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PODOLOGIA

AULA 3
PATOLOGIAS DOS PÉS
ANGIOMAS
HEMANGIOMAS
 Proliferações de vasos sanguíneos que aparecem na pele como manchas
ou tumorações, usualmente avermelhadas ou arroxeadas.
 É rara a transformação maligna de um hemangioma.
GRANULOMA PIOGÊNICO

 Tumores de cor vermelho vivo que sangram com facilidade e crescem


rapidamente. Muitas vezes dolorosos, surgem principalmente nos cantos
das unhas dos dedões em decorrência de unhas encravadas e uso de
sapatos apertados.
TRATAMENTO

 Eletrocoagulação ou a excisão e sutura das lesões.


 Hemangiomas maiores podem precisar de retalhos ou enxertos para sua
correção.
BROMIDROSE (CECÊ, CHULÉ,
FETIDROSE)
 É o suor com cheiro desagradável, que ocorre principalmente nas axilas
ou nos pés.
 Dependendo do local afetado é popularmente chamado de cecê
(axilas) ou chulé (pés).
 O odor fétido exalado por estas regiões do corpo após situações que
provoquem a sudorese.
 Nos pés, podem acompanhar o quadro a maceração (aspecto
esbranquiçado da pele) ou descamação da pele.
ORIENTAÇÕES QUE PODEM SER
REPASSADAS AO PACIENTE
 Lavar os locais afetados, ensaboando bem e dando preferência a
sabonetes antissépticos
 Secar bem a pele após o banho, especialmente entre os dedos dos pés
 Trocar as roupas e meias diariamente
 Evitar o uso de tecidos sintéticos, dando preferência ao algodão
 Preferir calçados abertos
 Colocar os calçados no sol e mantê-los sempre limpos
 Evitar deixar a pele úmida por muito tempo
TRATAMENTO

 Diminuir a população bacteriana nos locais afetados e, assim, controlar


sua atuação sobre a secreção sudoral.

 Pode ser feito com o uso de produtos sob a forma de talcos, sprays ou
cremes contendo antibióticos e outras substâncias que dificultam o
crescimento das bactérias.

 Em caso de excesso de suor, a hiperidrose, pode-se associar substâncias


anti-transpirantes.
CARCINOMA DE CÉLULAS DE MERKEL

 Tipo de câncer raro que se forma quando estas células, que se localizam
na pele e são relacionadas com o sentido do tato, se multiplicam sem
controle.
 Também conhecido como carcinoma neuroendócrino ou carcinoma
trabecular, acomete com mais frequência pessoas idosas e aparece
principalmente nas áreas da pele que ficam expostas ao sol, sendo mais
frequente na cabeça e no pescoço, mas podendo também ser
encontrado nos braços, pernas e tronco.
 Histórico de exposições prolongadas ao sol e deficiências do sistema
imune são fatores de risco para o surgimento do tumor.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Único, indolor, de consistência firme e elevada, formando massa tumoral


de coloração avermelhada ou violácea. O crescimento é rápido,
podendo provocar ulceração (formação de ferida) e sangramento.

Após 20 dias.
DIAGNÓSTICO

 Tendência a se disseminar precocemente invadindo os tecidos ao seu


redor ou enviando metástases para gânglios linfáticos, pulmões, cérebro,
ossos e outros órgãos, através do sistema linfático ou do sangue.

 Devido à sua semelhança com outros tipos de tumor, o diagnóstico do


carcinoma de células de Merkel deve ser confirmado através do exame
de uma biópsia da lesão ao microscópio e de testes para confirmar qual é
o tipo de célula tumoral encontrada.
TRATAMENTO

 Depende da fase em que se encontra.


