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Transplante

Pulmonar
histórico
Alexis Carrel 
Cirurgia experimental e transplante de
tecidos e órgãos;
1902: anastomoses de artérias e veias;
1908: métodos de transplante de
órgãos inteiros;
1910: vasos sanguíneos poderiam ser
resfriados e armazenados por longos
períodos antes de serem
transplantados;
1935: co-inventor da máquina que
fornece um sistema respiratório estéril
para órgãos removidos do corpo.
1873-1944
Vladimir P. Demikhov
Contribuiu para o transplante pulmonar e
cardíaco, sem hipotermia ou circulação
extracorporea, além de motivar pioneiros
na cirurgia de bypass coronariano;
1947: primeiro transplante ortotópico de
pulmão;
1954: realizou um transplante de cabeça
em cachorro, quando ganhou
reconhecimento internacional;
Não conseguiu resolver os problemas de
rejeição, então o máximo de sobrevida
pós transplante de cabeça foi de 1 mês e
pós transplante cardiopulmonar foi seis
dias.
1916-1998
Henri Metras
1919-1957;
1950: Transplantes pulmonares unilaterais em cães com
sobrevida até 20 dias;
Desenvolveu muitas técnicas são usadas até hoje.
James Hardy
 1963: Primeiro transplante de pulmão;
1964: Primeiro transplante de coração de
origem animal (Chimpanzé) em humanos
com sobrevida de 90 minutos.
1964 a 1977: Corações de ovelha, babuino e
chipanzéis foram transplantados em 4
adultos e todos morreram dentro de 3 dias e
meio;
1984: um bebê recebeu um coração de um
babuíno e sobreviveu por 20 dias;
1987: Transplante de ambos pulmões que
1918-2003
manteve o coração no lugar.
Primeiro transplante de pulmão
400 transplantes em cachorros: Bom funcionamento, mas
rejeição em um mês mesmo com imunossupressores;
O receptor: 58 anos, homem, DPOC com carcinoma espinocelular
de pulmão envolvendo o brônquio principal esquerdo e obstruíndo
vias aéreas distais. Apresentava colapso pulmonar e pneumonia de
repetição, com estado geral ruim, insuficiência respiratória e
comprometimento renal. Presidiário com pena perpétua;
O doador: Morte por IAM que levou a falência cardíaca e choque;
Logo após o transplante unilateral esquerdo: Melhora da satO2
(87 para 98%) e órgão bem perfundido e ventilado;.
Óbito em 18 dias depois por falência renal progressiva;
Autópsia não mostrou sinais de rejeição (imunossupressores).
 10 anos seguintes: cerca de 36 transplantes realizados no
mundo e a maioria dos receptores morreram em poucos dias, 2
sobreviveram por mais de um mês;
 Principal causa de morte: má cicatrização das anastomoses
brônquicas, o que podia provocar danos nos vasos adjacentes e
levar a sangramentos massivos;
 Outras: Disfunção primária do enxerto, sepse e rejeição
aguda.
Pesquisas em Toronto
1980: altas doses de corticoides apresentavam efeitos
adversos na cicatrização da anastomose brônquica;
Retalho de omento sobre a anastomose: maior
neoformação vascular na parede brônquica e contenção
em caso de sangramento;
Ciclosporina: imunossupressor sem alterar a
cicatrização.
Universidade de Stanford
1981: primeiro transplante coração-pulmão pós-
ciclosporina;
Receptor: 45 anos, mulher, com hipertensão pulmonar
primária;
Sobrevida maior que 5 anos.
Joel Cooper e o grupo de Toronto
1983: primeiro transplante isolado de pulmão
(unilateral) da era pós-ciclosporina;
Receptor: 53 anos, homem, portador de fibrose
pulmonar idiopática;
Alta em 6 semanas e sobrevida por mais de 6 anos;
Limitação: insuficiência renal pela ciclosporina.
Grupo de Toronto
1986-1987: seis casos de transplante em bloco: paciente
em circulação extracorpórea e ambos pulmões são
implantados, sendo feita a anastomose pela traqueia;
Alta incidência de complicações (estenose e deiscência)
com maior mortalidade.
 1989: Transplante pulmonar bilateral sequencial: cada pulmão
é implantado com as técnicas do transplante unilateral;
 Anastomose no brônquio: melhor cicatrização (mais distal e
menor desvascularização de estruturas mediastinais);
 Maioria não precisava de circulação extracorpórea.
Hoje
Melhores técnicas cirúrgicas e anestésicas;
Melhores estratégias de preservação pulmonar;
Realizado em mais de 150 centros no mundo e aumenta
progressivamente.
Anatomia
epidemiologia
RBT - 2016 -(JAN/MAR) -
ABTO

