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Modelo de Auto-Avaliação da

Biblioteca Escolar

Workshop Formativo destinado à


Directoria/Docentes
Tempo duração: 2H
Modelo de Auto-Avaliação da
BE

 Temas a Abordar

1. Pertinência da existência de um Modelo de


Avaliação para as BE.
2. O Modelo enquanto instrumento pedagógico e
de melhoria de melhoria. Conceitos
implicados. 
3. Organização estrutural e funcional.
4.Integração/ Aplicação à realidade da
escola/ biblioteca escolar. Oportunidades
e constrangimentos.
5. Gestão participada das mudanças que a sua

aplicação impõe. Níveis de participação


da escola.

1- Pertinência da existência de um
Modelo de Avaliação para as BE.

Ø Este Modelo é baseado nos princípios definidos


nos documentos fundadores (IFLA/ UNESCO e
IASL) que orientam o trabalho futuro das
bibliotecas escolares tendo em conta:

– a missão:

– da biblioteca escolar no contexto da escola


e que a relacionam com as aprendizagens,
com o desenvolvimento curricular e com o
sucesso educativo;


 - O aluno apresenta-se como actor
activo, construtor do próprio
conhecimento;
 - Novas estratégias baseadas em
Inquiry based Learning;
 - Necessidade de modificar as
estruturas sociais;
 - Necessidade de gerir a mudança.


 Todd, Ross (2002/2003), Kenny, Brian (2006)

 - a melhoria da prestação de serviços e
da qualidade da biblioteca escolar,
através duma avaliação continua e
sistemática, em busca da melhoria da
qualidade do ensino-aprendizagem.

“ a systematic measurement of the extent to which a
system (for example a library) has achieved its
objectives in a certain period of time”. It is also
described as a systematic process of determining
“value” (in terms of benefit gained) and “quality” (as
reflected in costumers satisfaction) of a system.


(Mckee 1989:156)
2- O Modelo enquanto instrumento pedagógico
e de melhoria de melhoria.
Ø Instrumento pedagógico e de melhoria
contínua que permite aos órgãos directivos
e aos coordenadores avaliar o trabalho da
BE;
Ø Permite avaliar o impacto desse trabalho no
funcionamento global da escola e nas
aprendizagens dos alunos;
Ø Permite identificar as áreas de sucesso e
aquelas que, por apresentarem resultados
menos bons, requerem maior investimento;


Conceitos implicados. 


A NOÇÃO DE VALOR.

q [O valor não é algo intrínseco às coisas mas tem


sobretudo a ver com a experiência e benefícios que
se retiram delas].
q A auto-avaliação deve ser encarada como um Processo
Pedagógico e regulador, inerente à gestão e procura
de uma melhoria contínua da BE.
q Aponta para as Áreas Nucleares em que se deverá
processar o trabalho da/com a Biblioteca Escolar e
que têm sido identificadas como elementos
determinantes e com um impacto positivo no ensino-
aprendizagem.
qA avaliação não constitui um fim, devendo
ser entendida como um processo que,
idealmente, conduzirá à reflexão e
originará mudanças concretas na
prática.

qA auto-avaliação, através da recolha de


evidências, ajudará cada BE a identificar
os pontos fracos e fortes, conducente à
melhoria de práticas.


3- Organização estrutural e
funcional
v A BE organiza-se em quatro domíniose num conjunto
de indicadores sobre os quais assenta o seu
trabalho.

v Os domínios que compõem a sua estrutura estão


identificados em diferentes estudos internacionais
como imprescindíveis ao desenvolvimento e
qualidade das bibliotecas escolares.


vExiste nestes estudos o
reconhecimento de que a BE é um
espaço multifuncional com um
conjunto significativo de recursos
e equipamentos a saber :
- as condições externas;

- as condições físicas ;

- a qualidade da colecção ;

- o espaço informativo /formativo ;

- espaço de aprendizagem ;

Em suma, é um espaço holístico que


está ao serviço do processo de
ensino / aprendizagem , a Leitura e as
diferentes Literacias .
4 Domínios:

 1. Apoio ao Desenvolvimento
Curricular ;
 2 . Desenvolvimento da Leitura e
Literacias ;
 3 . Articulação com os
Departamentos , Professores e
Alunos ;
 4 . Gestão da Biblioteca Escolar

 Podemos agrupar estes domínios em quatro


áreas-chave:


1- Integração na escola e no processo de
ensino/ aprendizagem a bem de toda a
comunidade.

2- Acesso - livre ao trabalho individual e de
grupo.
3- Qualidade da Colecção – actualizada e em

diferentes suportes.
4- Gestão da BE- professor bibliotecário
qualificado e equipa que articule o
trabalho com toda a escola.