 O tumor deve ser removido cirurgicamente o mais cedo possível para
prevenir a sua disseminação à distância, que pode ocorrer de forma
precoce.
 A retirada deve ser ampla, devido a ser frequente o retorno da lesão no
local da cirurgia. Durante a remoção da lesão cutânea, pode ser
realizada a pesquisa de metástases nos gânglios regionais. Em caso
positivo, estes devem ser retirados.
 Radioterapia na região original do carcinoma e quimioterapia, podem ser
necessárias para a eliminação de células tumorais nos casos em que já
tenha ocorrido a disseminação de metástases.
Após 18 meses de tratamento.
(Radioterapia e cirurgia para
remoção do tumor)
CISTO MIXÓIDE

 Alteração degenerativa do tecido conjuntivo da pele, com um excesso


de produção de ácido hialurônico, formando lesão cística. A causa é
desconhecida, admitindo-se a possibilidade de ser consequente a um
trauma local.
 lesão nodular, cística, de aspecto translúcido, que aumenta
progressivamente de tamanho e localizada frequentemente na última
falange dos dedos das mãos ou dos pés. Quando situada mais próximo da
matriz da unha, a lesão pode provocar alterações no seu formato, como
uma depressão longitudinal.
TRATAMENTO

 Drenagem e destruição do leito do cisto ou retirada cirúrgica da lesão.


 Transfixação do cisto com fios cirúrgicos, que são deixados por 2 a 3
semanas, provocando a involução do cisto.
DISIDROSE

 Doença de causa desconhecida devida provavelmente à retenção de


suor entre as células da epiderme (camada mais superficial da pele).
 Alterações climáticas e estresse emocional têm sido relatados como
prováveis fenômenos desencadeantes mas não são encontrados estudos
que comprovem a sua influência sobre o surgimento do quadro.
 Atinge as mãos e os pés, iniciando com coceira e formação de vesículas
(pequenas bolhas) endurecidas semelhantes a grãos de sagu, atingindo
principalmente a face lateral dos dedos, as palmas das mãos e as plantas
dos pés.
 A coceira pode ser intensa e o ato de coçar rompe as bolhas que
eliminam líquido transparente. Pode ocorrer infecção secundária das
lesões dando origem a lesões com pus
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Surtos que se repetem e duram


de uma a duas semanas, com o
ressecamento das bolhas e
descamação nos locais
atingidos.
 As lesões podem ocorrem em
pequeno número mas em alguns
casos tomam toda a superfície
das mãos ou pés.
TRATAMENTO

 Quadros semelhantes são as erupções disidrosiformes, que podem ter


como causa micoses ou processos alérgicos de contato ou alergia
medicamentosa.
 O tratamento é feito com medicações de uso local que ajudam a aliviar a
coceira, evitar infecções secundárias e aceleram a evolução natural do
processo.
FIBROCERATOMA DIGITAL ADQUIRIDO,
FIBROQUERATOMA ACRAL
 Lesão fibrosa e elevada, situada nos dedos.
 A causa é desconhecida.
 Apesar de ter sido sugerido que poderia ser uma resposta a um trauma,
não existem estudos que confirmem a hipótese.
 Lesão solitária, elevada, de consistência endurecida e da cor da pele
que, em geral, aparece na face lateral dos dedos mas também pode
surgir em outras localizações. Algumas lesões formam protuberâncias altas
que podem lembrar um dedo supranumerário.
 Uma característica que o diferencia de lesões semelhantes nesta
localização é um colarete de pele discretamente elevado que envolve a
base da lesão.
TRATAMENTO

 Remoção cirúrgica da lesão.


GRANULOMA ANULAR

 Doença inflamatória, de causa desconhecida, que leva à degeneração do


tecido colágeno.
 Acredita-se que pode ser devida a uma reação imune do organismo a diversos
agentes.
 É mais frequente em crianças e mulheres jovens e pode estar relacionada ao
diabetes, principalmente no caso de lesões disseminadas.
 Lesões elevadas, da cor da pele ou discretamente avermelhadas que vão
aumentando de tamanho e ganhando aspecto em anel, daí o nome anular.
 Estes anéis podem ser pequenos ou chegar a vários centímetros de tamanho, e
as lesões podem ser únicas ou múltiplas.
 É raro ocorrerem sintomas associados, podendo haver prurido (coceira)
discreto.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Pequenos pontos elevados e, até


mesmo, formar placas maiores.
 Em alguns casos elas se disseminam
por todo o corpo.
 As localizações mais frequentes
são o dorso das mãos e dos pés,
mas pode atingir qualquer região.
 Diagnóstico por biópsia.
 Após a regressão das lesões,
manchas residuais mais escuras
que a pele normal podem persistir
nos locais afetados pela doença.
TRATAMENTOS