5º orgão com
26 transplantes de
maior quantidade
doador falecido
de transplantes

Nenhum
0,5 por milhão da
transplante de
população
doador vivo

5 equipes
realizando
44% recusa da > Nº de doadores
família entre 50-64 anos

Prevalência dos
> Nº de doadores
grupos
mortos por AVC
sanguíneos A e O

Maior
4ª maior fila de
mortalidade
espera adultos e
relativa entre os
crianças
pacientes na fila
104 falecido

72 bilateral

36 unilateral

0 vivo
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Janeiro a março de 2016

14

11

SP RS CE
modalidades
Unilateral Bilateral

Bilobar com
Cardiopulmonar
doadores vivos
Unilateral
conservaçã
doador indicação
o
Circunferência
torácica compatível
Perfadex
Sorologias
negativas
Fibrose pulmonar
Função pulmonar
satisfatória
Prostaglandina
Compatibilidade
ABO
Bilateral
conservaçã
doador indicação
o
Circunferência
torácica Doença pulmonar
compatível supurativa
Perfadex
Sorologias
negativas DPOC
Deficiência de
Função pulmonar alfa-1-antitripsina
satisfatória
Prostaglandina
Hipertensão
ABO compatível pulmonar
Cardiopulmonar
conservaçã
doador indicação
o
Circunferência
torácica compatível Síndrome de
Eisenmenger
Perfadex

Sorologias negativas
Coronariopatia e
miocardiopatia
graves
Função pulmonar
satisfatória
Prostaglandina Hipertensão
pulmonar com
ABO compatível disfunção de
ventrículo direito
Bilobar com doadores vivos
indicaçã
doador
o
Até 10cm maior que o
Crianças ou pessoas de
receptor
baixa estatura

ABO compatível
Fibrose cística
Sorologias negativas

Países onde a quantidade


Função pulmonar
de doadores é baixa
satisfatória
Indicações e
Contraindicações
Indicações mais comuns

Síndrome de Eisenmenger
Critérios
*Doador em ME.

Obs: Transplante Bilobar -> o doador vivo


Situações Especiais
Câncer de Pulmão (onde se cogita o transplante):

Carcinoma bronquíoloalveolar
Metástases Pulmonares de Tumores de Baixo Grau (ex: formas menos
agressivas de Leiomiossarcoma).

Retransplante:

Indicações Dramáticas: Disfunção precoce grave do enxerto e deiscência


da anastomose brônquica, intratáveis conservadoramente. (Alta
Mortalidade)

Onde se cogita: pacientes com perda tardia do enxerto, em geral associada


a bronquiolite obliterante.
Técnica
LPD-Glicose
Pós-Operatório e seguimento
UTI sob IOT;
RX tórax;
Controle álgico;
Fisioterapia respiratória;
Balanço hídrico;
Antibioticoprofilaxia.
Pós-Operatório e seguimento
Fibrobroncoscopia com biópsia
transbrônquica;
Retirada dos drenos pleurais.

Acompanhamento serviço transplantador.


Pós-operatório e Seguimento
Imunossupressão:
Ciclosporina ou Tacrolimus;
Azatioprina ou Micofenolato
Mofetil;
Metilprednisolona ou Prednisona.
Basiliximab retardar inibidores de
calcineurina.
ABTO (http://www.abto.org.br)
“A Review of Lung Transplantation and Its
Implications for the Acute Inpatient Rehabilitation
Team” Q19 Katie Hatt, DO, Nicholas C. Kinback, MD,
Anoop Shah, MD, Ernesto Cruz, MD, Eric L. Altschuler,
MD, PhD
“Age in lung transplantation: factors related to
outcomes and other consideration” Christopher H.
Wigfeld & Vanessa Buie & David Onsager
Camargo, J.J, Transplante de Pulmão: Indicações atuais,
Referências:

Pulmão RJ, 2014, 23(1), 36-44, Disponível em


<http://sopterj.com.br/profissionais/_revista/2014/n_0
1/09.pdf>, Acesso em 28 Out 2016.
Jatene FB, Pêgo-Fernandes PM, Medeiros IL.
Transplante pulmonar, Rev Med (São Paulo). 2009 jul.-
set.;88(3)ed. especial:111-22.
www.abto.org.br/abtov03/upload/departamentos/relat
orios/5.doc
Arakaki , JSO, Souza, LR, Transplante pulmonar –
indicações e modalidades, Disponível em
<http://itarget.com.br/newclients/sbct/wp-
content/uploads/2015/03/transplante_pulmao_indicac
oes_modalidades.pdf>
https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/medicine/la
ureates/1912/carrel-bio.html
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21620094
http://www.nytimes.com/2003/02/21/us/james-d-
hardy-84-dies-paved-way-for-transplants.html
https://secondwindstl.org/who-we-are/articles-by-dr-
hacheem/the-history-of-lung-transplantation/

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