites Origem vascular: coartao da aorta, trombose de artria renal Origem neurognica: ps-TCE, ps AVEh Outras causas: gravidez, anovulatrios e estrgenos Hipertenso Arterial Fisiopatologia: PA = DC x RVP DC= FC x VS VS dependente da pr-carga FC, VS ou RVP = PA Diabetes Mellitus Aumento dos nveis glicmicos por deficincia na produo ou resistncia insulina A insulina um hormnio polipeptdico produzido pelas clulas beta do pncreas, ativado pelos nveis elevados de glicose no sangue
DM tipo I inicia-se geralmente na infncia e adolescncia
DM tipo II 85 a 90% dos casos Diabetes Mellitus 3 a 5% da populao geral
2 a 4 vezes mais chance de desenvolver doena cardiovascular Tabagismo Considerado de maior risco para aterosclerose coronariana Alteraes de lipoprotenas Aumento da FC e PA Incremento na agregao plaquetria Aumento do fibrinognio Disfuno endotelial Fumantes passivos Interrupo do tabagismo faz o risco cair Tempo e quantidade de cigarros Obesidade
Deposio geral e excessiva de gordura Excesso de gordura corporal no peso corporal total
Obesidade Distribuio Obesidade Desenvolvimento da obesidade
a) Exgena ou nutricional (95%) Ingesto de alimentos Gasto calrico
b) Endgena (5%) Causas hormonais e sndromes genticas
Obesidade Equilbrio entre ingesto e gasto energtico
Gasto energtico (determinado geneticamente): Metabolismo basal (60%) Efeito trmico da alimentao (15%) Atividade fsica (25% no sedentrio) Bouchard e Prusse (2000)
Obesidade Metabolismo da obesidade: Excesso de ingesto calrica estocagem em forma de gordura nos adipcitos Gordura utilizada como fonte secundria de energia Quantidade de gordura x nmero de adipcitos Hipertrofia x hiperplasia de adipcitos Exerccio realizado precocemente durante o perodo de crescimento deprime a formao de novas clulas adiposas
Obesidade Etiologia:
Fatores genticos
Fatores ambientais
Fatores psicolgicos
Erros no metabolismo
Obesidade x Gentica Susceptibilidade do gene Padro de herana polignico Gmeos monozigticos x dizigticos Filhos de pais obesos tm maior chance de se tornarem obesas
Obesidade x Ambiente Balano energtico positivo Criana obesa mais propensa a se tornar um adulto obeso Sedentarismo, fast food Obesidade x Fatores Psicolgicos Varia conforme o indivduo
Situaes de estresse Obesidade x Metabolismo Aumento de triglicrides Diminuio do HDL LDL normal ou levemente elevado Aumento do colesterol total Incremento dos cidos graxos livres circulantes Resistncia insulina hiperinsulinemia Diabetes Mellitus Hipotireoidismo Doena de Cushing
Obesidade Alteraes cardiovasculares: Aumento da pr-carga dilatao do VE Insuficincia Cardaca Congestiva (ICC) Diminuio da resistncia vascular sistmica Aumento do DC Aumento do VS Alteraes metablicas
Sedentarismo Aumenta em 8 vezes o risco de complicaes cardiovasculares Estresse Gatilho de um evento cardaco agudo Isquemia miocrdica: eleva adrenalina circulante ativao simptica provoca elevao do consumo de oxignio do miocrdio e predispe o surgimento de arritmias cardacas Padro de personalidade tipo A (competitividade, estar sob presso, hostilidade) pode causar IAM Preocupaes com condies sociais e econmicas risco duas vezes maior para IAM Fatores de Risco Parcialmente Modificveis HDL com valor baixo
Lipoprotena A
Fibrinognio - coagulao
Homocistena (AA derivado da metionina) Fatores de Risco No Modificveis Atuao Fisioteraputica Acompanhar alteraes nos fatores de risco e considerar isso na deciso teraputica Aplicao de questionrios sobre a qualidade de vida Percepo do paciente quanto s mudanas positivas na sua qualidade de vida diria Tendncia natural que o paciente amplie a aderncia ao tratamento Referncias PASCHOAL, M. A. Fisioterapia Cardiovascular avaliao e conduta na reabilitao cardaca. So Paulo: Manole, 2010.
REGENGA, M. M. Fisioterapia em Cardiologia da Unidade de Terapia Intensiva Reabilitao. 2. ed. So Paulo: Roca, 2012.