 O granuloma anular pode regredir espontaneamente em alguns meses a


dois anos ou mais, dependendo da extensão do quadro. Em algumas
pessoas a doença pode persistir por vários anos.
 O tratamento é feito com corticosteróides intra-lesionais ou aplicados
sobre a lesão, com ou sem oclusão.
 Em casos mais extensos, medicações por via oral podem ser necessárias.
 A realização de punturas nas lesões também pode levar ao seu
desaparecimento, assim como a crioterapia com nitrogênio líquido.
HIPERIDROSE (EXCESSO DE SUOR)

 Produção excessiva de suor pelas glândulas sudoríparas.


 Entre suas causas estão os estímulos emocionais (hiperidrose emocional)
ou uma maior sensibilidade dos centros reguladores de temperatura, pois
a sudorese está diretamente ligada ao controle da temperatura corporal.
 Além disso, algumas doenças metabólicas ou lesões neurológicas também
podem dar origem ao quadro.
 As áreas mais atingidas são as axilas, palmas das mãos, plantas dos pés,
região inguinal e perineal, com grande eliminação de suor, que não tem
cheiro desagradável.
TRATAMENTOS

 Uso de medicações de uso local que visam diminuir a secreção sudorípara


ou através da utilização de aparelhos para iontoforese.
 Na hiperidrose emocional, o apoio psicológico e a psicoterapia podem
ajudar bastante, sendo, em algumas situações graves, indicado o uso de
tranquilizantes.
 A toxina botulínica surge como uma boa opção terapêutica,
interrompendo a secreção sudoral na área tratada por períodos que
variam entre 6 a 8 meses. Alguns pacientes referem resultados por 12
meses.
ICTIOSE VULGAR

 Doença de origem genética (genodermatose) que tem como


característica principal o ressecamento e a descamação da pele.
 Aparecem após o nascimento, geralmente no primeiro ano de vida.
 Pode apresentar-se apenas com ressecamento da pele e descamação
fina ou com intensa descamação, formando escamas grandes, de
aspecto geométrico.
 As palmas das mãos e as plantas dos pés podem estar espessadas
(hiperceratose), com acentuação dos sulcos.
 A doença tende a regredir ou diminuir os sintomas com o passar dos anos.
TRATAMENTO

 Combater o ressecamento da pele.


 O frio intenso é prejudicial e deve ser evitado.
 Os banhos devem ser mornos e deve-se evitar o uso excessivo de sabões.
 Hidratantes potentes devem ser utilizados logo após o banho, de modo a
reter a umidade da pele.
INTERTRIGO (FRIEIRA)

 Alteração da pele que ocorre em áreas de dobras cutâneas, como axilas,


virilhas e espaços entre os dedos, principalmente dos pés.
 A pele elimina água constantemente, de forma imperceptível, que
evapora imediatamente, fenômeno conhecido como perspiração.
 Nestas regiões, o vapor d’água fica retido, umedecendo e amolecendo a
pele.
 As áreas de dobras, por estarem quase sempre cobertas por roupas, são
mais úmidas, escuras e quentes, facilitando o desenvolvimento de fungos
e bactérias nestes locais.
CAUSAS

 Obesidade
 Diabetes
 Uso de roupas de tecido sintético e a sudorese excessiva.
 Uso de calçados fechados durante a maior parte do dia, principalmente
os que aproximam os dedos, e de meias de tecido sintético, são os
principais fatores desencadeantes do seu surgimento.
 Quando se localiza nos espaços entre os dedos dos pés, o intertrigo é
popularmente conhecido como “frieira“.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Fase inicial: mancha avermelhada, úmida ou descamativa, geralmente


acompanhada de coceira ou ardência. A pele torna-se esbranquiçada,
amolecida e podem surgir fissuras (cortes), bastante dolorosas.
 Estas fissuras, facilitam o surgimento de uma complicação importante da
doença, a erisipela, sendo muito frequente o achado de intertrigo em
pacientes que apresentam a doença.
TRATAMENTO