 MÉTODOS A SEGUIR:

1.Identificar o perfil da BE;


2.Seleccionar os processos de
formação/acção;
3.Comunicação entre a Direcção e o PB;
4.Apresentação do problema em CP.
5. Diálogo com departamentos e professores;

6. Criação do modo de difusão da


informação;
7. Calendarização do processo e

contributo de cada um no mesmo;


8. Identificar o perfil de desempenho;
9. Recolher evidências;
10.Registar a auto-avaliação no

relatório final;
11.Definir as acções consideradas

pertinentes para a melhoria.


4- Integração/ Aplicação à realidade da escola/
biblioteca escolar. Oportunidades e
constrangimentos.

vA organização deve estar preparada para


a aprendizagem contínua.
vPressupõe a motivação individual de
todos os seus membros.
vRequer uma liderança forte do PB com o
objectivo de mobilizar a escola para a
necessidade e implementação do
processo avaliativo.
 Entre os factores críticos de implementação é
fundamental que:

- Tenha o reconhecimento por parte das


escolas e das equipas e se assuma como um


instrumento agregador, capaz de unir a escola
e a equipa em torno do valor da BE e do
impacto que pode ter na escola e nas
aprendizagens.

- Tenha pontos de intersecção com a avaliação


da escola e dos resultados obtidos.



 O PB deverá ter as seguintes
competências :
1. Ser um comunicador efectivo no seio da
instituição;
2.  Ser pró-activo;

3. Saber exercer influência junto de

professores e do órgão directivo;


4. Ser útil, relevante e considerado pelos

outros membros da comunidade educativa;


5. Ser observador e investigativo ;

6. Ser capaz de ter uma visão holística da

escola;
7. Saber estabelecer prioridades ;

 8. Realizar uma abordagem construtiva aos


problemas e à realidade;
9.   Saber estabelecer prioridades ;

10. Realizar uma abordagem construtiva aos


problemas e à realidade;
11. Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio

da escola;
12. Saber gerir recursos no sentido lato do termo;

13. Ser promotor dos serviços e dos recursos;

14. Ser tutor, professor e um avaliador de


recursos, com o objectivo de apoiar e
contribuir para as aprendizagens;
15. Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e

objectivos da escola;
16. Saber trabalhar com departamentos e colegas.



Eisenberg e Miller(2002)


5- A Organização do Processo
pode ser atingida, ainda, através:
Ø Identificação dos pontos críticos;
Ø Capacidade de determinar um
conjunto de concepções que se
estabelecem entre cada um dos
domínios;
Ø Análise do impacto;
Ø Percepção de situações isoladas ou
inter-relacionadas.

Farmer (2003)

6- Gestão participada das mudanças que
a sua aplicação impõe. Níveis de
participação da escola.
Ø A avaliação da BE deve deve ser
divulgada para que possa ser
conhecida ao nível da escola.
Ø Deve passar-se da retórica do “Tell
me” à evidencia do “Show me”.
Ø Isto é um imperativo ético, no sentido
que estamos a contribuir para a
melhoria da qualidade do ensino e
das aprendizagens dos nossos alunos
e demais comunidade educativa.
Ø Todd afirma que só através da
avaliação se pode ter um serviço de
qualidade, em função do que é o
papel da BE neste início do século
XXI, a saber:


1. A mobilização da equipa para a elaboração
de diagnósticos;
2. Avaliar o impacto e o valor da BE na

escola que serve;


3. Jornadas formativas para a equipa e

demais elementos;
4. Definição precisa de conceitos e

processos;
5. Realização de um processo de formação /

acção.


6. A comunicação constante com o órgão

directivo, justificando a necessidade e o


valor da implementação do processo de
avaliação.

 7. A apresentação e discussão do processo no


Conselho Pedagógico.

 8. Aproximação/ diálogo com departamentos e


professores. Criação e difusão de
informação/ calendarização sobre o
processo e sobre o contributo de cada um
no processo.


CONCLUSÃO
ü O PB e a BE são o motor de todo o desenvolvimento
e concretização de ensino-aprendizagem
ü A avaliação da práticas do PB é uma mais-valia para
a qualidade do ensino, desenvolvimento e
construção de novos conhecimentos por parte dos
alunos;
ü O PB passa a pensar e agir de forma mais crítica em
relação às suas práticas;
ü Passa a medir o impacto das suas práticas em função
dos resultados obtidos;
ü Terá que usar avaliações padronizadas para melhorar
as suas práticas;
ü Em suma, implementar uma prática baseada em
evidências (PBE).
 Trabalho realizado por:

 António Jorge Fernandes Monteiro



2ª tarefa da Acção de Formação –
Práticas e Modelos A. A. das BE –
DREC - T5

2009

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