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Entre os séculos VII a.C e II d.

C, os romanos conseguiram dominar um vasto


Império espalhado pela Europa, África e Ásia

Mas, havia problemas internos:


• dificuldades na administração e no
controle do território, o que levou à
divisão em Império Romano do
Ocidente e Império Romano do
Oriente, no final do séc. IV;
• a diminuição do número de escravos
levou à diminuição da produção; . Constantinopla

• perda de prestígio e autoridade dos


imperadores/ enfraquecimento do
exército devido à corrupção,
indisciplina, guerras civis;
E externos:
• os germanos foram-se aproximando
das fronteiras do Império e infiltrando-
se lentamente;
•os Hunos, vindos da Ásia,
pressionavam as fronteiras do Império.
No início do Séc. V, muitos povos germânicos atravessaram as fronteiras do
Império Romano, espalharam-se pela zona ocidental e em 476 os Hérulos
conquistaram a cidade de Roma, pondo fim ao Império Romano do
Ocidente. Foram as Invasões Bárbaras e o início da Idade Média (crise,
insegurança,…).
Estes povos fixaram-se em diferentes territórios fundando aí novos reinos
independentes, com línguas, costumes e religiões diferentes.

• os Visigodos e os Suevos na Península Ibérica;


• os Francos na atual França
• os Anglos e os Saxões na atual Inglaterra
• os Ostrogodos na Península Itálica
• os Vândalos no Norte de África,…
As diferenças foram diminuindo com a conversão de alguns reis ao cristianismo, a
adoção de leis comuns e os casamentos mistos.
Entre o séc. VIII e o séc. X a Europa sofreu novas invasões:

• a partir do séc. VIII – os muçulmanos, depois de conquistarem várias terras na


Ásia, estenderam o seu domínio pelo Norte de África e pela Península Ibérica (711)
e atacaram a costa mediterrânea da Europa

• a partir do final do séc.VIII


os vikings ou normandos,
vindos da Escandinávia,
atacaram quase todo o
litoral europeu, pilhando
e destruindo cidades e
mosteiros

• final do séc.IX
– os húngaros ou magiares,
vindos do leste da Europa,
atacaram a Itália, a Germânia,
a França e fixaram-se na
Europa central dando origem
à Hungria.
Invasões
(bárbaras, muçulmanas,
vikings e magiares)

Medo, insegurança,
Destruição, morte
diminuição da população

• diminuição da produção
Abandono das cidades (agrícola e artesanal)
( busca de protecção e
refúgio)
• diminuição do comércio
(interno e externo)
• diminuição da moeda
(troca directa)
Aumento do poder dos
grandes senhores
Ruralização da
Economia de
economia
subsistência
• enfraquecimento do rei (produção para consumo
• rivalidades próprio)
• hierarquizada
Sociedade europeia • ruralizada
(séc. IX a XII) • tripartida
• fraca mobilidade
clero • são os privilegiados
• possuem grandes propriedades
• serviço religioso (senhorios ou domínios
• ensino senhoriais)
• assistência • não pagam impostos
• têm justiça própria
• poderes senhoriais:
nobreza - aplicar a justiça
- ter exército próprio
• caçadas - cobrar impostos
• torneios • estão ligados por relações de
• guerras vassalagem

• trabalham a terra que não é sua


povo • pagam rendas, corveias,
banalidades
• agricultura e pecuária Que vida
• comércio dura!...
• artesanato
Domínio senhorial

• reserva – parte explorada


diretamente pelo senhor
- aí situavam-se a residência
do senhor, o moinho, o forno,
o lagar, os melhores campos
cultiváveis, pastagens, terras
incultas e florestas

• mansos:
- pequenas parcelas de terra
exploradas pelos camponeses
que pagavam renda, corveias
e banalidades
• caracterizada pela existência de laços de
Sociedade feudal dependência entre os grupos sociais privilegiados
que incluíam direitos e obrigações ( relações de
vassalagem ). O mais poderoso passa a ser o
suserano e o menos poderoso o seu vassalo.