 Combater a obesidade
 corrigir as alterações do diabetes e o excesso de suor.
 Preferir roupas folgadas e de algodão.
 Evitar as roupas de tecidos sintéticos, principalmente nylon e poliester.
 Evitar permanecer com roupas molhadas por muito tempo.
 Os calçados devem ser folgados, evitando-se os de bico fino, que comprimem os dedos, e as meias
devem ser de algodão.
 Usar sapatos fechados o menor tempo possível.
 Sempre secar bem os pés após o banho.
 Pessoas que têm os dedos dos pés muito juntos, podem usar chumaços de algodão entre eles,
enquanto estiverem calçados, para afastá-los e absorver a umidade.
 Talcos antissépticos podem ser indicados, pois além de combater o crescimento de fungos e bactérias,
ajudam a ressecar o local.
 De acordo com as infecções secundárias presentes, o uso de medicações anti-fúngicas e anti-
bacterianas são importantes.
LARVA MIGRANS (BICHO
GEOGRÁFICO)
 Doença causada por parasitas intestinais do cão e do gato.
 Ao defecar na terra ou areia, os ovos eliminados nas fezes transformam-se
em larvas.
 Estas, penetram na pele do homem causando a doença.
 Caminhar sob a pele formando um túnel tortuoso e avermelhado.
 Devido ao ato de coçar é frequente a infecção secundária das lesões.
TRATAMENTO

 Via oral para os casos mais extensos ou com o uso de medicação tópica
nos casos mais brandos.
 Para prevenir a infecção pela larva migrans deve-se evitar andar descalço
em locais frequentados por cães e gatos e cobrir as caixas de areia
durante a noite para evitar sua utilização por gatos para defecar.
 Recolha as fezes de seu cachorro e estimule os outros donos de animais a
fazerem o mesmo.
 Não leve animais para a praia.
LÍQUEN PLANO

 Doença inflamatória de causa desconhecida que atinge a pele, mucosas


visíveis, unhas e cabelos.
 Acomete homens e mulheres da mesma forma, sendo pouco frequente
em crianças.
 Doença benigna porém de longa duração e muito incômoda devidos aos
sintomas, sendo a coceira o principal deles.
 Pode acometer exclusivamente as unhas, formando estrias longitudinais,
diminuição da espessura e a destruição progressiva das unhas, podendo
chegar à perda irreversível das mesmas.
 É o líquen plano ungueal.
TRATAMENTO

 Controlar o processo inflamatório que causa as lesões e a coceira.


 Utilizam-se medicações locais e por via oral, que devem ser prescritas pelo
dermatologista.
 A doença é rebelde ao tratamento e muitas vezes é necessário o uso de
várias medicações para a obtenção de melhores resultados.
 O tratamento pode durar meses até a recuperação total das lesões.
MICOSE DAS UNHAS, ONICOMICOSE

 Infecção que atinge as unhas, causada por fungos que se “alimentam”


de queratina, substância que forma as unhas. As fontes de infecção
podem ser o solo, animais, outras pessoas ou alicates e tesouras
contaminados.
 As unhas mais comumente afetadas são as dos pés, pois o ambiente
úmido, escuro e aquecido, encontrado dentro dos sapatos e tênis,
favorece o crescimento dos fungos.
 Além disso, o crescimento mais lento das unhas dos pés dificulta a
eliminação da micose.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Descolamento da borda livre: a unha descola do seu leito, geralmente


iniciando pelos cantos e fica ôca. Pode haver acúmulo de material sob a
unha. É a forma mais frequente.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Espessamento: as unhas aumentam de espessura, ficando endurecidas e


grossas. Esta forma, pode se acompanhar de dor e levar ao aspecto de
“unha em telha” ou “unha de gavião”.
 Leuconíquia: manchas brancas na superfície da unha.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Destruição e deformidades: a unha fica frágil, quebradiça e se


despedaça nas porções anteriores, ficando deformada.
COMO EVITAR?

 Não ande descalço em pisos constantemente úmidos (lava pés, vestiários,


saunas).
 Observe a pele e o pêlo de seus animais de estimação (cães e gatos).
 Qualquer alteração como descamação ou falhas no pêlo procure o
veterinário.
 Evite mexer com a terra sem usar luvas.
 Use somente o seu material de manicure.
 Evite usar calçados fechados o máximo possível. Opte pelos mais largos e
ventilados.
 Evite meias de tecido sintético, prefira as de algodão.
TRATAMENTO

 Medicamentos de uso local sob a forma de cremes, soluções ou esmaltes


anti-fúngicos. Casos mais avançados podem necessitar tratamento via
oral, sob a forma de comprimidos.
 Os sinais de melhora demoram a aparecer, pois dependem do
crescimento da unha, que é muito lento.
 As unhas dos pés podem levar cerca de 12 meses para se renovar
totalmente e o tratamento deve ser mantido durante todo este tempo.
 A persistência é fundamental para se obter a cura.
MICOSES SUPERFICIAIS DA PELE

 Chamadas de “tineas”, são infecções causadas por fungos que atingem a


pele, as unhas e os cabelos.
 Os fungos estão em toda parte podendo ser encontrados no solo e em
animais.
 Até mesmo na nossa pele existem fungos convivendo “pacificamente”
conosco, sem causar doença.
 A queratina, substância encontrada na superfície cutânea, unhas e
cabelos, é o “alimento” para estes fungos.
 Quando encontram condições favoráveis ao seu crescimento, como:
calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de antibióticos sistêmicos por
longo prazo (alteram o equilíbrio da pele), estes fungos se reproduzem e
passam então a causar a doença.
ACOMETIMENTO NOS PÉS

 Tinea dos pés: causa descamação e coceira na planta dos pés que sobe
pelas laterais para a pele mais fina.
ACOMETIMENTO NOS PÉS

 Tinea negra: manifesta-se pela formação de manchas escuras na palma


das mãos ou plantas dos pés.
 É assintomática.

 FOTOSSSSSS
COMO EVITAR?

 Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras de pele como as
axilas, as virilhas e os dedos dos pés.
 Evite ficar com roupas molhadas por muito tempo.
 Evite o contato prolongado com água e sabão.
 Não use objetos pessoais (roupas, calçados, pentes, toalhas, bonés) de outras pessoas.
 Não ande descalço em pisos constantemente úmidos (lava pés, vestiários, saunas).
 Observe a pele e o pêlo de seus animais de estimação (cães e gatos). Qualquer
alteração como descamação ou falhas no pêlo procure o veterinário.
 Evite mexer com a terra sem usar luvas.
 Use somente o seu material de manicure.
 Evite usar calçados fechados o máximo possível. Opte pelos mais largos e ventilados.
 Evite roupas quentes e justas. Evite os tecidos sintéticos, principalmente nas roupas de
baixo. Prefira sempre tecidos leves como o algodão.
TRATAMENTO

 Podem ser usadas medicações locais sob a forma de cremes, loções e talcos
ou medicações via oral, dependendo da intensidade do quadro.
 O tratamento das micoses é sempre prolongado, variando de cerca de 30 a 60
dias.
 Não o interrompa assim que terminarem os sintomas, pois o fungo nas
camadas mais profundas pode resistir.
 Continue o uso da medicação pelo tempo indicado.
 As micoses das unhas são as de mais difícil tratamento e também de maior
duração, podendo ser necessário manter a medicação por mais de doze
meses.
 A persistência é fundamental para se obter sucesso nestes casos.
PAQUIONÍQUIA CONGÊNITA

 Rara desordem genética da pele causada por uma mutação em


qualquer um dos quatro genes conhecidos como responsáveis pela
formação da queratina: K6a, K6b, K16 ou K17.