Rei Suserano
(suserano dos suseranos)
suserano

• proteção militar • fidelidade


vassalo

• defesa judicial • conselho


• sustento (feudo) • ajuda militar
Duque
suserano
vassalo

suserano

vassalo

Vassalo

Contrato de vassalagem:
Conde Conde
• homenagem – subordinação
suserano

suserano
vassalo
vassalo

• juramento de fidelidade
• investidura – entrega do feudo
… …
• Nesta época de insegurança e desordem,
a Igreja Católica desempenhou um papel
importante no apoio à população.

• Com a conversão de alguns desses reinos


ao Cristianismo (e a adopção de leis
comuns as diferenças foram diminuindo e
o Cristianismo tornou-se um elemento de
união entre os diferentes
reinos.

• Os monges e os mosteiros tiveram um papel fundamental na


evangelização dos bárbaros, na economia e na cultura.
Arte Românica (séc. XI / XIII)

• edifícios, normalmente, volumosos e


sólidos
• planta em cruz latina
• uso de arcos de volta perfeita e
abóbadas de berço
• paredes grossas reforçadas por
contrafortes
• poucas e estreitas aberturas
• pinturas e esculturas como elementos
decorativos e educativos
Religião islâmica

• Os Árabes, são oriundos da Arábia situada entre o mar Vermelho e o


Golfo Pérsico.
• No séc. VII, Maomé (profeta) anuncia uma nova religião - o islamismo.
• As palavras do seu único deus, Alá, estão contidas no Alcorão ou Corão.
• Os muçulmanos acreditam na imortalidade da alma e na salvação eterna
que poderão alcançar se praticarem a caridade, a oração e se lutarem
pela divulgação do Islão.
• O desejo de espalhar o islamismo e a vontade de controlar as rotas
comerciais que ligavam o Oriente ao Ocidente e alargar a sua influência
a outras regiões levou-os a expandir-se para a Ásia, África e Europa.
• Abrangendo territórios desde o oceano Índico ao
oceano Atlântico e controlando as rotas comerciais
do mar Vermelho e do Norte de África, os
muçulmanos divulgaram por todo o império
conhecimentos dos povos com os quais contactaram:
– conhecimentos de Medicina, Filosofia, técnicas de
irrigação, invenções como a bússola, o papel e a pólvora,
os algarismos que hoje utilizamos,…

• Fazendo a síntese de todos estes conhecimentos


desenvolveram:
- a Matemática (álgebra), a Química (álcool, ácido sulfúrico), a
Geografia (mapas, atlas,…), astronomia (astrolábio,…),
Medicina, Literatura, Arquitetura
• Em 711, os Árabes, a partir do norte de África,
comandados por Tarique, atravessaram o
estreito de Gibraltar e invadiram a Península
Ibérica ocupando-a quase totalmente.
• os exércitos cristãos refugiaram-se nas
Astúrias e nos Pirenéus (região montanhosa)
e a partir daí iniciaram a Reconquista Cristã
(732 - batalha de Poitiers - os Francos
conseguiram travar o avanço dos muçulmanos)
• em Portugal terminou em 1249, com a
conquista do Algarve
• em Espanha, só terminou em 1492, com a
expulsão dos muçulmanos de Granada

• Embora apresentando fortes contrastes, as


civilizações muçulmana e cristã conviveram na
Península Ibérica.
• No mundo muçulmano, surgiram técnicas agrícola
inovadoras (irrigação) e a economia era mais
urbana e comercial, baseando-se no artesanato e
no comércio.
Reconquista Cristã e formação de Portugal

• a Reconquista foi lenta e penosa, com avanços e


recuos
• 1º reino cristão – reino das Astúrias, mais tarde,
Leão, Castela, Navarra e Aragão
• vieram cruzados de outros reinos
europeus para ajudar a combater
os muçulmanos

• D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, recompensou D. Raimundo e D. Henrique


com a mão das suas filhas, D.Urraca e D. Teresa, e com o governo da Galiza e do
Condado Portucalense, respetivamente.
• D. Henrique tentou ganhar mais autonomia, política seguida, depois, por D. Teresa.
• a aliança de D. Teresa a nobres galegos não agradou à nobreza portucalense que
se uniu em volta de D. Afonso Henriques, seu filho.
• 1128 – batalha de S. Mamede - D.Afonso Henriques assume o governo do
Condado após derrotar o exército de sua mãe. Tem como objetivos: tornar-se
independente do reino de Leão e Castela e alargar o território para sul.
• 1143 – Tratado de Zamora – Afonso VII, rei de Leão e Castela concede a D.Afonso
Henriques o título de rei de Portugal.
• 1179 – Portugal é reconhecido pelo Papa Alexandre III.
A herança muçulmana
Séc XI a XIII

Fim das progressos


Paz melhor clima
epidemias técnicos

aumento da
Fortalecimento produção
do poder real diminuição da mortalidade /
aumento da natalidade
desenvolvimento económico

comércio

reanimação das
burguesia cidades

universidades
Progressos técnicos

Na agricultura :
• arroteias, afolhamento trienal, adubação...
• instrumentos de ferro – charrua, arado, foice,
enxada...
• moinhos (água, vento), nora
Nos transportes:
• coelheira, atrelagem em fila, ferraduras...
• leme fixo à popa, bússola, cartas de marear…
Românica (séc.XI / XII) Arte Gótica (séc. XII / XVI)
IDADE MÉDIA
SÉC. V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV
 período de instabilidade:  período de estabilidade:

Fome, peste, guerra


- invasões bárbaras - fim das invasões
- invasões muçulmanas - diminuição das guerras privadas
- invasões normandas e magiares
Política - guerras privadas
• formação de reinos europeus • manutenção do poder senhorial
• fortalecimento do poder dos senhores feudais • início da afirmação do poder real - em Portugal com as

FORMAÇÃO DA SOCIEDADE
• fraqueza do poder real “confirmações” , “inquirições” e “leis de
desamortização”
• recessão económica:  desenvolvimento económico:
• decadência da agricultura (agricultura de - aumento da agricultura (arroteias, instrumentos,
subsistência) moinhos, atrelagem, afolhamento, adubação...)

FEUDAL
• decadência do comércio (troca directa) - aumento do comércio (excedentes, reabertura das rotas
Economia
• decadência do artesanato comerciais, mercados, feiras, reutilização da moeda ...)
- progressos técnicos (instrumentos de ferro – charrua ...;
transportes – atrelagem em fila, ferraduras...; leme fixo à
popa, navegação astronómica – 2ª metade do séc.XIII)

CRISE
 recuo demográfico  aumento demográfico ( melhores condições de vida )
 sociedade trinitária e agrária:  sociedade trinitária e urbana:
Sociedade
- clero / nobreza / povo - clero / nobreza / povo (desenvolvimento da burguesia)

 fraca produção cultural e técnica  progressos culturais


Cultura  ensino religioso ( nas igrejas e nos mosteiros )  ensino religioso e laico
 formação de Universidades

Arte  arte românica  arte gótica


CRISE DO SÉC. XIV

falta de mão-de-obra
maus anos agrícolas
Fome Quebra
demográfica diminuição da produção falta de cereais
(1/3 da população)

diminuição do diminuição do subida dos


falta de resistências comércio rendimento dos senhores preços
Epidemias Crise
(Peste Negra)
inflação
económica baixa dos salários aumento dos impostos
dos camponeses

desvalorização
da moeda
Crise social
( tensões, agitação social,
Guerras revoltas populares) abandono dos campos e
(Guerra dos Cem descontentamento
fuga para as cidades
Anos...)

revoltas
populares
REVOLUÇÃO DE 1383/1385

Morte de D. Fernando  crise


de sucessão ao trono (as guerras
com Castela tinham levado ao
Tratado de Salvaterra de Magos
e ao casamento de D. Beatriz,
sua única filha, com D. João I
de Castela). Surgem como
pretendentes:

D. João, Mestre de
D. Beatriz
Avis

Apoiado pelo povo, parte da


Apoiada por parte do clero e burguesia, do clero e da
da nobreza nobreza

 Invasão dos castelhanos  cerco de


Lisboa
 Cortes de Coimbra de 1385  D. João
I é aclamado rei de Portugal
 Batalha de Aljubarrota  vitória dos
portugueses

Afirmação da independência “nova geração de gentes”


de Portugal

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