 A doença pode ser hereditária (herdada da mãe que tem PC) ou pode
ocorrer de forma espontânea devido a uma mutação genética durante a
formação do embrião. Afeta igualmente homens e mulheres e a
manifestação mais frequente, o espessamento das unhas, é notado desde
o nascimento.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Unhas espessadas e deformadas, com coloração acastanhada, que se


elevam dos dedos (vem daí o nome da doença: paquioníquia);
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Formação de calosidades espessas nas plantas dos pés e/ou palmas das
mãos (queratodermia palmo-plantar), geralmente nos pontos de pressão
ou difusas em alguns casos. Pode ocorrer a formação de bolhas, mais
frequentes em crianças. Estas lesões são dolorosas, e dificultam a
caminhada;
TRATAMENTO

 Pode ser tentada a correção cirúrgica das alterações das unhas e


tratamentos paliativos para as calosidades dos pés e das mãos, visando
diminuir o seu tamanho e a dor provocada ao caminhar.

 Os retinóides (medicamentos derivados da vitamina A), são uma opção


terapêutica que pode ajudar em alguns casos.
PARONÍQUIA, UNHEIRO

 Inflamação da dobra ungueal (pele ao redor da unha) e pode ser


provocada por diversos agentes como bactérias, fungos e vírus. Pode ser,
também, uma manifestação de alergia.
 Paroníquia aguda: a inflamação se desenvolve em algumas horas e,
usualmente, se resolve em alguns dias. Pequenos ferimentos como os
provocados ao se remover a cutícula podem ser a porta de entrada da
infecção. O agente causador mais comum é a bactéria Staphylococcus.
 A dobra ungueal fica avermelhada, muito dolorosa e inchada. Pode
haver presença de pus sob a pele e os casos mais intensos podem se
acompanhar de ínguas e, até mesmo, evoluir para um abscesso. Outra
complicação possível é a formação de um granuloma piogênico.
PARONÍQUIA, UNHEIRO

 Paroníquia crônica: é um processo gradual que, em geral, começa por


uma das unhas e acaba afetando outras. A dobra ungueal fica inchada,
avermelhada, dolorida e se eleva em relação à lâmina da unha, podendo
haver, em alguns casos, eliminação de pus por baixo da cutícula quando
se espreme a área inchada.

 A inflamação pode se estender por vários meses ou anos e altera a


formação da unha, que cresce ondulada e com a superfície defeituosa,
tornando-se quebradiça.
PARONÍQUIA, UNHEIRO

 A paroníquia crônica pode ser provocada por diferentes microorganismos,


como bactérias, fungos e leveduras, sendo a Candida albicans um dos
mais frequentes causadores.

 É muito comum em pessoas que trabalham constantemente com água,


como empregadas domésticas, donas de casa e ajudantes de cozinha. As
mãos continuamente molhadas favorecem a proliferação dos
microorganismos e dificultam a eliminação da doença.
TRATAMENTO

 A paroníquia aguda bacteriana deve ser tratada com antibióticos de uso local
e/ou oral, dependendo da intensidade do caso. No caso de formação de
abscesso, este deve ser drenado.
 Quando provocada pelo vírus Herpes simplex, tratamento anti-herpético deve
ser instituído por via oral.
 No caso de paroníquias decorrentes de alergias, por exemplo, a esmaltes ou
acetona, cremes de corticosteróides estão indicados, além da óbvia
interrupção do uso do esmalte.
 Para as paroníquias crônicas, tratamento anti-bacteriano ou anti-fúngico deve
ser indicado pelo dermatologista, de forma tópica ou por via oral, de acordo
com a gravidade de cada caso.
 Nos casos muito crônicos e extremamente resistentes ao tratamento, pode ser
necessária a remoção cirúrgica da pele afetada para se obter a cura.
COMO EVITAR?

 Não remova as cutículas! Elas são a proteção da dobra ungueal e evitam


a penetração de agentes agressores;
 Manter as mãos secas e as unhas limpas;
 Trabalhadores que mexem com água devem usar luvas;
 Mantenha as cutículas hidratadas com cremes emolientes para evitar
pequenos ferimentos;
 Evite o uso de acetona e removedores de esmalte. Eles ressecam a pele e
favorecem o surgimento de alergias.
 Se você suspeita que sofre de paroníquia, não utilize medicamentos
indicados por outras pessoas, pois podem mascarar características
importantes para o diagnóstico correto da sua doença e dificultar o seu
tratamento.
PITIRÍASE RUBRA PILAR

 Doença crônica que apresenta uma forma familiar que se inicia na


infância, de causa genética, e uma forma que se manifesta no adulto, de
causa desconhecida.
 Uma manifestação característica é a formação de pápulas (“bolinhas”)
endurecidas e ásperas no dorso dos dedos.
 Pode ocorrer também o espessamento da pele das palmas das mãos e
plantas dos pés.
 A doença evolui com períodos de melhoras e pioras e as lesões atingem
couro cabeludo, face, tronco e os membros, podendo afetar todo o
corpo. Na forma adulta, há uma tendência a ocorrer melhora das lesões
com o passar dos anos, menos comum na forma familiar.
TRATAMENTO

 Retinóides, por via oral, que exigem acompanhamento médico pois


podem causar efeitos colaterais.
 As medicações de uso local apenas auxiliam o tratamento.
 Casos graves e resistentes podem necessitar de medicamentos utilizados
em quimioterapia.
PSORÍASE

 A psoríase é uma doença da pele bastante frequente. Atinge igualmente


homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos, mas
pode surgir em qualquer fase da vida.

 Sua causa é desconhecida. Fenômenos emocionais são frequentemente


relacionados com o seu surgimento ou sua agravação, provavelmente
atuando como fatores desencadeantes de uma predisposição genética
para a doença. Cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam
história de familiares também acometidos.
PSORÍASE

 Casos menos comuns são: psoríase ungueal, com lesões apenas nas
unhas, a psoríase pustulosa, com formação de pústulas principalmente nas
palmas das mãos e plantas dos pés.
PSORÍASE

 A psoríase palmo-plantar é uma manifestação na qual apenas as palmas


das mãos e as plantas dos pés estão afetadas, provocando descamação
e espessamento da pele, que se torna ressecada e áspera
TRATAMENTO

 O tratamento vai depender do quadro clínico apresentado, podendo variar


desde a simples aplicação de medicações tópicas nos casos mais brandos até
tratamentos mais complexos para os casos mais graves.

 A resposta ao tratamento também varia muito de um paciente para outro e o


componente emocional não deve ser menosprezado. Uma vida saudável,
evitando-se o estresse vai colaborar para a melhora. A exposição solar
moderada é de grande ajuda e manter a pele bem hidratada também auxilia
o tratamento.

 Não existe uma forma de se acabar definitivamente com a psoríase, mas é


possível se conseguir a remissão total da doença, obtendo-se a cura clínica.
Ainda não é possível, no entanto, afirmar que a doença não vai voltar após o
desaparecimento dos sintomas.
TUNGÍASE (BICHO DE PÉ)

 Doença causada pela Tunga penetrans, um tipo de pulga encontrada no


solo, principalmente em pastos.
 A pulga fêmea penetra a pele, onde suga o sangue do hospedeiro e
começa a produzir ovos que se desenvolvem e serão posteriormente
eliminados no solo.
 A lesão tem formato circular, é elevada e de cor amarelada, com ponto
preto central. As áreas mais afetadas são os pés e é comum haver
coceira. Pode ocorrer infecção secundária, com dor local e secreção
purulenta.
TRATAMENTO

 Para evitar a contaminação pelo “bicho de pé”, evite andar descalço em


lugares frequentados por animais como vacas e porcos.

 O tratamento consiste na remoção completa da pulga com agulha


cortante ou bisturi.
 Em caso de infecção secundária, pode ser necessário o uso de
antibióticos locais.
UNHA ENCRAVADA

 Uma de suas pontas enterra na pele ao seu redor. Isto acontece porque a
pele forma uma barreira ao seu crescimento e, como a unha não para de
crescer e é mais dura, ela penetra na pele causando dor e inflamação.
 O hábito errado de se cortar os cantos das unhas. Isto causa a formação
de uma ponta na extremidade cortada e permite que, com o peso do
corpo, a pele que antes estava embaixo da unha, se projete para cima e
entre na frente da mesma. Com o crescimento, a unha encrava neste
local.
 O uso de sapatos de pontas finas também facilita o encravamento das
unhas. Em crianças recém-nascidas, o uso de macacões com pés
fechados também podem ocasionar o problema se não forem bem
folgados.
UNHA ENCRAVADA

 Os dedos mais atingidos são os dos pés, principalmente os “dedões” e as


unhas encravam quase sempre pelos cantos.

 O quadro se inicia com dor local que vai aumentando de intensidade e


pode se tornar insuportável. A pele ao redor da unha fica inflamada,
inchada e avermelhada, podendo haver eliminação de pus e formação
de um granuloma piogênico (carne esponjosa), a área de cor vermelho
escuro vista na foto abaixo.
TRATAMENTO

 Nunca as corte pelos cantos, mantendo sempre as pontas livres.


 As unhas dos pés devem ser cortadas retas.
 Evite cortar as unhas curtas demais, deixando sempre uma pequena faixa de borda livre
(aquela parte branca).
 Evite usar calçados apertados.
 O tratamento varia de acordo com a intensidade de cada caso.
 Desde medidas simples, como o afastamento da pele inflamada por um chumaço de
algodão até procedimentos cirúrgicos para remover o tecido inflamado ou destruir a
matriz da unha no canto onde ela encrava podem ser necessários.
 A extração da unha deve ser evitada pois, quando ela voltar a crescer, pode encravar
novamente.
 O tratamento cirúrgico visa desobstruir a passagem da unha, que pode então crescer
livremente.
TRATAMENTO

 Em caso de infecção secundária, pode ser necessário o uso de


antibióticos de uso local ou via oral.
 O granuloma piogênico (carne esponjosa), quando ocorre, deve ser
cauterizado com substâncias químicas ou então através de
eletrocoagulação.
VERRUGAS VIRAIS

 Lesões causadas pelo papilomavírus humano (HPV).


 São auto-inoculáveis (podem se disseminar pela pele através do contato
das lesões com áreas não atingidas) e transmitidas pelo contato direto
com pessoas contaminadas.
 É uma doença bastante frequente que afeta principalmente crianças e
jovens. Algumas pessoas apresentam apenas uma lesão enquanto outras
podem apresentar centenas de verrugas.
VERRUGAS VIRAIS

 Verruga peri-ungueal: são as verrugas vulgares que localizam-se ao redor


das unhas. Devido ao fato de se extenderem para dentro da prega
ungueal, este tipo de verruga pode ser de tratamento mais difícil.
VERRUGAS VIRAIS

 Verruga plantar: localizadas nas plantas dos pés estas lesões crescem para
dentro da pele, devido ao peso do corpo impedir o seu crescimento para
fora. São, muitas vezes, confundidas com calosidades, porém, quando
raspadas, as lesões mostram uma superfície irregular e pontos escuros no
seu interior, o que as diferencia dos calos. As maiores costumam ser
dolorosas ao pisar.
TRATAMENTO

 O tratamento das verrugas consiste na sua destruição, que pode ser feita
através de procedimentos cirúrgicos (eletrocoagulação e curetagem),
pela cauterização química das lesões (uso de substâncias cáusticas sobre
as lesões), pela criocirurgia (destruição das lesões por congelamento com
nitrogênio líquido) ou pelo uso local de substâncias conhecidas como
imunomoduladores, utilizadas para o tratamento de verrugas resistentes
aos tratamentos convencionais.

 Abaixo, um exemplo de verruga plantar tratada com uma sessão de


criocirurgia. Além do efeito do congelamento, parece que o processo
inflamatório resultante deste tratamento favorece o reconhecimento do
vírus como um agente agressor, com consequente formação de
anticorpos para combatê-lo.
TRATAMENTO
TRATAMENTO

 Quando as lesões ocorrem em grande número, pode ser necessária a


estimulação imunológica do paciente para que o seu próprio organismo
elimine as lesões.
 Associar ao tratamento o estímulo psicológico pode ser de grande ajuda,
principalmente no caso das crianças.
 É conhecido o fato de alguém jurar que ficou curado após fazer uma
simpatia.
 O que ocorre é que, sendo um doença viral, o estímulo à defesa orgânica
pelo subconsciente pode ajudar o organismo a adquirir imunidade contra
o vírus e eliminar as lesões.

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